segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Evangelho do dia 06 setembro sexta feira 2024

 

06 setembro - Devemos demonstrar, também exteriormente, a santa alegria que Deus derrama em nosso coração, conservando sempre um aspecto agradável e sereno. Desse modo procuraremos a felicidade para nós e para os outros e, ao mesmo tempo, poderemos avançar a passos largos no caminho da perfeição. (S 238). São Jose Marello

 Leituras do dia:

1Cor 4,1-5
Sl 37(36)


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 5,33-39

 "Algumas pessoas disseram a Jesus:
- Os discípulos de João Batista jejuam muitas vezes e fazem orações, e os discípulos dos fariseus fazem o mesmo. Mas os discípulos do senhor não jejuam.
Jesus respondeu:
- Vocês acham que podem obrigar os convidados de uma festa de casamento a jejuarem enquanto o noivo está com eles? Claro que não! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
Jesus fez também esta comparação:
- Ninguém corta um pedaço de uma roupa nova para remendar uma roupa velha. Se alguém fizer isso, estraga a roupa nova, e o pedaço de pano novo não combina com a roupa velha. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Não. Vinho novo deve ser posto em odres novos. E ninguém quer vinho novo depois de beber vinho velho, pois diz: "O vinho velho é melhor."" 

Meditação:

 Nesta narrativa, em conjunto, temos uma crítica às observâncias legais do Antigo Testamento, em geral. Na parábola da roupa, Marcos e Mateus referem-se apenas a um retalho de pano novo a ser costurado em roupa velha.

 Mais enfaticamente, Lucas fala em cortar uma roupa nova para tirar o retalho a ser aplicado na roupa velha; a roupa nova fica estragada e a velha não combinará com o remendo novo.

 Com isto Lucas acentua que querer remendar a tradicional prática religiosa do Antigo Testamento, do Templo e das sinagogas, com pedaços dos ensinamentos de Jesus, falseia o conteúdo destes e não combina com aquelas práticas tradicionais.

 Depois de ter sido questionado pelos fariseus por comer com os publicanos e pecadores, agora é cobrada de Jesus a observância do jejum e das orações rituais.
Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei. Além de sentar-se à mesa com companhias pouco recomendáveis segundo os critérios do legalismo religioso, “comem e bebem”, desprezando os jejuns rituais. Jesus, como um noivo presente entre os convidados em uma festa de núpcias, não vem trazer castigos, mas sim comunicar alegria e vida.
Neste Evangelho de Lucas e no de Marcos, o questionamento a Jesus é feito por um sujeito indeterminado: “eles”. Já Mateus, de modo próprio, atribui a pergunta aos discípulos de João. O jejum era praticado tendo-se em vista o perdão dos pecados diante de um Deus vingativo para com homens e mulheres, o qual deveria ser aplacado com sacrifícios.
A parábola do remendo, em Lucas, é revestida de um colorido especial: não se corta um pedaço de uma roupa nova para colocá-lo como remendo em roupa velha. Além de estragar a roupa nova, repuxa a roupa velha e, ainda mais, não vai combinar! A sentença final é uma alusão aos judeus, apegados à sua antiga tradição, que rejeitam a novidade de Jesus.

Jesus não vem castigar nem condenar, mas libertar e acolher. A sua presença entre os discípulos, expressa pela imagem do noivo em um casamento, é motivo de alegria e festa, não de luto e jejum.

A novidade de Jesus é dirigida a todos os povos de todos os tempos e resgata a dignidade humana em todas as culturas, com seus valores, suas esperanças e seus sonhos.

As duas parábolas que se seguem exprimem bem a novidade de Jesus, que não combina com a prática legalista da tradição do Primeiro Testamento.

 A frase final, que termina com a expressão: “o vinho velho é melhor”, é estranha no texto e indica inserções que se cristalizaram na tradição. A frase final é irônica: os fariseus apegados à letra do velho testamento rejeitam a novidade de Jesus.  

 O que na verdade Jesus quer salientar é uma prática que saia do fundo do coração. É esta a proposta que Jesus nos apresenta para nossas ações.

 Diante de Deus todos os nossos atos terão o valor proporcional ao que o nosso coração lhes confere. Fazer apenas por fazer, não nos edifica nem nos ajuda na caminhada para Deus.
O odre e a roupa significam a nossa mentalidade e a maneira como acolhemos as observâncias que Deus nos propõe por meio da sua Palavra e dos seus mandamentos.
A maneira como encaramos os fatos da nossa vida e a mentalidade com a qual nós participamos das propostas de Deus nos dão a garantia para que as nossas ações diante do Senhor tenham valia. O que é novo não cabe na mentalidade antiga.
Precisamos de um espírito aberto, para acolher as novidades do Evangelho e viver segundo os mandamentos de Deus. Do contrário, não daremos frutos.
Você é uma pessoa apegada ao seu modo de pensar? Você é capaz de mudar de opinião diante das novidades do Evangelho? Com que espírito você jejua ou faz sacrifício? Você costuma murmurar e se lastimar das coisas boas que você faz aos outros?

 Reflexão Apostólica:

 No Evangelho de hoje, Jesus é de uma sutileza incrível! E quem não parar para refletir por alguns momentos, vai deixar passar uma mensagem, no mínimo, profunda...

 É preciso ter uma coisa bem clara: Nossa igreja tem o bom dos dois mundos. Ela é tem o NOVO é o VELHO. Novo e velho não são somente as pessoas mais velhas ou idosas e os jovens e sim, a tradição e o mover do Espírito.
Temos jovens bem velhos e idosos muito joviais; temos uma nova safra de jovens, que até mais cedo que nós, já passou por bancos de faculdade e outros tantos que apressaram seu amadurecimento e já são pais e mães de família. Mas a maioria gritante das nossas comunidades é formada por cristãos velhos e remendados.

Sim! PANOS VELHOS COM REMENDOS NOVOS!

Na verdade, é isso que somos, pois apesar de estarmos sempre com Jesus em nosso coração, não conseguimos abandonar por completo o homem (mulher) velho (a).

 Alguns questionamentos para nossa reflexão: Se sou novo por que ainda sou ranzinza? Se Deus mudou a minha vida, por que ainda me apego ao rancor, a raiva, a alimentar a vingança? “(…) Vinho novo deve ser posto em odres novos”.
Uma pessoa, a quem eu tenho um grande apreço, fez uma breve síntese do que aprendeu lendo o Livro CARTA ENTRE AMIGOS que cabe muito bem a esse contexto:
Precisamos parar de deixar que os dias sejam sempre os mesmos, acordar e agradecer a Deus pelo amanhã que se levanta. Amar, se doar, sem exigir dos outros e só assim descobrir que o amor esconde outro universo; “Não podemos mais admitir que o discurso religioso continue sendo usado de maneira tão equivocada e absurda”.

 É preciso amar sem reparar demais nos defeitos, exaltar nas pessoas que amamos o que ela tem de melhor e com o tempo ocultar seus defeitos.

 É preciso sonhar e ser realista; As emoções começam a ganhar mais valor do que a razão, talvez pela falta de sonhos, mas nem por isso devemos desistir de sonhar; devemos sempre ter a coragem de seguir em frente.

 Nós nos tornamos pessoas melhores quando vivenciamos relações verdadeiras; precisamos dançar no ritmo a música que escolhi; preciso refletir mais. Pessoas amam errado, vivem errado por falta de reflexão. “Uma boa reflexão pode mudar o rumo de uma vida”.

 Pessoas vão atrás do que esta distante e sempre se esquecem de viver o que esta debaixo de seus pés!

 Uma pessoa triste com certeza ficará menos triste ao estar ao lado de pessoas felizes; redimir é gesto de quem é nobre. Preciso ter um tempo para me empenhar em retirar o outro de situação desfavorável e elevá-lo.

 Adorei isso:
(…) A viagem começa no momento em que decidimos ir. A beleza que nos espera já se antecipa no desejo que nos faz arrumar as malas. Eu decidi viver assim. As malas estão sempre prontas. Quando eu percebo que a vida me chama, não penso duas vezes. Eu vou. Venha comigo” (Pe. Fábio de Melo)

 Se preciso investir em algo para toda vida que seja numa roupa nova e não nos retalhos.

Propósito: Demonstrar, pela vida, que pratico o jejum recomendado por Jesus.

Casamento é crise do começo ao fim. Quem se aventura nessa jornada precisa saber que a história de uma família é marcada por crises de todo gênero, que fazem parte da dramática beleza do matrimônio. Crise no início, quando é preciso aprender a conciliar as diferenças e a desligar-se dos pais. Crise da chegada de um filho, crise da adolescência de um filho, do ninho vazio quando os filhos partem, crise causada pela velhice dos pais, crise econômica, afetiva e espiritual. Importante é não tomar decisões precipitadas, pois cada tribulação implica uma aprendizagem que, uma vez superada, sedimenta e matura o vinho da união. Cada crise esconde uma boa notícia que é preciso saber escutar afinando os ouvidos do coração. Cada instabilidade sentida é ocasião para chegar a beber, juntos, o vinho melhor. 1Cor 7,28

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