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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Evangelho DO DIA 10 JANEIRO DOMINGO - BATISMO DO SENHOR

Evangelho DO DIA 10 JANEIRO BATISMO DO SENHOR
 Léonie Aviat nasceu no dia 16 de setembro de 1844 na cidade francesa de Sézanne. De família católica e comerciantes, foi enviada, aos 10 anos, para o colégio das Madres da Visitação. Onde ficou por seis anos, recebendo a Eucaristia e Crisma.
 No colégio, teve formação religiosa baseada na doutrina salesiana e educação humanística.
 Léone recebeu proposta de formar uma família, mas recusou e dedicou sua vida a Jesus Cristo. Naquela época, muitos jovens deixavam o campo para procurar uma vida melhor. Padre Brisson havida fundado a Obra São Francisco de Sales, que dava assistência e educação cristã para as jovens.
 A Santa tornou-se diretora da Obra de Pe. Brisson. Em 1868 ele fundou a congregação para continuar de forma organizada a sua Obra para as operárias e Léonie vestiu o véu religioso adotando o nome de Madre Léonie Francisca de Sales Aviat.
 Em 1872 foi eleita a superiora da nova Congregação colocada sob a proteção e guia do santo bispo de Genebra.
 Desde então, Madre Aviat se dedicou ao apostolado entre as jovens operárias, estabilizando a congregação e as casas-famílias de Troyes. O nome adotado era “Madres Oblatas de São Francisco de Sales”.
 As Oblatas foram enviadas mundo a fora abrindo pensionatos, escolas e obras assistenciais.
 A Santa morreu na Itália em 1914. Foi beatificada em 1992, pelo papa João Paulo II e canonizada pelo mesmo pontífice em 2001, em Roma.
10 - Ó Deus, quantas imperfeições descobrimos em nós mesmos! Nós nos propomos de melhorar, mas cabe somente a Vós fecundar os nossos frágeis propósitos. (S 32). SÃO JOSE MARELLO

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 3,15-16.21-22

 " Como o povo estivesse na expectativa, todos se perguntavam interiormente se João era ou não o Cristo, e ele respondia a todos: "Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu. Eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, batizado, estava em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele, em forma corpórea, como uma pomba. E do céu veio uma voz: "Tu és o meu filho amado; em ti está o meu agrado".
"

 Meditação: 

 A liturgia deste final de semana propõe abrir-nos a Deus, da mesma forma como Jesus o fez ao acolher o dom do Espírito enquanto estava em oração logo após o seu batismo.
Em Lucas, a narrativa a respeito do batismo de Jesus vem depois do Evangelho da Infância. Entre as narrativas da infância (Lc 1-2) e o início da missão de Jesus (Lc 4,14 em diante), os autores deste Evangelho inserem o relato da preparação do caminho do Senhor feita por João Batista (Lc 3,1-20) e o relato da preparação de Jesus para sua missão (Lc 3,21-4,13).
Como dobradiça que liga as duas partes, está a narrativa a respeito do batismo de Jesus (Lc 3,21-22). Temos, assim, um paralelo entre dois batismos: o de João com água e o de Jesus com o Espírito e com o fogo.

A comunidade de Lucas faz questão de situar historicamente o início da atividade de João (Lc 3,1-2). Do ponto de vista político, foi no tempo de Tibério, imperador romano de 14 a 37 d.C., e de Herodes Antipas, governador da Galileia desde 4 a.C. até 39 d.C.
Do ponto de vista religioso, foi na administração do sumo sacerdote Caifás (sumo pontífice no templo de 18 a 36 d.C.), genro de Anás (6-15 d.C.), nomeado sumo sacerdote por Herodes Antipas em nome do imperador.
Por um lado, João denuncia profeticamente o reino da opressão representado por Tibério e por Herodes, em aliança com o templo de Jerusalém.
Diante de tanto sofrimento, o povo esperava ansiosamente a vinda de um libertador. João Batista faz fortes críticas aos poderosos, anunciando um juízo severo para eles (Lc 3,17). Por isso, o povo começou a ver em João a esperança da vinda do messias, o rei ungido por Deus que viria para libertar o seu povo.
Por outro lado, João anuncia a vinda do Reino de Deus para breve (Lc 3,9.17), chamando à conversão, à mudança de mentalidade e de vida, convocando à partilha e à vivência de relações fraternas (Lc 3,11-14).

Em conseqüência dessa prática profética, ele foi preso e encarcerado pelos poderosos de seu tempo (Lc 3,19-20). Assim, João cumpriu sua missão como profeta que faz a ponte entre a Aliança de Deus com Israel e a Aliança em Jesus com toda humanidade.
Para Lucas, a tarefa de João é fazer com que as pessoas se convertam e se abram ao Reino de Deus presente no novo agir de Jesus.
Lucas o apresenta mostrando para Jesus. João não é o Messias, o Cristo, o Ungido. Seu batismo era somente com água, sinal de purificação e de conversão para acolher Jesus de Nazaré, mais forte do que João.
Sua atitude é de estar a serviço, menor ainda que os servos, de quem também era tarefa desatar as sandálias de seus senhores.
As sandálias também lembram a lei do levirato (Dt 25,5-10). Segundo esta lei, quando um marido morria sem deixar filhos, um parente próximo devia assumir a viúva para gerar um herdeiro para o falecido. Além de dar continuidade à vida do falecido, resgatava sua terra, de modo que ela permanecesse no clã.

Quando o parente mais próximo se negava a assumir a tarefa do resgate para seu irmão falecido, outro parente devia cumprir a lei. Era então que o parente mais próximo dava uma de suas sandálias ao novo resgatador, o novo "noivo".
Era o sinal que este passava a ter o direito de resgate, de gerar descendência para o falecido. Ao não desatar a correia das sandálias de Jesus, João reconhece nele o resgatador, o messias libertador de todas as formas de opressão. João é o último representante da Antiga Aliança. Jesus, porém, é o noivo da Nova Aliança.
Jesus é batizado com água junto ao povo, em meio ao povo. Em seu batismo, Jesus é investido para a sua missão, guiado pelo Espírito de Deus.
Somente Lucas quem faz referência à atitude orante de Jesus no seu batismo. E é esta atitude de intimidade de Jesus com o Pai que faz com que o Espírito o transforme e o envie para evangelizar os pobres (Lc 4,18-19).

Também para nós Jesus pediu que tivéssemos essa atitude orante durante a vida toda, abrindo-nos ao Espírito de Deus. Ele é fruto da oração, da acolhida, é dom (Lc 11,13).
João batiza Jesus com água. No entanto, Jesus batiza com o Espírito e com o fogo. Por isso, o seu batismo é superior ao de João. É no Espírito Santo, representado pelo fogode Pentecostes (Lucas 3,15-16; Atos 2,1-13).
Neste Evangelho, ainda antes do batismo de Jesus, há uma ênfase muito grande na apresentação de pessoas abertas à ação do Espírito Santo. Lembramos João Batista, Maria, Zacarias e Simeão (Lc 1,15.41.67; 2,26-27).
O fogo recorda a presença de Deus no êxodo, na libertação do povo oprimido pelo sistema faraônico (Ex 3,2-3; 13,21; 19,18).
É o mesmo fogo de Pentecostes, o dinamismo do Espírito, que entusiasma os discípulos e as discípulas de Jesus para o anúncio e a vivência da boa-nova até os confins da terra (At 1,8; 2,1-13).
Uma vez preso João, Jesus dá um novo rumo à sua missão. Diferentemente do Precursor, que anuncia a vinda do Reino de Deus para breve e como um juízo severo, Jesus vive o Reino já presente no seu jeito de se relacionar especialmente com as pessoas mais discriminadas, revelando a misericórdia do Pai (Lc 7,22; 11,20; 17,20-21).

Lucas apresenta o batismo de Jesus depois da prisão de João como o ato em que o Espírito de Deus vem confirmar o Nazareno enquanto Messias, ungindo-o para a missão do serviço, da mesma forma como fora ungido o servo de Deus em Isaías 42,1 e 61,1.
Nesse momento, Jesus estava em oração, isto é, em íntima comunhão com a fonte da vida, com o projeto do Reino. Tão íntima é essa comunhão que, em Jesus, Deus e a humanidade se encontram. Esse é o significado da abertura do céu (Lc 3,21), realizando a esperança do povo (Is 63,19b).
Em Jesus, céu e terra estão tão próximos que é possível perceber a presença materializada ("em forma corpórea") do Espírito de Deus nas atitudes de Jesus.

Se em Gênesis 8,8-11 a pomba foi a mensageira da vida recriada depois de submersa pelas águas do dilúvio, agora a presença da pomba anuncia que o Espírito de Deus impulsiona Jesus a realizar a nova criação, mulheres e homens recriados a partir das águas do batismo.
No batismo, morremos com Cristo e ressuscitamos com ele para uma vida nova (Rm 6,1-14). Viver como pessoa renovada e ressuscitada é, portanto, missão de todos nós.
Ao lembrar a entronização do rei que vem libertar o povo (Sl 2,7: "Tu és o meu filho"), a comunidade de Lucas apresenta Jesus como o verdadeiro Rei e Messias, que veio governar com justiça e no serviço ao povo.

Por isso, lembra também a missão do servo em Isaías 42,1 ("em ti está o meu agrado"). No batismo de Jesus, temos uma epifania, ou seja, uma manifestação do filho de Deus ao mundo, gerado como o messias que vem libertar o povo.
No batismo, Jesus assume publicamente o seu compromisso com as novas relações do Reino de Deus já presente em seu agir.
Batizar-se em seu nome, na linguagem paulina, é revestir-se de Cristo, ou seja, é agir como o próprio Cristo agia, superando todas as formas de discriminação (Gl 3,27-28).

Reflexão Apostólica:

 O que para os outros era sinal de arrependimento para Jesus é plenitude de justiça” diz o comentário da Bíblia do Peregrino.
Jesus saiu da Galiléia a fim de ser batizado por João Batista, no rio Jordão. O Batismo de João Batista era uma imersão na água para purificação dos pecados.
Ele não precisaria submeter-se a este ritual, no entanto, Ele quis batizar-se para que se cumprisse toda a justiça de Deus.

Jesus, que não tinha pecados, confirmou a Sua Filiação pela unção do Espírito Santo e conseqüentemente a nossa filiação.
O Batismo de Jesus tem para nós o significado de justiça que o Pai planejou nos conceder a fim de que também nos tornássemos Seus filhos e filhas amados.

A filiação atestada pelo próprio Pai deve ser relacionada com a filiação humana. Com o Batismo, Sua Morte na Cruz e Ressurreição Jesus inaugurou para nós um novo tempo de justiça e graça: somos filhos eleitos de Deus.
No Batismo de Jesus nós encontramos a estrutura da Santíssima Trindade: A Voz do Pai, a Manifestação do Espírito Santo em forma de pomba e o Título de Filho de Deus amado.
No nosso Batismo a Voz do Pai se faz ouvir revelando o Seu grande amor por nós quando nos concede o Seu Espírito Santo e nos adota como filhos no Seu Filho amado.

No nosso Batismo também o Pai deu testemunho do Seu Amor por nós: “Tu és o meu filho, a minha filha amada”! Logo, somos irmãos de Jesus Cristo, adotados por causa da Sua Morte e Ressurreição.
Não podemos ser tristes nem desanimados, o mesmo Espírito que está em Jesus mora também em nós. Se verdadeiramente nos apossarmos dessa graça de filiação, com certeza nós não teremos nenhuma dúvida de que somo filhos e filhas amadas por Deus que nos olha com carinho e está atento às nossas necessidades.

Você tem consciência da grande graça que recebeu no Batismo? Você também se considera um filho, uma filha amada por Deus Pai? Pare um pouquinho para escutar a voz que vem do céu apresentando você ao mundo como filho (a) amado (a). Você acredita?  


Propósito: Viver coerente com os compromissos de contínua conversão e de testemunho da fé. 

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