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domingo, 4 de junho de 2017

Evangelho do dia 10 de junho sábado

10 junho - Invoquemos sempre o Espírito Santo em cada ação nossa! Invoquemo-lo para que Ele seja a nossa alegria, o nosso sustentáculo e o nosso guia seguro para o Céu. (S 347). São Jose Marello
Marcos 12,38-44

"Uma grande multidão escutava com prazer o que Jesus ensinava. Ele dizia ao povo:
- Cuidado com os mestres da Lei! Eles gostam de andar para lá e para cá, usando capas compridas, e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças; preferem os lugares de honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes. Exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem orações compridas. Portanto, o castigo que eles vão sofrer será pior ainda!"

Meditação

Jesus, em Jerusalém, encerra seu ministério com duras palavras contra o sistema do Templo. Ensinando no próprio Templo, adverte o povo contra a sua exploração por parte dos escribas, que "devoram as casas das viúvas".

Estes ostentam poder e piedade para humilhar o povo simples e mantê-lo sob seu domínio.
Jesus senta-se em frente ao Tesouro, anexo ao Templo.

As oferendas que feitas para financiar o funcionamento e a conclusão das obras ornamentais do Templo eram uma notável mostra de piedade aos olhos da maior parte dos judeus no temo de Jesus. Enquanto os fanáticos religiosos olharam com desprezo e os críticos consideraram superficial a oferenda da pobre viúva, Jesus descobre a sabedoria por detrás desse gesto.

A atitude da viúva, elogiada por Jesus, é a mostra mais extraordinária da sinceridade e convicção da religião popular. Jesus toma este exemplo, não para exortar seus discípulos a incrementar suas doações ao Templo, mas como mostra de piedade e sabedoria que bem podem caminhar para a edificação de outros seres humanos. A generosidade da viúva é a medida da generosidade do cristão para com a causa de Jesus.

Já não se trata de dar dinheiro para comprar pedras, mas dar do necessário para viver para que outras pessoas possam viver. Assim se supera a lógica positiva, mas insuficiente, do “viva e deixe viver” para “viva e faça viver”. Não há superioridade entre a religião oficia e a religião popular. Vivencia simples da fé não significa uma religiosidade deficiente ou alienante.
Marcos confronta de forma magistral a atitude dos escribas que exibem seu poder, e a atitude de uma anciã que dá ao Templo tudo que tem para viver.

Aos primeiros, somente lhes interessa praticar uma religião baseada no dinheiro que não exige deles esforço nem sacrifício algum.
A segunda é destituída de solenidade. Para começar, é uma mulher; portanto, deve se submeter aos homens. É provável que seja anciã, o que a marginaliza mais ainda.

O que nos diz o evangelho é que é viúva e pobre; quer dizer, excluída absolutamente do sistema de pureza legal. Não tem segurança alguma para viver.

O texto também assinala um contraste diametral entre o que lançavam os ricos no cofre de esmolas do Templo, e as moedas de muito pouco valor que a mulher havia dado.

O evangelho diz-nos que os escribas e fariseus fazem ostentação da sua suposta bondade. Dão esmolas, tocando a campainha; rezam no templo à frente e em tom de grandiosidade; ocupam os primeiros lugares, etc.

Acautelai-vos dos escribas. Eles gostam de passear com longas vestes e de receber cumprimentos nas praças. Querem os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.

Logo a seguir conta-nos a história da viúva que, dando a mais pequena das moedas, dava tudo quanto tinha. Foi uma atitude que Jesus apreciou e dela fez o elogio aos seus discípulos. A esmola da viúva, modesta no seu valor, foi a de maior significado. A Misericórdia é uma virtude moral pela qual uma pessoa se dedica à outra com compaixão, dando ajuda espiritual e material na medida das suas posses.

O mérito não está na grandeza ou pequenez da nossa oferta à Deus. Mas sim em como o fazemos.

Os mestres da Lei, por exemplo, prevalecendo-se da estima que gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.

Bem diferente era o destino e a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso, seu pouco se tornou muito aos olhos de Jesus. Por que Deus vê o coração, sabe a tua dor, as tuas aflições e necessidades.

Jesus sabe daquilo que eu e tu podemos doar. Ele acredita no meu e no teu potencial e preparou muitas coisas que somente eu e tu pode resolver. Mas eu e você ainda não demos tudo o que podíamos e por isso continuamos amarrado, muitas vezes infelizes. Não sejamos egoístas, mas generoso. Diga o seu sim e dê tudo àquilo o que tu pode e deve dar. Siga o exemplo da viúva e veja como ela agradou a Deus. Se assim fizer também a sua oferta será agradável a Deus!

Reflexão Apostólica
Muitas vezes temos em nosso coração um desejo sincero de ajudar os mais necessitados, procurando dar tudo aquilo que elas precisam: construir uma casa para a não tem teto, dar alimento a passa fome, pagar tratamento médico a quem é dependente químico, porém não dispomos dos recursos para fazer  essas coisas maravilhosas! A verdade é que a maioria do povo o que a gente ganha, mal dá para suas necessidades. Muitas vezes construímos castelos na areia “Ah se eu fosse rico, quanta gente poderia ajudar!”

Essa não é a lógica do Reino de Deus, devemos seguir o exemplo de  São Francisco de Assis, que primeiro livrou-se da  riqueza da qual era possuidor e para doar-se totalmente aos pobres, fez-se mendigo para socorrer os que tinham necessidades.
Nas campanhas de solidariedade,  que são  bem vindas por aqueles que necessitam, geralmente damos aquilo que está nos sobrando, sem sombra de dúvidas que essa é uma ação válida e de caridade, pois pecado maior comete quando não se dá nem aquilo que sobra; mas o Evangelho que  acabamos de ouvir nos relata um gesto muito mais grandioso que é DAR DO PRÓPRIO SUSTENTO, DAQUILO QUE MUITAS VEZES VAI NOS FAZER FALTA!

No tempo de Jesus, viuvez era sinônimo de desamparo, pois quando morria o marido, todos os seus bens passavam ao parente mais próximo porque as mulheres não podiam ficar com nada e, elas passavam a viver da caridade dos outros.

O evangelho conta que  a viúva  chamou a atenção de Jesus na hora da oferta, colocou duas moedinhas de menor valor monetário, seria a de cinco centavos para nós, que era tudo o que possuía.

Quando o gesto de doar, implica em uma perda, então estamos fazendo o que Jesus nos pede. Na verdade essa viúva acabou fazendo aquilo Jesus iria fazer: dar tudo o que Ele tinha - sua própria vida -  para garantir a salvação dos homens.
Portanto, não se trata apenas de dar bens materiais, de dar esmolas, mas dar tudo aquilo que Deus nos deu, tudo o que somos e temos e que deve ser partilhado com os irmãos, por exemplo, o nosso tempo, algo que é tão precioso; vivemos no corre-corre e alegando a falta de tempo quando deixamos de fazer uma boa obra, não fomos visitar um enfermo, não fomos visitar um amigo que está passando dificuldades, deixamos de dar um tempo de atenção a quem precisa, não fomos a um velório levar uma palavra de consolo aos familiares do falecido, tudo isso deixamos de fazer alegando que não tivemos tempo isso é, só pensamos em nós e nas coisas de nosso interesse.

Na fé em Jesus Cristo, se quisermos ainda aprofundar o pouco mais nossa reflexão, deveríamos pensar no dízimo que oferecemos a nossa igreja, será que é uma oferta feita com generosidade, dando um valor daquilo que é o meu sustento, ou sempre oferto apenas aquilo que me sobra?
Se não formos capazes de praticar gestos como este, na nossa relação com Deus e com o nosso próximo, a nossa conduta está muito parecida com a dos escribas, que na comunidade se faziam de importantes, aparentavam ser muito piedosos, orgulhando-se da “Vida cristã” que viviam, mas ainda estavam muito longe de Deus. E com gente assim o juízo será muito mais rigoroso, adverte-nos este evangelho.

Meditação: 

Nos evangelhos a crítica à classe dirigente das sinagogas, do Templo e da Judéia, os escribas, os fariseus, os sacerdotes e os latifundiários, é muito contundente.

Essa crítica atinge tanto a sua doutrina como a sua prática. A sua doutrina tem um sólido caráter ideológico em vista de consolidar seu prestígio e poder, religioso e político.

Somente São Marcos e Lucas 20,45-21,1-4 descrevem a atitude de Jesus perante a pobre viúva que deitou a sua oferta no cofre do Templo de Jerusalém. A Igreja hoje nos faz saborear a riqueza de Marcos.

Lendo o comentário de Jesus poderíamos encontrar muitas dúvidas sem respostas como estas, por exemplo: Então, como é? Essa viúva entregou tudo para o Templo, que corresponde à igreja dos nossos dias, tudo que possuía para viver, e depois? Se ficou sem nada, depois disso foi pedir esmola? Ou terá morrido à fome? É essa a vontade do Mestre? Jesus quer que entreguemos tudo para a Igreja? Não estará esta explicação em contradição com muitas outras passagens em que Jesus mostra a sua preocupação para com os pobres e as viúvas?

Mas é preciso entender bem o que Jesus quis frisar. Primeiro está a situação da viúva. A mulher israelita do tempo de Jesus, era alvo de forte discriminação imposta pela Velha Lei.

No Templo não podia ir além do Pátio das mulheres, e não estava de forma alguma preparada para sobreviver economicamente sem o seu marido.

Não admira que, em caso de falecimento do dono da casa, se não houvesse filhos, as suas mulheres não estivessem minimamente preparadas para defender os seus direitos no “mundo dos homens” como os negócios, conselhos, tribunais etc.

 A viúva, se não tivesse pelo menos um filho, que pudesse herdar as terras de seu pai, continuava de certa maneira ligada ao seu falecido marido, e de acordo com Deuteronômio (Dt 25,5-10) deveria esperar que algum dos seus cunhados a tomasse como mais uma de suas mulheres em respeito pela memória de seu irmão. Só depois dos seus cunhados a rejeitarem e depois de cumpridos os rituais que constam do texto que mencionamos em Deuteronômio é que ela poderia tentar novo casamento. Assim, a expressão que aparece no texto de Marcos e de Lucas “viúva pobre”, nesse contexto cultural, leva-nos a imaginar uma viúva que não tivesse filhos, nem cunhados que a recebessem, nem quaisquer meios de subsistência.

Pode parecer-nos um tanto estranha a afirmação de Marcos de que muitos ricos lançavam muitas moedas. Na nossa cultura, é natural identificarmos as moedas com as pequenas importâncias, pois para importâncias elevadas, utilizamos as notas ou o cheque bancário. 

Naquela época ainda não havia dinheiro em notas. Só havia moedas que podiam ser em cobre, prata ou ouro, atingindo valores muito elevados.

Depois destes esclarecimentos, já estamos em melhores condições para compreender o pensamento do nosso Mestre. A pobre viúva deu mais do que todos. Não encontramos aqui qualquer palavra de aprovação nem de reprovação da atitude dessa pobre viúva.

O pensamento principal, que está na base desta passagem, é a dura crítica de Jesus aos escribas, pela maneira como se apresentavam, acusando-os de “devorarem as casas da viúvas”. Logo em seguida, aparece esta pobre viúva, cuja função é certamente ilustrar a afirmação anterior.

É com este “pensamento de fundo” que se deve interpretar a descrição do que se passou com esta viúva, simples exemplo do que certamente se terá passado com muitas outras viúvas. A afirmação de Jesus, de que a viúva deu mais do que todos os outros, vem arrasar toda a velha teologia.

É um novo critério que avaliação que não se encontra em todo o Velho Testamento. Que dirá Jesus das nossas igrejas, na Sua segunda vinda? Não nos compete responder.

Será que iremos voltar a ouvir coisa semelhante à afirmação do Mestre: Guardai-vos dos escribas que gostam de circular de roupas longas, de ser saudados nas praças públicas, e de ocupar os primeiros lugares nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes, mas devoram as casas das viúvas e simulam fazer longas preces. Esses receberão condenação mais severa.

Em vez de “escribas”, poderão estar os títulos de outros respeitáveis cargos religiosos dos nossos dias a começar por mim que sou sacerdote, por ti que não sei qual é a função que exerces na Igreja e que agora me segues nesta reflexão.

Portanto, acautelemo-nos.
Reflexão Apostólica:

Por mais que tentemos, muitas vezes, aparentar uma falsa humildade, Deus conhece o nosso coração e pode perceber que sentimentos se escondem debaixo das nossas ações.

Neste Evangelho nós vimos Jesus abrir os olhos dos Seus discípulos para que se prevenissem contra “os doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da sua falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus.

Ele dizia: “Tomai cuidado” “eles receberão a pior condenação”. Do mesmo modo Ele os instruía a que, além de tomar cuidado com eles, também não os imitassem e não seguissem a mesma cartilha por onde eles se guiavam.

Infelizmente ao longo de todos os anos essa cartilha permanece servindo de lição para muitos “doutores da lei” dos tempos modernos que usam das mesmas práticas a fim de chamar atenção para sua “espiritualidade” e “devoção” de fachada.

Por isso, ao mesmo tempo Jesus também fazia alusão àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.

São duas situações claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não revelam o que se passa no nosso interior.

Jesus pôde avaliá-los, pois observava tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. A observação de Jesus não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para que mergulhemos dentro de nós mesmos e avaliemos as nossas reais intenções quando agimos sabendo que estamos em evidência e que outras pessoas nos vêem no trabalho do reino e nas ofertas que fazemos.

Precisamos ter muita consciência quando formos fazer as nossas ofertas. O muito ou pouco que colocarmos aos pés do altar do Senhor precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente.

Não conseguimos enganar a Deus, por isso poderíamos ser mais sinceros confessando a nossa covardia, dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a) tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em Ti, perdoa-me”!

Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco.

Não importa a quantia que depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de sermos livres dos nossos apegos para que “não recebamos a pior condenação!”

Que aprendamos com os conselhos do Mestre.

Com que intuito você faz as suas orações na assembléia diante de todos? Você gosta dos primeiros lugares? O que você pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? Qual é o entendimento que você tem sobre generosidade? Como você pode dar tudo o que possui: você entende isto?
 PRONTO PARA MUDAR?

A sua vida hoje é o resultado das opções e decisões que você tomou até este momento. Se você deseja que a sua vida seja diferente, você tem que necessariamente fazer algumas mudanças. Apenas “desejar” uma vida melhor, não funciona. Para que as coisas possam mudar, você tem que estar disposto a mudar. Isso significa sair da sua zona de conforto. Significa encarar os seus medos. Significa mudar de carreira, mudar hábitos alimentares, mudar de cidade, mudar suas atividades diárias…etc. 

Você – por ser humano – é um ser incrivelmente adaptável. Se você chegou até aqui é porque você já fez frente a grandes mudanças em todos os aspectos da sua vida. De um simples e indefeso bebê você tornou uma criança, de uma criança a um adolescente, e de um adolescente a um adulto você enfrentou em sua vida uma série de muitas mudanças. Portanto, você está capacitado sim, para enfrentar esse novo desafio. 

Existe coisas que você precisa fazer, mudanças que você tem que – decididamente - implementar. Vá em frente com elas. Não desperdice suas energias temendo-as ou resistindo-as. Enfrente-as. Mudança faz parte inerente da vida. Quando você a teme, ela acontece mesmo assim, e, totalmente fora do seu controle. Porém, quando você a abraça, ela lhe capacita – pela graça de Deus – a atingir alvos e objetivos maravilhosos.

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