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terça-feira, 27 de junho de 2017

Evangelho do dia 30 de junho sexta feira

30 junho -  Solene tumulação dos despojos mortais de São José Marello no Santuário da Casa-Mãe em Asti. (1923).
Atualmente não temos senão um tênue reflexo da fé e da caridade apostólica. São Paulo! Oh! a grande figura típica do Cristianismo! (L 11). São Jose marello
Mateus 8,1-4

"Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu. Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me. Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu. Jesus então lhe disse: Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura."

Meditação: 

Jesus, no Evangelho, curou a um homem que se humilhou e pediu: “Senhor, se queres, tu tens poder de me purificar”. Se queres: é esta a condição! Com certeza o Senhor tem um plano para nós e na hora devida Ele atenderá as nossas reivindicações.
Ele anuncia o reinado de Deus. Esse anúncio de Jesus se  manifesta nos mais necessitados.O  leproso é um desses necessitados: ele estaria  fora da salvação, por ter contraído uma impureza legal. A lepra deixava-o nessa condição de impuro. Ele era excluído da sociedade e todos acreditavam que  seria um excluído de Deus também. Jesus desce da montanha, que para eles era lugar de manifestação predileta de Deus, lugar da lei e de Moisés.

Porém, olhem só, o leproso não se aproxima de Jesus “acima” na montanha, mas sim abaixo, no meio da grande multidão. Quando o leproso faz o seu pedido,  “Se queres, podes curar-me”, está pedindo que lhe seja devolvida a condição de homem: que possa olhar, sentir, aproximar-se dos demais, enfim, ser novamente uma pessoa. É um texto maravilhoso, motivador.

Deus não está acima, longe, no monte, mas no meio das pessoas. O excluído faz o pedido porque Jesus lhe inspira o desejo de mudar, desperta nele a possibilidade de recuperar os seus direitos, enfim, Jesus desperta nele o desejo de viver. O mestre Jesus, diante desse grito de compaixão, se solidariza; realiza seu pedido, pois é isso que Deus quer: a vida!

A lepra era uma enfermidade terrível que excluía imediatamente o enfermo da comunidade de fé e do convívio de sua família. Havia o medo do contágio. O doente era submetido a um isolamento total, e tinha de ir avisando por toda a parte em que passasse, gritando: “impuro!”, para que  ninguém se aproximasse deles.

O leproso era um marginalizado da vida social(lv 13,45-46). Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade(lv14). O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada.

Por isso chama a atenção que o leproso deste episódio não grite: “impuro!”, mas reconheça Jesus como Senhor e lhe peça que o limpe. A resposta de Jesus é curá-lo de sua enfermidade. Mas o convida a cumprir com todas as normas prescritas pela Lei para estes assuntos. Desta maneira Jesus ajuda o enfermo a recuperar sua dignidade. Agora pode ser incorporado devidamente à comunidade e à sociedade.

Quantas formas de exclusão e rejeição existem hoje em nosso contexto social e cultural. A pobreza extrema, o racismo, o machismo, as brigas religiosas...são outros tantos motivos de condenações e exclusões. Se todos somos filhos de Deus, por que não nos aceitamos com nossas diferenças e particularidades?

Peçamos também ao Senhor que nos cure de nossas enfermidades sociais de marginalização e exclusão para com os demais, e nos dê a capacidade de aceitar e reconhecer no outro a um filho ou a uma filha de Deus que merece respeito e dignidade.

Reflexão Apostólica
Não pensemos que essa cura aconteceu “do nada”, pois estaríamos desprezando a onisciência do Senhor e o plano do rapaz que tinha lepra. Como assim plano?

É difícil imaginar alguém que era segregado da sociedade, em virtude da moléstia que carregava, a passar despercebido na multidão que seguia Jesus. Sim, ele tinha um plano. Imagino até seus passos e seu objetivo para chegar até Jesus.

Precisou pensar como passaria pelas pessoas sem ser notado ou ouvido, e quantos irmãos ainda hoje ainda se sentam num canto da igreja, em nossos grupos, desejando também não ser visto pelas pessoas, mas ouvidos por Deus? Era comum ser preso aos leprosos um sino para que todos os ouvissem chegar e pudessem se afastar. Às vezes nossos erros, até os mais corriqueiros, representam nossos sinos. Por mais que tenhamos o objetivo em mente da cura, somos “delatados” por eles.

As pessoas (nós) quando sabemos de grandes faltas de alguém (sinos), inconscientemente (as vezes) costumamos nos afastar e quando isso não ocorre, por vezes dificultamos o acesso a Jesus para aquele que deseja uma nova chance de se tornar puro. Nossa impregnada hipocrisia não permite que o que errou conserte seus erros.

Jesus quando desceu do monte já sabia que o aquele homem pretendia. Sabia, portanto do sofrimento causado pela moléstia e muito mais que isso, o Senhor fora vencido, ainda no monte, pela vontade persistente e destemida daquele rapaz

Um outro ponto…

As nossas lepras não nos escondem de Jesus e sim o nosso silêncio!

Quando digo silêncio refiro-me a inércia, ou seja, a nossa infinita vontade que as coisas “caiam do céu”. Por exemplo: Estou a muito tempo sem um emprego, mas me nego a voltar a estudar, de ser o mais velho da turma, de verem que nem terminei o primeiro grau… O orgulho é um dos nossos maiores sinos

Saibam, existem tantos outros exemplos, mas como conseguirei me encontrar com Jesus se não faço um plano para conseguir isso?

Precisa de um emprego? Então, por que não “larga mão” da cervejinha de fim de semana? Uma carteira de cigarros por dia quando abandonada, é no final de um mês três sacos de cimento que rebocariam a parede do quarto… Duro isso? Não! Duro é passar fome, ver nossos filhos doentes, sem estudo, com traficantes os acolhendo e por orgulho não querer mudar

Deus não cansa de atrair-nos para Ele. Todos os dias, todos os momentos, (…) Ele novamente desce do monte e o que fazemos?

Coragem e destemor são características vivas de quem acredita em Cristo.

Faça planos! Se não tem, escreva! Se perdeu, recomece! Os sinos podem até nos denunciar, mas não podem ser o motivo para temer o encontro. Não tema as pessoas ou que dirão. Tema sim, parar no tempo por ter medo de querer recomeçar.

APENAS UM DIA!
Sucesso nunca é algo final da mesma forma que fracasso também não o é. É a coragem que realmente conta!  

Que diferença apenas um dia pode fazer. Em apenas um dia, você pode ir do desespero à empolgação a respeito das suas positivas possibilidades. Em apenas um dia, você pode – pela graça de Deus – estabelecer uma sólida direção para os seus mais acalentados sonhos. 

Um dia é tempo o suficiente para você fazer uma grande e profunda diferença na sua vida e na vida daqueles que o cercam. Um dia cheio de boas atitudes, um dia cheio de dependência total de Deus, um dia cheio de eficientes atos podem causar um imensurável impacto no seu futuro e no futuro daqueles que o cercam. 

E quando esse dia acabar – também pela graça de Deus – você pode ter um novo outro dia cheio de oportunidades bem em frente de você. Quando você vive um dia na sua plenitude, é incrível a diferença que você pode fazer. Que diferença o que apenas um dia pode fazer... imagine toda uma vida de dias assim – o que dias assim podem realizar!

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