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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Evangelho sexta feira 19 julho

Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 12,1-8

"Naquele tempo, num dia de sábado, Jesus passou pelas plantações de trigo. Seus discípulos estavam com fome e começaram a arrancar espigas para comer. Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: "Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de sábado!" Jesus respondeu: "Nunca lestes o que fez Davi, quando ele teve fome e seus companheiros também? Ele entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele, nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado e não são culpados? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o templo. Se tivésseis chegado a compreender o que significa, 'Misericórdia eu quero, não sacrifícios', não condenaríeis inocentes. De fato, o Filho do Homem é Senhor do sábado"." 

Meditação:
 

Entre os fariseus e os doutores da Lei a opinião dominante era que a observância do sábado era o principal preceito da Lei. Marcos e Lucas narram vários episódios em que Jesus desrespeita o sábado.

Mateus o faz apenas neste episódio e no que o segue, a cura do homem da mão seca. Jesus, ao permitir que seus discípulos arrancassem espigas no sábado, para comer, entrava em choque com as elites religiosas judaicas.

Com o exemplo de Davi e dos sacerdotes que se sentem livres da lei em casos especiais, Jesus vai mais além e se proclama o próprio Senhor do sábado.

Jesus nos trouxe a Boa Nova como um alimento diário – um pão de cada dia. Esse pão é recheado de sabor, pois deriva de palavras de solidariedade, honestidade, compaixão, misericórdia, (…) São palavras doces que até na mais dura das exortações e mediante toda a tristeza que o arrependimento nos proporciona, não nos causa sofrimento. Essa tristeza que deriva do sentimento puro de arrepender-se gera em nós posteriormente a paz. No entanto as palavras que saem de nossa boca, quando recheadas de hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a inveja, colocam o ser mais seguro em situação de fragilidade.

Jesus, não uma e nem duas vezes, enfrentou os férteis ou os que regavam a discórdia. Hoje os fariseus desse evangelho, podem ser todos os intolerantes, os egocêntricos, (…) que da boca brotam palavras lindas, mas o coração ainda não conheceu o amor e a compaixão.
Existem pessoas ao nosso redor que pedem uma nova oportunidade, uma chance, (…) que já demonstraram a mudança, a conversão, (…) não recebem uma chance nossa.

Existem pessoas que coordenavam nossas equipes e pastorais e se afastaram, pois aconteceu uma gravidez não planejada; ou aquele (a) que se apaixonou, abandonou a casa, “amasiou”, largou e agora seus antigos amigos não o (a) recebem de volta.
Quantos casais acabaram seus relacionamentos de anos, pois um encontrou fora de casa à atenção que não recebia do (a) parceiro (a) e envergonhado resolveu voltar e não foi aceito, pois me questionei “o que os outros iriam falar”? Quantos pais bêbados num bar deixaram de ser trazidos pra casa, pois seus filhos têm vergonha dele? Quantas pessoas que por fragilidade aceitam namoros regrados a maus tratos, agressões, (…) com medo de ficar sozinho (a)?

Jesus queria a misericórdia e não o sacrifício! Amar, querer o bem, torcer por alguém, ajudar a levantar, (…) não devem ser encarados como sacrifício por ninguém. Se hoje amar, alguém que me odeia é um sacrifício, pelo menos queiramos o seu bem.

Ocupemos nossos pensamentos com coisas que dêem bons frutos. Não reguemos o mal. “(…) Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável. Praticai o que de mim aprendestes e recebestes e ouvistes, ou em mim observastes. E o Deus da paz estará convosco”. (Fl 4,8-9)

Reflexão Apostólica:

Uma interpretação possível desse texto nos faz lembrar situações comuns em nosso dia-a-dia: hipocrisia, falsos moralismos, pré-julgamentos e a inveja. Como nossa vida seria “tediosa” sem elas? (Risos). Quem nunca chorou ou se entristeceu por uma ou mais dessas situações?

Existem pessoas, (muitas vezes até nós mesmos) que perdem horas do seu dia semeando e colhendo essas plantinhas de desamor. O que plantamos nasce. Aliás, na verdade, o que plantamos nasce se adubarmos ou regarmos. Uma idéia, uma palavra mal colocada ou refletida, pode ser superada se não a levarmos para frente.

O repouso do dia de sábado era uma observância religiosa rigorosamente observada em Israel, era o cúmulo do absurdo e do exagero.

Na Lei dada por Moisés, que não era mais que uma sombra, Deus ordenou a todos que repousassem e não fizessem nenhum trabalho no dia de sábado. Mas isso não era senão uma imagem e uma sombra do verdadeiro sábado, o qual é concedido à alma pelo Senhor.

Não se podia mover uma palha no dia de sábado. Os judeus seguiam ao pé da letra a  narrativa bíblica da criação do mundo em sete dias, sendo que Deus descansa no sábado.

Com efeito, a alma que foi julgada digna do verdadeiro sábado cessa de se abandonar às suas preocupações vergonhosas e humilhantes e repousa; celebra o verdadeiro sábado e goza do verdadeiro repouso, estando liberta de todas as obras das trevas. Ela prova o repouso eterno e a alegria do Senhor.

A atitude religiosa de observância a Lei pelo povo, é um verdadeiro fanatismo. Por isso que Jesus e seus discípulos são acusados de desrespeitarem o repouso do sábado.

Dantes, estava prescrito que mesmo os animais desprovidos de razão deviam repousar no dia de sábado: o boi não devia ser submetido à canga, nem o burro carregar o fardo, porque os próprios animais repousavam dos trabalhos penosos.

Quem desobedecesse a Lei com mais de seiscentas minuciosas observâncias legais impostas ao povo, era considerado pecador e obrigado a levar ofertas e sacrifícios aos sacerdotes do templo.

Foi por isso que Jesus disse que Ele queria misericórdia, e não sacrifícios. Aqui Jesus vai deletar aqueles antigos holocaustos, nos quais eram oferecidos animais a Deus.

Ao vir para o meio de nós, o Senhor trouxe o repouso à alma que estava carregada e oprimida pelo fardo do pecado, e que morria sob o constrangimento das obras de injustiça, subjugada como estava por mestres cruéis.

Ele aliviou-a do peso intolerável das idéias vãs e ignóbeis, libertou-a do jugo doloroso das obras de injustiça, deu-lhe o repouso. É este repouso pelo qual todos nós lutamos e esperamos um dia alcançar em Cristo Jesus.

Se você conhece alguém que faz promessa de subir  o morro de joelhos até a santa que está instalada no topo da pedra, por exemplo, fala para essa pessoa que Jesus prefere uma ato de caridade, uma boa esmola, um prato de comida a um pobre do que ralar os joelhos em sangue naquele sacrifício estúpido. 

Jesus não está aqui descartando o sacrifício da penitência como o jejum purificante. Vejam que Ele confirma a importância do Jejum quando os seus discípulos não conseguiram expulsar uns demônios. Jesus afirma que aquele tipo de demônio  só poderão ser expulsos com jejum e muita oração. Lembra? 

Também existem aquelas pessoas que deixam nos bancos da igreja, aquelas novenas por escrito, afirmando que você tem de fazer 500 cópias e distribuir a 500  pessoas para poder alcançar uma graça, como por exemplo, ganhar na loteria. Puro absurdo, coisa típica de quem não conhece a verdadeira Doutrina da Igreja.

Propósito:


Tu, Senhor, trabalhas constantemente e estás constantemente em repouso. Quanto a nós, chega um momento em que somos levados a fazer o bem, depois de o nosso coração o ter concebido pelo Teu Espírito, enquanto anteriormente éramos levados a fazer o mal, quando Te abandonávamos. Tu, único Deus bom, nunca deixaste de fazer o bem. Algumas das nossas obras são boas – pela Tua graça, é certo –, mas não são eternas; depois de as fazermos, esperamos repousar na Tua inefável santificação. Mas Tu, Bem que não precisa de nenhum outro bem, Tu estás constantemente em repouso, porque Tu próprio és o Teu repouso. Pai, faze-me misericordioso no trato com o meu semelhante, e livra-me de toda tendência ao legalismo sem piedade, que se coloca a serviço da morte.

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