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sexta-feira, 18 de março de 2022

EVANGELHO DO DIA 20 DE MARÇO 2022 - 3º DOMINGO DA QUARESMA

 


20 março  - Pede ao nosso grande Patriarca São José que te obtenha de Deus o que te convém, ou melhor, o que mais convém. (L 86). SÃO JOSE MARELLO


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Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 13,1-9

 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vi­nha­teiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”. 

Meditação:

 O texto de Lucas é composto por duas partes. A primeira é uma exortação ao arrependimento e à conversão. A segunda é uma parábola que nos fala da compaixão exigida no seguimento de Jesus e da crítica a um discipulado passivo, lento e improdutivo.

O evangelista nos apresenta uma das atitudes fundamentais do discipulado cristão: o arrependimento e a consequente reconciliação, mostrando-nos que Jesus é compassivo e misericordioso, mas não passivo nem aceita arranjos.

No fundo, o que Jesus propõe é uma mudança de mentalidade que leve o ser humano a transformar as bases de suas relações pessoais, interpessoais e comunitárias, fazendo delas relações em resistência não violenta, justas e geradoras de vida digna.

Nesse sentido, a parábola da figueira vem dar profundidade ao discípulo na luta contra as adversidades e conflitos que se apresentam no seguimento, exigindo-lhe que dê frutos nascidos da semente do evangelho.

Ainda que ditos frutos requeiram tempo e condições apropriadas para amadurecerem, tudo tem limite. A produtividade da palavra de Deus se manifestará ao produzirmos abundantes frutos de solidariedade e fraternidade.

No Evangelho de hoje, Jesus descarta o sofrimento e a morte como castigo de Deus. Vocês pensam que, se aqueles galileus foram mortos desse jeito, isso quer dizer que eles pecaram mais do que os outros galileus? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram.

O mal, o castigo, a morte não veêm de Deus. Pois se assim fosse, E então apelando pela memória, o Senhor diz aos presentes: lembrem daqueles dezoito, do bairro de Siloé, que foram mortos quando a torre caiu em cima deles. Vocês pensam que eles eram piores do que os outros que moravam em Jerusalém? De modo nenhum! Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreramos.

Porque Jesus usa estas palavras e comparações? Porque este mesmo povo que reconhece em Deus o princípio da vida, em dado momento abandona sua fidelidade a Javé deixando de percebê-Lo como Senhor da história. Com isto, Israel vai perdendo sua identidade que estava centrada na Aliança com Javé: a de ser o povo eleito. Israel rejeita o Deus único e verdadeiro ao querer ocupar Seu lugar ou cair na tentação da idolatria (Ex 32, 1-6).

Assim, aquele povo que recebia a vida de Javé, experimenta a morte como conseqüência de seu pecado, sendo que os profetas procuram alertar para a ligação existente entre a desestruturação do povo e a sua infidelidade ao Deus da vida (Jr 21, 4-8).

Portanto, a nossa separação de Deus resulta da rejeição à conversão ao seu amor terá como conseqüência a nossa própria morte. Apesar de Deus ser longânime e é puro dom de amor. Escute, pois, a Palavra de Jesus: Eu afirmo a vocês que, se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram.

“Vê, Eu te proponho, hoje, a vida e a felicidade ou a morte e a desgraça” (Dt 30, 15). “Pois Deus não fez a morte nem se alegra com a ruína dos vivos” (Sb 1, 13).

Jesus insiste a que nos convertamos, deixemos de praticar o mal e aprendamos a praticar o bem. Porque a irmã morte pode chegar no dia e na hora em que menos pensarmos.

Reflexão Apostólica

Nós cultivamos uma idéia errada que nos faz acreditar que todas as coisas ruins que nos acontecem são castigo de Deus.

Jesus, porém, nos ensina que “as desgraças nem sempre são castigos”, mas servem para nos despertar sobre a brevidade da nossa vida aqui na terra e, assim, nos impulsionar a uma mudança de mentalidade.

Às vezes, somos como essa figueira, plantada no meio de uma vinha que produz. Tomamos espaço do terreno, porém, nós mesmos, não melhoramos em nada.

Continuamos com a mentalidade do homem velho, levando uma vida medíocre, trabalhando para nos satisfazer e não damos os frutos desejados.

O Senhor deseja encontrar em nós não apenas folhagem, isto é, aparência, mas testemunho de conversão, de busca de santidade e de vivência do amor.

O vinhateiro, no caso, apelou para a misericórdia do dono da vinha e pediu mais uma oportunidade para a figueira. O dono da vinha é Deus Pai, o vinhateiro é Jesus, e a vinha são todos os que Lhe são entregues para serem apresentados ao Pai.

Diante do Pai, Jesus advoga por nós e pede misericórdia. No entanto, aqui na terra, nós também podemos ser como Jesus, esse vinhateiro que é colocado em alguma função de trabalhador da messe.

Assim como o pai ou uma mãe de família, um coordenador ou coordenadora de uma comunidade, grupo de oração, ministério, em fim, aquele ou aquela que está cuidando do povo de Deus, fazendo-o em nome de Jesus.

A esses ou a essas, o Senhor dá a incumbência de “cavar em volta da figueira, colocar adubo” para que esta possa crescer e dar frutos que alimentam.

A nossa conversão é uma coisa urgente na nossa caminhada, mas também, é um processo que se arrasta até o final da nossa vida, quando o dono da vinha vier nos encontrar. Mas, como não sabemos quanto tempo Ele demorará, tenhamos pressa, tanto em adubar as figueiras que nos forem entregues, como também nos deixarmos “adubar” pelo nosso vinhateiro que é Jesus Cristo.

Não teremos receio das “desgraças” se nos conservarmos dentro das graças do Pai, sendo cuidados pelo Seu Filho Jesus e conduzidos pelo Seu Espírito Santo. 

Você também considera que as coisas ruins que lhe acontecem são castigo de Deus? Ou você entende que possam ser um recado de Deus para que você se converta? Você faz parte da vinha ou é como essa figueira que ocupa espaço e não dá fruto? Mesmo sendo diferente dos outros, você acha que tem condições de melhorar? Quem você considera como seu vinhateiro aqui na terra?

Tudo aquilo que tem lugar no tempo de Jesus é iluminado pelo feito salvífico que se iniciou com ele: os fatos políticos, as catástrofes históricas, a ação de Jesus.

O tempo final chegou. É a oportunidade feita por Deus para que se tome decisão; convite à conversão e à penitência. Como João, também Jesus prega que se deve fazer penitência, que não se deve deixar para mais tarde, que se deve dar fruto com a mudança de vida e com as obras.

Jesus vai mais longe do que João. Embora saiba que o juízo se aproxima e que vai cair sobre Jerusalém a sentença de destruição, contudo intervém a favor de seu povo, oferece amor, sacrifício e vida por Israel, a fim de que ainda se salve. O fruto da comunidade não será outro que uma sociedade nova, um mundo novo em que seja possível uma vida digna para todos.

Se não virmos sinais desse fruto que salvará o mundo, significará que a semente do Evangelho foi estéril. A produtividade se manifestará em atitudes justas e fraternas. Nós também somos semente para gerar o mundo novo de que hoje se precisa.

Como vimos no Evangelho, Jesus chama à atenção do povo de Deus para que não se torne uma figueira estéril, mas uma árvore que dê abundantes frutos de justiça, solidariedade e fraternidade. Por isso, lhe adverte que têm um tempo breve, durante o qual Deus espera que a figueira dê os frutos que lhe correspondem.

Terminado esse tempo, Deus decidirá o que fazer com ela. Assim, o povo tem que entender que o tempo não é indefinido, mas deve começar aqui e agora a mudar sua maneira de pensar e a transformar seu modo de agir.

Muitas coisas podem acontecer e atrapalhar a nossa vida. Por isso devemos estar preparados. Todos os dias. Por isso devemos nos converter continuamente; por isso devemos nos arrepender dos nossos pecados. Cristo nos ensinou isso.

 Propósito:

Pai, que a minha vida seja uma contínua busca de comunhão contigo, por meio de um arrependimento sincero e de minha conversão urgente para ti.

 

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