quarta-feira, 6 de agosto de 2025

EVANGELHO DO DIA 10 AGOSTO 2025 - 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

10 agosto - Quando algum de nós tiver a tentação de descer de sua grelha ou de trocá-la, lance um olhar às grelhas dos outros, mais quentes, e alto lá: quando muito, mudar de lado. (L 157). São José Marello

 


Lucas 12,32-48 – 19º domingo

"Jesus continuou: 
- Meu pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês. Vendam tudo o que vocês têm e dêem o dinheiro aos pobres. Arranjem bolsas que não se estragam e guardem as suas riquezas no céu, onde elas nunca se acabarão; porque lá os ladrões não podem roubá-las, e as traças não podem destruí-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês. 
E Jesus disse ainda: 
- Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, não o deixaria arrombar a sua casa. Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando. 
Então Pedro perguntou: 
- Senhor, essa parábola é só para nós ou é para todos? 
O Senhor respondeu: 
- Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão encarrega de tomar conta da casa e de dar comida na hora certa aos outros empregados. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que, de fato, o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas imaginem o que acontecerá se aquele empregado pensar que o seu patrão está demorando muito para voltar. E imaginem que esse empregado comece a bater nos outros empregados e empregadas e a comer e a beber até ficar bêbado. Então o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os desobedientes vão. 
- O empregado que sabe qual é a vontade do patrão, mas não se prepara e não faz o que ele quer, será castigado com muitas chicotadas. Mas o empregado que não sabe o que o patrão quer e faz alguma coisa que merece castigo, esse empregado será castigado com poucas chicotadas. Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido." 

 Reflexão para o 19º domingo do Tempo Comum - Lucas 12, 32-48 (Ano C)

O texto evangelho deste décimo nono domingo do tempo comum continua a nos situar no caminho de Jesus para Jerusalém e, por isso, nos impele ainda mais a refletir na condição de discípulos e discípulas, uma vez que esse caminho é uma profunda catequese para o discipulado de ontem e de hoje. Como temos afirmado nos últimos domingos, trata-se do programa formativo de Jesus para o seu discipulado. Diversos temas são tratados nesse contexto, ambos conexos entre si. O texto de hoje – Lc 12,32-48 – apresenta o tema da vigilância e da responsabilidade como exigências para a comunidade herdeira do Reino, a qual é chamada ao encorajamento diante das dificuldades enfrentadas ao longo do “caminho”. Podemos dizer que esse caminho, aqui, é a própria história no seu desenrolar-se e, portanto, o que Jesus ensinou aos seus discípulos de primeira hora, continua válido para os cristãos e cristãs de todos os tempos e lugares.

Para uma melhor compreensão, uma vez que é bastante longo, podemos dividir o texto em duas partes: uma primeira, introdutiva (vv. 32-34), e uma segunda, composta de três pequenas parábolas (vv. 35-48) que visam ilustrar com imagens o tema apresentado na introdução. Trata-se de um texto longo, mas bastante compreensível, desde que esteja claro o seu contexto, que é o caminho formativo da comunidade. Por ser um texto bastante longo, não comentaremos versículo por versículo; procuraremos colher a mensagem central, embora seja indispensável comentar alguns versículos com precisão.

O primeiro versículo é a grande chave de leitura para todo o texto: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o reino” (v. 32). O pedido de encorajamento (v. 32a) é sinal de que a proposta de Jesus não é de fácil assimilação. As exigências e responsabilidades para segui-lo são muitas, por isso havia tendência à desistência entre os discípulos. À medida em que caminhava com seus discípulos e discípulas, pois havia também mulheres no grupo (cf. Lc 8,1-3), aumentavam as hostilidades ao projeto revolucionário de Jesus, principalmente da parte da hierarquia religiosa judaica, responsável pelo confronto final em Jerusalém. Aumentavam também os conflitos internos no grupo, tanto por rivalidade entre os discípulos, quanto por medo e desilusão com as exigências que só aumentavam. Os discípulos começavam a perceber que Jesus não apresentava nenhum traço do messias ideal, esperado há séculos. Ao invés de messias triunfante, como esperavam os judeus, Jesus parecia um fracassado, fadado a terminar sozinho. Por isso, Ele insistia pedindo coragem e perseverança.

Os discípulos precisavam de muita coragem e perseverança, exatamente porque formavam um “pequenino rebanho” (v. 32b), praticamente invisível e sem importância, diante das grandes estruturas religiosa e política da época: o judaísmo oficial e o império romano, respectivamente. Paradoxalmente, o pequeno rebanho tem um grande valor, pois “foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino” (v. 32b). Realmente, trata-se de algo maravilhoso e até surpreendente, mas inconcebível para as pretensões triunfalistas vigentes naquele tempo. O reino proposto por Jesus, confiado pelo Pai à pequena comunidade, não contém os elementos esperados, tais como poder, riqueza, vaidade, concorrência e grandeza. A proposta de Jesus contempla uma verdadeira inversão de valores e, certamente, a comunidade dos discípulos não estava ainda pronta para absorver essa virada radical. Por isso, a insistência de Jesus ao pedir coragem e perseverança.

Na sequência do texto (v. 33), são apresentadas algumas das exigências para continuar ou não como membros do “pequeno rebanho”: “vendei vossos bens e dai esmola” (v. 33a). Com certeza, no grupo dos discípulos ainda havia alguns fazendo média com Jesus, aderindo pela metade, ou seja, aparentemente despojados, mas com algumas reservas escondidas, como Ananias e Safira nos Atos dos Apóstolos (cf. At 5,1-11). Percebendo isso, Jesus pede um desprendimento total. Parece que a parábola do rico insensato, refletida no domingo passado (cf. Lc 12,13-21), ainda não fora suficiente para esclarecer aos discípulos sobre a incompatibilidade entre o apego aos bens materiais e os valores do Reino. Não basta vender os bens, é necessário aplicar bem o valor destes para que, realmente, um tesouro no céu seja adquirido, isto é, partilhando com os pobres. “Dar esmola” na mentalidade semítica significa fazer justiça.

A continuação do versículo mostra o que deve ser o objetivo do discípulo: possuir “um tesouro no céu” (v. 33b), ou seja, buscar coisas que não se acabam, mas que permanecem para toda a vida. Os discípulos ainda não tinham assimilado o ensinamento da parábola do rico insensato (cf. 12,13-21), ou seja, não tinham compreendido a necessidade de que é necessário perder aos olhos do mundo, para ganhar aos olhos de Deus. Jesus pede para que os discípulos busquem o que é eterno, o que realmente tem valor no Reino que o Pai lhes confiou. E esse é um tema muito caro para Lucas (cf. Lc 11,41; 16,9; 19,8).

A conclusão da primeira parte é feita com um provérbio: “Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (v. 34). Vale a pena recordar a importância do uso da imagem do “tesouro” na Bíblia. O primeiro sentido é a reunião de coisas preciosas acumuladas para serem conservadas como sinal de segurança, por isso, deveria ficar escondido, pois, se revelado, logo seria alvo de cobiça e estaria sujeito a assaltos. Como significa algo muito precioso, o termo passou a ser usado como imagem de realidades espirituais, em contraposição a bens materiais, principalmente na literatura sapiencial (cf. Pr 2,4; Sb 7,14; Eclo 1,25). Todo judeu possuía um tesouro, independentemente do valor, porque tinha algo central em sua vida. O que o ser humano considerava mais importante na sua vida era o seu tesouro. Jesus se apropria desse uso para ilustrar a sua descrição do Reino de Deus em diversas ocasiões, como no texto de hoje. Como o coração para a mentalidade hebraica significava a sede do pensamento e a consciência do homem, ou seja, o centro da vida, Jesus quer dizer que é para o tesouro que a vida do homem se volta.

Na continuidade da catequese, Jesus apresenta três pequenas parábolas com o intuito de reforçar o ensinamento proposto. Ora, se durante a sua presença física, Ele já via sinais de desânimo entre os discípulos, muito mais seria quando já não estivesse mais fisicamente entre eles. Por isso, as parábolas insistem no tema da vigilância e da responsabilidade, preparando a comunidade para a continuidade da missão após a sua morte. Estas parábolas são, ao mesmo tempo uma chamada de atenção aos discípulos e uma crítica à hierarquia religiosa judaica.

A primeira parábola apresenta a imagem de um senhor que viaja para uma festa e deixa tudo aos cuidados dos seus servos (vv. 35-38). É introduzida com um imperativo: “Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas” (v. 35). Parece uma imagem sem sentido para os dias atuais, mas muito significativa no seu contexto. É a imagem de quem está em atitude de serviço. A vestimenta básica da época era a túnica; essa não facilitava o serviço, pois atrapalhava o movimento. A expressão “os rins cingidos”, significa a túnica levantada até a cintura, posição dos rins, presa ao cinto. Com isso, facilitava-se o movimento. Era assim que ficavam enquanto trabalhavam ou viajavam. Jesus pede uma postura vigilante, mas ao mesmo tempo serviçal. Seus discípulos devem vigiar sim, eis o sentido das “lâmpadas acesas”; mas, enquanto vigiam colocam-se em prontidão para o serviço. Foi “cingido” que Jesus lavou os pés dos discípulos na última ceia (cf. Jo 13,4-5). Também os hebreus celebraram a primeira páscoa assim: “E comereis assim: com a cintura cingida, as sandálias nos pés” (cf. Ex 12,11a). Há uma clara intenção da parte de Lucas de incentivar a comunidade a manter-se constantemente em clima pascal. Isso se confirma pela continuação da parábola, na qual se diz que quando o senhor voltar da festa fará os servos sentarem-se à mesa, e os servirá (v. 37). Uma atitude surpreendente para quem é senhor. Essa é uma das mais belas imagens que Jesus aplica a Deus e a si mesmo: um senhor, grande proprietário que, ao invés de exigir serviço dos seus servos, abaixa-se para servi-los. Somente Jesus, sendo senhor, fez-se servo (cf. Lc 22,27).

A segunda parábola (vv. 39 e 40) apenas reforça a necessidade da vigilância, através da imagem do ladrão que não avisa a hora do assalto, mas procura exatamente surpreender o dono da casa. É necessário que a comunidade não seja surpreendida. Essa é a única vez, em toda a Bíblia, que Deus é apresentado como um ladrão, embora o “Dia do Senhor” seja apresentado com essa mesma imagem (1Ts 5,2; 1Pd 3,10; Ap 3,3). A falta de conhecimento do dia e da hora da vinda do Senhor é motivo para a comunidade não desviar o foco por um único instante; isso quer dizer que os discípulos não podem, em momento algum, deixar de viver o programa de Jesus, ou seja, o Evangelho do Reino.

A terceira parábola (vv. 42-48) é uma resposta direta à pergunta de Pedro: “Senhor, tu contas essa parábola para nós ou para todos?” (v. 41). Está claro que os discípulos não eram os únicos ouvintes de Jesus no momento. Essa pergunta reflete o medo da responsabilidade que afligia os discípulos. De fato, para um rebanho tão pequeno, era muita responsabilidade herdar o Reino e assumir as suas consequências. Jesus não responde diretamente, mas com a parábola (vv. 42-48). Nessa Ele faz uma crítica explícita à hierarquia religiosa judaica, acusada de relaxamento e mau exemplo desde os tempos do profeta Ezequiel, através da imagem dos “maus pastores” (cf. Ez 34,1-10), e ao mesmo tempo alerta a comunidade dos discípulos a perseverar como guardiã do Reino.

Provocado pela pergunta de Pedro, e percebendo a sua insegurança, Jesus direciona o ensinamento para os discípulos. É deles que serão feitas exigências maiores, exatamente porque a eles foi confiado o Reino. E essas exigências se estendem aos discípulos e discípulas de todos os tempos. Por isso, Ele ilustra com a contraposição de comportamentos de dois servos. O primeiro age com prudência, fidelidade e comportamento exemplar, e tem como recompensa um crescimento na confiança do seu senhor (vv. 42-44). O segundo, pelo contrário, relaxa nas comodidades da vida e no abuso do poder (vv. 4-46).

Comer e beber em demasia, até embriagar-se, era sinal de felicidade, numa sociedade e religião que pregavam a prosperidade como bênção de Deus, assim como maltratar os criados e criadas não passava de uma demonstração de autoridade. Jesus reprova tais atitudes, pois ferem a dignidade humana (os maltratos) e distraem o ser humano do essencial, que é cultivar tesouros no céu e não se deixar dominar pelas coisas passageiras (comida e bebida). A punição anunciada – “partir ao meio” – era a máxima execução aplicada na Pérsia, mais cruel até que a crucifixão no império romano. Não é um anúncio de castigo, mas um alerta à perda de sentido da vida. Partido ao meio, o ser humano estava impedido de participar da ressurreição no último dia, como acreditavam os judeus. Portanto, estavam destinados ao sofrimento eterno. Essa é a imagem de uma vida sem sentido. Os versículos conclusivos (vv. 47-48) refletem uma particularidade do direito judaico: a responsabilidade e a culpa têm uma proporção gradual segundo o nível do conhecimento. As penas eram aplicadas de acordo com o nível de conhecimento da lei. Quem conhece a vontade de Deus, expressa sobretudo nas Sagradas Escrituras, tem o dever de pô-la em prática.

Percebemos, então, com o longo texto evangélico de hoje, o convite de Jesus à comunidade-Igreja para abraçar com humildade (pequeno rebanho, v. 32) a responsabilidade de herdeira do Reino, tendo a missão de fazer esse Reino crescer. Toda a comunidade é convidada a empenhar-se nesse projeto, pois ela toda é herdeira. Porém, há uma exigência maior para aqueles que assumem responsabilidades maiores. Para isso, é necessária a vigilância constante. E para Jesus, a verdadeira vigilância consiste no serviço ao próximo.

 


Dia 10

Na maioria das vezes, os seres humanos desviam-se dos problemas e camuflam os próprios sentimentos ou emoções menos positivas.

As adversidades fazem parte da realidade humana.

Assumir com disposição, coragem e sabedoria tudo o que a vida lhe oferece será uma ótima oportunidade para o desenvolvimento pessoal.

À medida que amadurece, o ser humano aprende a enfrentar os imprevistos com serenidade.

“Não abandones a Sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá”.

(Pr 4,6).

 


Evangelho do dia 09 agosto sábado 2025

 


09 AGOSTO Nem sempre é o fogo que faz avermelhar a grelha! (L 157). São Jose Marello


Mateus 17,14-20

"Quando eles chegaram perto da multidão, um homem foi até perto de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse:
- Senhor, tenha pena do meu filho! Ele é epilético e tem ataques tão fortes, que muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe para os seus discípulos a fim de que eles o curassem, mas eles não conseguiram.
Jesus respondeu:
- Gente má e sem fé! Até quando ficarei com vocês? Até quando terei de agüentá-los? Tragam o menino aqui!
Então deu uma ordem, o demônio saiu, e no mesmo instante o menino ficou curado.
Depois os discípulos chegaram perto de Jesus, em particular, e perguntaram:
- Por que foi que nós não pudemos expulsar aquele demônio?
Jesus respondeu:
- Foi porque vocês não têm bastante fé. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: "Saia daqui e vá para lá", e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa! " 

Meditação:

Mateus resume aqui a narrativa bem mais detalhada de Marcos (Mc 9,14-29), tendo a questão da fé como tema central.

Pedro, André e Tiago, com Jesus, descem a montanha após o episódio da transfiguração. Encontram a multidão, com os demais discípulos que não conseguiram curar um menino com o demônio da epilepsia. A reprimenda "geração... perversa", frequente em Mateus, é uma alusão àqueles que, sob a doutrina das sinagogas, só são sensíveis a atos de poder, não reconhecendo a força do amor e da fé.

Os apóstolos não tinham fé? Nós dizemos: Claro que tinham! Eles acreditavam em Jesus, acreditavam que ele era o filho de Deus, acreditavam que Jesus curava, acreditavam que ele expulsava o demônio. Eles acreditavam que o poder de Deus estava em Jesus.
A fé é um dom de Deus, é um posicionamento espiritual através do qual nosso espírito e alma se alinham em harmonia, em adoração, em honra, temor, respeito e amor para com Deus. É o meio pelo qual nos relacionamos com Deus e dizemos a todos que estamos posicionados ao lado de Deus, negando e rejeitando todos os princípios de Satanás. É também o modo pelo qual proclamamos ao céu e à terra, diante de anjos e diante de homens, que Jesus Cristo é Senhor absoluto sobre nossas vidas, aceitando deste modo tudo o que o Filho nos ensina a respeito do Pai e, consequentemente, rejeitando todas as mentiras que Satanás diz a respeito de Deus.
A fé é o meio, o único meio, a fim de que possamos escapar da ira vindoura, pois Deus, o Criador, está prestes a falar ao mundo em grande ira, tomando vingança contra todas as maldades praticadas pelos filhos dos homens ao longo de toda a história.
A fé não é igual em todos. Não é verdade que o homem já nasça com fé. A fé é concedida ao homem por Deus. E um dos trechos bíblicos que evidencia isto é o seguinte: “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós; e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque a fé não é de todos.” (2 Tessalonicenses 3:1,2)
Ora, se a fé não é de todos, como afirmam as Escrituras, como dizer que os homens nascem com fé, como afirmam alguns? Em suas próprias palavras, o Senhor Jesus Cristo nos mostra como há diferenças entre fé e fé.
Isto nos mostra que não somente podemos como também devemos buscar o aperfeiçoamento da nossa fé, o que se dá através da aceitação submissa da vontade de Deus, em momento algum nos permitindo colocar em resistência diante da vontade de Deus, mas à semelhança de Abraão, dar ao Senhor seja lá o que for que Ele nos solicite. E isto quer o compreendamos ou não, pois a fé está acima da lógica, é superior à razão e por mais poderoso que seja o intelecto humano, a fé não é por ele acessível. A fé se encontra no território espiritual, nesse mesmo território onde Deus habita. A fé transcende a razão, pois é superior a ela, pois ninguém pode conhecer a Deus pela capacidade humana, mas tão somente pela fé.
Há, ainda, os que não possuem fé alguma, são indigentes espirituais, autênticos desgraçados, os quais permanecerão na vaidade de seus próprios pensamentos e concatenações mentais, julgando-se sábios, mas esquecendo-se de seus próprios pecados e não podendo atentar para a monstruosidade de sua incredulidade.
Peçamos hoje uma fé aperfeiçoada: Senhor, envia sobre nós o teu Espírito Santo! Pedimos que suscites em nós uma fé constante em meio às provações que enfrentamos. E que esta fé, mediante a tua Unção em nós, seja levada a perfeição.

Reflexão Apostólica:

Os apóstolos não conseguiram expulsar o demônio que atormentava aquele menino, e foram fortemente repreendidos por Jesus, que os chamou de "Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco?"  
Mais uma vez, jogou pesado no seu palavreado.  Depois que os discípulos perguntam por que não conseguiram expulsar aquele demônio, Ele responde:  "Por causa de vossa falta de fé". 
Se os apóstolos escolhidos a dedo não tinham fé suficiente, que dirá de nós? Que dirá do mundo de hoje com sua fé abalada pelos meios de comunicações, que a cada dia induz as pessoas a pecar e a abandonar a fé? Não tem mais graça assistir um filme. Ou é tiroteio ou é pornografia. Ou os dois juntos. 
Acabou aqueles clássicos da sétima arte que as mulheres choravam no final.  Toda essa avalanche de violência e libertinagem distorce a cabeça dos nossos jovens, pois é a eles que tudo isso é direcionado. 
É por isso que muitos jovens já não respeitam mais, não tema mais limites, e por motivos vários abrem mão da violência como meio de sobrevivência, o que os levam fatalmente mais sedo ou mais tarde, a própria morte.
Não estou criticando esses jovens, pois eles são vítimas de um mundo que inverteu a escala de valores. (O QUE ERA CORRETO, HOJE É COISA ERRADA).
Vamos libertar esses jovens dos novos demônios. Mais precisamos de muita oração e de muito jejum. Vamos rezar em grupo pelos nossos jovens para que Deus os protejam de todo este estado de coisa que os tem levado: a descrença, a libertinagem sexual, ao sofrimento e à morte.

Propósito: Transformar a vida em oração para comunicar a força, a bondade e a misericórdia de Deus. 

Dia 09

De acordo com Sêneca, “A deformidade do corpo não afeta uma bela alma, mas a beleza da alma reflete-se sobre o corpo”.

Isso quer dizer que o corpo está para a alma, assim como o frasco está para a essência que contém.

Lembre-se de que o ser humano irradia a beleza interior em seu semblante.

Se o olhar for simples e puro, todo o corpo será iluminado.

Este vai refletir a presença de Deus que está em seu íntimo.

“A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz”. (Mt 6,22).

 


Evangelho do dia 08 agosto sexta feira 2025

 


08 agosto – Vivamos o dia a dia, esforçando-nos para reconhecer em cada acontecimento a vontade de Deus Nosso Senhor. (L 68). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 16,24-28

"Então Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem perder sua vida por causa de mim a encontrará. De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida? Ou que poderá alguém dar em troca da própria vida? Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. Em verdade, vos digo: alguns dos que estão aqui não provarão a morte sem antes terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino". "  
Meditação: 

O caminho da formação do seguidor de Jesus lança suas raízes na natureza dinâmica da pessoa e no convite pessoal de Jesus Cristo, que chama os seus pelo nome e estes O seguem porque lhe conhecem a voz. O Senhor despertava as aspirações profundas de seus discípulos e os atraía a Si, maravilhados.
O Documento de Aparecida no nº 277 diz que
“o seguimento é fruto de uma fascinação que responde ao desejo de realização humana, ao desejo de vida plena. O discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como Mestre que o conduz em acompanha.

As leituras da liturgia de hoje, primeira sexta feira de agosto, nos colocam diante da ternura de Deus que quer ser próximo do povo, o êxtase diante das maravilhadas operadas pelo Senhor e as libertadoras e amorosas exigências do Evangelho.

Os cinco versículos do evangelho de hoje são a continuidade das palavras de Jesus a Pedro que meditamos ontem. Neles, podemos perceber que Jesus simplifica tudo que devemos fazer para estar ao lado dele e conhecer o reino dos céus.
Jesus, desta vez, não utiliza parábolas, mas nos conduz a muita reflexão sobre o que foi dito! A sua primeira exortação foi: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga".
O que seria para nós, nos dias de hoje, renunciar a nós mesmos? A nossa rotina, o nosso cotidiano, muitas vezes está repleto de atitudes humanas, erros comuns ao mundo em que vivemos, mas que aos olhos de Deus são pecados que o desagradam.

Por isto, Jesus não quer que morramos, ao renunciar nossas vidas, mas que vivamos neste mundo sem pertencer a este mundo. Jesus quer que nossa vida, nossas atitudes reflitam o amor de Deus, e transcendam aos olhos humanos, ou seja, Ele quer que pertençamos unicamente a Deus.
No segundo trecho da passagem de hoje, Jesus nos exorta à persistência; pois uma vez renunciada a nossa vida humana/mundana, não poderemos/devemos mais resgatá-la.
Jesus não esconde nem abranda as exigências do discipulado. Não permitiu que Pedro tomasse a dianteira e o colocou no seu devido lugar:
“Atrás de mim!” O evangelho de hoje explicita estas exigências para todos nós;
Jesus tira as conclusões que valem até hoje: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga
”.
Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o império romano impunha aos marginais e bandidos. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça.
A Cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A Cruz é a conseqüência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs.
Por causa deste anúncio revolucionário, Jesus foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão (Jo 15,13).
O testemunho de Paulo na carta aos Gálatas mostra o alcance concreto de tudo isto:
“Quanto a mim, que eu não me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio do qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. (Gl 6,14)
Ele termina aludindo às cicatrizes das torturas que sofreu:
“De agora em diante ninguém mais me moleste, pois trago em meu corpo as marcas de Jesus” (Gal 6,17).
Os versículos 25-26 explicitam valores humanos universais que confirmam a experiência de muitos, cristãos e não cristãos. Salvar a vida, perder a vida, encontrar a vida.
A experiência de muitos ensina o seguinte: Quem vive atrás de bens e de riqueza, nunca fica saciado.
Quem se doa aos outros esquecendo-se a si mesmo, sente uma grande felicidade. É a experiência das mães que se doam, e de tanta gente que não pensa em si, mas nos outros.
Muitos fazem e vivem assim quase por instinto, como algo que vem do fundo da alma. Outros fazem assim, porque tiveram uma experiência dolorosa de frustração que os levou a mudar de atitude.

Jesus tem razão em dizer: Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. Importante é o motivo: “por causa de mim”, ou como diz em outro lugar: “por causa do Evangelho” (Mc 8,35).
Ele termina:
“Com efeito, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que um homem pode dar em troca da sua vida?
Esta última frase evoca o salmo onde se diz que ninguém é capaz de pagar o preço do resgate da vida:
“O homem não pode comprar seu próprio resgate, nem pagar a Deus o preço de si mesmo. É tão caro o resgate da vida, que nunca bastará para ele viver perpetuamente, sem nunca ver a cova”. (Sl 49,8-10).
Os dois últimos versículos se referem à esperança do povo com relação à vinda do Filho do Homem no fim dos tempos como juiz da humanidade, como é apresentado na visão do profeta Daniel (Dn 7,13-14).
O primeiro versículo diz:
“O Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a própria conduta” (Mt 16,27).
Nesta frase se fala da justiça do Juiz. Cada um vai receber conforme a sua própria conduta.
O segundo versículos diz:
“Alguns daqueles que estão aqui, não morrerão sem terem visto o Filho do Homem vindo com o seu Reino”. (Mt 16,28).
Esta frase é um aviso para ajudar a perceber a vinda de Jesus como Juiz nos fatos da vida.
Alguns achavam que Jesus viria logo (1Ts 4,15-18). Jesus, de fato, veio e já estava presente nas pessoas, sobretudo nos pobres. Mas eles não o percebiam. Jesus mesmo tinha dito:
“Aquela vez que você ajudou o pobre, o doente, o sem casa, o preso, o peregrino, era eu!” (Mt 25,34-45).

Reflexão Apostólica:

Jesus começa mais uma seção de catequese. Hoje Ele nos ensina que não existe o verdadeiro discipulado senão aquele que passe pela cruz.
Assim como ele renunciou a sua divindade assumindo a nossa carne pecadora e posteriormente abraçando a cruz até ao fim assim também todo e qualquer discípulo. Se alguém quer ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo. Tome a sua cruz todos os dias e siga-Me.
Segui-lo no seu caminho de amor e de entrega da vida. A reação dos discípulos ante este discurso é de desânimo e frustração; questionam se vale a pena seguir um mestre que nada mais tem para oferecer do que a morte na cruz.
Jesus melhor do que ninguém sabe que depois da cruz vem a glorificação, faz-lhes uma grande contraproposta. É melhor perder agora para ganhar mais tarde. Aliás, como diz o ditado "quem ri por último, ri melhor".

O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Ficai sabendo que depois, do sofrimento, da tristeza, da calunia, das perseguições e da cruz vós vereis: o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez. É um projeto de transfiguração gloriosa de Jesus.
A cena constitui uma palavra de ânimo para os discípulos, pois nela se manifesta a glória de Jesus e se atesta que Ele é
– apesar da cruz que se aproxima – o Filho amado de Deus.
Os discípulos recebem, assim, o testemunho de que o projeto que Jesus apresenta é um projeto que vem de Deus. E por isso a advertência do Mestre: Aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas quem perder a sua vida por minha causa salvá-la-á.

Não basta ser cristão. É preciso reconhecer Deus em nossas vidas e em nossa realidade, para que possamos viver sua verdade presente no meio de nós. Jesus não nos ilude: Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Sua cruz é vida doada e partilhada para nossa redenção.

 Jesus identificou-se com o “humano”, agraciado por Deus com um destino de glória e felicidade eterna. Agora Jesus dirige um convite a todos. O tema é o seguimento de Jesus, a meta é a “vida”.

Jesus é muito claro no Seu anúncio: não adianta nenhum de nós tentarmos “salvar” a nossa vida. Todo esforço será em vão! Jesus é a Salvação e se querermos segui-Lo teremos que admitir a nossa parte nos encargos, nas responsabilidades, nas dificuldades.

Isto é tomar a cruz!

Às vezes nós queremos “escapar” das dificuldades e procuramos o caminho mais fácil e que exija de nós menos esforço, por isso, nós conduzimos a nossa vida pela porta larga da perdição e da ruína da alma.

Temos de ter consciência de que a nossa existência é breve, o tempo é curto e nós só vivemos uma só vez. Se começamos a querer cortar pedacinhos da nossa cruz, pode ser que para atravessarmos o vale da sombra da morte, nos falte a ponte que nos levará para a felicidade eterna!

Renunciar a si mesmo é abdicar da própria vontade, dos planos e desejos humanos e assumir a vontade de Deus abraçando a senda de sofrimento e de glória que o próprio Jesus trilhou. Pensemos nisto! 

Será que você tem tentado salvar a sua vida, deixando por menos algum encargo ou atribuição que só compete a você? Você tem consciência de que está vivendo a sua vida de acordo com aquilo que Deus espera de você? Você acredita que Deus pode realizar o que para você tem sido impossível?

Nós, muitas vezes, entregamos nossas dificuldades, nossos maiores erros nas mãos de Deus e, minutos ou dias depois, pegamos de volta como se tudo aquilo ainda nos pertencesse. Mas e aí, como fica nossa vida se estivermos sempre resgatando o que há de ruim em nós?
Jesus é bem claro: "Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la". O verdadeiro tesouro, a verdadeira vida e salvação, só encontraremos seguindo Jesus e renunciando a nós mesmos.
"De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida?"
Muitas pessoas, hoje em dia, pensam que ao ganhar o mundo (ou seja, ganhar todo prestígio, reconhecimento, riqueza, bens pessoais, "amigos", entre outras coisas que o dinheiro traz), serão felizes...
Entretanto "de nada vale ao homem ganhar o mundo inteiro e vir a perder a vida eterna". Aqueles que tudo têm de material aqui na terra, nem sempre encontram a verdadeira felicidade, os verdadeiros amigos que são realmente um tesouro, o verdadeiro sentido da vida.
Por isto, passado algum tempo de encanto com toda riqueza, estas pessoas percebem que nada têm, que perderam toda sua vida juntando o que não valia a pena, o que não era bom.
Quantas pessoas nós conhecemos que tem tudo e ao mesmo tempo nada têm?  Muitas vezes me acho mais rica que muitas pessoas que andam em carros luxuosos e moram em mansões (sozinhas com os empregados).
Para estas pessoas que encontram o verdadeiro sentido da vida, "o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá, a cada um, de acordo com a sua conduta". 
Poderemos, então, estar diante do Pai recebendo dEle tudo que, em nossas vidas, entregamos confiantes e esperançosos; sem nos envergonharmos de nossa vida, apesar das faltas e erros pelo caminho, pois saberemos que tentamos acertar, caminhando junto com Jesus e renunciando a nós mesmos.
Jesus em recompensa nos diz: "Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino". Porque não é necessário morrer para ver o Filho do Homem e seu reino.

Que abismo de profundidade no tema do seguimento de Cristo! Ele chama e exige entrega irrestrita, corajosa, sem meias medidas!
O discípulo se sente fascinado. Não há outra palavra que exprima melhor o sentimento daquele que foi sendo tocado pelo Senhor.
Consciente de conservar sua liberdade, aquele que é chamado caminha para uma luz que quase irresistivelmente o chama. O Mestre exige abandono do mundo dos pequenos interesses, do ganho, do lucro, das vantagens, das satisfações menores.
Há que renunciar. Uma força estranha age no coração do discípulo exigindo tal renúncia. Haverá momentos em que a cruz aparecerá na vida daquele que segue Jesus.
Sem ela o discípulo não prova o seguimento do Mestre. Há um corajoso deixar. Francisco de Assis, no começou de sua vida de seguimento de Jesus, lembra que o Altíssimo o levou ao mundo dos leprosos que lhe causavam literalmente enjôo.
Ele abraça os seres decrépitos e deixa o mundo, começando uma vida esplendorosa de seguimento de Cristo, que ele designará de vida de penitência, de deixar o mundo, isto é, o espírito das coisas pequenas, de baixo
….
De que serve ter bens, aplausos, riqueza, prestígio se o coração do homem se distanciar das exigências do mundo novo?
De que serve uma família bem instalada, com bens e filhos doutores e mestres, de gente que corre, mas esqueceu de colocar os passos nos passos de Jesus?
Há os que perdem tudo, para tudo ganharem. São os santos, são os heróis do Evangelho. Seja você um deles e terá tudo em abundância!

Propósito:

Pai, dá-me a pobreza e a coragem necessárias para ser seguidor de teu Filho Jesus e realizar obras que merecerão a recompensa divina. Senhor Jesus, ajuda-me não só a acompanhar-te com nobres pensamentos, mas a caminhar pelo teu caminho com o coração, mais ainda com os passos concretos da nossa vida quotidiana. Liberta-me do medo da cruz, do medo diante da troça dos outros, do medo que a minha vida possa escapar-me se não aproveitar tudo o que ela me oferece. Ajuda-me a desmascarar as tentações que me prometem a vida, mas cujas conseqüências me deixam, no fim, sem objetivo e desiludido. Ajuda-me a não me fazer senhor da minha vida, mas a dá-la._.__

08
A alegria é fruto de uma vida de oração, comunhão com Deus, treinamento e conquista pessoal.
No entanto, é uma virtude que precisa ser conquistada, exercitada, aprendida, até que se firme como uma parte de sua personalidade.
Se semear somente ideias positivas, vai colher os frutos da sabedoria e da alegria.
Isso é semelhante ao que ocorre com as crianças, receptivas a ver o mundo como um presente magnífico dado por Deus.

É preciso ter no coração uma alegria semelhante à das crianças: pura e verdadeira.



domingo, 3 de agosto de 2025

Evangelho do dia 07 agosto quinta feira 2025

 


07 agosto - Exclamemos sempre harmoniosamente: “Fiat voluntas Dei in omnibus”: Seja feita a vontade de Deus em tudo e, por enquanto, meditemos sobre os fatos que vão acontecendo com a permissão divina. (L 234). São José Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 16,13-23

"Jesus... perguntou aos discípulos: "Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?" Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias...". "E vós... quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus então declarou: "Feliz és tu, Simão... porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus". Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo. A partir de então, Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ele ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Então Pedro... começou a censurá-lo: "Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!" Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: "Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!" "   

Meditação:

A profissão de fé de Pedro, "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", seguida do longo elogio de Jesus, é própria do evangelho de Mateus, não constando no evangelho de Marcos, que o antecedeu.

É claro que Jesus tinha consciência da Sua Missão salvífica e de que era o Cristo, o Messias, Filho de Deus feito homem, portanto, o próprio Deus. No entanto, Ele precisava instruir os Seus discípulos e orientá-Los, por isso, lhes perguntava: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?”
Diante das diversas conjecturas que as pessoas faziam sobre si, Jesus indagou novamente a eles: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Com essa inquirição Jesus instigava os Seus seguidores a perceberem a Sua verdadeira identidade e missão, a fim de que pudessem estar preparados para os fatos que teriam de acontecer quando da sua Morte e Ressurreição. Simão Pedro, por duas vezes, foi quem se manifestou mediante as perguntas de Jesus.
Na primeira ocasião, inspirado pelo Espírito Santo, Pedro fez a proclamação de que Jesus era o Messias, Filho do Deus vivo sendo considerado feliz por ter escutado do próprio Deus Pai esta revelação.

Jesus deu a ele a Missão de dirigir a Sua Igreja e entregou a ele as chaves do reino dos céus com o poder de ligar e desligar também no céu tudo o que fosse por ele ligado e desligado na terra. Na segunda ocasião, raciocinando conforme a sua humanidade, Pedro demonstrou a sua fraqueza quando não quis admitir o sofrimento pelo qual Jesus teria de passar e O repreendeu quando lhes expunha a Sua missão em Jerusalém.
O mesmo Pedro a quem Jesus entregara as chaves do reino dos céus e a quem constituíra como fundamento da Sua Igreja foi mandado para longe Dele, como satanás e pedra de tropeço.
Diante desse quadro nós podemos perceber também a nossa fragilidade humana e como estamos sujeitos (as) a escorregar pelas nossas próprias palavras e idéias. Às vezes, inspirados pelo Espírito, nós pensamos e falamos as coisas de Deus. Em outras ocasiões, nós somos pedra de tropeço e damos contra testemunho de Deus diante dos homens.
Dentro de cada um de nós há o divino e há o humano. O nosso homem velho está sempre querendo destronar o homem novo renascido do Espírito Santo.
Jesus também conhece o material do qual nós somos feitos e, mesmo diante das nossas fraquezas e imperfeições Ele continua a nos confiar a missão de construir o Seu reino aqui na terra.
As nossas atitudes às vezes são motivadas pelo Espírito Santo, em outras vezes nos baseamos na nossa própria natureza humana e, por isso, perdemos a sintonia com Deus e o Seu Espírito.
Isto também acontece com você? Procure recordar algum acontecimento em que você foi dúbio e pergunte ao Espírito Santo como poderá agir, agora que tem consciência disto. Você já percebeu que tudo quanto você fizer na terra terá repercussão no céu?

Reflexão Apostólica:

 Fico a imaginar o quanto Pedro ficou confuso após esse dialogo ou conjunto de diálogos. Independentemente se logo de imediato ou um pouco após a sua “elevação”, se assim posso dizer, de Pedro, Jesus o repreende severamente para que não se oponha ao plano divino de redenção.
É claro e evidente que Pedro não queria impedir ou determinar o que Jesus deveria ou não fazer, mas que ele, Pedro, deixava nítido seu apego emocional a pessoa de Jesus por um sentimento que conhecemos bem. Vou explicar
É sabido que Pedro era um dos mais velhos (ou o mais velho deles), que seu jeito turrão de ser, como outras tantas pessoas que conhecemos, não se moldaria a um novo jeito se não fosse encantador o suficiente ou valesse muito a pena. Suas palavras revelam um profundo desejo que o mestre não o deixe. Mais que um ato “egoísta” ou petulante, Pedro deixa escapar que na verdade tem medo. Jesus chamava na verdade a sua atenção para que temesse  “(…) Saia da minha frente, Satanás! Você é como uma pedra no meu caminho para fazer com que eu tropece, pois está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa”.
Foi o medo que o fez afundar na tentativa de andar sobre aas águas; por medo que negou Jesus três vezes, por medo também, após a crucificação, se escondeu no cenáculo com os demais (…). Temos muito de Pedro, mas se resolvermos, como ele, ligar algo na terra, também com certeza, será ligado no céu.
Nós ligarmos? Sim! Nosso Senhor conhece bem a quem escolheu. Você, eu, ele, (…), conhece cada uma das nossas limitações e fraquezas, mas conhece também o que cada um pode fazer se, apesar das fraquezas, se resolver continuar a acreditar que tudo é possível.
Na reflexão quando grifei “surpreendido”, referindo-me a fé da mulher que não desistia de segui-lo, e que mesmo com todos os contras queria dizer o quanto Jesus ficara feliz de encontrar pelo menos uma que valha a salvação de todos nós.
Diferentemente de Pedro, a jovem ou mulher o evangelho de ontem, não tinha medo, pois o motivo do seu empenho valia qualquer que fosse o esforço ou constrangimento imposto. Como não associar então a fé daquela moça ao evangelho de hoje?
“(…) Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e O QUE PERMITIR NA TERRA SERÁ PERMITIDO NO CÉU”. Ela quis tocar o Senhor com sua fé e teve seu pedido acatado!
Outro ponto importante…
Pedro é um dos pilares da nossa igreja e sob seu testemunho de vida e de fé também celebramos. Caminhado para o dia dos pais, como não convocar aos pais a assumirem novamente a posição de pilar de sua família? Quantos pais, por medo de crescer, pavor da responsabilidade e receio do fracasso tornaram-se “melhores amigos” dos seus filhos esquecendo que primeiramente devem ser pais?
Pai é também aquele que por seus filhos tenta andar sobre as águas e arrisca também a falhar; é aquele que clama a Deus que os guarde de todo mal, na esperança que isso também seja ligado no céu; é aquele que não omite seus medos nem suas falhas; aquele que após negar “troscentas” vezes, “cai na real” e volta a acreditar que Deus tem um plano traçado para sua vida na vida de outras pessoas que ele o confiou.

Propósito: Renovar, a cada instante, a fé em Jesus Cristo. 

Dia 07

A cada dia, Deus concede a cada um de nós uma nova oportunidade de viver; realizar sonhos e projetos; crescer, mudar e aperfeiçoar-nos; estender a mão aos irmãos; dividir e compartilhar; dar amor e sorrir, para iluminar o caminho de alguém; viajar, conhecer novos lugares e pessoas; estudar, adquirir sabedoria e graça, conviver e aprender com os demais.

As oportunidades são novas chances de crescimento.

“Tratai com sabedoria os que são da comunidade, aproveitando bem o momento”. (Cl 4,5).

 


Evangelho do dia 06 agosto quarta feira 2025

 


06- TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR JESUS CRISTO.

Abracemo-nos em Cristo e, no momento de nos juntar a Ele na união mística da Eucaristia, transfiguremo-nos. (L 11). São José Marello


Lucas 9,28b-36

"Jesus subiu a uma montanha para rezar, levando com ele Pedro Tiago e João. E quando ele estava rezando, o rosto dele ficou todo mudado. E a roupa ficou toda branca e brilhante. Nisso, dois homens apareceram e começaram a conversar com Ele. Eram Moisés e Elias cercados da glória celestial. A conversa era sobre a morte que Jesus ia ter, em Jerusalém. Pedro e os seus companheiros estavam caindo de sono. Quando acordaram, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. Quando esses já iam sumindo, Pedro disse a Jesus:" Mestre, como é bom a gente ficar aqui!  Vamos fazer 3 barracas: uma para o Senhor, outra para Moisés e outra para Elias, (ele nem sabia o que estava dizendo). Pedro ainda estava falando quando veio uma nuvem que cobriu todos eles. Como entraram na nuvem os discípulos ficaram com muito medo. Então ouviram uma voz que vinha da nuvem: "Este é o meu filho, o meu escolhido. Escutem o que ele diz". Quando a voz terminou, Jesus estava sozinho. Os discípulos guardaram segredo daquilo naqueles dias e não contaram para ninguém o que tinham visto.

FATO DA VIDA: TRANSFIGURAÇÃO E DESFIGURAÇÃO
Leonardo Da Vince, que pintou o quadro da Santa Ceia no convento das Graças, em Milão, saiu à procura de um modelo para o rosto de Cristo. Encontrou um jovem que revelava no rosto sua paz interior. Correspondia exatamente ao sonho do artista. Passaram-se anos. Faltava encontrar alguém para modelo de Judas, o apóstolo traidor. Era necessário um rosto que retratasse a vilania e a perversidade. Finalmente, apareceu alguém de acordo com os requisitos do pintor. Era um homem preso pela polícia em um ambiente sórdido. Foi levado ao atelier. Ao ver a obra inacabada, a fisionomia feroz do criminoso se descontraiu. Rompeu em prantos. Anos atrás o serviria de modelo para a figura de cristo e agora se prestava a retratar a baixeza de Judas Iscariotes.
A PALAVRA DE DEUS:
"Jesus subiu a uma montanha para rezar, levando com ele Pedro Tiago e João. E quando ele estava rezando, o rosto dele ficou todo mudado. E a roupa ficou toda branca e brilhante. Nisso, dois homens apareceram e começaram a conversar com Ele. Eram Moisés e Elias cercados da glória celestial. A conversa era sobre a morte que Jesus ia ter, em Jerusalém. Pedro e os seus companheiros estavam caindo de sono. Quando acordaram, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. Quando esses já iam sumindo, Pedro disse a Jesus:" Mestre, como é bom a gente ficar aqui!  Vamos fazer 3 barracas: uma para o Senhor, outra para Moisés e outra para Elias, (ele nem sabia o que estava dizendo). Pedro ainda estava falando quando veio uma nuvem que cobriu todos eles. Como entraram na nuvem os discípulos ficaram com muito medo. Então ouviram uma voz que vinha da nuvem: "Este é o meu filho, o meu escolhido. Escutem o que ele diz". Quando a voz terminou, Jesus estava sozinho. Os discípulos guardaram segredo daquilo naqueles dias e não contaram para ninguém o que tinham visto. (LC 9,28b-36)".
EXPLICAÇÃO:
a) A CENA DA TRANSFIGURAÇÃO:
A cena evangélica da Transfiguração de Jesus no alto da montanha do Tabor, é celebrada duas vezes na liturgia: uma, no segundo domingo da quaresma e outra na festa de 6 de agosto. E é assim que nos encontramos de novo com essa luminosa página, em que Jesus oferece aos três discípulos prediletos - Pedro, Tiago e João uma espécie de amostra da glória futura. O cenário sugere o céu. A nuvem branca que envolve tudo é símbolo Bíblico da presença de Deus. A transformação que opera em Jesus dá um sinal da glória do corpo da ressurreição. Faz lembrar a visão do Filho do Homem do Apocalipse: vestido com uma túnica longa e cingido à altura do peito com um cinto de ouro. E os cabelos de Sua cabeça eram brancos, como lã branca, como neve; e seus olhos pareciam chamas de fogo (Ap 1,13ss). A voz do Pai Celeste se faz ouvir para proclamar o Filho, o eleito a quem deviam escutar ( Lc 9,35).E apareceram Moisés e Elias, como se fora a lei e os profetas a fazer guarda de honra do Evangelho. Conhecemos o texto que está nos três sinópticos, e sempre o lemos com novo prazer.
b) MOISÉS É A LEI  E  ELIAS A SANTIDADE:
São Lucas é que menciona o fato de Moisés e Elias conversarem com Jesus a respeito de Sua Pátria que se ia consumar em Jerusalém. De Seu êxodo, como é a palavra que Ele usa, insinuando que Jesus repete a história de seu povo (Ele é o Moisés) e vai passar, podemos dizer, pelo deserto do sofrimento da Paixão, ao encontro da glorificação final. O fato é que a transfiguração está unida à Paixão em mais de um sentido. Estão unidas à paixão como uma espécie de revigoramento da fé dos discípulos, para que eles não se desencorajassem diante da humilhação da Paixão, mas acreditassem na promessa da Ressurreição. Por isso mesmo, Jesus, ao descer do monte, refere-se à ressurreição, ordenando-lhes: "Não conteis a ninguém esta visão, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos (17,9). E ainda noutro sentido a Transfiguração se relaciona com a Paixão no sentido que aquele momento de fulgurante alegria não devia desviar Jesus de sua missão de servo sofredor que Ele iria cumprir no Calvário. Nada de se fixarem ali no alto da montanha onde tudo estava tão agradável. A glória só viria depois da cruz. Lição também para nós. Deus nos dá de vez em quando momentos de céu nos quais gostaríamos de permanecer para sempre. Mas estamos ainda na terra. 
c) ESPERANÇA É UM EMPRÉSTIMO DA FELICIDADE:
Temos que cumprir nossa peregrinação, marcada pelo sofrimento. Devemos, no entanto, deixar que a esperança nos transfigure. A esperança é, como alguém já disse, um empréstimo de felicidade.  Da felicidade do céu. Como a luz da aurora anuncia o sol que vai nascer e tinge o céu de suave claridade, a alegria da esperança dá tons de aurora à nossa vida envolta ainda como está entre as sombras noturnas dos problemas e angústias da terra. Por isso mesmo, o verdadeiro cristão nunca se pode entregar à tristeza. Alegres na esperança é um dos pontos que São Paulo dá como receita para uma vida cristã vivida na fidelidade. (RM 12,12) E convida os Tessalonicenses a que não se deixem acabrunhar pelo pensamento da morte, como acontece com aqueles que não têm esperança (TS 4,13). E ainda ouvimos o Evangelho em que Jesus diz a seus discípulos: "Alegrai-vos porque os vossos nomes estão inscritos no céu". Notemos que essa esperança não se refere apenas ao ponto final de nossa chegada à casa da eternidade. Ela deve ir alimentando cada momento de nossa vida. Porque sabemos que Deus cuida de nós e nos vai assistindo com a graça da coragem e da sabedoria em todos os nossos passos. Passaremos por momentos de dor e de provação, mas o Pai do céu não nos abandona. Os santos são para nós sinais e modelos de esperança. A tristeza é má conselheira. Cultivar a alegria, essa que vem do mais profundo do ser em paz com Deus é fonte de coragem e de energia espiritual. Nosso lema poderia ser esse: "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: Alegrai-vos!" (15 ).
UMA MENSAGEM PARA A VIDA:
Certa vez, pouco antes da sua transfiguração, Jesus reuniu os discípulos e lhes perguntou: "Quem dizem os homens que eu Sou?"(Mc 8,27; Mt 16,13; Lc 9,18). A partir desse momento, muda o rumo dos acontecimentos, e notam-se diferenças profundas na atividade de Jesus. Diminuem os milagres: Na primeira fase de sua atividade entre o povo, Jesus fazia muitos milagres. Na segunda fase, os milagres são quase uma exceção. Marcos só refere dois, contra as dezenas de milagres na fase anterior. Mateus, igualmente, conhece os mesmos dois milagres mais um (Mt 17,14-21;20,29-34;17,24-27). Lucas só conhece cinco milagres, isto é, os dois conhecidos por Marcos e Mateus e três outros só. Por que tantos milagres na primeira fase e tão poucos na segunda? Começa a alusão constante à Paixão: Na primeira fase só uma ou outra vez se fala da paixão como uma possibilidade futura. Agora, na segunda fase, a paixão é uma certeza, e dela se fala respectivamente. Jesus chega mesmo a fazer profecias da paixão (Mc 8,31-32;9,30-32;10,32-34). Muda a atitude para com o povo. Antes, a grande preocupação de Jesus era o povo. Agora, na segunda fase a grande preocupação dele são os discípulos e a sua instrução. Muitas vezes, está a sós com eles e os vai instruindo. Faz até uma viagem ao exterior, na terra de Tiro e Sidão, para estar a sós com os discípulos. Fala pela primeira vez em Igreja (Mt 16,18). Começa a falar da necessidade da cruz para os discípulos: Não só fala da sua própria paixão, mas igualmente da necessidade de a gente sofrer com ele. Insiste nas exigências duras para alguém poder ser o seu discípulo (Mt 16,24-28; Mc 8,34-38; Lc 9,23-27;14,27;17,33;12,9; Mc 10,28-31). Antes, na primeira fase, não havia insistência na necessidade de se sofrer com ele. A perspectiva das parábolas é diferente: Na primeira parte, Jesus usa muitas parábolas, para com elas ilustrar o mistério do reino, enquanto deve realizar-se no futuro, através da Paixão e da Morte. A oposição dos fariseus se torna clara. Na primeira fase, existia uma certa oposição velada contra Jesus por parte dos líderes do povo. Agora, na segunda parte, esta oposição se torna clara, aberta e irreversível. Essas são as diferenças que uma leitura atenta dos Evangelhos descobre entre a primeira e a segunda fase da atividade de Jesus.
A NOSSA FAMÍLIA SE TRANSFIGURA QUANDO ELA ESTÁ REZANDO:
O Evangelho nos mostrou Jesus subindo a uma montanha para rezar. Ele gostava de rezar sozinho, no alto das montanhas. Às vezes passava lá a noite inteira rezando. Desta vez, Ele levou 3 apóstolos com ele. Isto já nos ensina alguma coisa sobre a família. Jesus está ensinando que a gente precisa rezar sozinho, de quarto fechado. Mas precisa também rezar junto com a nossa família. Quando Jesus estava rezando, o rosto dele ficou todo mudado. Ficou desfigurado. E a roupa dele ficou brilhando de branca. Quando a gente está rezando junto com a família, Jesus faz a família toda ficar transfigurada. Muita coisa muda dentro de nossa casa. A gente tem mais amor, mais coragem, mais alegria, mais paz. Vamos ver aqui algumas coisas que mudam e se transfiguram na família que reza unida:
AS CONVERSAS:
Nem sempre as conversas que saem dentro de nossa casa, são conversas boas. Muitas vezes, a gente fala mal dos outros ou fica rindo dos defeitos alheios. Quantos boatos são espalhados nessas conversinhas: O Evangelho falou que a conversa de Jesus, Moisés e Elias era sobre a morte de Jesus. Será que em nossas casas a gente costuma conversar sobre Jesus? Contar para as crianças as histórias da Bíblia Sagrada e da vida dos santos? Bons exemplos que a gente vê na comunidade. Há tanta coisa boa para conversar. É preciso começar em nossa casa a viver a fraternidade em nossas conversas.
A CARIDADE:
Vamos começar em casa a viver mais a caridade com os irmãos necessitados. Foi o que fez São Pedro. São Pedro, em vez de pensar em si, pensou só nos outros. Ele queria fazer 3 barracas para os outros. Assim também, a família caridosa não se descuida de praticar a caridade com os necessitados. E isto transfigura a família toda aos olhos de Deus.
O SOFRIMENTO:
Toda família passa momentos de sofrimentos e aflições. A oração faz a gente não ficar com medo, quando chegar essa nuvem de dificuldades. Assim como a nuvem, isso passa. E o céu vai ficar mais bonito, mais azul, depois da chuva da aflição.
OS PROBLEMAS:
Há problemas na família, que deixam os membros sem saber o que fazer. Por exemplo, formação dos filhos, crises da adolescência e juventude. A família que reza, sempre sabe escutar a voz do Espírito de Deus, indicando os caminhos que ele deve seguir. Jesus é o Filho de Deus, o nosso Mestre. Vamos escutar a voz dele!
O AMBIENTE:
Quando a família está reunida, conversando, cantando, rindo, brincando, a gente vive momentos felizes na nossa vida. A oração atrai a bênção de Deus para dentro de nossa casa afastando as desavenças, as brigas e os xingos. Tudo em nossa casa é paz e alegria. A gente, então, sente o mesmo que São Pedro sentiu no Tabor. E a gente exclama: Senhor, como é bom ficar aqui em casa! Comecemos então em nossa casa a rezar em família. E teremos a satisfação de sentir que toda a nossa família está mudada, transfigurada.

Dia 06

Na vida, tudo se renova; por exemplo, a flor que murcha e cai cede lugar a um novo botão; a noite que termina anuncia um novo amanhã, e vice-versa; a primavera que se vai prenuncia o verão, e o outono que se finda anuncia a chegada do inverno.

Do mesmo modo, a morte é compensada com o nascimento de um novo ser.

É necessário que você também renove seus pensamentos, despojando-se do homem velho e revestindo-se de homem novo em Cristo Jesus (cf. Cl 3,9-10)

Peça que Deus lhe conceda a graça de ser renovado pelo Espírito Santo.

“Por outro lado, precisais renovar-vos, pela transformação espiritual de vossa mente, e vestir-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade”. (Ef 4,23-24).

 


 

EVANGELHO DO DIA 10 AGOSTO 2025 - 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

  10 agosto - Quando algum de nós tiver a tentação de descer de sua grelha ou de trocá-la, lance um olhar às grelhas dos outros, mais quente...