Seguidores

domingo, 14 de julho de 2013

Evangelho segunda feira 15 julho

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 10,34-11,1

""Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada. De fato, eu vim pôr oposição entre o filho e seu pai, a filha e sua mãe, a nora e sua sogra; e os inimigos serão os próprios familiares. Quem ama pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem buscar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. "Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem receber um profeta por ele ser profeta, terá uma recompensa de profeta. Quem receber um justo por ele ser justo, terá uma recompensa de justo. E quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequenos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não ficará sem receber sua recompensa". Quando Jesus terminou estas instruções aos doze discípulos, partiu dali, a fim de ensinar e proclamar nas cidades da região." 

Meditação:
 
Estamos diante do fim do discurso do Sermão da Montanha e Jesus quer dar a conhecer aos seus discípulos a opção que devem fazer. Ele veio para estabelecer a possibilidade das pessoas escolherem ou a Ele ou a outro.
De uma forma sentenciada forja a personalidade dos verdadeiros discípulos capazes de romper com os laços de sangue a fim de formar a verdadeira comunidade com Ele.  
 As sentenças iniciais também são encontradas em Lucas, porém no contexto mais amplo de advertência quanto às exigências de seu seguimento.
Os laços familiares são importantes porque representam os vínculos mais fortes do amor entre Pais e filhos e parentes. Todavia, o amor a Jesus é muito mais do que isso.
Ele vai além e por isso deve ser prioritário em relação àqueles. Neles se contempla de modo pleno o amor de Deus por nós e em nós.
Fazendo uma escolha por Jesus, fazemos nossos os projetos de d’Ele assim sendo, nos tornamos dignos do Seu seguimento. 
Ele nos diz: Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor.
Portanto, é renunciando tudo o que nos prende ao passado, ao corpo e à matéria representados no pai, na mãe e nos filhos que nos tornamos verdadeiramente seguidores do Mestre.
Os discípulos, firmes em seu testemunho de amor e libertação não se intimidarão, não deverão ter medo mesmo diante das ameaças de morte dos opressores.
Muitas vezes os que os intimidarão serão os próprios parentes: os piores inimigos de uma pessoa serão os seus próprios parentes.
Será necessário que eles permaneçam fiéis e sejam capazes da doar a própria vida por amor a Cristo: Não serve para ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Ele que assim como para a nossa salvação deu a Sua vida assim também nós devemos dar a nossa por Ele.  
A opção pelo seguimento de Jesus é perder a vida neste mundo, é partilhar mesmo na nossa pobreza e pequenez representado no copo de água: quem, apenas por ser meu seguidor, der ainda que seja um copo de água fria ao menor dos meus seguidores, certamente receberá a sua recompensa.
São estes os gestos que nos proporcionam o seguimento do mestre e são para nós o caminho que nos leva para a eternidade..
O caminho contrário é o daquele que encontra sua vida correndo atrás da boa fama, do sucesso, do prazer mundano e da segurança do dinheiro.
Ajudar um pobre, apoiar e ajudar institutos e estabelecimentos que se dedicam ao processo da evangelização é uma forma direta ou indiretamente de anunciar e receber o próprio Jesus em sua casa.
Portanto, receba e evangelize ajudando no que podes no processo da evangelização. Converta-se e tome partido de Jesus renunciando o apego às coisas materiais. Seja o homem ou mulher livre dos bens que hoje existem e amanhã acabarão.
Reflexão Apostólica:
O seguimento de Jesus tem uma série de implicações e não permite meio termo, pois exige radicalidade. Ou seguimos Jesus ou não seguimos, não existe seguimento até certo ponto ou de acordo com as minhas condições, o seguimento é incondicional.
Para que isso seja possível, Jesus deve ser o valor absoluto de nossas vidas, devemos ser seduzidos por ele de modo que tudo façamos para estar com ele e realizar a sua vontade, a fim de que tenhamos coragem de, com ele, assumir a nossa cruz do dia a dia e segui-lo até onde for necessário. Somente quem tem um verdadeiro amor por Jesus e pelo Reino de Deus é capaz de viver de tal maneira.
 

No primeiro olhar esse evangelho pode causar certa animosidade. Fala de espadas, confusão, separações, opções, escolhas, (…). Chega a ser um tanto confuso seu entendimento, como a leitura do livro do Apocalipse de João.
Precisamos reparar antes, no evangelho de ontem: Levar a Boa Nova a todos. Ele alertava que muitas dificuldades seriam encontradas (prisões, maus tratos,…), sejam por pessoas, ideologias, tradições, (…) personificadas na imagem dos lobos.
A espada era usada como o símbolo da nobreza real, mal interpretada (por nós homens) na idade média durante as cruzadas; que o cumprimento da árdua missão, da Boa Nova, instaurava o conhecimento de um reinado por onde fosse aceito. Ele não seria imposto a quem não o aceitasse.
A vida, do jeito que a levamos, às vezes cheia de pequenas ou grandes mazelas (preguiça, egoísmo,…) pode nos gerar certa posição de conforto, comodidade e uma falsa paz.
Dificilmente vemos esse conforto, mas é comum: Alguém que “vive e esta junto há 15 anos e diz que não quer casar, pois se casar estragará a relação”.
Alguém que “enrola a juventude” do (a) namorada (o) por 8, 9, 10 (…) anos esperando algo para poder casar, pois acomodou com uma vida “sossegada” que às vezes esta repleta de coisas que deveriam estar acontecendo.
Lembremo-nos das igrejas invisíveis: Estas são mais algumas delas! Pais católicos, que de repente, fazemos vistas grossas em muitos aspectos: Filhos que dormem fora de casa ou que os namorados dormem em casa.
A sociedade atual chama de modernidade, confiança, liberdade, (…) eu prefiro chamar de “construções em terreno instável”.
Por livre arbítrio, sim seus (nossos) filhos podem ter identidades e preferências diferentes das nossas, mas fica um questionamento: Se gosto tanto da minha forma de ver a vida, por que meus filhos não vêem assim? Como será que repassei a tradição do que acredito para eles?
Apresentar a mensagem que corta como uma espada pode tirar ou mexer com essa falsa paz que temos ou vivemos. Estamos preparados pra levantar essa bandeira? Estamos preparados pra deixar Jesus revolucionar meu viver e como estou vivendo?

Propósito:

Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário