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domingo, 29 de outubro de 2023

Evangelho do dia 02 de novembro quinta feira 2023 - fiéis defuntos

 

02 novembro - COMEMORAÇÃO DE FINADOS.

Aos caros falecidos, que terminaram no beijo do Senhor a sua jornada na terra, "luceat perpetua lux in Regno caelorum” brilhe a luz eterna no reino dos Céus. (L 278). São José Marello



A Celebração dos fiéis defuntos é uma solenidade que tem um valor profundamente teológico, porque chama a nossa atenção para todo o mistério da existência humana, desde suas origens até o seu fim e para além também. A novidade introduzida pela nossa fé é a esperança: nós cristãos acreditamos em um Deus. que não é apenas Criador, mas também Juiz.

A morte é apenas uma porta ...

Logo, Deus é também é um Juiz! O seu juízo vai para além do tempo e do espaço, em uma vida após a morte e na vida eterna, na qual o Reino de Deus se realiza plenamente. O julgamento do Senhor será duplo: além de responder individualmente às nossas ações, no final dos tempos, seremos chamados a responder-lhes também como humanidade.
Se morrermos em Cristo, porque vivemos a nossa vida em comunhão com Ele, seremos admitidos na Comunhão dos Santos.
A celebração de hoje se insere nesta perspectiva: a Igreja não esquece seus irmãos falecidos, mas reza por eles, oferece sufrágios, celebra Missas e oferece esmolas, para que também as almas, que ainda precisam de purificação, após a morte, possam alcançar a visão de Deus.

Cristo venceu a morte!

A morte é um acontecimento inevitável. Cada um de nós pode entender isso pela própria experiência pessoal. Segundo a visão cristã, porém, não é considerada um fato natural. Pelo contrário, é o oposto da vontade de Deus! Deus, o Senhor da vida, nos dá a vida em abundância e a morte é uma mera consequência do nosso pecado. Entretanto, em Cristo, Deus toma sobre si os nossos pecados e suas consequências. Desta forma, a morte se torna uma passagem, uma porta.
Graças à vitória de Cristo sobre a morte, podemos superar o medo que temos dela e a dor que sentimos quando atinge alguém que está próximo de nós.
Enfim, para o cristão, não há distinção entre vivos e mortos, porque nem os mortos são "mortos", mas "defuntos", ou seja, "privados das funções terrenas", à espera de serem transformados pela Ressurreição.

História e origem desta celebração

A “pietas” humana para com os defuntos remonta aos primórdios da humanidade. Mas, como vimos, com o advento do cristianismo a perspectiva muda radicalmente.
Os primeiros cristãos, como podemos facilmente observar nas catacumbas, esculpiam a figura de Lázaro nos túmulos, como anseio de que seus entes queridos pudessem também voltar à vida, por intermédio de Cristo.
No entanto, somente no século IX começou a celebração litúrgica de um falecido, como herança do uso monacal, já em vigor no século VII, de empregar, dentro dos mosteiros, um dia inteiro de oração por um falecido.
Este costume, porém, já existia no rito bizantino, que celebrava os mortos no sábado anterior à Sexagésima, um período entre o fim de janeiro e o mês de fevereiro.
Mais tarde, no ano 809, o Bispo de Trier, Dom Amalário Fortunato de Metz, inseriu a memória litúrgica dos falecidos - que aspiram ao céu - no dia seguinte ao dedicado a Todos os Santos, que já estavam no céu.
Enfim, em 998, por ordem do abade de Cluny, Odilone de Mercoeur, a solenidade de Finados foi marcada para o dia 2 de novembro, precedida por um período de preparação de nove dias, conhecido como Novena dos Defuntos, que começava no dia 24 de outubro.

 

João 14,1-6

""Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho". Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim."  

Meditação:

 O diálogo entre Jesus e seus discípulos se dá no contexto dos discursos de despedida, na véspera de sua Paixão. Está cheio de mal-entendidos e interrogações a fim de rechear o texto com dinamismo.

Jesus diz a seus discípulos que se mantenham firmes na fé. Ele irá lhes preparar uma morada na casa do Pai, e logo voltará para levá-los para que possam estar sempre juntos numa profunda e eterna comunhão.

Porém, os discípulos, representados em Tomé, não conseguem entender o sentido das palavras do Mestre. Apesar de terem tido um longo tempo de convivência, escutando e sendo testemunhas de Jesus, ainda não conseguiram compreender a profundidade de sua mensagem.

 Parece que sua mentalidade imediatista, seu messianismo triunfalista, os impedem de ver que o projeto de Jesus transcende as coordenadas espaço-temporais.

Jesus é caminho, quer dizer, processo de crescimento e amadurecimento da experiência de fé; é verdade, porque é transparência de Deus; é vida, porque participa da fonte suprema da vida inesgotável.

 Também nós tendemos a materializar e minimizar o projeto de Deus. Esquecemo-nos facilmente de que o reino de Deus é o próprio Jesus, que se converte em força transformadora das pessoas e de todas as realidades criadas.

O nosso Deus é um Deus presente. É preciso vivermos a certeza de que Ele está no meio de nós dando-nos forças e coragem para que cada dia avancemos seguindo rumo à meta. Sabemos que o caminho é duro demais. E Muitas vezes parece infindo. E o melhor e sentar e desistir. Todavia, o mérito, a vitória, o segredo, ou seja, o trunfo de tudo isto está saber que enquanto caminhamos ouçamos e sintamos ecoar dentro de nós as santas palavras de Jesus: Não se perturbe o vosso coração. Creiam em Deus e creiam também em mim.

Com Jesus e por Jesus nós somos mais dos vencedores. Ele é a única solução da nossa vida. Ele é o caminho que nos conduz à casa do seu e nosso Pai. Quero relembrar a figura da porta. Jesus é a porta de entrada para a casa do Pai.Se com fé, confiança e perseverança clamares por Ele. Virá erguê-lo ainda que estejas no fundo do poço. Por com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mudado.

Isto não são falácias, sofismas. Quem nos garante é ele mesmo: quando eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.

Na dúvida de Tomé, Jesus já respondeu a minha e a sua dúvida. Portanto, creia, acredite, professe a sua fé em Jesus que é o caminho, a verdade e a vida que nos conduz até Deus nosso Pai.

Reflexão Apostólica: 

O anúncio da partida de Jesus cria um ambiente de preocupação entre os discípulos. Tinham posto suas vidas nas mãos do Mestre e agora temem ficar sozinhos. Tomé não compreende a mensagem do caminho porque não aceita que este passe pela paixão e morte de Jesus; menos ainda entenderá nem aceitará sua ressurreição.

A ida de Jesus para a casa do Pai não significa abandonar o barco da humanidade; ao contrário. É sinal do amor do Filho que une a terra ao céu. Enquanto Jesus prepara nossa morada no céu, devemos trabalhar por um mundo mais humano e mais irmão.

Bem dizem que o céu se conquista com o que somos e fazemos aqui na terra. Jesus compara o céu a uma casa de família onde há amor e espaço para todos.

O problema de Tomé e de muitos no mundo de hoje consiste em confundir o caminho que leva ao céu que não é outro que o próprio Jesus com sua Palavra e seu testemunho de vida.

 Ele é o caminho seguro para chegar ao Pai, a verdade que nos faz livres, a vida que nos resgata da morte e nos faz uma única família na terra e no céu.

Não precisamos ficar perturbados (as) colocando dúvidas nos nossos pensamentos, buscando segurança em outros caminhos. Pelo contrário, devemos seguir os conselhos do Mestre: “Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” e confiarmos em que a nossa morada já está preparada no céu e, que hoje, o céu é o nosso coração, casa de Deus, lugar onde Jesus habita pelo poder do Espírito Santo. 

Diante de tantas dificuldades pelo que passamos: situação de traições, abandono, desconfiança, injustiças, calúnias, fofocas, doenças, desemprego, complicada situação financeira.

 Assim como ontem ante a sua partida para o Céu, Jesus confortou os seus discípulos para que não se preocupassem, assim também hoje e neste evangelho acontece. Dirige-nos palavras de conforto. Ele mostra-nos que não nos deixa abandonados.

Por que buscamos outros caminhos? Por que acreditamos nos contos que o mundo nos prega? Por que não assumimos a vida nova de Cristo pra valer? O que está nos faltando: fé, disposição, coragem, humildade, oração, conhecimento da Palavra? Responda por você e a você!

Propósito:

Pai, meu coração anseia por estar em comunhão contigo, em tua casa, lugar que Jesus preparou para mim. Que eu persevere sempre no caminho que me leva a ti.

 

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