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domingo, 28 de janeiro de 2024

Evangelho dia 02 fevereiro sexta feira 2024

 


02 fev - Apresentação do Senhor.

Aprendamos a nos desprender inteiramente de nós mesmos, de nossos gostos, de nossa vontade, de nosso ponto de vista. Em todas as nossas ações não visemos senão fazer a santa vontade de Deus do modo mais perfeito possível. (S 359). São Jose Marello

 

Lucas 2,22-40

"Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: "Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor." Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
- Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz.
Pois
eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel.

O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
- Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galiléia, para a casa deles na cidade de Nazaré.
O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus."

 Meditação:

Na festa da Apresentação de Jesus no Templo, o texto de Lucas repete quatro vezes que as ações de José e Maria eram "de acordo com a Lei" ou "para cumprir a Lei".

Tudo isso é uma maneira muito sutil de mostrar a condição humana e a inserção plena de Jesus na vida de seu povo Israel. Porém, a vida desse menino, que hoje é apresentado, terminará sendo um projeto de salvação para todo o povo e transcenderá "todas as nações".

 Os pastores, os magos do Oriente, Simeão e Ana são parte do ciclo das apresentações de Jesus a distintos grupos de seu tempo, que podemos confrontar também com o nosso tempo.

Nesse menino se manifesta a grandeza de Deus, sua misericórdia e sua aliança, que transcendeu todos os povos. Não esqueçamos que esse menino também é "sinal de contradição" porque acaba desmascarando as intenções distorcidas como o egoísmo e a violência que habitam os corações. Pode-se dizer que hoje também se apresenta a nós a salvação.

Na festa de hoje se concentra todo o mistério messiânico de Jesus. Já veremos esse menino crescendo em estatura, sabedoria e graça, pregando sua mensagem de salvação por toda a terra.

Seremos capazes de nos maravilhar por todas as coisas que dizem dele? Percebemos Jesus como Luz que ilumina? Hoje é o Dia da Vida Religiosa na Igreja
Lucas relata a apresentação de Jesus no Templo, e, com isso, quer expressar a novidade de Deus. Lucas mostra o profundo significado da vida e da missão desse pequeno Deus-menino. Essa novidade representa a plenitude das esperanças messiânicas, vindas da tradição judaica, como está escrito no Antigo Testamento.

Por isso Simeão e Ana bendizem e agradecem a Deus, pois foram as testemunhas da salvação de Deus através da presença de Jesus. Entretanto, a salvação plena é mediada por um caminho de entrega e de sofrimento, de cruz e de morte: o caminho da vida de Jesus.
A novidade de Jesus como Messias é apresentada por Simeão que, movido pelo Espírito Santo, compreende que a salvação rompe os limites do povo judaico e se estende por toda a criação, promove a vida, e resgata todos seres humanos da morte.
Resta saber, como pessoas que crêem em Jesus, se estamos assumindo realmente a novidade de Deus, que age em nossa vida e salva os mais debilitados. Assumir a novidade de Deus é agir com os critérios de Jesus: quer dizer, se estamos vivendo na fidelidade a entrega da vida.

 Esta passagem evangélica agrupa dois episódios diferentes: a apresentação de Jesus no Templo, e sua vida oculta em família. A liturgia reúne ambos os textos com a finalidade de apresentar uma vida de família com simplicidade, mas com referência explícita a Deus.

A lição sobre a vida oculta de Jesus é muito importante. Embora sendo Deus, ele segue as leis naturais do crescimento humano, tanto no plano físico como no da sabedoria e do conhecimento. Passando pela infância, a puberdade, a adolescência, vive uma Kénosis ou “abaixamento” em que assume a humanidade no ocultamento simultâneo de sua Divindade.

 Sendo filho de Deus, como o é, aceita não conhecer, a não ser progressivamente, a orientação de sua vida e não descobrir a vontade de seu Pai, a não ser através do plano de relação e educação que lhe oferece o meio familiar e o povo de onde não podia sair nada bom (Jo 1,46).

A partir de sua consciência de criança ainda balbuciante, e até de sua consciência de mortal terrivelmente assustado na hora do sacrifício, Jesus inscreveu realmente em sua vida humana a Palavra do Pai, e estabeleceu pela primeira vez uma adequação total entre uma vontade de homem e a vontade de Deus.

Reflexão Apostólica

Os evangelhos diários geralmente seguem uma seqüência de acontecimentos cronológicos e quando por ventura mudam, podem significar um dia especifico, festivo ou crucial da história de Jesus. Hoje, lembramos a apresentação do Senhor.

 Repare o encanto no louvor feito por Simeão: “(…) Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz. Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação”.

Hoje, neste evangelho, nos braços de Maria, Deus apresenta Jesus a um servo fiel e também o liberta das dúvidas que o acorrentavam.

Quantos travam batalhas ha muitos anos para que aconteça a libertação de suas famílias, dos medos, dos preceitos… A paciência e a fé do servo foram vistas por Deus e no momento mais oportuno, foi contemplada.

 A psicologia define que temos três esferas ou estruturas psíquicas – o Id, o ego e o superego. A grosso modo, o ID é nosso estado mais inconsciente, é o que representa nossas vontades de realização imediata. O superego é apresentado pelos nossos valores pessoais, crenças… Ele nos apresenta a razão. O Ego, que avalia nosso querer mediante o que o superego o subsidia tomando assim a decisão. Quanto mais tempo pensamos, mais usamos a razão, os valores, … Respostas imediatas geralmente têm mais influencia do ID. Quando compro um carro, sem pensar como pagá-lo; quando respondo a uma ofensa com outra ainda maior, quando leio ou escuto algo já procurando os erros para rebater (…)

 Muitos de nós como o apóstolo Paulo, precisamos cair do cavalo para termos a primeira apresentação do Senhor. Quebrar a cara, tropeçar, cair, as vezes nos trazem ao real que não posso viver refém do ID de nossas vontades que as vezes são intempestivas. Jesus não abandonou Paulo após o episodio de Damasco, espera seu servo amadurecer pelo caminho para novamente se apresentar a ele e confirmar sua missão.

O evangelho não fala por quantos anos Simeão esperou por essa apresentação, mas deixa claro, que possivelmente como nós, a “trancos e barrancos” tentamos nos manter fieis e esperar. Sim, é duro ir para um lado e ver entes queridos preferirem ir para outro, mas o Deus que é fiel ouvirá nossos clamores e Jesus também atravessará qualquer mar para nos libertar.

 Não sejamos reféns do ID e nem inertes justificados pelo superego.

 Tenhamos fé!

Que o Senhor! Se apresente a nós!

 

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