segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Evangelho do dia 13 novembro quarta feira 2024

 

13/11 – Santo Estanislau Kostka

 Estanislau nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Quando tinha 14 anos foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano, que com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e as tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu, e ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado, porque adquiriu uma misteriosa febre e antes de morrer os sacerdotes ouviram dos seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.

Santo Estanislau Kostka, rogai por nós!

 13 novembro - Nos nossos tempos, dificilmente nos será pedido o sacrifício da vida como testemunho da nossa fé, mas também para nós está reservada uma bela e gloriosa palma de vitória. (S 352). São Jose Marello

 


Lucas 17,11-19

 "Jesus continuava viajando para Jerusalém e passou entre as regiões da Samaria e da Galiléia. Quando estava entrando num povoado, dez leprosos foram se encontrar com ele. Eles pararam de longe e gritaram:
- Jesus, Mestre, tenha pena de nós!
Jesus os viu e disse:
- Vão e peçam aos sacerdotes que examinem vocês.
Quando iam pelo caminho, eles foram curados. E, quando um deles, que era samaritano, viu que estava curado, voltou louvando a Deus em voz alta. Ajoelhou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Jesus disse:
- Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove? Por que somente este estrangeiro voltou para louvar a Deus?
E Jesus disse a ele:
- Levante-se e vá. Você está curado porque teve fé.

 Meditação:

Estamos ainda caminhando com Jesus na sua viagem a Jerusalém, ao encontro do seu destino na Cruz. Nesta parte do Evangelho (17, 11-19, 27), Jesus conclui o seu ensinamento sobre o que é necessário para segui-Lo. Aqui temos mais um exemplo de uma história própria a Lucas, o quarto milagre na sua narrativa da viagem. Como nos outros casos, (11, 14; 13, 10-17; 14, 1-6), o mais importante não é o milagre em si, mas o ensinamento que brota dele.
As informações geográficas de Lucas, que não era natural da Palestina, são muitas vezes imprecisas. Para ele dois fatos são importantes - a meta de Jesus é Jerusalém, onde se dará o seu encontro definitivo com a vontade do Pai, e o fato que ele se encontra com um samaritano, um dos excluídos oficialmente do povo de Deus.
Para entendermos o contexto da passagem e a situação de quem fosse considerado leproso (embora muitos na realidade não eram - simplesmente sofriam de alguma doença da pele!), podemos estudar trechos como Lv 13-14; Nm 5, 2-3; 2Rs 7, 3-9; 15, 5. Houve barreiras enormes que separavam essas pessoas sofridas da convivência normal da comunidade. Aqui os excluídos pelas barreiras religiosas e sociais vão se encontrar com quem rompe estas mesmas barreiras, em nome do Deus misericordioso.
O grito dos leprosos é significante: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós” (v. 13.). Mais uma vez encontramos a palavra “compaixão”. Em todos os Sinóticos, destaca-se a “compaixão” de Jesus. A sua atitude nunca é de ter “pena” de alguém, pois, quer queiramos quer não, quando a gente tem pena de alguém, está se colocando num outro nível do que a outra pessoa. Ter “compaixão” é sentir a “paixão” do outro “com” ele ou ela, ou seja, entrar no sofrimento, nos sentimentos do outro, e assim não tirar dele a sua dignidade.
Mas, foi somente o samaritano que “percebeu” a ação de Deus nele. Com certeza o termo “percebeu” não quer se referir somente à cura física - ele percebeu a presença da salvação de Deus. Então a sua volta a Jesus significa a sua conversão. A resposta dele é de “dar glória a Deus”, muitas vezes em Lucas a resposta correta a uma manifestação da misericórdia de Deus (2, 20; 5, 25; 5, 26; 7, 16; 13, 13; 18, 43; 23, 47 etc). Aqui temos uma conotação cristológica - o curado louva a Deus pelo que foi feito por Jesus, o agente da misericórdia de Deus.
O texto sublinha que aquele que voltou para gloriar a Deus, aquele que percebeu a presença da ação salvífica de Deus, era um samaritano: “Os homens que foram curados eram dez. Onde estão os outros nove? Por que somente este estrangeiro voltou para louvar a Deus?” (v. 18). Mais uma vez, o herói da história é tirado de dentro da categoria dos excluídos, tema caro ao coração de Lucas. É só pensar nos pastores, no “Bom Samaritano”, na “mulher pecadora”, nas mulheres no túmulo, e outros exemplos. A salvação de Deus é universal, e não limitada a uma etnia ou classe.
Lucas não se contenta em relatar somente a cura de uma doença - ele nos leva a uma compreensão da missão salvífica de Jesus. O relato conclui com a frase: “Levante-se e vá. Você está curado porque teve fé.” (v. 19).

Jesus é aquele que cura e restaura à convivência humana, símbolo da salvação integral que Deus oferece a todos que aceitam a sua mensagem!

Sejamos como o leproso - percebamos a ação de Deus no meio de nós, e gloriemos em palavras e ações aquele que nos oferece a salvação de todos os males, gratuitamente!

Reflexão Apostólica:

Será que os leprosos pediram para Jesus os curasse? Será que havia esperança em alguém tão doente em ver de volta a cura de seus males? Isso fica subtendido na interpretação de cada coração que lê esse evangelho.
A Lepra, mais que uma doença visível e mutiladora, era uma doença social. As pessoas dadas como leprosas eram “condenadas” a vagar longe da sociedade sendo assim, era comum encontrá-los em grupos, pois tentavam assim não ficar só. Em grupos tentavam também se manter e se ajudar, pois a fome era a maior inimiga dos doentes.
Jesus passava por uma região que era repudiada pelos judeus. Região “impura” de onde judeu algum deveria guardar “a terra das sandálias”.

 Nesse local, Jesus é abordado por pessoas, que talvez sedentas ou famintas, viam em busca de algo que as ajudasse. Jesus poderia como no episódio da moeda dentro do ventre do peixe (Mt 17,26), dar algum dinheiro para que lhes fartasse a fome, mas como a palavra mesmo diz: Jesus sabe o que REALMENTE precisamos.

Mas algo de extraordinário aconteceu: “(…) Quando iam pelo caminho foram curados”.

Muitas pessoas que vem ao encontro de Jesus já começam seu processo de mudança pelo caminho. Creio que até mesmo durante o percurso já são libertadas do que REALMENTE era necessário que fosse tratado. No entanto, muitos de nós, velhos de caminhada ainda não compreendemos isso ao nos debulhar em pedidos se o mais importante é que a Palavra chegue ao nosso coração.

Mesmo aquele que veio e não voltou é preciso crer que a Palavra não volta sem cumprir o que era para ser feito em nós. Ele pode ter partido e não testemunhado, mas se a porta estava aberta, com certeza a semente foi lançada.
Reparemos que Jesus determinou algo na vida daquele que voltou. Jesus atestou o dom da fé em alguém que ninguém esperava (além de leproso, samaritano). Ele poderia ter voltado a viver depois de tanto tempo de exclusão social, mas primeiro soube agradecer a Deus em seguida assumiu um compromisso de ação. Quando volta, ele abandona um paradigma humano – a ingratidão.
Quando disse que os dez vinham à procura de algo material (dinheiro, comida, água) é uma exortação a todos aqueles que só procuram Deus quando a água começa a subir. Sim, creio que Deus vai operar (até mesmo pelo caminho) pela misericórdia em todos nós, mas precisamos deixar que Deus opere em nós o que REALMENTE precisamos e ao voltar pra casa, possamos ver as nossas lepras indo embora e não sejamos ingratos, pois não conseguimos o que achávamos que queríamos.
Repita assim “Senhor o Senhor sabe o que eu preciso”.

Propósito: Agradecer pelos infinitos dons de Deus.             

 


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