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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Evangelho sábado 20 julho

Mateus 12,14-21

"Então os fariseus que estavam ali saíram e começaram a fazer planos para matar Jesus.
Quando Jesus soube disso, foi embora dali, e muita gente o seguiu. Ele curou todos os que estavam doentes e mandou que não contassem nada a ninguém a respeito dele. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:
"Disse Deus: Aqui está o meu servo que escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração.
Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o meu julgamento a todos os povos.
Não discutirá, nem gritará,nem fará discursos nas ruas. Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa. E todos os povos vão pôr nele
a sua esperança.""
MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)

Meditação

"Aqui está o meu servo que escolhi, aquele que amo e que dá muita alegria ao meu coração". É o próprio Deus dando testemunho de o Verbo de Deus, é Aquele que existe desde toda a eternidade, Aquele que é invisível, incompreensível, incorpóreo, o Princípio que procede do Princípio, a Luz que nasce da Luz, a fonte da vida e da imortalidade, Aquele que é a expressão fiel do princípio divino, o selo inamovível, a imagem perfeitíssima, a palavra e o pensamento do Pai (Hb 1, 3), é o mesmo que vem em ajuda da criatura feita à sua imagem (Gn 1, 27), e por amor do homem Se faz homem.

Na Sua missão fundamental é fortalecida pelo Seu Pai: Eu porei nele o meu Espírito, e ele anunciará o meu julgamento a todos os povos.Não discutirá, nem gritará, nem fará discursos nas ruas. Não esmagará o galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca. Ele agirá assim até que a causa da justiça seja vitoriosa.
Assim, Ele assume um corpo para salvar o corpo e une-se a uma alma racional por amor da minha alma. Para purificar aqueles a quem Se tornou semelhante, fez-Se homem em tudo exceto no pecado… Aquele que enriquece os outros faz-Se pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber as riquezas da sua divindade (2 Co 8, 9). Aquele que possui tudo em plenitude, aniquila-Se a Si mesmo, priva-Se por algum tempo da sua glória para que eu possa participar da sua plenitude.

Porquê tantas riquezas de bondade? Que significa para nós este mistério? Eu recebi a imagem divina, mas não soube conservá-la; agora Ele assume a minha condição humana, para restaurar a perfeição daquela imagem e dar imortalidade a esta minha condição mortal.

Deste modo, estabelece conosco uma segunda aliança, mais admirável que a primeira. Convinha que o homem fosse santificado mediante a natureza assumida por Deus. Convinha que Ele triunfasse deste modo sobre o nosso tirano, que nos subjugava, para nos restituir a liberdade e reconduzir-nos a Si pela mediação de seu Filho. E Cristo realizou, de fato, esta obra redentora para glória de seu Pai, que era o objetivo de todas as suas ações. Que todos os povos ponham  n’Ele a sua esperança.

Reflexão Apostólica
 
Jesus é manso e humilde de coração e rejeita toda violência. Contudo, com absoluta firmeza, empenha-se em resgatar a dignidade humana, em seus direitos e em sua liberdade, denunciando toda opressão e comunicando vida e amor ao mundo.

Jesus não veio à terra para buscar a sua glória ou a sua promoção pessoal. Ele veio como o servo de Deus para garantir, por uma vida de serviço e, principalmente, pela sua paixão e morte de cruz, a salvação para todas as pessoas. Com isso, Jesus é aquele que cumpre todas as promessas
feitas por Deus durante todo o antigo Testamento.


Mateus identifica claramente a missão de Jesus com a do Servo do Senhor, anunciado por Isaias. O estilo particular de Jesus claramente se contrapõe às expectativas da época. Enquanto certos grupos esperavam um messias guerreiro e outros uma espécie de novo sacerdote ao estilo de Aarão, ou um novo legislador como Moisés, a comunidade cristã proclama Jesus como ungido, ou Messias de Deus “de acordo com a escritura”.

Diferente de outros, Jesus nunca radicalizou uma proposta nacionalista, ou uma renovação cultural ou um fervor legalista; sua proposta se alinhou à tradição profética e insistiu sempre na atenção às “ovelhas perdidas”, quer dizer, às pessoas excluídas e na abertura a todas as nações.

Na própria interpretação da Lei, sua mensagem sempre foi centrada nos aspectos que favoreceriam o essencial da vida humana e que se fundaram na justiça, no amor e na liberdade.

Atualmente assistimos a uma perda da densidade da linguagem religiosa. Hoje expressões como Jesus é o Messias passam quase que despercebidas. O desafio é fazer com que a linguagem religiosa tenha mais valor. Com certeza, depende de cada um de nós.

Ele vai, não pela glória, pela arrogância e pelo poder, mas pelo amor, pela misericórdia e pelo serviço, realizar o projeto de Deus e nos mostrar novos valores que devem nortear as nossas vidas, tornando-se ao mesmo tempo modelo para todas as pessoas e a esperança de todas as nações.


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