domingo, 23 de fevereiro de 2025

EVANGELHO DO DIA 02 MARÇO 2025 - 8º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

02 março - São José é sempre o “Dirigente de coro” que dá os tons; embora, às vezes, permite alguma nota desafinada. Neste seu querido mês, porém, quer que todos os acordes fluam certos e melodiosos, de modo que arrebatem o nosso espírito para o alto, onde tudo é harmonia. (L 206). São José Marello

 


EVANGELHO: Lucas 6,39-45

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós!

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre.

41Por que vês o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.

43Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas.

45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

Reflexão para o 8º domingo do Tempo Comum Lucas 6,39-45 02 mar 2025

No último domingo da primeira fase do tempo comum, antes da pausa para o ciclo pascal, a liturgia conclui a leitura do discurso da planície, iniciada há dois domingos, mesmo ainda restando alguns versículos (cf. Lc 6,46-49). O texto proposto para hoje é Lucas 6,39-45, um conjunto de sentenças proverbiais usadas como advertências e incentivo para a comunidade cristã manter-se coerente e fiel aos ensinamentos de Jesus. O discurso, desde o seu início com a proclamação dos pobres como bem-aventurados, propõe uma verdadeira revolução no jeito de viver dos seguidores e seguidoras de Jesus, cuja expressão mais comprometedora é a exigência de amor até pelos inimigos (cf. Lc 6,27.35), e a regra de ouro é “fazer aos outros o que deseja para si” (cf. Lc 6,31). Se trata de um programa de vida revolucionário, movido pelo amor, cujo sucesso ou fracasso depende da adesão e coerência dos discípulos, foco do evangelho de hoje.

Embora Jesus se encontrasse diante de um auditório numeroso e heterogêneo, pois além dos discípulos havia uma grande multidão composta por pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidônia (cf. Lc 6,17), os principais destinatários são os discípulos. São eles, portanto, os que devem viver primeiro e de modo incondicional o programa de vida proposto por Jesus. Por isso, diz o evangelista que “Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?” (v. 39). Provavelmente o evangelista empregou o termo parábola (em grego: παραβολή parabolê) aqui para dar ênfase ao ensinamento, mas o conteúdo, formalmente, não pertence a esse gênero literário, exceto os últimos versículos que comparam o agir humano aos frutos de uma árvore, e o coração a um tesouro. Com um provérbio bastante claro, Jesus chama a atenção dos seus seguidores e seguidoras a viverem como pessoas iluminadas e lúcidas e, sobretudo, abertas aos seus ensinamentos. A cegueira, em linguagem bíblica, significa ausência de Deus e dos seus mandamentos; na comunidade de Jesus, significa fechamento ao Evangelho. Se os cristãos são chamados a ser luz, logo devem esforçar-se para evitar a cegueira. Isso se faz vivendo e praticando o que ensina o Evangelho. Só pode ser luz para os outros quem já é portador de luz, ou seja, quem se deixa iluminar pelo Evangelho de Jesus.

O segundo provérbio é uma denúncia aos sinais de divisão e prepotência que podem surgir na comunidade e, consequentemente, um convite à humildade: “Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre” (v. 40). Provavelmente, esse versículo reflete mais a situação da comunidade de Lucas do que o grupo inicial dos discípulos. Havia uma tendência de hierarquização, e isso comprometia bastante a vida comunitária, pois feria o princípio de uma comunidade igualitária, como propôs Jesus. Para manter o princípio da igualdade é necessário que estejam todos numa mesma condição e ninguém se atreva a ocupar o lugar de mestre que pertence somente a Jesus. Ao invés de ocupar o seu lugar, os discípulos devem esforçar-se somente para ser como ele, vivendo como ele viveu, sobretudo, no jeito de amar.

Do risco de alguém na comunidade ocupar o lugar do mestre, emanam diversos outros riscos, como a arrogância e a prepotência, inclusive falsos ideais de perfeição. Por isso, a séria advertência de Jesus: “Por que vês o circo que está no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho?” (v. 41). Mais do que um risco, esse parece ser um problema já enraizado na comunidade, e combatido pelo evangelista. Existiam e existem pessoas que se consideram irrepreensíveis, atribuindo para si a capacidade e o direito de julgar os outros. Esse tipo de comportamento é totalmente alheio ao ensinamento de Jesus e, por isso, inadequado à sua comunidade.

O próprio Jesus reforça o combate a essa tendência tão prejudicial ao seu projeto: “Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando não percebes a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (v. 42). Essa é a primeira vez que Lucas emprega a palavra hipócrita no seu evangelho; esse termo (em grego: υποκριτική Parte superior do formulário

– hipocritês) significa literalmente “aquele que põe a máscara”, o ator ou intérprete no teatro grego. Enquanto Mateus, por exemplo, reserva essa palavra aos fariseus e mestres da lei (cf. Mt 6,2.5.16; 15,7;22,18), Lucas reconhece o perigo da hipocrisia também no seio da comunidade e, por isso, denuncia. Geralmente, quem mais vê defeitos no outro, quem se considera irrepreensível diante de Deus, quem tem facilidade em julgar o próximo, são as pessoas mais distantes dos verdadeiros valores do Evangelho. Essa tendência deve ser combatida e denunciada constantemente, pois fere o ideal de vida proposto por Jesus.

A imagem da árvore com os frutos tem a finalidade de animar os cristãos a traduzir na vida concreta a relação com Cristo: “Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas” (vv. 43-44). A pertença de alguém a Cristo e a coerência aos seus ensinamentos serão reveladas naturalmente pelos frutos. De quem se alimenta do Evangelho, não podem brotar frutos que não sejam amor, justiça e solidariedade. Ao invés de julgar o próximo, conforme a advertência anterior (cf. vv. 41-42), os seguidores e seguidoras de Jesus devem preocupar-se com a qualidade dos frutos gerados. A oposição entre frutos bons e ruins deve ajudar o ouvinte e leitor a perceber as consequências de suas ações e pensamentos, levando-os a uma reflexão mais profunda sobre a fonte de todo o agir humano, conforme a mentalidade bíblica: o coração.

Como síntese conclusiva, Jesus apresenta uma pequena parábola: “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio” (v. 45). Assim, ele ensina que, além do agir, também as palavras tem grande importância para a vida cristã, pois revelam a qualidade da fonte que as origina: o coração humano. O coração como um tesouro é uma imagem clássica na linguagem bíblica (cf. Eclo 29,11), pois é o que o ser humano tem de mais precioso; é a sede do processamento de todos os sentimentos e pensamentos. Se o comportamento e o agir são importantes e decisivos para o bem da comunidade, cada um e cada uma devem estar atentos ao que origina tal agir. Por isso, o cuidado com as disposições interiores, das quais dependem se os frutos produzidos serão bons ou ruins.

Dia 02

Quando for preciso corrigir alguém, seja paciente, principalmente com os mais simples e humildes.

Aja com muita caridade, tendo em vista a correção fraterna proposta por Jesus.

Lembre-se de que todas as pessoas são passíveis de erros, pois são criaturas limitadas.

Jamais faça aos outros o que não quer que lhe façam.

Toda e qualquer advertência deve ser feita com muito amor e respeito.


Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles.

Isto é a Lei e os Profetas”. (Mt 7,12).

 

Evangelho do dia 01 março sábado 2025

 


01 março - Vamos parar um pouco para podermos ouvir a voz de São José: estamos no seu lindo mês. (L 208). São José Marello


 Marcos 10,13-16

 Alguns traziam crianças a Jesus para que ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam.

14Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: "Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas.

15Digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele".

16Em seguida, tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou.

Meditação:

Marcos articula este episódio das crianças com a narrativa anterior, sobre o divórcio, e com a narrativa seguinte, envolvendo o perigo da sedução pelas riquezas, dois problemas que afetam a família.

Jesus vai abrindo em seu ministério caminhos de encontro com Deus Pai que levam constantemente seus discípulos, formados nos ambientes religiosos do judaísmo, a se escandalizarem pela forma como agia o Mestre e resistiam ao ver e escutar a libertação que levava a cabo no meio dos marginalizados e excluídos de seu momento histórico.

Pode-se pensar que as pessoas que chegam são pais e mães que trazem seus filhos para serem abençoados por Jesus. A repreensão da parte dos discípulos mostra uma atitude intolerante em relação aos fracos e a incompreensão da missão de Jesus. Daí o aborrecimento de Jesus, registro próprio de Marcos que prima por transmitir os traços humanos de Jesus.

No contexto judaico da época, as crianças eram marginalizadas. Faziam parte de grupos que não contavam na sociedade. Eram mal vistas pelas autoridades políticas e religiosas.

Contrariando os discípulos, Jesus, além de acolher as crianças proclama solenemente ("em verdade vos digo"...) a exclusão do Reino para quem não o receber como criança. E abraçava as crianças, expressão carinhosa, única no Novo Testamento, usada exclusivamente por Marcos apenas aqui e em Mc 9,36.
Jesus afirma neste relato que os destinatários do Reino de Deus são todos os que se fazem como elas, quer dizer, os que assumem como forma de vida normal a simplicidade, a inocência, a pureza de coração, já que as crianças nada possuem, não buscam o poder, não agem com dupla intenção e esperam sempre estar junto de seus pais.
Para Marcos, os pobres são as crianças, e nelas se refletem os que sofrem a exploração, a rejeição, a pobreza e a morte; todos eles são os preferidos do Pai. A eles foi prometida a justiça e a misericórdia do Reino, pois nada mais possuem a não ser a sua esperança posta em Deus.
Por outro lado, a atitude de acolhida e ternura com as crianças por parte de Jesus expressa o elemento essencial do Reino: Deus Pai e Mãe, que dá a vida em abundancia a seus filhos prediletos.

Acolher as crianças era, pois, acolher a realidade de um dos tantos grupos que no judaísmo não contavam para a sociedade, mas em cujos corações já se começava a intuir a realidade do reino de Deus. Porque, dentro de sua simplicidade, sinceridade e capacidade de amar sem duplicidade, neles estava já presente a esperança de um futuro no qual teriam plena participação e significado por seu valor supremo como pessoas. Não nos descuidemos daqueles que o Senhor tanto amou e dos quais é o reino dos céus.

A criança acolhida por Jesus soma-se ao conjunto dos excluídos que são chamados a participar do Reino de Deus, os impuros e pecadores, os pobres, e outros mais.

Como a criança, o excluído sente-se desamparado e fraco, inseguro diante do dia de hoje e do futuro. Receber o Reino como criança significa abandonar as ideologias de poder que submetem as sociedades e renascer para a novidade do Reino de amor, fraternidade, justiça e paz.

Reflexão Apostólica:

Depois de Jesus ter falado da importância do matrimônio no evangelho de ontem, hoje nos propõe contemplar a beleza de ser criança como garantia do Reino.

Então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam.

A família saudável é aquela que se expor à graça de Deus e pede benção para si e para os seus filhos. É o que vemos neste evangelho. As crianças são trazidas para serem abençoadas. Os discípulos, porém repelem-nas. Todavia Jesus os repreende a atitude.

Nossos filhos precisam receber o toque da graça. As mãos elevadas para o céu, na Bíblia são símbolos de oração e transmissão de bênção, consagração e cura.

A imposição das mãos transmite o amor de Deus. Quando um pai ou mãe abençoa um filho, uma filha está transmitindo bênção. Transite é uma energia espiritual, porque o ser humano é também espiritual.

Uma pessoa quando está em comunhão, comprometida com o bem transmite energia espiritual positiva, benéfica. E quando está comprometida com o mal transmite energia espiritual negativa, portanto maléfica. Que carga você traz no seu dia a dia? Lembre-se de que algumas pessoas nos fazem bem e outras mal. Por causa do encardido com o qual fizeram pacto.

Jesus transmitiu àquelas crianças a paz e atenção e sobre tudo as fez  a medida para os destinatárias do Reino.Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.

Por quê? A razão é simples. A criança representa simplicidade, inocência e dependência. Elas ainda estão livres da malícia e fingimento. Nela está a simplicidade e inocência que são as características do reino. Assim elas se tornam sinais do reino presentes entre nós.

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade. Quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele.

Sê, pois, simples, humilde, puro e serás, tu e a tua família também destinatário do Reino como as crianças.

O Reino de Deus é para aqueles que são como crianças. A criança é aquela que depende totalmente das outras pessoas e não tem nada a oferecer em troca daquilo que lhes dão.

Assim devemos ser diante de Deus. Devemos ter plena consciência de que dependemos totalmente dele para que possamos entrar no Reino dos Céus e nada podemos oferecer em troca disso.

A salvação nos é dada pelo amor gratuito de Deus e pelos méritos de Jesus Cristo. Ninguém pode se salvar. Jesus é o único salvador. Devemos, como as crianças diante dos adultos, colocar a nossa confiança em Deus, e viver em constante ação de graças porque ele, gratuitamente, nos salva.

Propósito:

Pai, coloca no meu coração o mesmo carinho e afeto que Jesus demonstrou às criancinhas, pois a simplicidade delas me ensina como devo acolher o teu Reino

Dia 01

Com gestos concretos e palavras, podemos ajudar os irmãos e valorizar a vida.

Existem diversas pessoas desanimadas, tristes, sem fé nem esperança, que não conseguem encontrar um verdadeiro sentido para a existência.

O bálsamo para aliviar seu sofrimento pode estar em uma palavra amiga, um pouco de amor e carinho, um sorriso ou um abraço fraterno.

Leve Jesus às pessoas!

Mostre-lhes o verdadeiro caminho, a verdadeira luz e a verdadeira vida.

Ilumine a vida dos irmãos com palavras e sobretudo com seu testemunho.

“Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5,16).

 


Evangelho do dia 28 fevereiro sexta feira 2025

 


28 fev Se Deus nos pede o sacrifício de alguma bela flor do nosso jardim, conforte-nos o pensamento de que Ele nos recompensará com juros fazendo brotar muitas outras graças ao orvalho celeste e defendendo-as com carinho das geadas e do frio, até o dia em que as queira transplantar para o Céu. (L 271). SÃO JOSÉ MARELLO

 


EVANGELHO DO DIA

 Marcos 10,1-12

Naquele tempo, 1Jesus foi para o território da Judeia, do outro lado do rio Jordão. As multidões se reuniram de novo em torno de Jesus. E ele, como de costume, as ensinava. 2Alguns fari­seus se aproximaram de Jesus. Para pô-lo à prova, perguntaram se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher.
3Jesus perguntou: “O que Moisés vos ordenou?” 4Os fari­seus responderam: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. 5Jesus então disse: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moi­sés vos escreveu este mandamento. 6No entanto, desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. 8Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”
10Em casa, os discípulos fizeram, novamente, perguntas sobre o mesmo assunto. 11Jesus respondeu: “Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério”. 

Meditação:

Jesus está na jurisdição de Herodes, que tinha tomado por esposa Herodiades esposa do seu irmão e que por isso causara a morte de João Batista. De repente os conhecedores da lei de Moises insurgem contra Jesus e lhe fazem uma pergunta. Só que desta vez sobre o divórcio. Talvez na tentativa de aprovar a atitude de Herodes e condenarem João por ter defendido a indissolubilidade do matrimônio.

De fato, naquele tempo, a questão do divórcio e novo casamento era motivo de grande debate entre as duas escolas rabínicas de Shammai e Hillel. Mas também vemos na pergunta dos fariseus mais uma tentativa de assassinato do que uma mera questão.
Desencadeou-se a polêmica em torno do assunto do divórcio proposto pelos fariseus, e Jesus dá atualidade ao mandamento inquebrantável do amor do casal: o que Deus uniu o homem não separe.
No Novo Testamento, existem três passagens principais que lidam com divórcio e novo casamento: Mat. 19:1-9, Mar. 10:1-12 e I Cor. 7:10-40.
Jesus faz distinção entre a intenção original de Deus na criação e a lei (Dt 24,1) que foi escrita “por causa da dureza do vosso coração “.
O enfoque dessa passagem de Marcos é realmente novo casamento e não divórcio. Ao exprimir seu pensamento a respeito do matrimônio, Jesus denunciava uma injustiça cometida contra as mulheres, procurando prevenir seus discípulos a não a praticar.
A Lei mosaica era explícita no tocante ao divórcio. Lê-se no Deuteronômio: “Quando um homem se casa com uma mulher e consuma o matrimônio, se depois ele não gosta mais dela, por ter visto nela alguma coisa inconveniente, escreva para ela um documento de divórcio e o entregue a ela, deixando-a sair de casa, em liberdade “. A Lei previa o caso de sucessivos repúdios da mulher.

Portanto, ela ficava sob a tutela do marido e dependia de seu humor. Bastava um pequeno deslize, ou algo que desagradasse o marido, para ser repudiada. Uma situação de evidente injustiça, no parecer de Jesus, com a qual não podia pactuar.
Por isso, ele saiu em defesa das mulheres com dois argumentos: O primeiro referia-se ao questionamento da Lei. O divórcio consistia numa espécie de concessão divina à mesquinhez humana. Não podendo suportar algo superior, Deus se contentava em permitir aos homens algo inferior. Mas Jesus estava ali para defender a verdadeira vontade divina. O segundo consistiu em mostrar que o divórcio é impossível, considerando o texto bíblico: Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.

 Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gênesis 2,23-24), que lhe serve de fundamento. Portanto, se é verdade que marido e mulher formam uma só carne, como é possível falar em divórcio? Não sejas teimoso, teimosa. Repudiando o teu marido ou tua mulher, tu te desfazes de uma parte de ti mesmo.
Hoje em dia é comum que muitos casais busquem o matrimônio não pela vivência sacramental do Deus que abençoa e santifica o amor do casal, mas como um de tantos eventos sociais cujos protocolos se converteram em exigências.

 Certamente, ainda numerosos casais procuram permanecer unidos no matrimônio até que a morte os separe, mas numerosos outros usam o matrimônio como instrumento para conseguir um visto, uma herança, um status social, ou, simplesmente, para não ficar sozinhos.

Fator importante na crise de casais, tanto dos unidos pelo matrimônio como dos que estão fora dele, é o medo de que o amor se extinga e leve cada um a tomar seu próprio caminho.

Jesus é enfático na exigência que lança a seus seguidores: o casal buscar nas relações o que é realmente essencial e transcendente: a vivência do amor de duas pessoas unidas no sacramento do matrimônio, união que, não obstante as dificuldades, continua se recriando apesar do transcurso do tempo na vivência renovada da doação de um ao outro.

Reflexão Apostólica:

O matrimonio é o sacramento do amor e expressa a presença viva de Deus no meio de quem deseja compartilhar suas vidas, unificadas por um amor mutuo.

 Tal relação se fundamenta no conhecimento profundo das duas pessoas, na ruptura dos estreitos limites do egoísmo para dar espaço à partilha, à amizade, ao afeto, ao encontro íntimo dos corpos; por isso Jesus recorda aos fariseus o elemento essencial da união matrimonial: ser uma só carne, um só ser, uma só pessoa.
Ser “um só” significa que os dois são responsáveis por manter vivo o primeiro amor; significa que são iguais, que não há um mais importante que o outro, mas que cada um, com sua própria identidade, forma parte indispensável deste projeto de amor.
Portanto, o divorcio é a conseqüência de não compreender o sentido original do matrimonio, de possuir um “coração de pedra” incapaz de amar a Deus, que é o próximo por excelência, de não abrir o coração ao perdão, à ternura e a misericórdia para com o outro. É necessário um “coração de carne” para que o amor conjugal seja forte e indissolúvel.
O Evangelho de hoje nos induz a uma reflexão e aprofundamento do nosso compromisso matrimonial. Vivemos um tempo em que o matrimônio tornou-se mais um evento social do que um compromisso assumido pelos cônjuges.

Algumas pessoas se casam já condicionadas a uma separação, se surgirem dificuldades que não as façam felizes. Aquele que procura apenas sua felicidade no casamento certamente sofrerá muitas decepções, porém, aquele que procura fazer seu parceiro/a feliz, esse terá muito maior probabilidade de ser feliz.

Deus nos dá plena liberdade de escolhermos a nossa parceria, não nos impõe nenhuma condição, por isso a nossa escolha deve ser definitiva e devemos nos esforçar ao máximo para honrarmos o compromisso assumido. São Tiago já nos alerta em sua carta, "que o vosso sim seja sim, e o vosso não, não".

É na família abençoada pelo sacramento matrimonial que devemos exercer, em primeiro lugar, as recomendações deixadas por Jesus Cristo, que são a disponibilidade ao serviço e a evangelização. Essa é a receita para a união duradoura e eterna que se espera do casamento.

Se um dia, a vida em comum se tornar inviável, apesar do nosso empenho em concretizá-la, lembremos da advertência de Jesus "Quem se divorciar de sua mulher e casar com outra, cometerá adultério contra a primeira. E se a mulher se divorciar de seu marido e casar com outro, cometerá adultério".

 Que o Senhor guie nossos matrimônios e os mantenha unidos no amor que se torna sacramento de modo tão essencial nessa fusão que permite a um homem e a uma mulher não ser já dois, mas um só.

Propósito:

Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.

Dia 28

Que seus dias tenham espaço para novos interesses e experiências, expectativas e oportunidades, sonhos e ideias.

Que estejam suficientemente preenchidos de alegria, paz e amor.

Saiba que o tempo é um mistério; nele são realizados todos os projetos pessoais.

Preste atenção a seus atos.

O ontem já lhe fugiu das mãos, o amanhã ainda não chegou.

Portanto, viva o presente!

“As coisas que ele fez são todas boas a seu tempo.

Além disso, entregou o mundo ao coração deles.

No entanto, o ser humano jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza”. (Ecl 3,11).

 


Evangelho do dia 27 fevereiro quinta feira 2025

 

27 fev Repitamos sempre: “Omnia cooperantur in bonum” tudo coopera para o bem, até nas menores coisas, como já há tempo a experiência nos tem ensinado. (L 167). SÃO JOSÉ MARELLO

 


Marcos 9,41-50

Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

Meditação:

Muitas vezes, a conversão consiste em rejeitar decididamente o que for para nós ocasião de pecado: «A pessoa temperada orienta para o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã descrição e não se deixa arrastar pelas paixões do coração». E: «Se um dos teus olhos for para ti ocasião de pecado, deita-o fora».
O Evangelho de hoje traz alguns conselhos de Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos. Naquele tempo, muita gente pequena era excluída e marginalizada. Não podia participar. Muitos deles perdiam a fé. O texto que vamos meditar tem algumas afirmações estranhas que, se tomadas ao pé da letra, causam perplexidade na gente. 
Podemos perceber neste texto uma compilação, feita por Marcos, de exortações catequéticas elaboradas nas primeiras comunidades. A frase inicial sugere que se trate de uma sentença vinculada à experiência da missão. É um estímulo ao acolhimento dos missionários.
Este relato gira ao redor do “escândalo”, que significa ser obstáculo ou tropeço no caminho de fé de alguém, em especial dos “pequenos” que podem ser aqueles que aprenderam a ser como crianças para entrar no Reino: os pobres, os humildes, os mais indefesos da comunidade.
A alusão à queda dos pequenos é uma advertência àqueles que na comunidade buscam a vaidade e o poder e chocam aqueles que se aproximam com a esperança de encontrar amor e fraternidade.
Pelo que indica o texto, o processo de fé de cada um dos crentes é um tesouro, é um dom outorgado por Deus que se deve cuidar e alimentar, e que ninguém tem o direito de colocar em perigo. Por isso, o evangelista afirma que quem se escandaliza “melhor que se lhe atasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar”.
No mesmo sentido pode ser entendidos os ditos referentes à amputação de alguns membros do corpo, hipérbole que Jesus emprega para exortar seus discípulos a afastarem-se do pecado e da tentação, com o fim de preservar a fé e manterem-se no caminho do Reino.
As alusões aos membros cortados são exageros literários (hipérboles) para induzir à disciplina pessoal. Contudo podem indicar também a exclusão de membros da comunidade (corpo) que provocam escândalos.
As frases finais visam a convivência harmoniosa na comunidade. O fruto é a paz, na vivência do amor fraterno, em Jesus. O relato nos convida a renunciar a todo tipo de egoísmo e busca de poder e abraçar com fidelidade o caminho da fé, o qual se cultiva através da oração e do amor aos irmãos.

Reflexão Apostólica:

É muito comum ouvirmos que isso ou aquilo é escandaloso e, normalmente, quando isso acontece, o fato está relacionado com questões de sexualidade.

O escândalo é muito mais do que isso. Dar escândalo significa ser ocasião de pecado para as outras pessoas, independentemente da natureza ou da forma do pecado.

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje a importância que devemos dar para os nossos atos, para que eles sejam testemunho da nossa adesão ao Reino de Deus e não uma negação da nossa adesão que tenha como conseqüência o afastamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que a nossa fidelidade a Jesus no nosso dia a dia é a nossa grande arma no trabalho evangelizador.
O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé.

O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.
As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos.

Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino.

Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.
A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.
Também já refletimos a Palavra de Deus dando grande importância a que sejamos sal e luz: sal da terra e luz do mundo, isto é, que estejamos sempre sendo testemunhas de Jesus, quer dizer, dando bom exemplo com nossa conduta, nosso comportamento. O sal conserva e dá sabor aos alimentos ou, também, dá sentido. Assim somos convidados por Jesus a viver nossa vida de tal modo que possamos dar sabor e dar sentido à vida de todos neste mundo.


Sendo sal e luz nós vamos procurar fazer com que as pessoas possam saborear as coisas do alto, as coisas de Deus.
Assim o mundo fica melhor e muito mais agradável para viver nele havendo muita luz para iluminar a todos. Estamos falando de luz de Deus. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas.” E nós somos convidados também a ser luz para o mundo e sal da terra para darmos sentido e sabor à vida.
Que a Igreja seja sal e luz e motive nossa caminhada cristã. Que nossas comunidades cristãs sejam testemunhas vivas para motivar a sociedade a procurar vida cristã. Tudo isso é trabalhar na construção do reino de Deus.

Propósito:

Pai, torna-me forte para tirar da minha vida tudo quanto possa servir de contra - testemunho a meu próximo e levá-lo a afastar-se de ti. Senhor Jesus, não permita que eu seja ocasião de pecado para os pequeninos que se aproximam de ti e querem se fazer discípulos do teu Reino.

Dia 27

A vida é um caminho entremeado de sonhos, esperanças, alegrias, tristezas, vitórias, fracassos, amor, ilusões.

O encanto da vida, a alegria de viver, vem da multiplicidade de fatos, quando se sabe extrair o principal, que é aprender a ser feliz...

Ser feliz, apesar das dificuldades, dos problemas, das tristezas...

Sentir Deus em cada segundo, em cada minuto da vida...

Quando colabora para a felicidade do próximo, você também se torna feliz.

A verdadeira fonte de felicidade está em Deus e nos pequenos gestos do dia-a-dia

“Felizes os que procedem com retidão, Os que caminham na lei do Senhor.”

(Sl 119[118]).

 


Evangelho do dia 26 fevereiro quarta feira 2025


 26 fev -
Repitamos sempre: “Omnia cooperantur in bonum” tudo coopera para o bem, até nas menores coisas, como já há tempo a experiência nos tem ensinado. (L 167). São José Marello

 

Marcos 9,38-40

Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor”. 

Meditação:

fortaleçamos o diálogo ecumênico e inter-religioso, com o fim de construir um mundo mais ético e mais humano.
A tentação de ser auto-suficientes vai até acreditarmos completamente que somos donos de nossos projetos, a ponto de não mais olharmos para o sem-número de eventualidades que podem ocorrer e pôr em risco aquilo por que tanto anelamos. Somos muito dados a sonhar sem pôr os pés no presente. Tiago nos faz cair na conta de que não somos donos, como às vezes pensamos, dos inumeráveis fenômenos e fatores que entram em jogo na criação de nosso futuro. O cristão conta cada dia com Deus, que caminha a seu lado e o ajuda a enfrentar os acontecimentos que vêm a seu encontro com uma decidida força para sair vitorioso deles.

No evangelho assistimos à polêmica que se arma entre os discípulos porque houve alguém que expulsava demônios sem ser do grupo dos Doze. Eles logo reclamam pela exclusividade de tais ações junto a Jesus. Ele, contudo, deixa bem claro que: quem não está contra nós, está a nosso favor, afirmando dessa maneira que o dom de Deus para a humanidade não é exclusivo de um grupo, de um povo ou de uma comunidade determinada; é universal.

Quantas vezes nós, cristãos, cremos e agimos como os únicos herdeiros do favor divino e da salvação!

Concluindo: Os discípulos estão cientes de sua missão, mas reagem diante daquilo que vêem, e Jesus lhes diz: quem não é contra nós é a nosso favor.

Nesta exortação, o mestre amplia a visão dos seus alunos. Porque na verdade ser cristão de verdade é ter uma visão ampla do mundo e do Reino e saber onde estão seus sinais. Muitos são os que anunciam e vivem com grandeza a verdade do Evangelho. E Jesus não quer que os discípulos sejam uma seita, mas que sejam instrumentos libertadores do Reino.
E para se ser este instrumento é preciso saber que o amor a Deus e aos irmãos bem como a prática do bem suplantem os projetos humanos. É necessário que quisermos ser discípulos libertarmo-nos do conceito humano de ver as pessoas. Que é de julgar as ações delas sem mais sem menos.

 Existem muitos cristãos que vira e mexe comentam, julgam, falam mal dos outros considerando-se melhores como se fossem os únicos possuidores da verdade. E como os discípulos também dizem: Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue.
Todas as vezes que nós agimos assim, também Jesus nos dirige a palavra: não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós.
Portanto, o episódio do homem que expulsava demônios e não era do grupo dos discípulos, mas que foi respeitado por Jesus, deve nos levar a perceber os sinais de Deus naqueles que não fazem parte da nossa casa, família, amigos e do nosso grupo religioso, cultural e social.
Devemos lutar para eliminar ou combater as contendas, rixas com os diferentes de nós. Pois tais atitudes podem significar que nossa ação não tem sua fonte em Deus ou no bem, mas sim do maligno, o semeador do joio e da divisão.
Que o Senhor nos ensine a saber respeitar, lidar e conviver com o diferente afim de que possamos exercitar a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão e sobretudo o amor de Deus presente em nós.

Reflexão Apostólica:

A fé cristã assenta na sabedoria que vem de Deus e não do mundo. Somos convidados a olhar para os homens nossos irmãos, amando-os como Deus os ama.

A santidade a que somos chamados consiste em fazer a vontade de Deus nosso Pai, que ama a todos, sem distinção. Amando os que nos perseguem e orando pelos nossos inimigos, sabemos que somos filhos de Deus. Quanta exigência e quanta motivação contida nesta frase imperativa do Divino Mestre: Sede perfeitos como é perfeito o vosso pai celeste!

Jesus não quer que o grupo daqueles que o seguem se torne seita fechada e monopolizadora da sua missão. Toda e qualquer ação que desaliena o homem é parte integrante da missão de Jesus.
Na busca da perfeição, muitas vezes excluímos pessoas em nossas vidas, imagem no serviço da Igreja. O sujeito não conhece a Deus e entra para um serviço na Igreja, já imaginou?
Depois de ter tido uma experiência profunda com Deus? É feita pipoca pulando de alegria ao ficar pronta. Achamos que entramos para o serviço de Deus e só vamos encontrar bonança, mas não é bem assim.
Nunca estaremos prontos, pois como diz a palavra de Deus: - Meu filho, se entrares para o serviço preparas para provação. E são muitos de nós buscando o que é perfeito que, ao invés de expulsar as imperfeições da nossa própria vida, expulsamos os outros, considerando-os como imperfeitos.
Que o sejam, porém, não são contra nós, mas sim a favor. E por que quando somos contrariados em nossa opinião, queremos abandonar tudo? Só nós somos perfeitos? Donos da verdade?
Precisamos reconhecer que um dia o Senhor, teve compaixão de nós, e estendeu sua destra poderosa sobre a nossa vida, pois, onde superabundou o pecado superabundou a graça.

Assim foi conosco, e precisamos pedir o dom da paciência para que aconteça com os de nossa casa, com os nossos amigos e com os nossos colegas de trabalho.
Tenho visto, que a cada novidade da minha vida, exige de mim uma nova conversão. Ou seja, uma amizade nova, um trabalho novo, um carro novo, um novo filho, um novo desafio profissional, um novo apartamento, uma nova coordenação, pois o Senhor fará 'nova todas as coisas' se eu abrir as portas do meu coração e a Ele confiar a conversão.
Não deixemos que a nossa busca pelo o que é perfeito e agradável a Deus, expulsem o nosso próximo. E pra terminar, e quem é o nosso próximo?
Aquele do qual eu me aproximo, portanto, temos muito ainda a caminhar quando se trata do amor ao próximo, mas firmeza nas promessas de Deus.

Propósito:

Senhor, nosso Deus, Pai de infinita bondade, fazei-nos santos porque Vós sois Santo! Tornai-nos perfeitos como nos pediu Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Pai, livra-me da atitude fanática e exclusivista de pensar que só quem pertence declaradamente ao círculo de discípulos de Jesus está em condições de fazer o bem.

Dia 26

Quando estiver triste ou desanimado, lembre-se de que existe um só remédio: confiar em Deus.

Nos momentos difíceis de angústia, impaciência, revolta, preocupação, depressão, abandono e solidão, doença e morte, é fundamental entregar-se nas mãos de Deus, para que Ele tome conta da situação.

Tudo é possível para aquele que acredita em Deus.

“O meu Deus proverá magnificamente, segundo a tua riqueza, no Cristo Jesus, a todas as vossas necessidades”. (Fl 4,19).



Evangelho do dia 25 fevereiro terça feira 2025

 

25 fevereiro - “Sunt bona mixta malis”. Há coisas que satisfazem os gostos humanos, misturadas com outras que parecem más, se a razão não busca a sua luz na fé. (L 167). São José Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 9,30-37

 "Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:

- O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará.
Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos:
- O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
- Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
- Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.

 Na estrutura do evangelho de Marcos, depois da chamada "Crise Galalaíca", manifestada no episódio da Estada de Cesaréia de Felipe, Jesus muda totalmente da tática e estratégia. Ele não anda mais com as multidões, quase não faz mais milagres – dos 19 milagres em Marcos, somente dois acontecem depois do acontecimento de Cesaréia. Em lugar disso, ele se dedica quase totalmente à formação dos seus discípulos, tentando inculcar neles as atitudes de verdadeiros discípulos, ensinando-os que o Caminho dele e o da Cruz, da entrega, da doação, e não da busca do poder, da glória ou da fama. Marcos faz isso duma maneira bem planejada. Em três ocasiões, Jesus anuncia a sua futura paixão. Em cada ocasião os discípulos não compreendem. E, a partir dessas incompreensões, Jesus torna a dar um ensinamento, aprofundando vários aspectos do verdadeiro seguimento dele.

No evangelho de hoje podemos distinguir duas partes diferentes, porém, ambas com uma base comum. A primeira é a segunda predição de Jesus sobre sua sorte definitiva em Jerusalém, cuja viagem acabava de iniciar. A segunda é a lição sobre quem é o melhor dos seus discípulos. Na realidade podemos unir ambas sob o conceito de que é preciso perder a vida para ganhá-la definitivamente. Jesus morreu duas vezes: materialmente como conseqüência dos sofrimentos da cruz, que era uma morte lenta e a mais cruel de todas como castigo (Cícero), e espiritualmente como homem honrado, pois foi rebaixado até o último lugar; como um maldito, segundo a lei, para os judeus, e como um proscrito e malfeitor para os greco-romanos. De ambas as mortes ele se livrou por meio de duas ressurreições: a física e a moral; de modo que a cruz que era símbolo de maldição e estupidez se tornou símbolo da árvore da vida para todo crente que olha Jesus reinando dela como Senhor.

O trecho que ora refletimos trata do segundo desses três acontecimentos. A causa da dificuldade é a tentação do poder. Embora Jesus tenha deixado bem claro, pela segunda vez, que o seguimento dele é uma vida de entrega, até a morte, em favor dos outros, os Doze discutem entre si qual deles era a maior! O poder – tentação permanente em todas as comunidades, não exemplando as Igrejas! Talvez mais do que outro motivo, a sede do poder tem sido o que mais tem corrompido nas Igrejas - mais do que a imoralidade ou a ganância financeira. No século passado, o estadista inglês Lord Acton falou que "todo poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente". E não há poder mais perigoso do que o religioso, que fala em nome de Deus!

Quantos sofrimentos e males causados por essa sede do poder, disfarçada como mandato de Deus. Desde o fundamentalismo fanático da Talebã em Afeganistão até a ufania de certos padres –mormente recém ordenados- que se ostentam com roupas finas e carros do ano, e dominam duma maneira opressora religiosas e leigos de muito mais experiência e sabedoria do que eles, a sede do poder e da dominação – em nome de Deus – continua a distorcer a vida de muitas comunidades religiosas, dentro e fora do Cristianismo.

O poder em si é um bem – para ser usado em serviço dos outros! Todos nós – clero, religiosos, leigos – somos vulneráveis diante da tentação do poder. Levemos a sério o ensinamento de hoje, pois só pode ser discípulo de Jesus quem procura ser o servo de todos! Evitemos títulos, privilégios, e comportamentos que tão facilmente poderão nos afastar do seguimento do Senhor. Que o nosso modelo seja sempre ele – e não os critérios da sociedade vigente, onde é o poder que manda. A nossa força vem da Cruz de Jesus, a fraqueza do Deus "que escolheu o que o mundo despreza, acha vil e sem valor, para destruir o que o mundo pensa que é importante".

O texto do Evangelho nos situa na segunda fase da catequese que Jesus dirige aos seus discípulos com relação às conseqüências que advém de segui-lo até Jerusalém e das exigências deste seguimento.

No Evangelho de Marcos, o “caminho” representa o itinerário de formação de um bom discípulo. Jesus não quer um grupo de fanáticos, entoando vivas a seu nome, mas de pessoas responsáveis, capazes de assumir um projeto. Por essa razão, seus esforços se concentram no ensinamento a seus seguidores. Sua instrução parte dos desacertos e das respostas erradas que eles mesmos vão dando ao longo do trajeto até Jerusalém.

Os discípulos não entendem o que Jesus lhes quer dizer a respeito de seu próprio destino, não entendem que o Filho do Homem deve morrer e ressuscitar ao terceiro dia, e por isso não podem entender que para ser os primeiros é necessário se colocar nos últimos lugares. Jesus responde a esta incompreensão com uma simples instrução que tem como objetivo fazer crescer, corrigir seus defeitos e disponibilizá-los à entrega generosa aos demais. Como é habitual em Marcos, Jesus instrui seus discípulos na casa. A casa é lugar de reunião dos primeiros cristãos para a celebração e para a catequese; estamos, portanto, diante de uma catequese que se dirige à comunidade.

Diante da recusa dos seus discípulos em entender o seu ensinamento, Jesus, o Servo de Javé, pega uma criança como símbolo de quem deve segui-Lo. Não porque criança é sempre santa nem inocente! Mas porque é sem-poder, dependente dos adultos de tudo. No tempo de Jesus, criança era sem direitos, entre os últimos da sociedade. Os seus discípulos são convidados a despojar-se do poder para serem servos, da mesma maneira do que o Mestre, ele que "não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte da cruz".

Jesus deve superar o medo cultural que invade seus discípulos e que os impede de dirigir-se a seu “Mestre” com toda a confiança. Para isto, lança mão de uma estratégia pedagógica muito engenhosa. Retoma a discussão dos discípulos, concentrados não em seu ensinamento, mas na repartição dos cargos burocráticos de um hipotético governo, com um exemplo da vida diária.

O ensinamento de Jesus convida à mudança de posição. Com a chegada do Reino vão se mudando os esquemas deste mundo: os últimos passam para o primeiro lugar; os pobres serão saciados; os que perdem sua vida vão encontrá-la; e os que querem ser os primeiros, serão os últimos e os servidores de todos. Esta mensagem está dirigida a toda comunidade, porém essencialmente para aqueles que têm uma responsabilidade dentro dela. O modelo é a criança, com a qual Jesus se identifica na humildade, simplicidade e acolhida do novo

O gesto utilizado por Jesus de abraçar e colocar uma criança no meio dos discípulos não deve ser entendido como se as crianças fossem símbolo de inocência, pureza ou ternura; o gesto é um convite a acolher com amor os mais simples, humildes e necessitados, ou seja, aos menores. As crianças na sociedade de Jesus não eram possuidoras de valor, não tinham poder e eram os “últimos”: por isso, são para Jesus, os primeiros no Reino.

A “criança” era uma das criaturas mais insignificantes da cultura antiga. Por sua estatura e idade, não estava em condições de participar na guerra, na política nem na vida religiosa. Jesus coloca um desses pequenos para o meio deles e lhes mostra como o presente e o futuro da comunidade estão em colocar no centro, não as próprias ambições, mas as pessoas mais esquecidas e simples. Somente assim, há de se reverter o sistema social de valores. E só dessa maneira a comunidade se tornará uma alternativa diante do “mundo”, que só valoriza as pessoas endinheiradas. A novidade de Jesus consiste em tornar grande o pequeno, em dar valor aos que fazem os trabalhos mais humildes e às pessoas (tidas pelo mundo) como insignificantes. 

Neste sentido, ser discípulo de Jesus é “não ser” para uma sociedade que tem por valores justamente aqueles que são contrários ao Evangelho. No Reino todos somos iguais, todos temos os mesmos valores. É a sociedade, de hoje e de sempre, que gera as hierarquias sociais e valorativas das pessoas.

O que Jesus revela, como um paradoxo, é muito sério: identifica sua própria sorte e a de Deus com a sorte dos “pequeninos”, os que não têm direito, nem quem olhe para eles, os últimos, os desprovidos, aqueles que não são levados em conta. Por este motivo, Jesus afirmava que todo o serviço feito a um “pequenino”, era feito a Ele, e definitivamente, ao Pai.

Porque, na realidade, ele se identificava totalmente com eles: tinha-se posto ao seu lado, havia assumido sua causa como própria. Por isso, afirmava que todo serviço feito a eles era como se fosse feito a ele mesmo e, em última análise, ao Pai. Novamente, virava pelo avesso a hierarquia de valores da sociedade, ou melhor, punha-a no seu lado direito. Uma sociedade que só considera os de cima – ou cujas decisões só por estes são tomadas ou zela apenas pelos interesses dos de cima – não garante nem o Reino nem a Vida, porque esta só pode sobreviver num mundo em que, a partir de baixo, olhe pelos que estão embaixo, pelos que não têm direitos.

A busca de superação, o desejo de ser o primeiro, o anseio de triunfo e êxito na vida... parecem, a princípio, aspirações legítimas do ser humano; o problema, normalmente, está nos meios que utilizamos para alcançar estas metas. Jesus nunca disse que não devemos aspirar a sermos os primeiros, antes pelo contrário, nos convida a ser, e nos aponta o único caminho humano e humanizador para consegui-lo: o amor e o serviço à causa do Reino, que é também a causa dos mais pobres. Estou envolvido nesta pseudomística da competitividade, do “subir” a qualquer preço, da busca do êxito e do dinheiro custe o que custar?

O DEUS-OURO dos antigos adoradores, tem sido substituído, nos tempos modernos, pelo DEUS-UTILIDADE, de forma que a este são sacrificados crianças e velhos.

 

Uma historinha para ilustrar: O CACHORRINHO PERNETA

Um menino queria comprar um cachorrinho como companheiro de sua vida. Era pobre e vendia jornais e papeis velhos para poder poupar um dinheirinho. Quando já teve o suficiente, segundo pensava foi a uma loja perguntar quanto valia um cachorro. Respondeu o dono: 100 reais; mas os filhotes só custam 50. Porém eu só tenho 4 reais, disse o menino. São o fruto de meu trabalho de ir de casa em casa pedindo velhos jornais para vendê-los ao comprador de papel velho. Então eu tenho um cachorrinho que te darei de graça, disse o dono. E efetivamente ele trouxe um cachorrinho lindo, mas tinha um defeito. Ele mancava. Nasceu assim, disse o dono, e será aleijado por toda a vida. O menino disse: ele é meu. Tomou o cachorro entre os braços e fazendo carinhos conversava baixinho com o animalzinho. O dono vendo a cena disse: ele é teu. Não precisas me pagar nada. Mas eu quero comprá-lo, disse o menino. Esse cachorro vale para mim tanto como os outros que não mancam, porque eu também nasci aleijado. E levantando a sua calça esquerda ele mostrou que a sua perna era de borracha. Eu, disse, posso ser o único que compreenda e ame esse cachorro que para os outros não tem valor algum.

Jesus, que nasceu pobre e morreu numa cruz, é o dono que comprou os pobres e os desprezados e entende melhor o que nós desprezamos porque não tem valor ou utilidade em nossas vidas, como eram as crianças pequeninas no seu tempo.

 Para finalizar, dizemos que as palavras de hoje são dignas de serem ouvidas, merecem ser meditadas e principalmente devem ser imitadas. Por isso, elevemos nossa prece a Deus:

  Por toda a Igreja, para que compreenda e aceite o Cristo do Evangelho e o anuncie sem medo...

 Por todos os que acreditam, para que sejam eliminadas todas as formas de domínio e poder sobre as pessoas...

 Por todos os que querem viver como discípulos de Jesus, para que saibam aceitá-lo como aquele que veio não para ser servido, mas para servir...

 Por todos os que participam dos diversos ministérios, sinal de nossa disponibilidade para servir e dar a vida pelos pobres e pequenos...

 Por nossa comunidade, para que tente ser a última em honras e poderes, e assim poder ser a primeira no serviço aos demais...

  

Oração: Deus, nosso Pai, que enviastes vosso Filho Jesus para mostrar ao mundo “que nem tudo está permitido” e para nos mostrar o sentido da vida humana num mundo estruturado sobre a injustiça e o poder; ensinai-nos a seguir o caminho de vosso Filho Jesus, o justo perseguido, para que vossa Igreja cumpra a missão que lhe conferistes. Senhor Jesus, tirai do nosso coração todo ideal humano de grandeza, e fazei-nos compreender que ela consiste em fazer-nos servidores. Por Cristo, nosso Senhor. Amém

Dia 25

Na vida, existem dias em que a jornada se torna muito pesada.

Então, a tendência natural do ser humano é enxergar tudo de modo menos positivo.

Nesses momentos, lembremo-nos de Jesus.

Quando estava na cruz, havia motivos para amaldiçoar os que zombavam dele; tinha o poder para fazer o que quisesse.

No entanto, adotou uma atitude que provoca uma profunda reflexão: perdoou a todos os que fizeram sofrer.

Isso mesmo! Perdoou a todos!

Na vida, se algo não estiver bem, não perca tempo! Pratique sempre o perdão!

“Jesus dizia: ´Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! ´”

(Lc 23,34).

 


EVANGELHO DO DIA 27 ABRIL 2025 - 2º DOMINGO DA PÁSCOA

  27 abril - É preciso voltar ao catecismo, o livro por excelência, que contém uma verdade, um conselho, um ensinamento para todos: aos reis...