13 janeiro - “Nunc coepi!” Agora começo; meu Deus, meu
Jesus, minha Mãe Maria, meu protetor São José, meu Anjo da Guarda! “Nunc
coepi!” Agora começo: eu vos ouvirei sempre.
“Nunc coepi!” Agora começo: rejeitarei o mau hábito da minha
falsidade. “Nunc coepi!” Agora começo: encaminhar-me-ei pela estrada do Céu sob
as inspirações que, de lá, fareis resplandecer. (S 19) São
Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 2,13-17
Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira mar.
Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto
passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e
disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu.
15E aconteceu que, estando à mesa na casa
de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com
Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam.
16Alguns doutores da Lei, que eram
fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de
impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com
cobradores de impostos e pecadores?”
17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes:
“Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim
para chamar justos, mas sim pecadores”.
Meditação:
Tendo
já chamado os quatro primeiros discípulos, Jesus agora encontra o coletor de
impostos Levi. Por sua função, ele era um marginalizado pela sociedade
religiosa judaica. Jesus não se volta para os marginalizados apenas para
aliviá-los de seus sofrimentos e lhes restituir a dignidade, Ele os inclui
também na colaboração de seu ministério, chamando alguns dentre eles como seus
discípulos mais próximos. Sentando-se à mesa com os amigos de Levi, também
marginalizados, Jesus afirma seu propósito de solidarizar-se com os excluídos e
os pobres, causando escândalo entre os chefes religiosos do judaísmo.
A
solicitude de Jesus para com os pecadores mostra-lhes que Deus não os rejeita,
mas os ama e convida-os a fazer parte da sua família e a integrar a comunidade
do “Reino”. É que o projeto de salvação de Deus não é um condomínio fechado,
com seguranças fardados para evitar a entrada de indesejáveis; mas é uma
proposta universal, onde todos os homens e mulheres têm lugar, porque todos –
maus e bons – são filhos queridos e amados do Deus Pai. A lógica de Deus é
sempre dominada pelo amor.
O
amor de Deus dirige-se, de forma especial, aos pequenos, aos marginalizados e
necessitados de salvação. Os pobres e débeis que encontramos nas ruas das
nossas cidades ou à porta das igrejas das nossas paróquias, encontram nos
“profetas do amor” a solicitude maternal e paternal de Deus?
Tornar
o amor de Deus uma realidade viva no mundo significa lutar objetivamente contra
tudo o que gera ódio, injustiça, opressão, mentira, sofrimento. Inquieto-me,
realmente, frente a tudo aquilo que torna feio o mundo? Pactuo, com o meu
silêncio, indiferença, cumplicidade com os sistemas que geram injustiça, ou
esforço-me ativamente por destruir tudo o que é uma negação do amor de Deus?
Reflexão Apostólica:
Em seu evangelho, Marcos realça sempre o primado do ensino de
Jesus. Pela comunicação da palavra verdadeira, acompanhada do testemunho de
amor, se dá a transformação do mundo e da sociedade.
Jesus já havia chamado os quatro primeiros discípulos: Pedro,
André, João e Tiago. Extremamente sucinto, este texto é um resumo do chamado:
Jesus passa, o vê sentado na sua mesa de coleta de impostos e o chama.
Levi levanta-se, deixa tudo e o segue. Os escribas dos fariseus
censuram Jesus por comer com Levi e seus amigos. Jesus vem romper com o sistema
elitista e opressor.
O chamamento de Levi e dos pecadores é dirigido hoje aos cristãos,
convidados a experimentar a misericórdia para com eles. Como todos os seres humanos,
são pecadores, mas descobrem que o amor de Deus os busca até em seu próprio
pecado.
Mas o importante para Jesus é a pessoa, e não tanto sua condição
de pecador; embora obviamente o chame a mudar de vida, para seu próprio bem e o
de todos.
Levi era coletor de impostos e estava no seu posto de trabalho.
Talvez ele fizesse os cálculos do quanto iria render os tributos cobrados ao
povo de Israel e o tanto que iria entrar no seu bolso.
O chamado de Jesus para nós é assim: firme e objetivo. Jesus nos
chama para seguir os Seus passos em busca do reino dos céus. Mas Ele nos acena
com essa nova vida aqui e agora, não importando quem são os nossos amigos, se
nos sentamos à mesa com os pecadores nem tampouco se, no passado, cometemos
delitos.
Jesus veio para nos libertar de tudo quanto nos escraviza e nos
faz ficar paralisados. Ele veio ampliar os nossos objetivos e nos mostrar que,
além da vidinha medíocre em que nós nos instalamos, há uma nova dimensão de
felicidade a qual nós precisamos conhecer.
Jesus entra na nossa casa não apenas através das palavras que nós
falamos, mas principalmente, por meio do nosso testemunho de vida renovada, das
nossas transformações e do exemplo de caridade e desprendimento que nós damos
no nosso dia a dia. Isto fará toda a diferença!
Propósito:
Pai, coloca-me, cada dia, no seguimento de Jesus, pois,
assim, estarei no bom caminho que me conduz a ti.
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