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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Evangelho terça feira 23 julho STA BRÍGIDA


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 12,46-50

"Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo". Ele respondeu àquele que lhe falou: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: "Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

Meditação:
 
Após quatro narrativas de conflito com os escribas e os fariseus, Mateus narra este episódio em que introduz a família de Jesus. O clima é o de um conflito potencial face às exigências de mudanças, conforme a boa nova de Jesus.

Esta narrativa é didática, visando à conversão. A família é a célula básica na composição do tecido social. Uma família conservadora é reprodutora da tradicional sociedade opressora e excludente. Há grande interesse dos poderosos em manter as tradições que lhes permitem gozar de seus privilégios.

Agora, Jesus propõe a substituição de um conceito hermético de família para um conceito aberto e solidário, conforme a vontade do Pai. Substitui os laços formais familiares pelos laços do amor compassivo e comunicativo que vai muito além dos limites da família.

Fazer a vontade de Deus é o requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados da Sua família. Portanto, não é difícil para nos imaginarmos membros da família de Jesus.

Ele mesmo o diz e aponta para nós, como fez quando distinguiu os Seus discípulos: eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne.

Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.

Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não têm qualquer significação no Reino de Deus.

O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.

Deixando de lado os laços sangüíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.

O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.

O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.

Jesus não perdia tempo, por isso, ele aproveitava todos os momentos para dirigir ao povo, mensagens de vida e conversão. A Mãe de Jesus, em tudo fez a vontade do Pai, desde a encarnação até a morte e ressurreição de Jesus. Soube confiar no plano de Deus e, por isso, é chamada de co-Redentora, pois contribuiu para que tudo se realizasse.

Maria fez a vontade de Deus! José foi um homem ajustado ao Plano de Deus, e você? Você se considera da família de Jesus? Jesus aponta para você também quando pronuncia estas palavras? Você é um (a) discípulo (a) fiel? Se fores diga graças à Deus e, se não é tempo para você se converter e mudar de vida, veja que os discípulos deixaram suas famílias, abandonaram-se à vontade do Pai e uniram-se à nova família, em torno de Jesus.

Agora é a nossa vez! Busquemos fazer a vontade de Deus.
Reflexão Apostólica: 
Como devem ter notado é o mesmo evangelho da semana passada (16/7), portanto faremos a mesma reflexão, certo? Claro que não! Aí é que esta o encanto do evangelho. Uma mesma passagem pode nos oferecer varias meditações e reflexões partindo até da mesma direção.
Quem são meus irmãos? Quem é minha mãe? Todos!

Quais são meus sonhos, meus objetivos, meus anseios, desejos, (…) Também todos que eu puder pensar, idealizar, sonhar, (…) Mas, com quem quero dividir esses sonhos, conquistas, prazeres, alegrias, tristezas, frustrações e realizações?

Cada vez mais nosso mundo se resume em poucas pessoas ao nosso redor. É até um contra-senso, pois cada vez tem-se mais gente no mundo e cada vez mais nos isolamos.

Aprendemos com os reflexos do mundo, que nos vende a idéia da liberdade como bem maior. Se somos livres, podemos  voar, ter sonhos, ambições, fazer projetos, (…); a idéia de “nos prendermos” a algo soa como limitação ou fraqueza.

Imaginemo-nos então a cantar uma música dos tribalistas: “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também…”

A liberdade que advém do sinônimo de livre arbítrio vem a nós como um bem precioso, mas que só tem valor se temos com quem trocar.

A liberdade como sinônimo de “sem limites”, “sem freios”, “sem crenças”, (…) podem em um futuro próximo gerar a fragilidade.

Como um grande prédio a ser construído, possui bases sólidas e estruturas bem consolidadas. Ela não advém de todo de vontades ou quereres, mas de um todo e refinado planejamento para que acontecesse.

A busca da liberdade pode então ser canalizada a conquistas puramente materiais. Se tenho um carro, posso ir onde quero sem precisar pedir carona ou depender de alguém; busco com todo ímpeto por uma profissão que de independência financeira, coincidentemente são as que vem de brinde a moeda do status social; Quero uma casa, um apartamento…

Não é pecado sonhar, querer o melhor para nós, ter e conquistar bens, mas quem são meus irmãos e minhas irmãs? Essa idéia de liberdade aos poucos nos afasta daqueles que nos cercam ou que nos viram crescer.

Podemos até justiçar necessário ou que a nossa profissão requer dedicação, horas de estudo, (…), mas será que justifica abandonar meus amigos, meus familiares, minha comunidade, meu coração, (…)

Quantas pessoas que encontraram a liberdade, mas não tem com quem dividi-la? Quantos que abandonaram por completo o convívio social, as amizades, as brincadeiras, do amor (…) por seu sonho.

Precisamos pedir a Deus que nos guie nessa busca; que Ele esteja sempre a nos acompanhar, a nos nortear e que em contra partida eu faça um compromisso em não se esquecer dos nossos irmãos. Sim precisamos ter foco, mas não perder a visão periférica.

É o amor que se liberta da servidão aos interesses do mercado, na ambição do ter e do enriquecer. É o amor que se abre e se faz solidário com os oprimidos e com os mais carentes.

A semente lançada por Jesus supõe um processo de amadurecimento e crescimento. É com este processo que estamos comprometidos, por nossa fé, dedicando-nos à construção do mundo novo possível.

Propósito:


Pai reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos um só corpo e uma só alma quem Cristo Jesus teu filho muito amado e que por amor morreu e ressuscitou.

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