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domingo, 18 de junho de 2017

Evangelho do dia 21 de junho quarta feira

21 junho - Procuremos também nós imitar São Luís Gonzaga, este grande santo que, mais que criatura desta terra, poderia ser chamado Serafim do céu. E nós, se não pudermos imitá - l o nas virtudes extraordinárias que praticou, imitemo-lo ao menos nas virtudes ordinárias e comuns. (S 237). São Jose Marello  
Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 6,1-6.16-18

""Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados. De outra forma, não recebereis recompensa do vosso Pai que está nos céus. Por isso, quando deres esmola, não mandes tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos outros. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita, de modo que tua esmola fique escondida. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa. "Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar nas sinagogas e nas esquinas das praças, em posição de serem vistos pelos outros. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa. "Quando jejuardes, não fiqueis de rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para figurar aos outros que estão jejuando. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os outros não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa."  
Meditação:
 
A Boa Nova de Jesus é expressa, de modo preciso, no evangelho de hoje: não importa a aparência exterior, não importa ser pobre ou não ostentar um cargo de poder, pois Deus prefere os simples, os humildes e com eles quer construir seu Reino.

Ele não julga pelas aparências exteriores, mas pelo que a pessoa é em si mesma. Este é o verdadeiro valor da vida humana criada, o mais valioso é invisível aos olhos do corpo, mas claro e transparente quando se olha com os olhos do coração, assim a oração e o jejum são atos profundamente pessoais e íntimos com Deus.
No contexto judaico, havia personagens que costumavam fingir “atos de misericórdia” para que o público os visse e os louvasse por sua “grande bondade”.
Os chefes religiosos de Israel cumpriam ostensivamente as principais obras de piedade, que eram a esmola, a oração e o jejum, contudo gozavam privilégios e oprimiam o povo. Eram os fariseus. Jesus vem desmascará-los e se refere a eles quando expressa: “Como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas casas para serem louvados”. 
Mateus apresenta as três obras boas para os judeus: jejum, oração e esmola, com a finalidade de aproximar mais a pessoa de Deus.
A esmola não se limita a um gesto externo, mas é a acolhida no seu coração do irmão pobre, percebendo sua dignidade e seu sofrimento. A oração não é o exteriorizar de gestos e de palavras, mas é a união de vontade com o Pai. O jejum não é a prática de alguns sacrifícios alimentares rituais, mas sim é o renunciar ao projeto de sucesso e status pessoal para encontrar sua vida na comunhão de bens e de vida com seu irmão e com Deus

O chamado de atenção de Jesus a seus discípulos, e a nós também, é que não sejamos como eles, que quando realizarmos essas obras, as façamos em segredo, porque o “Pai que vê o que está oculto nos recompensará”.
É um recado para cada um de nós, especialmente em nosso tempo em que os meios de comunicação de massa exaltam o heroísmo, a exaltação, o exibicionismo e menosprezam o anônimo: “se não for personagem público, não vale”. As pessoas se esforçam para ser personagem público, mas pouco a pouco vai perdendo o fundamental: a identidade.
O Evangelho de hoje nos oferece uma ajuda, e nos faz entender como praticar as três obras de penitência – oração, esmola e jejum – e como utilizar bem.
Jesus fala das três obras de piedade dos judeus: a esmola, o jejum e a oração; e faz uma crítica pelo fato de que eles as praticam para serem vistos pelos outros.
O segredo para o efeito é a atenção para que não sejamos como os fariseus hipócritas: «Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus» (Mt 6, 1).
Para Jesus é preciso criar uma nova relação com Deus, e ao mesmo tempo Ele nos oferece um caminho de acesso ao coração de Deus. Para Ele, a justiça consiste em conseguir o lugar onde Deus nos quer.

O caminho para chegar ali está expresso na Lei de Deus. «Se a vossa justiça não superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus».
Este encontro com Cristo não se exprime apenas em pedidos de ajuda, mas também em louvor, ação de graças, escuta e contemplação.
Rezar é confiar no Senhor que nos ama e corresponder ao seu amor incondicional. Por sua vez, a oração penitencial privilegia o agradecimento da misericórdia de Deus e prepara o coração para o perdão e para a reconciliação.
O jejum tem certamente uma dimensão física, como a privação voluntária de alimentos. O que jejuamos deve ser partilhado, ou seja, entregue aos nossos irmãos que passam fome. É e sobretudo a privação do pecado.

O jejum é sinal do combate contra o espírito do mal. O modelo deste combate é Cristo, que foi tentado muitas vezes ao sucesso, ao domínio e à riqueza.
No entanto, a sua vitória sobre todo o mal que oprime o homem inaugurou um tempo novo, um reino de justiça, de verdade, de paz, de amor e de partilha.
A experiência do jejum exterior e interior favorece a opção pelo essencial. No nosso tempo, o jejum tornou-se uma prática habitual. Alguns jejuam por razões dietéticas e estéticas.
O jejum cristão não tem uma dimensão dietética ou estética como é prática nos nossos dias, mas sim uma referência Cristológica e solidária com os nossos irmãos e irmãos excluídos da sociedade por causa de diversas condições: raciais, religião, cor, tribo, língua etc.
Como Cristo e com Cristo jejuamos para sermos mais solidários e abertos ao outro. Sob várias formas podemos jejuar, como por exemplo, o jejum midiático da televisão, da internet, do celular, da língua e etc; para redescobrirmos a beleza do diálogo em família, da partilha de interesses, do encontro e da comunhão com os irmãos.
Quando como cristãos vivemos bem o jejum, nos convertemos em seres solidários, seres que partilham tudo entre todos.
Ninguém chamará de ‘seu’ o que possui. Por outras palavras, atualizaremos o Atos dos Apóstolos 2,42 que é a essência do cristianismo.
A relação dinâmica entre o amor e a adesão a Cristo, fazem do gesto de ajuda, expresso na esmola, uma partilha fraterna e não uma esmola humilhante.
Dar esmolas. Isto nos ajuda a vencer a incessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos.

Hoje, não só na Quaresma, a oração, o jejum e a esmola não perderam a atualidade, e continuam a ser propostos como instrumentos de conversão.
A estes meios clássicos podemos acrescentar outros, em ordem a melhorar a relação com Deus, conosco próprios e com os outros e o maior dentre eles é o amor.
O amor é criativo e encontra formas sempre novas de viver a fraternidade. Permite-nos que contribuamos para a sinceridade do coração e a coerência das atitudes no caminho da paz.
Faz-nos evitar a crítica maldizente, os preconceitos e os juízos acerca dos outros, favorece a autenticidade da vida cristã. E tem como obstáculos a vencer o egoísmo e orgulho, que impedem a generosidade do coração.

Estamos hoje diante de um convite veemente: CONVERTEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO. O Evangelho é o próprio Cristo, que nos convida à conversão interior, à mudança de mentalidade para acolher o Reino de Deus e para anunciar a Boa nova.

Reflexão Apostólica:

 Como vimos, Jesus desmascara o modo de proceder dos fariseus, e recomenda a seus discípulos como têm que fazer as obras de piedade: a esmola, a oração e o jejum. Nenhuma delas deverá ser feita para chamar a atenção, para serem vistos, ganhar prestígio ou adquirir uma posição de poder e privilégio diante dos demais.
Jesus recomenda dar esmola sem ser para aparecer, até o ponto que tua mão esquerda não saiba o que faz a direita, pois a esmola que se faz com ostentação e busca de reconhecimento e prestígio social, ofende o pobre.

Quem assim age é um hipócrita. Jesus recomenda evitar a oração aparatosa dos fariseus, pois a oração não é um ato de exibicionismo, mas um encontro pessoal com Deus que se deve fazer desde o mais profundo de si mesmo. Se não for assim, a oração não consegue seu objetivo.
O terceiro exemplo explica como o jejum que agrada a Deus não é aquele que se faz com ostentação, mas o que se pratica como símbolo de solidariedade com a dor e o sofrimento humano. A quem age dessa maneira, Deus, nosso Pai, que vê no oculto, o recompensará.
O texto de hoje nos ajuda a fazer uma reflexão, uma introspecção. Estamos diante de um Evangelho que determina o nosso ser cristão. É o termômetro da nossa própria fé católica. E não poderia existir passagem melhor do que a do Evangelho de hoje.

A prática da justiça, no sentido religioso, significava a busca de justificação diante de Deus. As mais consagradas eram: a esmola, a oração e o jejum. Por esta prática o piedoso judeu julgava-se justo diante de Deus. Com atitude ostensiva, os líderes religiosos do templo e das sinagogas afirmavam seu prestígio e poder.
A penitência, muitas vezes vista como uma prática de sofrimento, na verdade tem o caráter modificador, que nos transforma que nos faz perceber que podemos viver sem certas coisas do mundo. Que mais forte é Deus que nos dá o suficiente para viver.
Os sacrifícios feitos deverão, portanto, ser fonte de crescimento, de amadurecimento espiritual e não motivo de promoção pessoal. E por isso, não devem ser expostos ao mundo, pois é interioridade, é intimidade com Deus.
Isto vale para todos os nossos atos religiosos ou aparentemente humanitários. Não podem ser forma de se vangloriar de sua bondade, mas de promover sua espiritualidade e também o bem de outras pessoas.

Sê assíduo à oração e à meditação. Disseste-me que já tinhas começado. Isso é um enorme consolo para um Pai que te ama como Ele te ama! Continua, pois, a progredir nesse exercício de amor a Deus. Dá todos os dias um passo: de noite, à suave luz da lamparina, entre as fraquezas e na secura de espírito; ou de dia, na alegria e na luminosidade que deslumbra a alma.
Se conseguir, fale ao Senhor na oração, louve-o. Se não conseguir, por não ter ainda progredido o suficiente na vida espiritual, não se preocupe: feche-se no seu quarto e ponha-se na presença de Deus. Ele verá vocês e apreciará a sua presença e o seu silêncio. Depois, pegará você na mão, falará com você, dará cem passos com você, pelas veredas do jardim que é a oração, onde você encontrará consolo.
Permanecer na presença de Deus com a simples finalidade de manifestar a nossa vontade de nos reconhecermos como seus servidores é um excelente exercício espiritual, que nos faz progredir no caminho da perfeição.

Quando estiver unido a Deus pela oração, examine quem você é verdadeiramente; fale com Ele, se conseguir; se lhe for impossível, detenha-se, permaneça diante dele. 
Não se trata de conceber a oração interior, livre de todas as formas tradicionais, como uma piedade simplesmente subjetive, e de opô-la à liturgia, que seria a oração objetiva da Igreja; através de toda a verdadeira oração, alguma coisa se passa na Igreja e é a própria Igreja quem reza, porque é o Espírito Santo que vive nela que, em cada alma única, “intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8, 26).
Essa é, justamente, a verdadeira oração, porque “ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ senão por influência do Espírito Santo” (1Cor 12, 3). O que seria a oração da Igreja se não fosse a oferenda daqueles que, ardendo com grande amor, se entregam ao Deus que é amor?
O dom de si a Deus, por amor e sem limites, e o dom divino que se recebe em troca, a união plena e constante, é a mais alta elevação do coração que nos é acessível, o mais alto grau da oração.

As almas que o atingiram são, na verdade, o coração da Igreja; nelas vive o amor de Jesus, Sumo-Sacerdote. Escondidas com Cristo em Deus (Col 3, 3), não podem deixar de fazer irradiar para outros corações o amor divino de que estão cheias, concorrendo assim para o cumprimento da unidade perfeita de todos em Deus, como era e continua a ser o grande desejo de Jesus.
Jesus nos mostra neste texto ao falar da oração, jejum e caridade de forma consciente o momento e o ato mais importante da nossa íntima união com Ele e nos faz saber que estes atos devem ser livres e desimpedidos, desinteressados de reconhecimento.

A partir do momento em que vivemos estas três lições de Cristo oração, jejum e penitência, em nossas vidas, tudo em nós será um eterno aleluia. Jesus terá verdadeiramente ressuscitado em nós.

Propósito:
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho. Espírito de piedade ensina-me o modo de agir que realmente agrade ao Pai, e mereça a recompensa divina.

DEFININDO PROBLEMAS
Problemas é aquilo que Deus usa a fim de prepará-lo para coisas muito melhores. 

Se hoje você está enfrentando problemas em sua vida, então você está no vale. E se você está no vale, você está sendo preparado para alguma coisa muito maior, muito melhor; alguma coisa que talvez você não esteja preparado para lidar com ela... agora. 

Os problemas têm uma maneira singular de moldar virtudes, tais como paciência, confiança, perseverança, autocontrole, bondade. Os problemas disciplinam a mente. O melhor tipo de problema é aquele que fortalece e lapida o caráter, ao lhe mostrar quem você realmente é e o que de fato você pode fazer, mesmo quando já se haja convencido a si mesmo do contrário. E ainda melhor: problemas edificam e consolidam a fé. 

Quando tudo na sua vida parece não refletir aquilo que você deseja alcançar, é a fé paciente que pode levá-lo a novas e preciosas perspectivas a respeito do poder de Deus. Se você tão-somente puder se lembrar de que não é mediante o pânico, mas a confiança; que não é por instrumento do barulho, e sim da quietude; que não é pela lamúria, mas pelo louvor, aí, sim, você inevitavelmente se lembrará de quão grande é a graça e a misericórdia de Deus. Esses lembretes sempre irão provar seu valor, não importa se você está ou não debaixo de problemas.

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