domingo, 10 de novembro de 2024

Evangelho do dia 11 novembro segunda feira 2024

 

11/11 – São Martinho de Tours (Bispo)

 Martinho nasceu na Hungria, antiga Panônia, por volta do ano 316, e pertencia a uma família pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a frequentar uma Igreja cristã, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porém sem receber o batismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu pai o alistou na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afastá-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho continuava praticando os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, atual França.

Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto:

Um dia, um mendigo que tremia de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite, o próprio Jesus apareceu-lhe em sonho usando o pedaço de manta que dera ao mendigo e agradeceu a Martinho por tê-lo aquecido no frio. Dessa noite em diante, ele decidiu que deixaria as fileiras militares para dedicar-se à religião.

Com vinte e dois anos, já estava batizado, provavelmente pelo bispo de Amiens, afastado da vida da Corte e do exército. Tornou-se monge e discípulo do famoso bispo de Poitiers, santo Hilário, que o ordenou diácono. Mais tarde, quando voltou do exílio, em 360, doou a Martinho um terreno em Ligugé, a doze quilômetros de Poitiers. Lá, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos jovens religiosos que buscavam sua orientação que Martinho construiu o primeiro mosteiro da França e da Europa ocidental.

No Ocidente, ao contrário do Oriente, os monges podiam exercer o sacerdócio para que se tornassem apóstolos na evangelização. Martinho liderou, então, a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges, ele visitava as aldeias pagãs, pregava o Evangelho, derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência, fundava um mosteiro. Com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo todo o povo se convertia. Dizem os escritos que, nessa época, havia recebido dons místicos, operando muitos prodígios em benefício dos pobres e doentes que tanto amparava.

Quando ficou vaga a diocese de Tours (cidade da França), em 371, o povo aclamou-o, unanimemente, para ser o bispo. Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua peregrinação apostólica: visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Nas proximidades da cidade, fundou outro mosteiro, chamado de Marmoutier. E sua influência não se limitou a Tours, tendo se expandido por toda a França, tornando-o querido e amado por todo o povo.

Martinho exerceu o bispado por vinte e cinco anos. Morreu, aos oitenta e um anos, na cidade de Candes, no dia 8 de novembro de 397. Sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado na cidade de Tours.

Venerado como são Martinho de Tours, ele se tornou o primeiro santo não-mártir a receber culto oficial da Igreja e também um dos santos mais populares da Europa medieval.

São Martinho de Tours, rogai por nós!

 11 novembro - Mostremo-nos tranquilos e serenos, mesmo quando a tempestade enfurece no coração. (S 180).  São Jose Marello

 

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 17,1-6

Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós ti­vésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

 

Meditação:

A comunidade fraterna dos discípulos não é uma comunidade de santos, isenta de faltas. Quando o irmão peca, quando peca contra seu irmão, este não deve permanecer impassível; trata-se, com efeito, da salvação do irmão pecador. O primeiro que se deve fazer é repreendê-lo. Aquele que o deixa agir sem se preocupar com seu pecado, se torna culpável: “Não odiarás o teu irmão no teu coração, mas repreende-o para que não incorras em pecado por causa dele (Lv 19,17).

A palavra de admoestação induzirá o irmão a se corrigir. Se este reconhecer sua culpa e se converter, então o irmão deverá perdoar a seu irmão.
A comunidade dos discípulos se santifica quando um irmão perdoa ao outro, perdoa-o uma e outra vez apesar das recaídas, sete vezes ao dia, sempre que haja falta, sem limite algum. Se o discípulo perdoar ao irmão, também Deus lhe perdoará a culpa.

Com a solicitude de todos pela salvação do irmão, e com o perdão de todas as ofensas pessoais e de todas as ofensas recebidas, virá o povo de Deus a ser santo. Também aqui, como no caso do perdão de Deus, o arrependimento e conversão são a base de tudo.

Lucas nos apresenta hoje três situações de vida comunitária. A primeira para a qual o Senhor chama a atenção dos discípulos é a impossibilidade de que desapareçam os escândalos. O pior não é que existam, mas quem os produz.

Trata-se daqueles líderes religiosos que por causa de seu mau comportamento são motivo de escândalo para a comunidade, sobretudo para aqueles que estão começando a caminhar na fé. Jesus condena com tanta força essa conduta, que até usa a metáfora de atirá-los ao mar com uma pedra no pescoço.

A segunda situação é a correção fraterna. Se um irmão errar, somos obrigados a corrigi-lo; e, caso se arrependa, devemos perdoá-lo, sem exceção. Se voltar arrependido sete vezes, devemos perdoá-lo “sete vezes”, quer dizer, sempre; sem exceção. A correção assim compreendida é o caminho de reconciliação e de paz; fica excluído o rancor.

A terceira situação sobre a qual nos chama a atenção o evangelho é a fé. Os discípulos pedem ao Mestre que lhes aumente a fé, e este lhes responde com uma chamada à atenção: se eles tivessem fé como um grão de mostarda, diriam a uma amoreira que se arrancasse e se transplantasse no mar, e ela lhes obedeceria.

Jesus lhes está dizendo que mesmo com sua fé tão pequena podem anunciar o reino e realizar em seu nome sinais assombrosos (Lucas 9,6), se tivessem fé como um grão de mostarda, que é uma das menores sementes, poderiam fazer prodígios extraordinários. Mas não se trata de buscar prodígios sobrenaturais. Com os recursos ao nosso alcance e a fé posta no Senhor, podemos chegar a realizar verdadeiras maravilhas. Muitos santos comprovaram isso.

Reflexão Apostólica:

No Evangelho de hoje, Jesus nos exorta a tomarmos atitudes concretas de fé. A nossa fé é medida e provada pelas ações que praticamos em favor do nosso próximo e que os ajudam a levantar-se.

Por isso, é nos atos mínimos que a nossa fé, mesmo pequenina, pode ser cultivada e exercitada e assim cresça e se torne firme. Quem crê em Jesus para as pequenas coisas tornar-se-á forte para enfrentar os grandes desafios.

Provocar escândalos, promover desunião, levantar falso testemunho, são atitudes que negam o nosso estágio de Fé. Os escândalos são inevitáveis, porém estejamos atentos para que eles não aconteçam por nossa causa!

Quando nós advertimos, exortamos e repreendemos as pessoas a quem nós amamos e torcemos por elas, nós precisamos crer que agimos assim, em nome de Deus.

Jesus também nos ensina que é necessário, não somente repreender, ensinar, corrigir o nosso próximo, mas, sobretudo, perdoá-lo sempre. Perdoar sete vezes, significa perdoar todos os dias e nunca deixar de assim fazê-lo.

Contudo, para por em prática o que Jesus nos recomenda, nós necessitamos cada vez mais nos apossar do dom da fé. Somente pela fé é que nós poderemos exercitar o perdão, a reconciliação, a serenidade diante das dificuldades, a firmeza para não provocar escândalo e a esperança de fazer muito mais do que nós próprios temos capacidade.

Por isso, quando Jesus falava sobre essas coisas aos Seus discípulos, eles o pediam “Senhor, aumenta a nossa fé!” Todavia, o importante para nós, não é possuir uma fé grande demais, mas, tomar posse do dom da fé que já recebemos do Senhor no nosso Batismo, a fim de que sejamos capazes de tomar atitudes concretas de fé, com amor.

Reflexão pessoal: Em que tem se baseado a sua fé? Na sua capacidade de acreditar ou no seu abandono ao Amor de Deus? Você tem sido sinal de tropeço para alguém? Qual tem sido o seu comportamento, diante das pessoas que esperam algo de você? Jesus nos manda repreender o irmão e perdoá-lo. Como você tem feito isto? Você tem sabido admoestar as pessoas que causam escândalo, com amor? O que você faz quando vê um irmão, ou uma irmã no erro?

Propósito:

Pai, concede-me uma fé robusta que me predisponha ao perdão e me previna contra as atitudes que possam levar meu semelhante a se afastar de ti.

 


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