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domingo, 4 de junho de 2017

EVANGELHO DO DIA 11 DE JUNHO DOMINGO - SANTÍSSIMA TRINDADE

11 junho - Às vezes Jesus se afasta de nós para que não nos apeguemos demais às alegrias sensíveis. Mas, ao afastar-se, nos envia o Espírito Santo, o Espírito Consolador, que nos sustenta, ajuda, conforta e, embora não o vejamos com os sentidos, todavia
experimentamos seus bons e salutares efeitos. (S 346).São José Marello
João 3,16-18

"De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será julgado, mas quem não crê já está julgado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus" 

Meditação:
 
Celebramos hoje em toda a Igreja, em cada pequena comunidade  cristã como a nossa, a solenidade da Santíssima Trindade: Pai – Filho e Espírito Santo. Celebramos hoje, o que poderíamos chamar, o coração da nossa fé. Pois acreditamos e adoramos um Deus que é Uno e Trino.

A bíblia revela, em uma palavra, quem é Deus: Deus é amor (1 Jo 4,8). Amor pessoal, (porque te ama como se somente tu existisses) amor total (sem medida, porque a medida do amor é dar sem medida), amor sacrificado (oblativo, entregue e paciente), amor universal (inclusivo, não excludente), amor preferencial (se inclina ao mais débil).

As leituras de hoje revelam o perfil, o rosto ou a fisionomia de Deus. A leitura do Êxodo o revela como um Deus “compassivo e misericordioso, lento na cólera e rico em clemência e lealdade”. Como querendo contrastar a infidelidade do Povo e a fidelidade de Deus.

Paulo, na segunda leitura, desvela o mistério de um Deus Pai, Filho e Espírito Santo, mediante a saudação trinitária à assembléia. Finalmente o evangelho de hoje revela uma luz especial: “Deus tanto amou o mundo que lhe entregou seu Filho” (Jo 3,16).

Estes seriam como que os versículos fundamentais para nossa fé. Em primeiro lugar Deus de Israel e de Jesus é um Deus presente na historia.

O antigo e novo Povo de Deus não chegaram à experiência de Deus, nem pela natureza (religiões naturalistas, tendentes a divinizar a criação), nem pela filosofia (a elucubração dos filósofos, que através das causas segundas, chegaram a uma primeira causa: Deus), mas pela historia.

Daí que o credo de Israel e da Igreja se definam como credos históricos. Impossível proclamar este Deus, deixando de lado os grandes acontecimentos salvíficos: que “nasceu da virgem Maria, padeceu sob Poncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, etc., são dados históricos pontuais.

Deixar de lado a historia seria desencarnar a fé, privá-la de sua sacramentalidade histórica. Um Deus desentendido da historia não seria o Deus dos cristãos. Em segundo lugar, nesta historia cheia de luzes e de sombras, porém guiada pela mão de Javé, é que se vai avançando: o que os teólogos chamam “a revelação progressiva”.

Quando éramos crianças tivemos uma experiência de Deus que foi amadurecendo pouco a pouco até que nos tornássemos adultos. Trata-se de um princípio da pedagogia divina.

O mistério de Deus uno e trino é fruto dessa experiência de revelação progressiva na historia. Revelação máxima, expressão de amadurecimento: Deus não é um ser isolado, afastado das realidades temporais, solitário.

Mas um Deus comunitário, família, sociedade, fraternidade, etc. Por isso, como dissemos no inicio, a expressão máxima de toda revelação bíblica é esta: Deus é amor. E o amor nunca é solidão, isolamento, mas comunhão, proximidade, diálogo e aliança.

A própria natureza de Deus é um projeto de vida, que revela a própria natureza da alma humana, criada à sua imagem e semelhança.

Deste modo, podemos entender como a própria humanidade sente essa necessidade de aliança, ainda que em meio à pluralidade.

Vivemos em uma casa comum, somos uma família (humana), temos as mesmas necessidades, os mesmos problemas. Deus nesta hora da historia, fala através de sinais de um mundo em constante busca de ser e de sentido.

Em terceiro lugar, não há por que quebrar a cabeça para tentar compreender (a partir de nossa lógica natural) um mistério que nos é dado pela revelação e que somente pode ser aceito plenamente pela fé. A Deus ninguém jamais o viu, somente o Filho que estava no seio do Pai, é quem no-lo deu a conhecer (Jo 1,18).

Neste texto, como núcleo do discurso de Jesus a Nicodemos, João reapresenta a encarnação salvífica de Jesus, já anunciada no Prólogo de seu evangelho. "E o Verbo se fez carne e veio morar entre nós e vimos a sua glória, que ele recebe do seu Pai como Filho único" (Jo 1,14). "Ele estava no mundo. A quantos, porém, o acolheram deu o poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome" (Jo 1,12).

Temos aqui o anúncio fundamental que pregava o evangelho de João. Deus, no seu grande amor, enviou seu Filho ao mundo para comunicar a vida eterna a todos que nele crêem.

O objeto do amor de Deus é o mundo. A palavra "mundo", principalmente nas cartas paulinas (1Co 2,12; 3,19; Ef 6,12) e no evangelho de João, significa a sociedade alienada de Deus pela dominação daqueles que são seduzidos pela ambição do dinheiro e do poder.

No evangelho de João o mundo está submisso ao príncipe das trevas. Não é necessário pensar em entidades demoníacas. Trata-se do poder da morte.

São os poderosos deste mundo que semeiam a morte em vista de garantir e consolidar suas riquezas, seu poder econômico, militar, e ideológico, apelando para contra-valores seculares ou religiosos.

Este "mundo" tem uma estrutura que se opõe a Deus, mas Deus vem, com amor, para transformar e libertar este mundo.

O mundo é criação de Deus e Deus dá seu Filho único ao mundo para elevá-lo à plenitude da paz e da vida eterna. O Filho é a "luz do mundo" (Jo 1,9; 3,19; 8,12; 9,5; 12,46), e Jesus dá a vida pelo mundo (Jo 6,33).

"Deus amou tanto o mundo que deu seu filho único", enviando-o pela sua concepção no ventre de Maria, na encarnação. Jesus, o novo Adão, já é a realidade da nova humanidade: é o homem que, na condição de filho de Deus, já é divino e eterno.

O fruto do amor não é a condenação mas a libertação de toda opressão, que é realizada por Deus com o dom gratuito da vida eterna, e alcançada pela fé.

Jesus, a luz do mundo, vem como dom e prova do amor de Deus. Sua glória, que é a glória do Pai é a comunicação deste amor.

Deus que "dá" seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo, foi entendido dentro das categorias do judaísmo, como oferta sacrifical.

Jesus seria sacrificado na cruz nos moldes dos cordeiros no altar do Templo de Jerusalém ou como Isaac que é levado ao sacrifício por seu pai Abraão. Terrível compreensão!

Deus é amor! Deus envia Filho Jesus não para julgar e condenar, mas como portador do amor divino, no Espírito Santo, para comunicar a vida aos homens e mulheres.

É um renascer para a eternidade, é a ressurreição. "Deus enviou seu Filho ao mundo, não para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele".

A salvação, na tradição de Israel, é compreendida como sendo o resgate do castigo e da condenação dos ímpios pecadores, um povo de "cabeça dura", sob o ponto de vista das elites religiosas.

Com Jesus esta idéia de salvação vai sendo didaticamente substituída pela idéia da libertação da opressão que impera no mundo e o anúncio do dom da vida eterna. O estar julgado ou não estar julgado é substituído pelas atitudes de não crer ou crer em Jesus, Filho único de Deus.

Quem crer em Jesus não será julgado porque libertou-se e recebe o dom da vida eterna. Quem não crer é julgado por permanecer conivente com as estruturas de poder deste mundo, distanciando-se deste dom.

Os discípulos eram do mundo, mas foram libertados de seu poder e de sua ideologia pela adesão ao projeto de Jesus. Eles são a semente da libertação do mundo.

O crer é a porta para a vida eterna. Crer no nome do Filho é seguir Jesus. É ser portador da misericórdia e da vida ao mundo. Viver o amor na comunidade, desvelando a presença do amor de Deus no mundo.

A fé passa do ouvido à  mente, da mente ao coração e do coração à vida. Não se trata de um processo meramente racional. Pois a razão necessita da racionalidade da fé, ao reconhecer-se humilde diante do mistério de Deus. Com efeito, Deus revela estas coisas ao povo simples, e as esconde aos sábios deste mundo.

Esta é a lógica e a sabedoria do nosso Deus, muito distinta e muito distante da lógica natural, marcada pelos egoísmos humanos. Deus entra mais facilmente no coração da criança do que no coração do adulto; entra mais no coração do humilde  do que no coração do soberbo; mais no coração do débil que no coração do que se julga forte.

Estamos diante do maior mistério, que nem olho viu, nem ouvido escutou. Aproximemo-nos de Deus com adoração (O Pai) dispostos a assumir seu projeto de fraternidade (O Filho) com toda profundidade de nosso ser (o Espírito Santo).
Reflexão Apostólica:

Nós adoramos Deus que é Pai criador. Aquele que criou todas as coisas visíveis e invisíveis, conforme professamos no creio, com amor e sabedoria e fez de nós homens a mais predileta de todas as suas criaturas; pois só a nós foi dada a dignidade de sermos chamados filhos de Deus.

Adoramos o Deus que é Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós e por amor nosso se encarnou no seio de uma Virgem, Maria; fez-se um de nós para salvar a nossa humanidade destruída e desfigurada pelo pecado.

Prova disso é que ele passou pelo mundo sanando, curando, restituindo a dignidade aos pobres e excluídos e a todos mostrando o caminho que conduz ao Pai,  o caminho que nos conduz à felicidade. 

Nós adoramos Deus que é Espírito Santo,  que é o amor infinito do Pai e do Filho por nós. Ao voltar para o Pai, Jesus não quis que ficássemos sozinhos.

Ele sabia que continuar a sua missão não seria nada fácil para os seus discípulos, e por isso, Ele nos deu o Espírito Santo,  o grande consolador.

É o Espírito que nos fortalece nas provações, nos guia nos nossos caminhos, nos ajuda no testemunho, nos une como irmãos numa só família que é a Igreja que Cristo desejou.

Mas o que significa para nós celebrar hoje a Santíssima Trindade,  esse Deus Uno e Trino, que tanto nos amou e nos ama a ponto de fazer-se um de nós para nos salvar, que hoje caminha conosco como nosso companheiro de vida; como Ele próprio prometeu, que estaria conosco até o fim dos tempos?

A primeira coisa mais importante a dizer é que celebrando solenidade da Santíssima Trindade, nós celebramos o grande amor de Deus por nós. O nosso Deus não é um Deus das nuvens e dos tronos celestes.

Não é um Deus longe do ser humano, indiferente á aquilo que lhe acontece; mas é um Deus que caminha conosco, que se revela como misericórdia, rico de graça e perdão, fiel; que faz aliança com o seu povo amado.

O nosso Deus é o Deus que entra na nossa história e na nossa vida  para nos salvar e que faz questão que sintamos a sua presença protetora, defensora, como encontramos relatado em muitos textos do livro do Êxodo. Ora, a máxima revelação desse amor do Pai por nós chegou com Jesus Cristo.

O próprio Jesus no Evangelho de hoje vai dizer no colóquio com Nicodemos que: "Que Deus tanto amou o mundo que deu o seu filho unigênito para que quem nele crer, não morra, mas tenha a vida eterna".

No seu filho Jesus, por meio do qual o Pai também age para a salvação  do ser humano, Deus quer acabar definitivamente com aquele abismo que o pecado escavou entre Ele e a humanidade. Deus não quer que os seus filhos morram, mas que vivam.

Diante das situações de morte pelo pecado, ele propõe para os homens e mulheres de os todos os tempos  uma possibilidade de vida nova e feliz.

Nós fomos feitos para viver junto de Deus e é por isso que desde sempre Ele vem ao encontro do ser humano quando se extravia do reto caminho; perdoa quando caímos no erro; nos corrige quando persistimos em nos fazer o mal e conosco faz aliança de amor.

Todo esse amor de Deus por nós quer nos revelar toda a sua dedicação e cura pela nossa vida e pela nossa felicidade. Em Jesus, Deus destruiu o poder do pecado sobre nós e com o sangue do seu filho fez conosco uma aliança de Amor, fortalecida e renovada cada dia pelo Espírito que nos acompanha até o fim dos tempos.

Celebrar também a Trindade é para nós hoje um chamado ao compromisso com esse amor de Deus por nós.  Se o nosso Deus Uno e Trino nos amou e continua nos amando apesar de nossas fraquezas, devemos também nós nos comprometer a viver esse amor, sobretudo porque somos nós batizados os convocados e enviados pelo Mestre Jesus para anunciar o seu amor e o amor do Pai pela força do Espírito a todos os povos.

Essa é a nossa missão como batizados. E esse anúncio, passa sobretudo através do testemunho das nossas comunidades, que são  os lugares privilegiados da vivência e do compromisso com esse amor.

Porque somos amados por Deus, por sua vez devemos também nos amar para sermos, para este mundo, anunciadores, com a vida, do grande amor de Deus.

Olhando para nós, para o nosso testemunho de vida, os outros deveriam dizer como diziam para os primeiros cristãos: olhem como eles se amam. 

Esse amor urge, portanto, traduzir-se em ações concretas que nos construam e nos conduzam a sermos mais irmãos conforme é o desejo de Deus.

São Paulo, na sua carta aos Coríntios, vai justamente nos apontar algumas formas concretas de como a comunidade cristã pode traduzir em ações concretas este amor de Deus.

A vivência da paz, da concórdia, da ajuda mútua, do encorajamento nos momentos difíceis, dentro da comunidade é um testemunho vivo de como o amor de Deus está sendo correspondido e que se torna um grande testemunho para o mundo. 

Com certeza, a vivência da paz entre nós como irmãos, se torna  para o nosso mundo destruído por tantas guerras e violência um sinal de esperança.

Assim também, como o é, a vivência da compreensão, da ajuda mutua, num mundo que prega o individualismo e a competição.

Vivendo esses valores que a nossa fé nos convida a viver podemos ser para este mundo um grande sinal como comunidade que o amor de Deus não é uma teoria, mas uma realidade que pode tornar-se concreta quando buscamos crescer como irmãos.

Para concluir, lembramos que, celebrar a Santíssima Trindade hoje, é celebrar a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo no meio de toda comunidade cristã.

É pela Trindade que toda comunidade é viva, é santificada, é abençoada. A Eucaristia,  que celebramos nas nossas comunidades, é um exemplo concreto dessa presença.

De fato, nós começamos a Celebração da Eucaristia em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo e recebemos a última benção em nome dos três.  E ainda: é no nome da Trindade que recebemos todos os sacramentos, assim como todas as bênçãos que pedimos à Igreja.

Propósito:
Pai, louvo-te e agradeço-te por nos teres amado tanto, a ponto de oferecer-nos a salvação, por meio de teu Filho, ao qual somos atraídos pela força do teu Espírito. Ó Deus Trindade, “a maior comunidade”, mistério eterno, insondável, do qual apenas podemos balbuciar uma longínqua aproximação. Aviva em nós tua própria vida, da qual fazes participar a cada uma de tuas criaturas, para que nos sintamos convocados a acrescentar a Vida. Nós nos joelhamos diante dessa corrente original e eterna de vida, na comunhão expressa no teu próprio ser: Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito Santo.

OLHE PARA CIMA E SORRIA!
Eis aqui uma verdade inquestionável: Quanto mais positivo você for no senso físico, mais positiva e gratificante será toda a sua vida. O seu corpo e a sua mente trabalham e operam num harmonioso compasso; torna-se extremamente difícil ser mental e espiritualmente alegre e positivo quando você tem um negativo psicológico estilo de vida. 

Pense nisso: com quem você gostaria de desfrutar companhia e investir o seu precioso tempo? Com alguém que está constantemente com o semblante carregado, olhando sempre prá baixo, rosto triste e amargurado ou com alguém que é sinceramente prá cima, sorridente e cheio de positiva esperança? 

Faça uma experiência prática. Experimente o contraste em você mesmo. Primeiro, você fecha o seu rosto, olhe para baixo e diga a você mesmo: “as coisas estão muito más, horríveis, terríveis.” Veja como você se sente. Agora, sente-se numa posição firme e postado para a frente, coloque um grande sorriso no seu rosto e diga com empolgação e paixão: “Este é o dia que o Senhor me deu, eu vou me alegrar e regozijar nele.” Imediatamente você vai começar a sentir a diferença em sua fisiologia. Resumindo: a vida é um presente magnífico de Deus a você; problemas e aflições fazem parte do seu ingrediente, mas jamais se esqueça de que a maneira como você responde à vida é que irá determinar a maneira como a vida irá responder a você.


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