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terça-feira, 2 de julho de 2013

Evangelho quarta feira 3 julho

 São Lucas 1,57-66
57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”.
61Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse.
63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 

Meditação:  
O evangelho de Lucas nos narra o nascimento e a circuncisão de João. Conta-nos que, chegado o tempo, Isabel deu à luz João. Passados oito dias, segundo o costume, foram circuncidar o menino e lhe puseram o nome de João, que significa Deus é favorável. O evangelista nos diz ainda, que os vizinhos das montanhas da Judéia se reuniram em volta da casa de Zacarias e guardavam estes fatos em seu coração e reconheciam que a presença de Deus se manifestava em João. Só depois disso, Zacarias voltou a falar. Aquele que não acreditou na promessa de Deus, agora reconhece sua realização.
A Igreja celebra o nascimento de João como algo sagrado, e é o único nascimento que se festeja: celebramos o nascimento de João e o de Cristo e o seu nascimento foi motivo de alegria para muitos.
Quando São João Batista nasceu, a Virgem Maria estava em sua casa. Quanta alegria e doçura reinavam naquele lar. Os dias da Virgem em casa de Zacarias foram de grande gozo para todos. Maria dava um novo sentido aos pequenos sucessos quotidianos. Esta alegria contagiosa, de que participavam vizinhos e parentes.Os vizinhos e os parentes ouviram dizer que Deus a cumulara com sua misericórdia e com ela se alegraram.
Os vizinhos e parentes se alegraram por Isabel ter sido agraciada por Deus: Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida, e Isabel, tua mulher, vai te dar um filho, ao qual porás o nome de João. Terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida embriagante; ficará pleno do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe (Lc 1, 13-15).
Hoje, infelizmente, muitos se enchem de inveja e de ódio, quando ficam sabendo que uma pessoa recebeu alguma graça ou que está progredindo na vida. Essa é a atitude de pessoas amigas e discípulas do demônio.
Tu sabes quais são os sinais para saber se uma pessoa é invejosa?
1º Alegrar-se com o mal alheio. Se você percebe que uma pessoa se alegra com a desgraça do próximo, que sente prazer por qualquer insucesso ou fracasso do próximo, então já descobriu uma pessoa invejosa. Em 1 Pd 2, 1 diz:Rejeitai… qualquer espécie de inveja. Cuidado com esse tipo de gente; isto é, cuidado com a pessoa que se alegra com o mal alheio, a mesma é pior que o diabo.
Os invejosos são piores que o diabo, pois o diabo não inveja os outros diabos, ao passo que os homens não respeitam sequer os participantes da sua própria natureza.
2º Entristecer-se com o bem alheio. Se você percebe que uma pessoa se entristece, só porque viu alguém subir de cargo, tome cuidado, ela é invejosa e venenosa. O invejoso não consegue se controlar diante do sucesso do próximo, ele fica inquieto e se transforma num monstro: Enruga a testa, cerra os dentes, torce o nariz, fica com o semelhante azedo e olhos fixos no chão. A inveja quando não destrói o invejado, tira a paz do invejoso!
3º Reprimir os louvores dados aos outros. O invejoso não suporta ouvir ninguém ser elogiado, logo diz algo contra a pessoa que foi elogiada; o mesmo encontra defeito em tudo. Aos olhos do invejoso qualquer defeito dos outros é grande.
O invejoso também vê o bem, mas sempre com maus olhos. Até das pessoas santas o invejoso tenta tirar alguma coisa, não podendo negar o louvor aos santos, ele o faz com avareza e reserva. Quanta maldade!
4º Falar mal do próximo. A língua do invejoso se assemelha a uma metralhadora incontrolável; a sua inveja é tão grande, que ele fala mal do próximo publicamente e também em segredo; quanto aos defeitos dos outros, o invejoso sempre aumenta ou inventa. Da inveja nascem o ódio, a maledicência e a calúnia.
No Antigo Testamento a circuncisão era um rito instituído por Deus para assinalar como com uma marca e contra-senha os que pertenciam ao povo eleito. Deus mandou a circuncisão a Abraão como sinal da Aliança que estabelecia com ele e com toda a sua descendência (Gn 17, 10-14), e prescreveu que se realizasse no oitavo dia do nascimento. O rito realizava-se na casa paterna ou na sinagoga, e além da operação sobre o corpo do menino, incluía bênçãos e a imposição do nome.
Com a instituição do batismo cristão cessou o mandamento da circuncisão. Os Apóstolos, no concílio de Jerusalém (cfr At 15, 1 ss.), declararam definitivamente abolida a necessidade do antigo rito para os que se incorporassem na Igreja.
A libertação da voz de Zacarias, no nascimento de João, é o mesmo que o rasgar-se do véu do templo, pela cruz de Cristo. Se se anunciasse a si mesmo, João não abriria a boca de Zacarias. Se solta a língua, porque nasce a voz; pois aos que disseram a João, já a prenunciar o Senhor. Com razão se soltou em seguida a sua língua, porque a fé desatou o que tinha atado a incredulidade. É um caso semelhante ao do apóstolo São Tomé, que tinha resistido a crer na Ressurreição do Senhor, e acreditou depois das provas evidentes que lhe deu Jesus ressuscitado (20, 24-29).
Com estes dois homens, Deus faz o milagre e vence a sua incredulidade; mas ordinariamente Deus exige-nos fé e obediência sem realizar novos milagres. Por isso repreendeu e castigou Zacarias, e censurou o apóstolo Tomé: Porque Me viste acreditaste; bem-aventurados os que sem ter visto acreditaram (Jo 20, 29).
As pessoas ali presentes compreenderam que estavam diante de algo sobrenatural, ainda que não tivessem um conhecimento completo do que estava a suceder: “… e por toda a região montanhosa da Judéia comentavam-se esses fatos”. E diziam: “Que virá a ser esse menino? ’ E, de fato, a mão do Senhor estava com ele”.
O evangelista nos convida a assumir a mesma atitude dos habitantes das montanhas da Judéia, onde viviam Zacarias e Isabel. Admiravam, assombrados, as maravilhas de Deus e reconheciam a grandeza de sua salvação. Neste advento, somos chamados a reconhecer em Jesus Cristo que nasce, a presença de Deus, e na espera a dinâmica de reconhecimento de sua presença nas ações que desenvolve em favor de seu povo, personificado na pobreza e marginalização de Maria, na incredulidade de Zacarias e na fé e reconhecimento de Isabel.
Que São João Batista abra os nossos olhos e a nossa língua, porque estamos cegos e mudos espiritualmente, os vícios nos cegaram, taparam e não conseguimos enxergar a e falar da grandeza de sua vida de santidade.
Reflexão Apostólica:
Em alguns momentos ou trechos dos evangelhos, da a entender que os evangelistas deixam pistas de aprendizados obtidos que poderiam ser usados por nós em nosso crescimento pessoal.
A Bíblia mesmo, por si só, é um imenso depósito de sabedoria, armazenada ao longo de anos e anos de história. Mesmo uma pessoa não cristã, ao buscá-la, teria um inenarrável aprendizado.
Após, ontem, divagávamos sobre o nosso próprio e oMAGNIFICAT recitado por Maria, como não ver, nas entre linhas dos primeiros versículos desse evangelho, o canto de Isabel? É possível até imaginar a alegria dessa mãe que pode, através da ação de Deus, dar a luz na tenra idade.
O canto de Maria poderia ter contagiado sua prima Isabel a também cantar? Será que a declaração escancarada de amor a Deus dessas servas e filhas de Dele, conseguiriam despertar nas pessoas a vontade também de agradecer ao Senhor?
Parece que sim! “(…) Os vizinhos e parentes ouviram falar da grande bondade do Senhor para com Isabel, e todos ficaram alegres com ela”.
Muitos dos nossos comportamentos são “policiados” por nossos super egos. Instancias essas dentro do nosso inconsciente que dão os “nortes” de certo ou errado. Sabendo disso, como conseguiremos cantar ou gesticular os braços em algumas missas, se o que vemos são pessoas que parecem estátuas a começar pelo comentarista? 
Notemos a que facilidade de nossa entrega numa celebração, num grupo, num encontro, (…) é diretamente ligada a animação dos que nos rodeiam, desde a recepção até as leituras. A alegria parece explodir pela graça de Deus.
Cantar o MAGNIFICAT no dia-a-dia é procurar sempre dar uma chance para o dia mesmo parecendo que tudo indica que este não será bom. É silenciar o coração quanto a nossa vontade humana de responder, criticar, desmerecer (…). E no silêncio das palavras, acreditar, sobretudo em Deus, e continuar caminhando.
Como não ver também nesse evangelho o sentimento de impotência de Zacarias mediante a tudo que ocorre ao seu redor? Como é difícil ficar calado ou não ser ouvido se acreditamos que o conhecimento que temos poderia elucidar o problema? Quem nunca foi apenas um PASSAGEIRO (espectador) numa situação, seja ela de saúde, familiar, emocional?
É difícil não imaginar também a felicidade de Zacarias ao voltar a falar, ter voz, manifestar-se. Ficamos na expectativa de também ouvir o seu “MAGNIFICAT”.
Zacarias, no silêncio imposto, tomou uma decisão e a escreveu numa tabuinha: “(…) O nome dele é João.”. E hoje, quem por ventura precisa também tomar uma posição sobre o que quer da vida, o que irá escrever? Se fumo, porque não escrever “Eu parei hoje!”?; Se não consigo controlar a bebida, porque não escrever “parei!”?
Esta passagem do Evangelho mostra que as promessas de Deus se cumprem. O cumprimento das palavras do anjo a Zacarias se dá no nascimento de um filho ao qual chamariam João, e sua consagração pelo Espírito de Deus. João é profeta que encerra o Antigo Testamento e abre o Novo; a irrupção do Novo se torna realidade no Messias de Deus, Jesus. De novo a alegria é a resposta à ação misericordiosa de Deus ante a impossibilidade humana.

Aquele que não tinha acreditado nas promessas de Deus, Zacarias, agora as reconhece em sua realização. O menino é dom de Deus e não simplesmente fruto de um capricho humano. Este menino está claramente chamado a ter uma missão em um momento decisivo da história da salvação. Ele vai anunciar a vinda próxima e presente do reino e do reinado de Deus.
O convite proposto pelo evangelho é o reconhecimento da grandeza e do compromisso de Deus pela salvação da humanidade, e a conseqüente resposta humana a tal compromisso. Somos chamados a mostrar o acontecer de Deus e do seu reino sendo nós mesmos os seus promotores históricos.
Tome uma ação, faça uma Regra de Vida, acredite e cante também! A promessa é grande!
Propósito:
Pai, conta comigo para realizar o teu projeto, como contaste com João cujo nascimento foi revestido de gestos amorosos de tua providência.

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