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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Evangelho do dia 29 de julho sexta feira

29 julho - É preciso obedecer sempre, custe o que custar, ainda que nos custe o sacrifício das afeições mais suaves e delicadas. Assim era o amor que Jesus consagrava a Maria e a José, cujos corações ele sabia despedaçados pela dor da sua perda. (S 345). São Jose Marello

João 11,19-27 ou  Lucas 10,38-42

"Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá". Jesus respondeu: "Teu irmão ressuscitará". Marta disse: "Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia". Jesus disse então: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?" Ela respondeu: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo"." 

Meditação:
 

Em Lucas há uma cena com Marta dedicada aos trabalhos da casa e Maria, à escuta de Jesus (Lc 10,38-42).

Em João, nesta cena do evangelho de hoje, vemos Maria sentada em casa, triste com a morte do irmão, e Marta atenta e dialogando com Jesus em busca da vida, fazendo sua profissão de fé.

De início Marta reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada em Jesus.

Marta, com sua irmã Maria e seu irmão Lázaro, só são mencionados por Lucas e por João, nesta passagem da ressurreição de Lázaro e na ceia em Betânia, seis dias antes da última ceia na véspera da Páscoa em Jerusalém (Jo 12,1-8).
As palavras que acabamos de ler no Evangelho advertem-nos que, no meio da multiplicidade das ocupações deste mundo, há um bem único para o qual devemos tender.
Tendemos porque ainda estamos a caminho e não em morada permanente; em viagem e não na pátria definitiva; em tempo de desejo e não da posse perfeita. Mas devemos tender sem preguiça e sem parar, a fim de podermos um dia chegar ao fim.
Dos evangelhos, é sempre difícil, retirar o que é acontecimento histórico. Sabemos sim, que o objetivo dos autores é; perante destinatários concretos, as comunidades a que dirigiam o que escreviam, pô-las em contacto com Jesus Cristo. Seriam, dizemos nós hoje, catequeses.

A memória de santa Marta está associada, à ressurreição de Lázaro. Sabemos que esta ressurreição, não foi definitiva, pois Lázaro voltou a morrer.
Este episódio contado por João, serve para, mais uma vez, percebermos que Jesus é o Senhor da vida. Todos os gestos, todos os sinais, incluíndo este, mostram-nos Jesus comprometido com a vida dos homens. Vida que acreditamos nós, não termina quando da nossa morte física, mas continua para sempre.

João põe na boca de Marta a profissão de fé em Jesus Cristo: "Sim, Senhor, eu creio". Profissão de fé, muito semelhante à de Pedro.
Marta que conhecíamos doutro episódio, como andando atarefada e aparentemente distraída (Lc 10,38-42), tem neste acontecimento, a centralidade do crente que professa e adere na confiança plena.

O acontecimento não identifica somente uma coisa que aconteceu e com a qual tudo teve início, mas é aquilo que desperta o presente, define o presente, dá conteúdo ao presente, torna possível o presente.

"Amai toda a gente com grande amor de caridade, mas reservai a vossa amizade profunda para os que podem partilhar convosco as coisas boas. [...]"

Se partilhamos no domínio dos conhecimentos, a nossa amizade é certamente louvável; mais ainda se comungam da prudência, da discrição, da força e da justiça.

Contudo, se a nossa relação é fundada na caridade, na devoção e na perfeição cristã, a nossa amizade é preciosa! É admirável porque vem de Deus, admirável porque tende para Deus, admirável porque o seu laço é Deus, porque é eterna em Deus. Como é bom amar na terra como se ama no céu, aprendamos a amar neste mundo como o faremos para sempre no outro!

Não se trata aqui do amor simples da caridade, porque esse deve ser levado a todos os homens; trata-se da amizade espiritual, pela qual dois, três ou vários comungam na vida espiritual e têm um só coração e uma só alma.

É verdadeiramente justo que tais almas cantem felizes: "Vede como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos!" (Sl 132, 1).

Todas as outras amizades não são mais do que a sombra desta. É fundamental que os cristãos que vivem no mundo se ajudem uns aos outros através de santas amizades; por este meio incentivam-se, apoiam-se, conduzem-se mutuamente para o bem.

Ninguém pode negar que Nosso Senhor amou com uma amizade mais doce e muito especial São João, Lázaro, Marta e Madalena, pois o Evangelho o testemunha.

Reflexão Apostólica:

A morte de uma pessoa querida é, muitas vezes, causa de desespero para todos nós, pois nos parece que as nossas preces não foram ouvidas.
No Evangelho de hoje, enquanto Maria permanece sentada em casa, Marta vai ao encontro de Jesus. De início Marta reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida".

Marta afirma: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Ela mandou chamar Jesus, mas ele não estava presente no momento em que ela tanto precisava.

Porém, ela não se desesperou por causa disso, continuou acreditando e o resultado da sua fé foi o retorno do seu irmão à vida, mostrando-nos, assim, que não devemos questionar a ação divina, mas sempre confiar em Deus, que faz tudo para o nosso bem, para a nossa felicidade e para a nossa salvação.

Jesus demonstrou a força poderosa do Amor de Deus quando ressuscitou Lázaro. A fé em Jesus Cristo gera em nós esperança, mesmo diante da morte, como aconteceu com Marta.

Nunca poderemos duvidar da força do amor de Jesus que quer nos salvar: “Senhor, se tivesse estado aqui, meu irmão não teria morrido, mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”.

Quando nós caminhamos na vida tendo convicção de que o poder amoroso de Deus pode nos conceder vida nova e nos tirar das situações de morte nós não tememos coisa alguma.

Crer em Jesus é o troféu mais valioso que nós podemos empunhar, pois é a condição prevista pelo próprio Jesus para que tenhamos a vida eterna.

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 

Você, crê nisto também? É assim que você pensa e espera? Como você entende isto que Jesus falou: ainda que morra, viverá? E aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais? A que tipo de morte Jesus se refere? Como você imagina que Deus seja? Qual a experiência que você tem vivido das coisas desagradáveis?

Jesus se apresenta como a ressurreição e a vida, mostrando que a morte é apenas uma necessidade física. Para a fé cristã a vida não é interrompida com a morte, mas caminha para a sua plenitude. A vida plena da ressurreição já está presente naqueles que pertencem à comunidade de Jesus.

A ressurreição é a vida de Deus que vence a morte e que nos é dada em Jesus. A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus.

O crer em Jesus é a recuperação da vida, agora, sem jamais morrer. É a participação na vida divina, no presente. A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão de amor já está inserida na vida eterna.

Propósito:

Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.


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