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sábado, 14 de janeiro de 2023

Evangelho do dia 16 de janeiro segunda feira 2023

 


16 de janeiro - A união da nossa à vontade de Deus deve ser aqui na terra o nosso único trabalho, como aprendizado daquela união perfeita que se completará no Céu: qualquer outra coisa deve estar totalmente subordinada a esta. (C 88). São Jose Marello



Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 2,18-22

"Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus: "Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?" Jesus respondeu: "Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão. Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, senão, o vinho arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. Mas, vinho novo em odres novos!" "

Meditação: 

 (…) Em todas as épocas, as pessoas sempre valorizaram as práticas religiosas, e, entre essas práticas, o jejum. Na época de Jesus, não era diferente. Por isso, os fariseus procuram Jesus e o questionam sobre a prática do jejum por parte dele e dos seus discípulos. Jesus nos mostra que as práticas religiosas só têm sentido enquanto são manifestações do relacionamento que temos com Deus, e que o Novo Testamento apresenta essa grande novidade em relação ao Antigo. ASSIM, PERCEBEMOS QUE JESUS VEIO NOS TRAZER ALGO REALMENTE NOVO, E NÃO APENAS COLOCAR RÓTULOS NOVOS NAS COISAS VELHAS QUE JÁ EXISTIAM ANTES DA SUA VINDA AO MUNDO”. (CNBB)

Jesus Cristo veio instaurar na terra o reino de Deus que é completamente diferente do reino dos homens. O reino dos céus tem o amor como primeira regra e tudo que foge a esta verdade destoa do que é proposto por Jesus Cristo. O homem de mentalidade mundana, não entende as coisas do espírito.

Jesus nos adverte que para sabermos entender as coisas do alto nós precisamos de renovação, nascer de novo e ter uma nova visão sobre a realidade da vida. Ele quis dar um novo sentido ao jejum que os fariseus praticavam, apenas para cumprir a lei.

O jejum só tem sentido se for praticado movido por uma razão que tenha como fundamento o amor, a alegria, a satisfação.

Por isso, Ele justifica o fato dos Seus discípulos não jejuarem porque não havia motivação, pois sentiam a alegria da Sua presença comparando isto a uma festa de casamento, onde todos se regalam por causa do noivo.

Jejuar por obrigação, só para dar satisfação às regras impostas pelos homens se torna uma ação inócua – como que um vinho novo colocado em odres velhos – e talvez até seja rejeitada por Deus.

O Jejum de coração, oferecido a Deus em vista de um bem maior é o vinho novo colocado em odre também novo. Tudo o que nós fazemos forçados ou por obrigação não tem ressonância em nós e não ajuda no nosso crescimento.

O remendo novo em pano velho rasga-o; o vinho novo em odre velho rompe-o. Portanto, precisamos de nova mentalidade, necessitamos de abertura interior para que aconteça em nós a purificação necessária e nos tornemos novos, para acolher o novo.

Qual o sentido que você dá ao jejum? Para que finalidade você jejua? Como você se sente? As coisas que você tem feito para o reino de Deus, você o tem feito por amor ou por obrigação? Você tem cumprido com a sua missão de coração? Você tem feito algo forçado com má vontade? Como você encara as propostas de Jesus para a sua vida?

Reflexão Apostólica:

 Era um tanto complicado mudar uma opinião ou hábito no tempo de Jesus (isso ainda não mudou). As pessoas carregavam sobre si anos e anos de tradição e costumes que os impediam de aceitar a Sua proposta quanto à mudança pessoal.

Assim também somos nós hoje em dia, pois quando nos apegamos a roteiros, disciplina demasiada, ou seja, com posturas irredutíveis, ancoramos o Espírito Santo

Não somos homens e mulheres naturais, mas somos aos poucos apresentados a eles e não deveria ser assim, pois o cristão é movido na verdade por algo que não possui roteiros ou explicação, que é a fé, mas a natural inércia que nos leva ao comodismo, pelo que conheço, que domino, pelo que aprecio ou simpatizo faz nossos olhos saltarem apenas para os erros em detrimento aos acertos. “(…) Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam. Por que é que os discípulos do senhor não jejuam”?

Mas onde esse evangelho pode nos levar a refletir nossa comunidade, nossos trabalhos?

Tenho visto a dificuldade de pastorais e movimentos em arrebanhar pessoas; noto também o esfriamento de algumas comunidades, percebo também a dificuldade de alguns em ter vontade de se engajar ajudar… Mas onde isso tudo começa? Talvez na percepção dos problemas sobre as soluções.

Quem não ajuda realmente atrapalha, e como é comum encontramos os tais atrapalhos! Não conseguiremos superar as dificuldades com um estalar de dedos, pois na lida do dia-a-dia encontraremos dificuldades físicas e pessoais que sempre nos motivarão a desistir e muitas vezes serão tão insistentes que fatalmente terão êxito.

Penso quantas vezes Jesus precisou se explicar do que fazia e por que fazia apenas para contentar os fariseus, mas era sabido que não importava a sua resposta, pois já eram contra sua opinião.

Quem esta engajado, de tantos rebites e pancadas desiste, mas o evangelho de hoje nos convida a andar na contramão do natural e abraça a idéia de se apegar a presença do noivo e não esmorecer.

O homem natural precisa ser novo, nossa própria pele se renova de tempos em tempos sem deixar cicatrizes. Se nos importarmos com o tombo nunca aprenderemos o quanto é bom andar de bicicleta e se por ventura estes são inevitáveis, poucas cicatrizes restarão ao fim da vida para serem lembradas. É muito feliz e abençoado que busca a santidade, mesmo sabendo da fama dos tombos.

Não pense que os tombos que me refiro são os erros, pecados ou más condutas e sim as dificuldades inerentes a todo cristão na hora de julgar e escolher.

Dizer não enquanto a maioria diz sim, dar uma nova chance enquanto outros já deram por perdido, acreditar nas pessoas, respeitar, ser educado, prezar pela gentileza enquanto muitos olham apenas por si mesmos…

Tombar é ver o pecado maior que a graça, que a esperança; é sobrepor os pecados sobre as qualidades; é não parar de rezar o terço enquanto alguém deseja muito um minuto da nossa atenção…

Essa mudança deve ser posta em odres novos! É destinada a quem quer ser novo! Não desista!

Propósito: Vivenciar o verdadeiro sentido do jejum.

 

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