Seguidores

terça-feira, 21 de julho de 2020

EVANGELHO DO DIA 26 DE JULHO - 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM

27 julho - De nossa parte, façamos sempre a balança pender para o lado da autoridade, e poderemos esperar que Deus, autoridade suprema, de mil modos e em coisas de ordem mais elevada, fará com que a mesma balança penda em favor da nossa causa, sem que outros percebam e, às vezes, até a seu contragosto. (L 225). SÃO JOSE MARELLO 

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 13,44-52

 ""O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola. "O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. "Entendestes tudo isso?" - "Sim", responderam eles. Então ele acrescentou: "Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas"."  

Meditação:

 Os evangelistas usam as parábolas de Jesus, que circulavam como tradição das comunidades primitivas, adaptando-as e acrescentando explicações, para o entendimento de suas comunidades. 

 A liturgia de hoje chama a nossa atenção para o fato de discernirmos com base nos critérios justos. Todos devemos tomar decisões. Mas o discernimento certo nem todos têm. Há pessoas que tomam uma decisão e depois se arrependem para o resto da vida. Há pessoas que decidem pela morte.

No evangelho de Mateus encontramos duas parábolas que são seguidas de detalhadas explicações (Mt 13,18-23; 36-43).

 No evangelho de João encontramos apenas a parábola da porta do redil das ovelhas, seguida, no estilo de metáfora, da proclamação de Jesus de que ele próprio é a porta do redil e é o bom pastor. Mateus reúne, no capítulo 13 de seu evangelho, sete parábolas com o objetivo de elucidar o mistério do Reino dos Céus. 

Os evangelistas sinóticos, Marcos, Mateus, Lucas, registram uma explicação, de difícil interpretação, do porque Jesus fala em parábolas (Mt 13,10-15; Mc 4,10-12; Lc 8,9-10).

Uma interpretação desta explicação levaria, por um lado, à conclusão de que haveria um prévio propósito de Deus em salvar alguns e condenar outros.

 Tal interpretação corresponde à perspectiva de povo eleito, do judaísmo, que deu origem à seletiva teologia da predestinação (segunda leitura), por um lado, e da condenação dos inimigos, por outro lado. 


Outra interpretação é a de que aqueles que se indispõem em acolher a palavra de Jesus não compreenderão as parábolas e se excluirão da salvação. Porém a misericórdia de Deus é universal e perene para com todos. Deus cria por amor, e, com amor, sustenta sua criação, glorificando-a. No evangelho de hoje temos a narrativa das três últimas parábolas, da coletânea do capítulo 13.

As duas primeiras parábolas, a do tesouro encontrado no campo e a da perola de grande valor encontrada, revelam a supremacia absoluta do Reino dos Céus em relação a qualquer riqueza terrena.

A descoberta do imenso valor do Reino, revelado por Jesus, gera uma tal alegria que a pessoa abre mão de tudo para aderir e participar, já, deste Reino. A terceira parábola tem certa semelhança com a parábola do joio e do trigo.

Contudo aqui o núcleo da parábola é o julgamento escatológico, no fim dos tempos, com a separação entre os maus e os justos. Este dualismo entre maus e justos é decorrente da reinvidicação de povo eleito, e foi descartada e superada por Jesus.

Particularmente, a descrição própria de Mateus quanto ao destino final dos maus, lançados na fornalha de fogo, com ranger de dentes, expressa um ato cruel que destoa com a prática misericordiosa e amorosa de Jesus.

Na primeira leitura (1Rs 3,5.7-12) encontramos uma bela apologia de Salomão, o que entra em contradição com a sua ambição desmedida, revelada em seu reinado.

Por um lado, no Primeiro Testamento, Salomão é exaltado em suas posses, em seu harém, em sua haras, no seu poder, caracterizado por sua opressão sobre o povo. Por outro lado o texto de hoje lhe atribui grande sabedoria, dando-lhe grande projeção na tradição de Israel e judaica.

Na comparação final, pode-se pensar que tenhamos uma identificação do autor do evangelho, atribuído a Mateus. Seria o autor este escriba que se tornou discípulo do Reino e reviu suas tradições, tirando delas coisas novas e velhas?

 O Evangelho foi escrito, provavelmente, por volta de 80 dC, em Antioquia da Síria. Em 70 dC, Jerusalém, o Templo e o Sinédrio foram destruídos. Israel pensa que o fim do mundo chegou.

 Para sobreviver frente a tudo, os judeus tiveram que se espalhar pelo mundo, mas de maneira organizada. Alguns foram para a região da Decápolis, numa cidade chamada Pela, do outro lado do Jordão; outros foram para as regiões da Síria e Fenícia, principalmente, Antioquia. 

 Mateus apresenta Jesus ao mundo com o título de Emanuel, que significa, Deus conosco (Mt 11,23). Escreve entre os judeus dispersos e para os judeus, com a finalidade de levá-los à conversão. Ele próprio - judeu convertido. 

 Procura mostrar nas ações e na pessoa de Jesus o cumprimento das Promessas de Deus nas Escrituras. Talvez por isso, faz muitas referências ao Antigo Testamento na sua obra. 

 O escritor é muito didático. Possui uma clareza muito grande quando expõe o que escreve. Podemos dividir o Evangelho em 7 partes. Dentro dessas, encontramos 5 livrinhos.

 Cada livro é introduzido por um discurso muito bem elaborado e escolhido, que dá margem para o texto que vem logo em seguida, mostrando coesão e uma delimitação muito clara.

 Se juntarmos os 5 livros com a narração da Infância, a Paixão e a Ressurreição, teremos o total das 7 partes. 

Mateus procura mostrar também que para seguir Jesus é necessário romper com todas as estruturas velhas e distantes dos ideais cristãos.

 Deixa claro, que a verdadeira comunidade cristã é aberta para o outro e deve evangelizar, levando a todo tempo e em todo o lugar, as palavras e as ações de um Cristo que liberta.

 Reflexão Apostólica:

 Já vimos na parábola do semeador que a boa semente só pode produzir bom fruto se cair em terra boa; assim, a eficácia da Palavra de Deus depende fundamentalmente da disponibilidade daqueles que a acolhem e a praticam.

 Com a parábola da semente de mostarda e a do fermento, vimos que se no início quando a Palavra é semeada em nós o fruto pareça ser pequeno ou mesmo nem o vejamos, isto não é o caso de ficarmos desanimados, pois sendo ela de Deus, depois de todo o processo de desenvolvimento, terá uma grande eficácia.

 Também vimos com a parábola do joio e do trigo uma verdade que será reforçada por uma das parábolas que veremos hoje, a da rede de pesca: a idéia de que a convivência entre bons e maus permanece nesta vida; e, principalmente, o duelo entre bem e mal que existe dentro de nós pode permanecer, mas não é definitivo; pois, sobretudo com a sua paciência, Deus vai tolerando o nosso pecado, sempre dando uma nova chance até compreendermos que Ele é a razão última da nossa vida. 

 O Evangelho deste domingo explica tudo isto quando fala do valor do Reino, da alegria infinita proveniente da descoberta deste valor e do esforço para se abrir a este Reino e aceitá-lo.

 Na verdade, as quatro breves parábolas de hoje concluem o ciclo de ensinamentos sobre o “Reino dos Céus” que Jesus relata para suscitar no nosso coração o desejo do encontro com Deus.

 Tais parábolas convidam a uma decisão responsável da nossa parte com relação ao nosso seguimento a Cristo.

 O grande problema de muitas pessoas é que não pensam para tomar a decisão certa. Por isso, quando tomam, erram profundamente. 

 Há aqueles que ficam pensando, pensando, pensando e não chegam a canto nenhum. É preciso tomar atitudes. Mas atitudes acertadas. 

 São essas pessoas, ousadas, decididas, determinadas, convictas, objetivas, claras, diretas, que fazem história e deixam suas marcas para a eternidade. Nada apaga. Nem o tempo. Com isto, tornam-se imortais no Céu, e, às vezes, aqui na Terra também, por onde passaram. 

Salomão pediu um coração sábio ao invés de pedir ouro, prata, fama, vingança, mulheres, morte dos inimigos... Soube pedir o que é permanente em vista do que era passageiro.

 Optou pelo que é perene ao invés do efêmero. Com Sabedoria, ele poderia conseguir todo o ouro e prata possível. Poderia criar um exército tão poderoso que nenhum de seus inimigos ficaria de pé. Poderia ter todas as mulheres e os prazeres da vida. 

 Hoje, muitos pessoas, como Salomão, são colocadas entre o que é passageiro e o que é permanente. Elas precisam do Dom do Discernimento também.

 Muitos têm morrido, porque escolhem o lado errado: drogas ou vida; bebida ou família; fama ou casamento; amante ou esposa; aborto ou vida; vida ou suicídio...

 Todos somos obrigados, todo dia, a tomar decisões mas, nem sempre, tomamos a decisão certa.

 Muitos não pensam para decidir. Outros são impulsivos demais e acabam tomando o caminho errado. Os sofrimentos ensinam tanto.

 Muitos poderiam aprender sem precisar sofrer, mas optam pela alternativa errada. Por causa disso, já estão debaixo da terra, enquanto outros ficam sofrendo a perda incalculável que sofrera. 

 Deus não quer que soframos. Deus não quer que nos percamos. É neste sentido, que todos somos predestinados à Salvação, nunca para a morte ou para a perdição eterna. 

 Nesta vida, cada um de nós, sabe se é um peixe bom ou mau. Lá, bem no interior, todos sabemos.

 A parábola é clara. Serão separados. Os maus serão jogados na "fornalha de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes". É urgente que os maus se convertam. Ainda há tempo. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!!!

 Propósito:

 Obrigado, Jesus, tu és a minha pedra preciosa. Perdão por todas as vezes que esqueço isso e te troco por bijuterias! Meu grande anseio é deixar-te ser o senhor de minha vida. Faze-me suficientemente audacioso para renunciar a tudo quanto me afasta deste objetivo. 

++++
O ser humano sempre estabelece metas a serem alcançadas.
Se um grande sonho se concretiza, e preciso aceitar suas consequências.
Os pessimistas consideram que determinados sonhos não são para eles.
Os otimistas perguntam-se o que é preciso aprender e fazer para realizá-los.
Quem não se dispõe a trabalhar para a realização de seu ideal está desistindo da luta.


Sonhar é bom, mas buscar a realização dos sonhos é ainda melhor!

._,_.___

__,_._,___


Nenhum comentário:

Postar um comentário