17 fev - Aniversário da Sagração Episcopal de São José Marello
(Roma, 1889).
Nenhum crédito deve ser concedido às riquezas, às proteções, à
estima e aos incentivos do mundo. (L 76). São José Marello
Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
Meditação:
Os
fariseus voltam outra vez a atacar Jesus e sua mensagem. Desta vez pedem um
sinal para crer. Não era suficiente tudo o que tinham visto? Não é verdade que
às vezes também nós pedimos sinais a Jesus? E que sejam "sinais do
céu"! Em todos os tempos a dureza, a soberba, a vaidade, o orgulho, a
auto-suficiência e o egoísmo atrapalham o reconhecimento de Jesus como Messias,
o Filho de Deus (tema central do Evangelho de Marcos, chamado o Segredo Messiânico).
Tudo isso era e é feito para colocar em prova a divindade, com o agravante de
que, ainda que realize o sinal, não consiga credibilidade.
É preciso cuidado para não acontecer conosco o mesmo que acontecia com os
fariseus: o perigo é perder tudo e ficar de mãos vazias enquanto a graça e o
Messias passam longe. Além de perder a oportunidade, perdemos tudo e ficamos
com as mãos e a vida vazias. Se não queremos que Jesus passe longe, basta ter
uma fé simples, sensível e viva; crer naquele que tem palavras de vida eterna;
tenhamos, pois, um pouco de fé e busquemos descobrir os milagres do cotidiano
pela presença de Jesus. E para nossa maior edificação, recordemos que hoje
somos depositários dessa bem aventurança expressa em outro evangelho: "Bem
aventurados os que crêem sem ter visto!".
O
texto bíblico nos coloca frente à negativa de Jesus de manifestar aos fariseus
os sinais e os milagres que ele realizava no meio do povo simples e pobre.
Jesus sabia que os fariseus jamais entenderiam o seu modo de agir, nem o ato
libertador de seu ministério.
Jesus
sabe que o projeto do Reino de Deus não deve basear-se no poder nem nos
portentos extraordinários, antes pelo contrário, para que o Reino chegue a sua
máxima expressão é necessário que seja gerado na simplicidade, no ordinário da
vida e no anonimato.
Com
a atitude que toma frente aos que lhe põe a prova, Jesus está negando
abertamente o poder de domínio. Sabe que a via para que Deus aconteça na vida
dos simples, não é o protagonismo nem a demonstração de poder para ficar bem
perante aqueles que o detêm.
O
projeto de Deus se realiza em outra esfera e com outros parâmetros. A
misericórdia e o amor são as formas mais concretas e reais para que o
plano-projeto de Deus seja assumido por aqueles que escutam a palavra de Jesus
e para os que coerentemente adequaram o seu agir com essa mesma palavra.
O
Reino de Deus não tem porque favorecer aos grandes desta terra e desta
história. O Reino de Deus sempre deve estar a serviço dos pequenos, dos que não
tem poder, dos que não tem autoridade nem voz neste mundo
Reflexão Apostólica:
Depois da multiplicação dos pães e ter feito
uma viagem de barco, Jesus inicia uma viva discussão com os fariseus ‘cegos’
que lhe pedem um sinal. O fio condutor desse episódio é, uma vez mais, a
incredulidade dos interlocutores de Jesus.
Da parte dos fariseus é cegueira. Marcos se
mantém, portanto, fiel a seu propósito inicial: acentuar a falta de autêntica
acolhida à mensagem de Jesus. Com esse propósito não reluta em introduzir
algumas modificações na narrativa.
A discussão com os fariseus deve ter girado
provavelmente em torno do sinal de Jonas (Mateus 16, 1-4), sinal da
Ressurreição mediante a qual Jesus triunfaria, por sua vez, do mar da morte.
Mas Marcos suprimiu a alusão a Jonas, porque ainda não tem a preocupação de
sublinhar as alusões à Paixão de Jesus, e, sobretudo, porque quer atrair a
atenção de seus leitores somente para a cegueira dos fariseus.
Limita-se, então, à análise das reações
negativas das diferentes camadas da população ante a mensagem de Jesus. Diante
da incredulidade de seus interlocutores, Jesus se retira dando por
terminado o diálogo que não produz resposta positiva em relação a ele. Porque o
único sinal válido é sua própria pessoa. E nós, necessitamos de sinais ou de
milagres para apoiar nossa fé? Basta-nos a própria pessoa de Jesus?
Pedir sinal é prova de falta de fé e de
desconfiança na pessoa que nos fala. Quem crê em Jesus não precisa de sinais
para assumir as Suas promessas como verdadeiras.
Só a Sua Palavra já é motivo para que
permaneçamos firmes na fé. Nós também gostamos de pedir “um sinal do céu” para
as nossas inquietações! Jesus também depois de dar um suspiro profundo nos diz:
“Por que você pede um sinal”? Jesus veio definitivamente cortar em nós o
costume do “só vou vendo”, do “quero um sinal para poder acreditar.” A Cruz é o
sinal.
A Palavra de Deus é a prova fiel do Seu amor
por nós e o Espírito Santo é o grande motivador da nossa fé! O sinal do céu que
nós pedimos demonstra também a nossa falta de paciência e de esperança nas
promessas do Senhor que já morreu por nós, pagou as nossas dívidas e
ressuscitou para nos dar a vida nova. Isto nos basta!
Você também tem pedido sinais a
Deus? Qual é o grande sinal do amor de Deus por você? Você confia em
Jesus sem que precise de algum sinal? Você tem sofrido as demoras de Deus?
A necessidade de sinais vindos do céu revela
uma atitude de fechamento, incredulidade desafiante dos fariseus frente a ação
de Jesus. A exigência de sinais expressa também o desagrado das autoridades do
povo de Israel pela maneira de viver e sentir Deus por parte de Jesus,
concretizada em uma solidariedade total pelos marginalizados da sociedade.
Os milagres que ele realiza têm como
finalidade última tornar presente o reinado de Deus, e demonstrar a proximidade
amorosa do Pai que vem libertar os pobres da opressão. Desperta atenção o fato
de os fariseus pedirem sinais, se todo o anúncio da Boa Nova, proclamada por
Jesus, está ligado intimamente aos milagres, à prática do Reino em seu momento
histórico.
De modo que os milagres não são sinais
realizados por Jesus para produzir admiração na multidão ou para aumentar seu
grupo de seguidores, mas uma resposta efetiva à fé dos cristãos. Enfim, são
sinais de esperança a favor dos que crêem.
Propósito:
Pai, dá-me sensibilidade para reconhecer a messianidade de teu filho Jesus manifestada no bem que ele fez ao povo e no seu modo simples de ser.__._,_.___
Dia 17
Mesmo se o
dia estiver ensolarado, se não houver paz interior, de nada adianta.
Quando
existe paz, mesmo que o clima esteja chuvoso, as gotas que caem se tornam uma
suave melodia para os ouvidos.
Além
disso, o sol adquire um novo brilho, e a natureza se torna resplandecente.
A paz no
mundo e, sobretudo, a de coração, é mais preciosa que o ouro e a prata.
“Deixo-vos
a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou.
Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração.” (Jô 14,27).
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