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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Evangelho do dia 25 de outubro quarta feira 2023

 

25 de outubro - Quem é que põe em nosso coração o gosto que sentimos pela conquista da virtude, o desejo de agradar a Deus com a mortificação dos nossos sentidos? É justamente aquilo que chamamos de Espírito bom, o qual trabalha e atua sem parar em nossas almas. (S 345). São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 12,39-48

 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39“Ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.

41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” 42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis.
47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas vezes. 48Porém, o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” 

 Meditação:

Estas duas parábolas de Lucas vêm reforçar o tema da vigilância. Estar preparado para o encontro com o Filho do homem (Jesus identificado com o humano) pode significar que, a partir de Jesus, o humano se torna o lugar do encontro com Deus. Libertados das ambições do mundo os discípulos, confiantes no Pai, não devem ficar inertes, apáticos, acomodados. A eles foi revelada a vontade do Pai, oferecendo a todos o Reino de amor, na fraternidade e no serviço.

 Este texto é formado por três partes relacionadas entre si. A primeira fala da reiterada advertência de Jesus a seus discípulos para que estejam preparados e atentos para a vinda do Filho do Homem.

É necessário para estes convulsionados tempos de hoje estar em uma atitude que dê sentido à nossa experiência de fé: temos que estar atentos às moções do Espírito na história.

Temos que ter a agudeza evangélica necessária para compreender os sentidos da revelação de Deus na comunidade humana. A segunda parte do texto trata da ingenuidade do dirigente da comunidade: as palavras que diz Jesus são para nós ou para todos?

A resposta de Jesus é clara e taxativa: tanto ontem como hoje somos chamados a sermos dirigentes fiéis, responsáveis, sem perder o caráter libertador, profético e salvifico do serviço coerente com o Evangelho.

Jesus nos previne: o dia da salvação vai chegará como um ladrão de noite, no momento mais inesperado. Como vigilantes, cuidamos de nossa propriedade, porque os ladrões esperam o menor descuido ou o mais débil vacilo para entrar em ação.

 Às vezes temos a tentação de viver a vida cristã num monótono ritmo semanal e não arriscamos viver no agito incansável do caminho para o reino.

 O dia de nossa salvação não chega em função de nossa espera, mas sim porque Deus quer libertar seu povo da vergonha e da exploração. O evangelho nos convida a viver alertas aos sinais do reino, para estarmos à altura dos tempos e retribuir com agradecimento oportuno o enorme bem que estamos recebendo.

 Por ultimo, o texto lança o teor teológico, com um convite concreto: a administração responsável dos bens recebidos, não importando se são muitos ou poucos. Definitivamente, o sentido do texto em sua totalidade aponta para a condução responsável da comunidade cristã por parte de seus animadores.

 Cabe então, aos discípulos, empenharem-se em servir o Filho do homem presente em seus irmãos. As referências finais aos castigos cruéis refletem a cultura em vigor nas comunidades primitivas que fizeram memória de Jesus, sob a influência do Primeiro Testamento, no qual a violência é marcante.

 O Senhor nos confiou sua Palavra, e esse tesouro é tão valioso que deve ser compartilhada e repartida incansavelmente, porque quanto mais a repartimos, mais a conservamos; e quanto mais a conservamos, mais podemos repartir.

 Que não nos falte o ímpeto de quem defende sua propriedade ao defender a causa de Jesus; porque esse é o único bem e a única razão de viver para um autêntico cristão.

 Reflexão Apostólica:

 Estas duas parábolas, a da chegada inesperada do ladrão e a do comportamento do servo que aguarda a chegada do senhor, continuam o tema escatológico da Parusia.

Esperando continuamente a chegada imprevisível do Senhor que serve, a comunidade cristã permanece atenta, concretizando a busca do Reino através da prontidão para o serviço fraterno.

Os vv. 41-46 mostram que isso vale ainda mais para os dirigentes da comunidade, que receberam de Jesus o encargo de servir, provendo às necessidades da comunidade. A responsabilidade é ainda maior, quando se sabe o que deve ser feito.

 Vós também, ficai preparados, pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem. O tema de hoje é a vigilância, eu e você precisamos estar preparados. Se você soubesse que hoje é o último dia da sua vida, o que você faria, meu amigo, minha amiga? Quantas respostas não? Talvez diriam: “Eu correria para a Igreja a fim de fazer uma boa confissão”. Outros diriam: “Eu vou correr e perdoar todas as pessoas que me ofenderam; eu iria pedir perdão a todos aqueles que eu ofendi; eu iria repartir o que eu tenho a mais com os pobres”.

O que lhe impede de fazer isso hoje, mesmo sabendo que talvez hoje não seja o último dia da sua vida? Fazer assim é estar preparado. Não sabemos nem o dia e nem a hora.

 Precisamos viver como se este dia, como se esta hora fossem os últimos na nossa vida. Se vivermos assim o dia de hoje, com certeza, estaremos preparados, porque se o Senhor vier no dia de hoje, não vai haver desespero para nós.

Por quê? Porque estamos vivendo este dia como o último, esta hora como a última. E o que faríamos no último dia de nossa vida? Certamente faríamos o melhor dia da nossa vida, iriamos amar a todos, perdoar a todos, servir a todos.

 O que nos impede de viver assim o dia de hoje? Então, vivamos assim, buscando fazer o bem, buscando amar a todos, buscando perdoar a todos, lutar pela verdade, lutar pela justiça, cuidar de quem sofre, amar os mais pobres, socorrer os necessitados, consolar os aflitos. É assim que o Senhor quer nos encontrar na sua segunda vinda.

 Agora, seria muito triste não zelarmos, não administrarmos bem o que o Senhor nos confiou, os talentos: a quem muito foi dado, muito será colhido, a quem muito foi confiado, dele muito será exigido. É verdade. Deus nos confiou muitas coisas, Deus nos deu muitos dons, Deus nos confiou uma obra, Deus nos confiou muito. Então, temos que ser fiéis àquilo que Deus nos confiou, temos que administrar bem aquilo que Deus nos confiou, mesmo sabendo de nossas fraquezas e pecados, Deus nos confiou.

 Deus nos confiou uma família, Deus nos confiou um trabalho, Deus nos confiou tantas coisas. Deus nos confiou uma comunidade, Deus nos confiou filhos, Deus nos confiou pais, Deus nos confiou o que está à nossa volta para que cuidássemos com toda fidelidade e pudéssemos estar vigilantes: hoje o Senhor virá!

Os primeiros cristãos viviam sempre na iminência da segunda vinda de Cristo. Assim como eles, também nós estejamos vigilantes porque Jesus vai voltar.

Ele pode voltar hoje pela manhã, pela tarde, ou durante a noite. Vivamos então, preparados, para que o Senhor possa assim nos encontrar.

 Propósito:

Pai, leva-me a tomar consciência de que muito será exigido de mim, pois muito me foi dado. Que minha vida seja compatível com minha condição de discípulo do teu Reino.

 

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