Seguidores

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Evangelho do dia 16 de junho sexta feira

16 JUNHO - Sente-se um aperto no coração ao pensar na multiplicação dos roubos sacrílegos e na incapacidade de erguer uma barreira contra tanta impiedade. Pobre Jesus, perseguido, desprezado, despojado até no pacífico refúgio do Sacrário. (L 209). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 5,27-32

"- Vocês ouviram o que foi dito: "Não cometa adultério." Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno. - Foi dito também: "Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio." Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério."

Meditação:
 
Muitas vezes alguns textos evangélicos foram mal interpretados, por não estarem situados no contexto social e cultural em que foram escritos. E este é o caso do texto de hoje. Jesus diz que não só comete adultério quem se apossa da mulher do outro, mas comete adultério quem cobiça a mulher do próximo. No Antigo Testamento a mulher era considerada propriedade do marido, de modo que unir-se a uma mulher casada equivalia não tanto a um ato de desonestidade, um pecado contra a pureza, como se dizia antes, mas a um verdadeiro roubo, uma injustiça flagrante. Nisto consiste o verdadeiro adultério, que não é outra coisa senão o desejo de se unir com a mulher do próximo. Assim, o décimo mandamento da lei de Deus diz: “Não cobiçarás os bens de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu asno, nem nada que seja dele. Fica claro que a mulher era considerada propriedade do homem, talvez a propriedade mais apreciada, acima dos escravos, dos animais ou outros pertences. A moral cristã, escrita por sacerdotes e religiosos, todos homens, viram neste mandamento do Antigo Testamento uma cópia do sexto mandamento, quando na realidade o é do sétimo: “não roubarás”. Desejar a mulher do próximo não é simplesmente sentir uma atração por ela, mas dar passos no sentido de apossar-se dela. Um roubo com todas as letras.

No segundo texto, Jesus não fala do divórcio como o entendemos hoje, mas do repúdio, ou seja, daquela instituição judaica, estabelecida a partir de Moisés, não por vontade divina, mas pela teimosia humana, segundo a qual o homem, e não a mulher, podia despedir a sua esposa em determinadas circunstâncias. O que Jesus não aceita, segundo este texto, não é o divórcio – conceito inexistente dentro da cultura judaica -, mas o repúdio como ferramenta de submissão da mulher por parte do homem, pois Deus quer o homem ou a mulher com direitos iguais dentro do matrimônio .
 Jesus segue corrigindo ou abolindo pontos da antiga Lei e da interpretação que faziam dela os fariseus e letrados. Ontem dizia: não bastar não matar; temos que impedir que se comece no coração do ser humano o processo que conduz à morte-eliminação do outro: tratar com brutalidade ao outro, insultá-lo, chamá-lo renegado... O evangelho de hoje vai na mesma linha. A Lei antiga proibia a ação externa, o adultério; mas essa ação externa começa por dentro com o desejo de cometer a injustiça de tirar do próximo sua mulher. Tirando o desejo, se tira a conseqüência deste. O olho simboliza o desejo; a mão, a ação; ambos tem que ser eliminados. Deixar-se levar pelo olho ou pela mão conduz à morte.

A fratura, no entanto, se produz às vezes nas relações matrimoniais. Que fazer neste caso? No caso da mulher ser despedida pelo marido, a lei manda que este lhe dê uma carta de repúdio para aquela, para que fique livre do vínculo que a unia ao seu marido anterior e possa casar-se novamente, não ficando deste modo condenada à mendicância. A mulher era a parte frágil da instituição matrimonial, pois, no tempo de Jesus, só o marido poderia despedir a mulher, esta não podia despedir o marido. E Jesus a protege: em primeiro lugar, para despedí-la, tem que arranjar bem os papéis de modo que fique livre; em segundo lugar, deve restringir ao máximo os abusos possíveis dos maridos – que podiam despedir segundo a doutrina de Shammai às mulheres por qualquer motivo. Somente está permitido fazê-lo em caso de união ilegal ou matrimônio nulo.

Jesus radicaliza até a interioridade a fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. O adultério começa com o olhar de desejo, e o mal deve ser cortado pela raiz. 
 A exceção citada no v. 32 pode referir-se ao caso de união ilegítima, por causa do grau de parentesco que trazia impedimento matrimonial segundo a lei (Lv 18, 6-18; At 15,29).
 Atenção, porém: este texto não fala do divórcio tal e como o entendemos na atualidade, mas da lei do repúdio em uma sociedade na qual o matrimônio se instrumentalizava como elemento de dominação do homem sobre a mulher, pois só este podia iniciar o processo de separação; em nenhum caso ela. Jesus, com esta resposta vai contra a profunda desigualdade entre homem e mulher. Homem e mulher, nascidos iguais, devem ser tratados igualmente pela lei.
 Reflexão Apostólica:
 Jesus não poupa palavras para deixar bem claro qual deva ser a atitude do discípulo ante o tema do adultério, muito ligado ao duplo mandamento do amor.
No tempo de Jesus, e como herança de longa tradição não somente israelita, mas de todo o Oriente Médio, a mulher ocupava um lugar muito desprezível na sociedade; e era tão desrespeitada, que se tornava apenas uma propriedade a mais, junto com o boi, o asno, acrescentada ao patrimônio do homem. Seu papel familiar era definido em função da submissão ao marido e o cuidado dos filhos, e estava muito longe de chegar a ocupar lugares importantes na sociedade. Sua posição era tão baixa, que o marido tinha o direito de divorciar-se dela por meio de uma carta apenas, e por qualquer motivo.

Com Jesus, o adultério veio a ser não uma questão meramente formal, mas vivencial; e não seria mais a mulher a única destinatária de semelhante carga, mas o homem também passaria a participar dela ativamente. Jesus chama seus discípulos a viver em coerência com o mandamento do amor, e exige fidelidade e respeito pela pessoa do outro. 

A Palavra de Deus é o próprio Jesus! Nela nós encontramos o mapa para alcançarmos a santidade. Jesus nos adverte: não somos adúlteros só quando agimos, mas também quando “desejamos”, quando “imaginamos”, quando contemplamos e cultivamos o mal dentro do nosso coração.
O mal pode nos escravizar mesmo que não pratiquemos ações más, dependendo da nossa maneira de encarar e de ver as pessoas e as coisas. O arrancar o olho e a mão, a que Jesus se refere, significa cortar pela raiz os pensamentos, os sentimentos e as ações que nos são agradáveis mas que nos desvirtuam do caminho de Deus.

Os nossos julgamentos pelas aparências, os sentimentos de ódio e rancor que guardamos dentro do coração, as manifestações interiores de orgulho e de inveja que ruminamos quando ambicionamos as riquezas do mundo, são ocasiões de pecado. Por isso, Jesus, nos manda jogar fora.
No casamento, homem e a mulher firmam aliança com Deus que é para sempre e se propõem a cooperar para a construção de um mundo mais justo e feliz. A infidelidade gera infelicidade, a aliança rompida gera vidas quebradas, amor violado gera traição a Deus, por isso Jesus chama a nossa atenção para que tenhamos consciência do compromisso que assumimos com Ele.
Qual é a visão que você tem das pessoas e dos acontecimentos do mundo? Você se importa muito com a vida alheia? Você cultiva sentimentos de inveja e de cobiça? Os filmes que você vê pela TV alimentam em você o pecado? Você tem tentado se afastar das ocasiões de pecado? O que você entende da recomendação de Jesus sobre o matrimônio? Você acha que os tempos mudaram e que isto já era e que hoje é diferente?

Propósito:

Pai, tu exiges respeito mútuo entre homens e mulheres. Não permitas jamais que a cupidez e a malícia do mundo tomem conta do meu coração.

VALE A PENA?
A boa notícia é que a má notícia pode se transformar em boa notícia quando você muda a sua atitude. 

Quando as coisas parecem que vão piorar, existem boas chances de que, na realidade, elas vão melhorar. 

Quando os desafios parecem crescer, crescem também as oportunidades para um positivo progresso. Quando tudo parece sair errado, é quando você pode se motivar ainda mais a fazer aquilo que é certo fazer. Quando o mundo parece conspirar contra você, não se desespere. Tome essa energia do momento e use-a em uma direção positiva. 

Quando a situação está no seu pior, essa é uma excelente oportunidade para você ser o seu melhor. É aqui que você pode fazer uma positiva diferença. As oportunidades para seguir em frente estão sempre presentes, mesmo quando você não as vê. Quando as coisas são difíceis, aí é que um foco positivo faz realmente uma significativa diferença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário