quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Evangelho do dia 03 setembro quarta feira 2925

 


03 setembro - Precisamos ter paciência também conosco mesmos. (S 196). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,38-44

"Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. Intercederam a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: "Tu és o Filho de Deus!" Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o Cristo. De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele disse-lhes: "Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado". E ele ia proclamando pelas sinagogas da Judéia."  
Meditação:

Lucas reproduz, de maneira um pouco desencontrada, numa narrativa que já se encontrava no evangelho de Marcos onde Jesus já havia chamado seus quatro primeiros discípulos, particularmente Pedro (Simão), em cuja casa ele entra.
No evangelho de Lucas Jesus entra em casa de Pedro, sem, contudo, tê-lo chamado ainda. Também, em lugar de mencionar a Galiléia como sendo o espaço da proclamação de Jesus, Lucas a troca pela Judéia.

Lucas acentua o sofrimento da sogra de Simão Pedro e a autoridade de Jesus ao expulsar a febre; realça, assim, o caráter milagroso do evento. Jesus decide abandonar a Sinagoga. Por que razão não se diz. Mas, pelo que se pode entender, Ele quer transformar e fazer do ambiente familiar, simbolizado pela casa da sogra de Simão, no lugar de oração, de cura e libertação. De paz e justiça, de amor e partilha, de alegria e sucessos, de misericórdia e perdão. Faz do ambiente familiar o lugar de saúde e vida.

Portanto a casa, o lar, a família, é o lugar privilegiado para se construir a nossa sociedade. Assim, numa sociedade como a nossa onde o conceito de família está “vazio”, Cristo chama o casal cristão a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas, não ditadas pela carne e o sangue, mas pela vida nova que Cristo confere pelo Batismo. Isto reduz o egoísmo, e faz com que cresça a caridade, dom do Espírito e se realize a Igreja doméstica.

Jesus toma conhecimento da doença que afeta os casais e aí ele foi, parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre.

Este gesto apela primeiro pelo zelo apostólico dele e por outra chama-me como pastor de alma a visitar, entrar e abeirar-me dos leitos de muitos homens e mulheres que estão doentes e deitados sem forças para levantar a cabeça, o corpo e servir os seus como deveriam fazer.

Na casa a mulher, personificada na sogra de Simão, é valorizada na sua prática do serviço, que é a característica fundamental do Reino. Outro pormenor a considerar é que a cena narrada se passa num sábado, dia do culto na sinagoga.

Neste dia todo trabalho cessava, e só era permitido caminhar-se uma curta distância. Ao pôr-do-sol termina o dia do sábado, começando o primeiro dia da semana. É a introdução do domingo, o dia por excelência para nós cristãos.

O povo, liberado das restrições legais prefiguradas pelo sábado legal, que ao invés de salvar, condenava, de dar vida, matava, acorre a Jesus, que os cura, os liberta e salva. Esta deve ser a minha e a tua atitude, fazendo-te recordar o que refletimos ontem, nas culturas antigas, muitas doenças físicas e mentais eram atribuídas a um ser imaginário, o demônio. Jesus, porém, na sua prática, vai revelando que os males da humanidade resultam, principalmente, do poder opressor, da falta de carinho, amor, ternura, paz, justiça, reconciliação, diálogo, atenção e falta de Deus na comunidade-família que deveria ser construtora de vidas novas.

Neste trabalho é preciso que a comunidade saiba que ela está a serviço de Deus e não a busca de privilégios ou de poder (e isto serve também para os evangelizadores). Que ela tenha as portas abertas para todos.

O nosso serviço é levar todos os enfermos, quer os da família de sangue quer não: todos os que tinham amigos enfermos, com várias doenças, os levaram a Jesus. Ele pôs as suas mãos sobre cada um deles e os curou.

Como apóstolos, somos enviados e ordenados para anunciar a Palavra de modo que trazendo todos os enfermos (quer corporais quer espirituais), eles possam ser curados e entendam Deus na Pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, que acolhe, liberta, perdoa e anuncia a verdade do Reino: a Vida Eterna.

Esta missão do Filho de Deus nos compromete e interpela a sermos o homem, a mulher que, acolhendo bons e maus, sejamos a mão, a braço, a boca, o coração e a mente de Cristo, convertendo-nos em discípulos e missionários do Mestre para que o mundo conheça a Verdade e conhecendo a Verdade possa salvar-se. Peçamos hoje a Deus o ardor missionário.

Reflexão Apostólica:

Enquanto que em Marcos a ação libertadora de Jesus resulta de seu ensino, em Lucas ela é apresentada como manifestação de poder milagroso messiânico.

A nossa reflexão de hoje divide-se em 3 momentos: uma tarde, uma noite e uma manhã com Jesus.
À tarde, Jesus visitou a sogra de Simão, seu futuro discípulo, e a curou de uma febre alta. Logo após, ela se pôs a servi-lo. Essa passagem já virou até motivo de piada, quando falam que foi por isso que Pedro negou Jesus 3 vezes...
A mensagem desse momento é muito "batida" e, apesar disso, pouco seguida... Quantas vezes Jesus nos curou, nos cura, e vai nos curar, mas nós não nos colocamos a servi-lo? A sogra de Simão o serviu do jeito que ela sabia e podia... não precisou fazer nada extraordinário... E nós? De que forma poderíamos servi-lo, agradá-lo?
À noite, todos os que tinham pessoas acometidas pelos mais diversos males, as levaram para Jesus impor as mãos. Jesus curou todas. A notícia da cura da sogra de Simão se espalhou rápido pela cidade, e cada um queria aproveitar a presença de Jesus para levar alguém que estava precisando de algo. Para o povo daquele lugar seria maravilhoso ter Jesus morando ali!
Ninguém mais ficaria doente por muito tempo! Jesus era como um médico novo em uma cidadezinha de interior... ou como um popstar visitando uma cidade grande... quem já presenciou uma situação assim, sabe do que eu estou falando.
Jesus deve ter ficado até altas horas da noite atendendo as pessoas, até alguém dizer: "Gente, tá bom, vamos deixar ele dormir também, não é? Ele é Filho de Deus..."

Se tivéssemos consciência de que Jesus é o Enviado do Pai para nos dar vida plena, nós nunca duvidaríamos de que Ele possa nos curar das nossas enfermidades, nos libertar do mal e nos fazer reviver, mesmo que estejamos à beira da morte.

A sogra de Pedro é um exemplo de que a qualquer momento e em qualquer circunstância nós também poderemos servir a Deus e à Igreja de Cristo.

Ninguém poderá afirmar que já não tem condições de vida nova, se realmente, confiar no poder de Jesus que se manifesta também, hoje, entre nós.

As doenças e os males que se nos apresentam, são na maioria das vezes, lamentos da nossa alma necessitada do toque de Jesus, da sua Palavra e da Sua orientação.

Ao nascer do sol, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. Foi refletir, orar... E não é difícil saber o que Ele pensou... É muito bom a pessoa ser bem acolhida, mas se Ele ficasse lá, a Boa Nova não chegaria às outras cidades, nem teria atravessado gerações até chegar a nós.
A ação libertadora de Jesus, curando os doentes e expulsando os demônios, se faz tanto no ambiente doméstico da "casa" como em ambiente público, entre as multidões.

As pessoas de lá, não queriam deixá-lo partir, mas Ele tinha que ir. Jesus tinha um grande projeto de vida, e não deixou que as comodidades o tirassem da sua missão. Assim, devemos aprender com Ele...
Deus tem grandes planos para a nossa vida! Nos deu dons! Nos dá tudo o que pedimos, nos cura e nos livra de qualquer mal.
Quantas vezes Ele ainda vai precisar nos curar para que nos coloquemos a servi-lo? Do nosso jeito, com nossas limitações... Até quando vamos continuar escolhendo o mais cômodo, e deixando de lado o grande projeto que Deus tem para a nossa vida?

Jesus resume e essência e o espírito da vida humana num ato único com duas faces inseparáveis: amar a Deus com entrega total de si mesmo, porque o Deus verdadeiro e absoluto é um só e, entregando-se a Deus, o homem desabsolutizar a si mesmo, o próximo como a si mesmo, isto é, a relação num espírito de fraternidade e não de opressão ou de submissão.

O dinamismo da vida é o amor que tece as relações entre os homens, levando todos aos encontros, confrontos e conflitos que geram uma sociedade cada vez mais justa e mais próxima do Reino de Deus.

A Boa Nova do Reino que Jesus anunciou aqui na terra é a Boa Notícia que nós devemos transmitir a todos: “Jesus, o filho de Deus, está muito perto de nós.

Mora no nosso coração e nos quer curar de todos os males, hoje, como antes”. Jesus não se prendia a lugar nenhum, Ele não tinha predileções. 

Por isso, ao raiar do sol... coloquemo-nos no em deserto por alguns minutos, e reflitamos sobre o grande plano que Deus tem para nós, mas que está ameaçado pela comodidade da vida... QUANTO MAIOR O INVESTIMENTO, MAIOR O RETORNO...

Enfim, amanhã, começa o mês da bíblia. Um mês onde, de forma especial, somos convidados a rever nossas ações e gestos perante a Deus, aos irmãos e a nós mesmos usando como filtro a palavra de vida que vem do Evangelho.

Você já teve alguma experiência de cura ou de libertação? - Depois que você foi curado (a), você foi também servir a Jesus? Você acha que já fez muito e que precisa de descanso? Você costuma se apegar aos grupos e pessoas? Você é uma pessoa que aceita mudanças ou é uma pessoa acomodada?

Propósito:

Pai, que a presença de Jesus em minha vida seja motivo de libertação, de modo que eu possa servir com alegria o meu próximo, especialmente, os mais necessitados.

03

A culpa é um dos piores sentimentos humanos. Ela sempre bate à porta do nosso pensamento querendo atormentar a nossa vida. A culpa aponta os nossos erros. E os nossos erros castigam a nossa consciência. O medo do castigo por algo que você fez de errado está perturbando você? Se você se sente assim, é porque está arrependido dos seus pecados e da decisão de viver pelas suas próprias forças. Você está arrependido? Saiba que Deus aceita o seu arrependimento. Não porque você merece, mas porque Jesus já pagou o preço dos seus erros passados, presentes e futuros. Portanto, entregue o fardo pesado da culpa para Jesus e descanse a sua alma na certeza de que em Jesus Cristo todos os seus pecados foram perdoados.




Evangelho do dia 02 setembro terça feira 2025

 

02 setembro - A tristeza é inimiga do bem. (S 197). São José Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,31-37

"Jesus desceu para Cafarnaum, cidade da Galileia, e lá os ensinava... Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade. Na sinagoga estava um homem que tinha um espírito impuro, e ele gritou em alta voz: "Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!" Jesus o repreendeu: "Cala-te, sai dele!" O demônio então lançou o homem no chão e saiu dele, sem lhe fazer mal algum. Todos ficaram espantados e comentavam: "Que palavra é essa? Ele dá ordens aos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem". E sua fama se espalhava por toda a região."  
Meditação:

Lucas incorpora em seu evangelho esta narrativa de exorcismo, que já se encontrava no evangelho de Marcos. Contudo, enquanto que em Marcos a narrativa é introduzida após o chamado dos quatro primeiros discípulos, em Lucas ela é inserida após a fala de Jesus na sinagoga de Nazaré, inaugurando seu ministério, e antes deste chamado dos discípulos.

A narrativa é um prenúncio dos conflitos que ocorrerão ao longo ministério de Jesus que encontrará resistência e condenação da parte dos chefes religiosos das sinagogas e do Templo de Jerusalém.

A autoridade de Jesus é reconhecida pelo seu espírito amoroso, de serviço, de acolhida, de valorização de cada pessoa, de libertação e de promoção da vida.  Até o espírito imundo dava testemunho de quem era Jesus: "Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!"

Jesus estava apenas começando a sua missão no dia em ele expulsou aqueles demônios. Eram vários. Porque um deles disse: "Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir?"
Jesus estava em uma cidade da região da Galiléia, e era dia de sábado quando Ele falava ao povo, e todos estavam muito admirados com a sua maneira de ensinar, pois Jesus explicava com autoridade. Jesus ordenou que o demônio calasse a boca e saísse do homem. O demônio sacudiu o homem e o jogou no chão antes de sair dele.
Todos os presentes ficaram pasmados com medo e respeito por Jesus, pelo que Ele tinha acabado de fazer. As pessoas questionavam uns aos outros sobre o poder das palavras usadas por Jesus. E uma grande admiração sobre o poder de Jesus era notada nas atitudes das pessoas ali presentes. Depois daquele dia a notícia sobre o poder de Jesus se espalhava em toda aquela região.
Precisamos pedir a Jesus que afugente para longe de nós toda ação diabólica. Que Jesus mantenha satanás distante do nosso lar, que não exerça nenhuma influência na mente dos nossos filhos e de todos os jovens.  Precisamos também, com a ajuda de Deus, expulsar outros demônios da nossa vida Aqueles representados, por exemplo, pelas bebedeiras exageradas geralmente dos maridos que mais que uma vez por semana "enchem a cara" e ao chegar em casa, maltratam mulher e filhos. Beber moderadamente até pode ser relaxante e divertido.
Só que o problema, é o "moderadamente". É muito difícil ficar com uma cerveja apenas. Sempre se exagera um pouco, e é exatamente na dose que reside o perigo da ingestão de bebidas alcoólicas.
 O exagero na bebida, além de prejudicar o fígado, e vesícula, enfraquece o coração. Coração fraco não bombeia adequadamente o sangue para todos os órgãos do corpo, e estes com oxigenação deficiente, causam um mal-estar de cansaço, fadiga etc, que é um prenúncio de envelhecimento precoce, o que causa o péssimo desempenho na convivência conjugal, no trabalho, nos esportes, etc.
Se este é o seu problema, seria bom consultar um médico, e pedir ajuda ao seu confessor. 

Reflexão Apostólica:

Estamos diante de um texto que nos remete ao tempo de Jesus. Assim, como bom Judeu num dia de Sábado, entra no templo de Cafarnaum e começa a ensinar os seus discípulos, que por falta de conhecimento científico não só neles, mas também para todas pessoas do seu tempo, a ignorância sobre o funcionamento do corpo humano, fazia com que se atribuísse aos demônios algumas enfermidades.
Tal fenômeno acontecia, sobretudo, com os transtornos psíquicos, as enfermidades mentais, nas quais o modo de agir do enfermo gritos, falta de controle dos movimentos, ataques, era o que mais chamava a atenção.
É neste ambiente que surge o homem que Lucas nos descreve como sendo possuído por demônio e que levantando a voz grita: Ei, Jesus de Nazaré! O que você quer de nós? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!
A palavra louco era o equivalente a dizer endemoniado. Passando a ser o mesmo que dizer impuro, ou seja, possuído por um espírito impuro, o diabo.
O impuro é o que está carregado de forças perigosas e desconhecidas, como o puro é o que tem poderes positivos. Quem se aproxima do impuro, não pode aproximar-se de Deus. E por isso todos fugiam deste homem segundo a lei latente no livro do Levítico.
À medida em que o povo foi evoluindo de uma religião mágica para uma religião de responsabilidades pessoais, essas ideias foram caindo em desuso. E Jesus aboli de uma vez por todas estas leis.

Sem querer chegar ao conceito puro-impuro dos tempos antigos, muitos enfermos do tipo subnormais, loucos, homossexuais, lésbicas, drogados, adúlteros, alcoólatras etc, estão hoje marginalizados da comunidade.
Os sadios se safam deles, querem escondê-los como uma vergonha familiar, não se lhes dão oportunidades de reabilitação para que possam contribuir para a sociedade.
São os verdadeiramente os novos impuros. Qual tem sido a tua posição ante o teu parente que vive esta situação? Não te esqueça que o sinal de Jesus neste Evangelho de hoje é sinal de que a casa de Deus, a comunidade cristã, está aberta também para esses homens e mulheres diminuídos.
É sinal de Libertação: Deus valoriza e tem para eles um lugar e uma missão. Basta que tu lances a mão à obra e te convertas em verdadeiro discípulo e missionário de Jesus Cristo e a notícia de Jesus se espalhará por toda a parte, fazendo com que haja um só Pastor e um só rebanho no mundo inteiro.

 A ação demoníaca escraviza e aliena o homem, impedindo-o de pensar e de agir por sí mesmo (por exemplo: ideologias, propagandas, estruturas, sistemas etc.): outros pensam e agem através dele. O primeiro milagre de Jesus é fazer o homem voltar à consciência e à liberdade. Só assim o homem pode segui-lo.

O evangelho não diz qual o ensinamento de Jesus; contudo, mencionando-o junto com uma ação de cura, ele sugere que o ensinamento com autoridade repousa numa prática concreta de libertação: com sua ação Jesus interpreta as Escrituras de modo superior a toda a cultura dos doutores da Lei.

Precisamos lembrar que um dia Jesus falou que nós também, pelo poder do Espírito Santo, podíamos fazer isto e muito mais ainda. A Fé e a coerência da nossa vida é quem nos farão ter autoridade em tudo o que pregamos.

 Você acredita que o poder de Deus através de você remove montanhas e expulsa os males? Você assume toda a Palavra que pronuncia em nome de Deus? Como você tem transmitido o Evangelho às pessoas, falando ou vivendo? Você tem autoridade sobre os “espíritos maus”? O que falta a você para que isto aconteça?

Propósito:

Pai, faze-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de ti. Como Jesus, quero abalar o poder do mal deste mundo.

02

Você lembra de Deus quando faz planos ou toma decisões? Normalmente as pessoas lembram de Deus em momentos de perigo e sofrimento. Talvez a Bíblia faça parte da sua biblioteca, mas você nunca teve tempo para ler. Ou até leu, mas achou complicado e não entendeu nada e logo a deixou de lado. Talvez você só saiba que a Bíblia é a Palavra de Deus. Que tal você aproveitar estes momentos para abrir a Bíblia e descobrir como ela pode ajudar você? É através da Bíblia que Deus, o nosso criador, quer falar diretamente ao nosso coração e mostrar o quanto ele ama você e se importa com a sua vida. É na Bíblia que ouvimos a promessa de Deus: “Se me chamarem no dia da aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão” (Salmo 50.15). Deus quer ajudar você. Ele deu a vida de Jesus por você. Como sabemos disso? Deus nos contou através da Bíblia. Ele quer contar a você também.



Evangelho do dia 01 setembro segunda feira 2025

 

01 SETEMBRO - A maldade não entra no Céu. (S 96). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,16-30

 "Jesus foi para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou o lugar onde está escrito assim:
"O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo
em que o Senhor salvará o seu povo."
Jesus fechou o livro, entregou-o para o ajudante da sinagoga e sentou-se. Todas as pessoas ali presentes olhavam para Jesus sem desviar os olhos. Então ele começou a falar. Ele disse:
- Hoje se cumpriu o trecho das Escrituras Sagradas que vocês acabam de ouvir.
Todos começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de falar, e diziam:
- Ele não é o filho de José?
Então Jesus disse:
- Sem dúvida vocês vão repetir para mim o ditado: "Médico, cure-se a você mesmo." E também vão dizer: "Nós sabemos de tudo o que você fez em Cafarnaum; faça as mesmas coisas aqui, na sua própria cidade."
E continuou:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Eu digo a vocês que, de fato, havia muitas viúvas em Israel no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e meio, e houve uma grande fome em toda aquela terra. Porém Deus não enviou Elias a nenhuma das viúvas que viviam em Israel, mas somente a uma viúva que morava em Sarepta, perto de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi curado. Só Naamã, o sírio, foi curado.
Quando ouviram isso, todos os que estavam na sinagoga ficaram com muita raiva. Então se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo. Mas ele passou pelo meio da multidão e foi embora.

Meditação:

 A Liturgia Diária de hoje nos traz o início da vida pública de Jesus. O Evangelista Lucas diz que após Jesus ter passado 40 dias no deserto, passou por algumas cidades até chegar a Nazaré, que foi o lugar onde ele cresceu e todos o conheciam como "o filho do carpinteiro".

 Jesus de Nazaré foi um judeu da Galiléia onde passou quase toda a sua vida e desenvolveu a maior parte da sua atividade pública. Ora, os estudos recentes mostraram as particularidades da Galiléia de então nos domínios social, cultural e religioso. No entanto, a interpretação dessas particularidades é objeto de discussão entre os especialistas.

 Do ponto de vista social, a Galiléia parece ter conhecido nesse tempo um processo de urbanização, que afundou o fosso entre as classes detentoras do religioso.

 O judaísmo da Galiléia tinha traços que o distinguiam do judaísmo de Jerusalém ou da Judéia em geral. O enraizamento de Jesus na Galiléia talvez não tenha influenciado somente a formulação de sua mensagem.
Os Evangelhos atribuem a Jesus uma atividade bastante variada que parece supor o desempenho de vários papéis ou funções sócio - religiosas. Jesus proclama a vinda iminente do Reino de Deus como um profeta, ensina como um doutor ou um sábio, cura doentes e exorciza possessos como um homem que está investido do poder de Deus. Parece difícil colar uma etiqueta a Jesus.

 Os historiadores privilegiam, segundo as suas próprias tendências, ora um ora outro dos papéis que os Evangelhos lhe atribuem, às vezes com a exclusão dos restantes.

 Tal exclusão não se impõe, podendo um homem de Deus desempenhar ao mesmo tempo mais do que uma função. Tudo indica que os contemporâneos de Jesus viram nele um profeta. Há duas séries de textos evangélicos particularmente significativas a esse respeito.

 A primeira, que se lê em Mc 6,15 e em Lc 9,8, conta a reação de Herodes perante a fama de Jesus. A segunda, presente nos três Evangelhos sinópticos, relata a chamada confissão de Pedro.

 As duas séries de textos informam sobre o que a opinião pública pensava de Jesus. Para uns, Jesus era João Batista ressuscitado; para outros, Elias; para outros, enfim, um dos profetas de outrora que ressuscitou. Jesus é ainda chamado profeta pela multidão ou por um ouvinte individual em vários outros textos próprios a um ou a outro evangelho.
Ao falar na Sinagoga, Jesus assumia as palavras de Is 61, 1-2 as quais anunciavam a todas as nações a Sua missão de ungido do Senhor.

 Este trecho nos relata o ministério de Jesus aqui na terra que se constitui também na nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo temos também esta vocação.

 Pela palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo nosso testemunho, todas estas coisas acontecem àqueles a quem nós nos dirigimos.

Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, mas mesmo assim Ele não desistia dos seus. É difícil para nós também anunciarmos Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação.

 A quem você se sente chamado(a) a evangelizar? Para você o que é evangelizar? O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida? Você continua insistindo? Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo? Como você acolhe aqueles que lhe anunciam a Palavra da Verdade? Diante dos seus erros e falhas, você aceita de bom coração as correções? Os conterrâneos de Jesus não o acolheram. E você?

Reflexão Apostólica:

 Existem coisas em nosso dia-a-dia que realmente não temos nada por fazer ao não ser rezar, acompanhar, estar ao lado, aconselhar, sugerir, (…), pois cabe a uma única decisão pessoal a direção que meus pés tomarão: Direita ou esquerda? Continuo ou desisto? Entretanto existem sim fatos e principalmente ações nossas sobre alguns assuntos que só persistem por algo que chamo de DESCRÉDITO, mas alguns chamam de RESIGNAÇÃO.

 Quando adolescentes, ouvíamos os conselhos, orientações e pedidos de nossos pais quanto a como se comportar, proceder e agir. Lembro de minha avó recitando o que eu chamava de “sermão da montanha” antes de eu ou minha tia sairmos de casa para alguma festa ou show. E como eu, outros tantos, ouviam esse “sermão” durante anos. Pessoas que nos querem bem incondicionalmente, que nos criaram, que nos geraram, que nos educaram e que são de nossa extrema confiança, (…); mas quantas vezes fomos pelo que foi ouvido de uma amigo ou amiga ao invés deles? Quantos adolescentes “matam” aulas por causa daqueles que andam conosco; quantas decisões equivocadas que surgiram de “conselheiros duvidosos”?

Por que aquela irmã ou irmão de comunidade, ou aquele colega de serviço ou de faculdade é tão feliz? Por que é que eu não consigo uma promoção, passar num concurso, na OAB, no vestibular? Quantos se perguntam isso todos os dias? Muitas vezes as respostas são intrigantes. “Vou fazer o cursinho tal que é o melhor”; ou “Eu estou assim porque me faltam chances”; ou “minha vida é muito sofrida”, (…).

 Chega então a pessoa que esta ao seu lado e lhe diz: “estude em casa”, “seja mais tranquilo (a)”, “desencane dessa ideia”, “sorria mais”, “sofra menos”, “tome posse pra si”, (…). Em tréplica (risos) não quero ouvir, me recuso a escutar ou compreender, reluto, me defendo, me escondo, ignoro e por fim me RESIGNO. Sem querer, passo a acreditar que aquele conselho, de alguém tão próximo, não possa me ajudar, me curar, me libertar…

Alguém que conheço, certa vez pagou quase 1500 Reais para aprender a reconhecer que muitos dos males que lhe afligiam eram gerados por ele mesmo. Engraçado! Se paga tão caro para alguém que não conheço, entrar na minha vida e dizer o que Deus já havia me dito de graça através daquele que esta ao meu lado (irmãos, pais, mães, colegas, esposa, esposo, filhos). Não estou desmerecendo o trabalho dos profissionais, mas no descrédito que damos a quem realmente se importa conosco. Damos crédito aos outros e pouco aos nossos

 “(…) Acreditar em Deus, isto é, acolher o dom da fé, que Ele mesmo nos oferece gratuitamente, é assunto de coração, que não pode ficar pela fachada, ou limitar-se a determinados momentos. Deus ama-nos por primeiro e a tempo inteiro”. (Pe. Bantu – Canção Nova)

 Creio eu que o pior é ainda a CONFORMAÇÃO. Não querendo ou não conseguindo mudar a direção “soltamos” os famosos: “não tem jeito”, “somos assim mesmo”, “até Jesus sofreu disso”, (…), mas dificilmente conseguimos notar que o próprio Jesus e seus apóstolos exortaram contra essa atitude. Portanto, não nos conformemos

 Se Jesus nascesse nos dias de hoje, e fosse um desses garotos que brinca na sua rua, que você praticamente viu nascer, e está acompanhando o crescimento dele... e daqui a uns 20 anos ele voltasse adulto, qual seria a sua reação? "Esse garoto? Filho de seu Zé, o marceneiro? Que brincava com os meninos na rua? Só se for pra rir!!! Impossível!!! Nunca que ele teria essa capacidade! Eu vi onde ele estudou, as travessuras que aprontou, conheço os pais dele..." E Ele iria dizer: "De fato, um profeta não é bem recebido em sua terra. Então os prodígios não acontecerão aqui, mas nos lugares onde as pessoas acreditem em mim."

 A lição prática do Evangelho de hoje é para que não subestimemos a capacidade das pessoas que são próximas a nós. Muitas vezes elas realizam prodígios para os outros, mas não conseguem fazer nada "em casa" por não terem abertura...

 Aprendamos dia-a-dia a valorizar quem esta perto.

01

Crescer é um processo contínuo, que consiste em ter a coragem de romper as barreiras que impedem um maior autoconhecimento.
Não significa somente se contentar com uma vida sem sentido, sem um ideal, sem um objetivo maior.
Ninguém veio ao mundo do nada e para o nada.
Todos têm uma missão a cumprir.
Lembre-se de que, no caminho rumo ao crescimento, existem muitos obstáculos.
Mas tudo vale a pena se você optar pela verdade, pelo amor.



EVANGELHO DO DIA 31 AGOSTO 2025 - 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


31 agosto - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9 ). São Jose Marello


Evangelho (Lc 14,1.7-14)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor!

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola:

8“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.

10Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.

12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Reflexão para o 22º domingo do Tempo Comum - Lucas 14, 1.7-14 (Ano C) 31 agosto 2025

A liturgia deste vigésimo segundo domingo do tempo comum continua a nos situar no contexto do longo caminho de Jesus, acompanhado de seus discípulos e discípulas, em direção à cidade de Jerusalém, onde consumará a sua missão com a paixão, morte e ressurreição. Como temos insistido ao longo dos últimos domingos, esse caminho é um itinerário catequético e uma metáfora da vida da comunidade cristã e do discipulado, sobretudo; é uma criação de Lucas, que selecionou os mais importantes ensinamentos de Jesus e distribuiu-os nesta longa seção narrativa (cf. Lc 9 – 19). Por isso, não consiste apenas no ato de caminhar, mas no ensinamento dos valores do Reino de Deus, sendo que Jesus é o próprio Reino em pessoa, de modo que tais valores se manifestam na sua maneira de agir diante das mais diversas situações. Enquanto caminhava, Jesus se servia dos fatos do cotidiano para instruir o povo e formar seus discípulos e discípulas.

O trecho escolhido para a liturgia de hoje – Lc 14,1.7-14 – apresenta Jesus numa refeição festiva do sábado, na casa de um fariseu. A refeição, para todas as culturas antigas, possuía um valor sagrado; na cultura judaica era, acima de tudo, um momento de memória e rendimento de graças a Deus por suas obras em favor de Israel, ao longo da história. No mundo greco-romano, que Lucas conhecia tão bem, a refeição era também ocasião de ensino e aprendizado, através dos diálogos travados entre os comensais, de modo que o banquete se tornou um elemento importante para a filosofia grega, considerado, inclusive, um gênero literário próprio. Neste texto, Lucas procura sintetizar as duas perspectivas. Por sinal, é exatamente Lucas o evangelista que mais apresenta Jesus sendo convidado e aceitando convites para participar de refeições, utilizando, assim, o banquete como ocasião de ensinamento (cf. Lc 5,29-39; 7,36-50; 11,37-54; 19,5-6), além das refeições pascais de antes e depois da ressurreição (cf. Lc 22,14-23; 24,41-43). Das refeições de Jesus que Lucas descreve, três foram em casa de fariseus (cf. Lc 7,36ss; 11,37ss; 14,1ss), sendo a de hoje a última. Por sinal, sempre havia conflito quando Jesus comia na casa de um fariseu.

Eis o texto: “Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam” (v. 1). Nos dias de sábado, após o culto matinal da sinagoga, as famílias almoçavam festivamente; a comida tinha sido preparada na véspera, a sexta-feira, o “dia da preparação”, como eles chamavam, uma vez que nenhum trabalho poderia ser feito no sábado, dia de culto e repouso. Nos povoados, os judeus mais influentes costumavam oferecer verdadeiros banquetes, convidando com frequência o pregador daquele dia na sinagoga, de modo que o almoço fosse uma extensão do culto. Assim, à mesa se discutia o assunto da pregação, tirando as dúvidas suscitadas. Isso nos faz supor que, naquele sábado, Jesus pregou na sinagoga do lugar por onde passava e, após o culto, recebeu o convite para uma refeição na casa de um chefe dos fariseus, alguém importante do lugar. Como a fama de Jesus já tinha se espalhado bastante, os primeiros interessados em conferir o teor de sua mensagem eram os fariseus, como guardiães da sã doutrina na época. Ao dizer que “observavam” Jesus, o evangelista denuncia qual era a intenção deles com o convite: observar cuidadosamente seus gestos e palavras para o acusarem de blasfemo e transgressor da Lei de Deus, uma vez que a interpretação de Jesus geralmente trazia elementos novos que eles não aceitavam.

Podemos dizer que havia uma dupla malícia: os fariseus convidavam Jesus para observá-lo e depois acusá-lo, e Jesus aceitava tais convites para desmascará-los, muito mais que para desfrutar da fartura do banquete, como evidencia o próprio texto: “Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então, contou-lhes uma parábola:” (v. 7). Com base em suas observações, Jesus faz sérias advertências, tanto aos convidados, quanto ao anfitrião, especificamente sobre a humildade (vv. 8-11) e a generosidade-gratuidade (vv. 12-14). Destas advertências a pessoas específicas, os fariseus, surge um ensinamento universal, direcionado inicialmente aos discípulos de primeira hora, mas estendido aos cristãos de todos os tempos: o cultivo da humildade e da gratuidade nas relações, ou seja, um estilo de vida baseado em novos critérios, em discordância com os valores defendidos pelas tradições ultrapassadas e excludentes do judaísmo da época.

Ao advertir os convidados (vv. 8-11), Jesus recorre à tradição sapiencial e constrói uma pequena parábola, baseada em uma citação do livros dos Provérbios: “Não te vanglories na frente do rei, nem ocupes o lugar dos grandes; pois é melhor que te digam: ‘Sobe aqui!’ do que seres humilhado na frente de um nobre” (Pr 25,6-7). Ora, tendo notado que os convidados escolhiam os primeiros lugares, foi muito oportuna a chamada de atenção. A princípio, parece um convite à esperteza: como lograr de sucesso na frente dos demais ao ser promovido, passando do último para o primeiro lugar (v. 10). Era essa a mentalidade do autor sapiencial. Mas, Jesus usou o texto de Provérbios apenas como ilustração. O que, de fato, Ele quer apresentar é a dinâmica do Reino de Deus e, ao mesmo tempo, prevenir seus discípulos para não imitarem o comportamento dos fariseus. Por isso mesmo, Ele continuará essa observação em outras ocasiões: na parábola do fariseu e o publicano (cf. Lc 18,9-14) e, já em Jerusalém, no discurso contra os escribas (cf. Lc 20,45-47). Portanto, o contexto é o da formação dos discípulos. Ora, a busca pelos primeiros lugares, característica do grupo dos fariseus, não pode fazer parte do discipulado de Jesus. A atitude do cristão deve ser sempre a do serviço, e quem serve não pensa nos lugares de honra, mas nas necessidades do próximo. Certamente, esse texto reflete também a preocupação de Lucas com a tendência hierarquizante nas suas comunidades. O banquete dos fariseus é, aqui, apresentado como o anti-modelo do banquete cristão, o qual deve prefigurar o banquete do Reino. Assim, renunciar aos lugares de destaque é, mais que humildade, um gesto de amor. É dar espaço para o outro, optando por uma modelo de sociedade alternativa, renunciando a qualquer indício de concorrência e egoísmo. É uma atitude inclusiva, como será desenvolvido na sequência do texto.

A segunda advertência completa a primeira: “E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos” (vv. 12-13). Ora, tendo antes “observado como os convidados escolhiam os primeiros lugares” (v. 7a), Ele percebeu também as características destes convidados, e os critérios usados pelo dono da casa para convidá-los. Estava muito clara a lógica da retribuição naquele ambiente. Aqui, Ele retoma o discurso das bem-aventuranças: “fazei o bem e emprestai sem esperar nada em troca” (cf. Lc 6,35). Esse conselho dado ao dono da casa é completamente contrário aos costumes da época. Trata-se de algo revolucionário. O convite à generosidade e gratuidade nas relações é, aqui, apenas um dos ricos significados desse trecho. Fazer o bem sem esperar recompensa é, de fato, uma atitude necessária para a comunidade dos discípulos.

Há um forte apelo a uma revolução social, ao conceber as novas relações, e um convite para uma luta da qual nenhum cristão pode fugir: a superação de todas as formas de exclusão e marginalização. Ele observou, naquele ambiente, quatro categorias de convidados: “amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos” (v. 12), e todas com capacidade de retribuir. Para reverter essa situação, Ele propõe outros critérios, sendo o primeiro a impossibilidade de retribuição. Por isso, sugere também quatro categorias: “os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos” (v. 13). É aqui onde se encontra a máxima da novidade de Jesus neste episódio. Ora, é inegável que a religião dos judeus pregava uma atenção especial aos pobres, juntamente com os órfãos e as viúvas, sobretudo nos livros proféticos; mas a prioridade aos “aleijados, coxos e cegos” é uma exclusividade de Jesus; essa atenção é fruto do seu amor infinito pelos últimos. Inclusive, de acordo com a Lei, quem fosse portador de qualquer deficiência física, incluindo “cegos, coxos e aleijados”, não podia sequer entrar no templo (cf. Lv 21,18-20), enquanto Jesus diz que eles devem ser os convidados principais do banquete.

Para aquele fariseu e seus convidados, o que Jesus disse foi apenas uma sugestão. Para os cristãos, isso é compromisso e exigência: não há vida cristã sem luta pela inclusão e pela superação de todas as formas de discriminação e preconceitos. É interessante observar a fórmula “quatro por quatro”: tirar os privilégios de quatro grupos específicos, e incluir quatro grupos que representam todas as categorias de excluídos, inclusive da vida religiosa, uma vez que os aleijados, os coxos e os cegos nem entrar no templo podiam. Assim, o projeto do Reino, anunciado no Evangelho de Lucas, logo no cântico de Maria, prevendo a ascensão dos humildes e a queda dos poderosos (cf. Lc 1,52), vai ficando cada vez mais claro. Não podemos deixar de perceber aqui uma antecipação da Eucaristia e seu sentido mais profundo: banquete para todos, motivado por amor-doação, sem exclusão alguma.

Na conclusão, Jesus proclama uma bem-aventurança destinada a quem aceitar o seu projeto de inversão de ordem nas estruturas e nos costumes exclusivistas, conservados pela religião e a sociedade da época: “Então, tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (v. 14). É feliz quem assimila a lógica do Reino. A única recompensa para quem acolhe os mais necessitados, e excluídos em geral, é a certeza do amor de Deus em demasia. A expressão “ressurreição dos justos”, aqui, não é uma definição doutrinal, mas significa uma relação tão íntima com Deus que nem a morte consegue interromper. E, aquilo que garante essa relação é o amor e a solicitude para com os mais necessitados.

Dia 31

Na vida, tudo muda com rapidez impressionante.

Para enfrentar os imprevistos, é importante manter o autocontrole, a serenidade e o pensamento firme.

Quem está mais bem preparado consegue driblar os problemas e se adaptar com facilidade às novas circunstâncias.

Tudo pode servir para o aperfeiçoamento pessoal.

“Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!

Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva”. (1Pd 1,3).

 


terça-feira, 26 de agosto de 2025

Evangelho do dia 30 agosto sábado 2025

 


30 agosto - Cristo é um coeficiente infinito em nossos corações... E nós, pobres cifras do nada, podemos multiplicar-nos, aos poucos, até à grandeza dos valores infinitos. (L 11). São Jose Marello


Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 25,14-30

"Jesus continuou:
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão.
- Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar."
- "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!"
- Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro."
- "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros."
- Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem
não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero." " 

Meditação:

 Esta parábola está entre outras duas parábolas: a parábola das Dez Virgens (Mt 25,1-13) e a parábola do Juízo Final (Mt 25,31-46).

 As três parábolas esclarecem e orientam as pessoas para a vinda do Reino. A parábola das Dez Virgens insiste sobre a vigilância: o Reio pode chegar a qualquer momento. A parábola do Juízo Final diz que para possuir o Reino é necessário acolher os pequenos. A parábola dos Talentos orienta para o que fazer a fim de que o Reino possa crescer. Fala dos dons ou carismas que as pessoas recebem de Deus. Cada pessoa possui qualidades, sabe algo que pode ser ensinado aos outros.

 Esta parábola de Mateus, tendo provavelmente em sua origem algum dito de Jesus, parece ter sofrido acréscimos e adaptações quando veiculada entre as primeiras comunidades. Nela se encontram imagens extraídas de situações reais de ambição, opressão e exclusão. O seu caráter seletivo e condenatório é pouco condizente com a revelação de Jesus de Nazaré, manso e humilde de coração, que vem trazer vida para todos, sem exclusões.

Aqui em Mateus, vemos Jesus explicando sobre o Reino de Deus (Mateus usa a expressão Reino dos Céus – sinônima) através de exemplos comparativos – as parábolas contam histórias que tem os princípios do ensino que se quer dar – não dá pra pegar todos os detalhes das parábolas e aplicá-las em nossa vida, mas podemos retirar dela os princípios para a vida cristã; Jesus usava método pedagógico que o povo confunde com lei e regra. A parábola não é uma regra, mandamento, lei, mas forma de ensino.
Aqui vemos Jesus expondo sobre o reino, o senhor (Ele), os servos (nós), os bens do reino (dons para o serviço) e então a partir disso desenvolve-se a parábola onde podemos tirar muitas lições. 

A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos, e não na passividade e indolência.
Ninguém é só aluno, ninguém é só professor. Aprendemos uns dos outros. Uma chave para entender a parábola: Uma das coisas que mais influi na vida das pessoas é a idéia que nós fazemos de Deus.

 Entre os judeus da linha dos fariseus, alguns imaginavam que Deus fosse um juiz severo, que tratava as pessoas se acordo com o merecimento conquistado graças às observâncias da lei e das prescrições ou mandamentos. Isto causava medo e impedia às pessoas de crescer. Sobretudo, impedia que abrissem um espaço dentro de si, para acolher a nova experiência de Deus que Jesus comunicava. Para ajudar estas pessoas, Mateus narra a parábola dos talentos.

 Jesus narra a história de um homem que, antes de viajar, distribui seus bens aos servidores, dando a eles cinco, dois ou um talento, de acordo com as capacidades de cada um. Um talento corresponde a 34 quilos de ouro, que não é pouco. Afinal, cada um recebe o mesmo, porque recebe “segundo sua capacidade”. Cada um recebe sua pequena ou grande copa cheia. O patrão viaja para o exterior e fica por lá durante muito tempo.

 A história cria certo suspense. Não se sabe com que objetivo o patrão entrega seu dinheiro aos servos, nem se sabe qual será o final.

  Os dois primeiros trabalham e duplicam os talentos. Mas aquele que recebeu um talento o enterra para não o perder. Trata-se de bens do Reino que são entregues às pessoas e às comunidades de acordo com suas capacidades. Todos recebem algum bem do Reino, mas nem todos respondem da mesma maneira!

 Depois de muito tempo, o patrão volta. Os dois primeiros dizem a mesma coisa: “Senhor, me destes cinco/dois talentos; eis, lucrei outros cinco/dois”. E o patrão a mesma resposta: “Muito bem, servo bom e fiel – lhes responde o padrão – foste fiel no pouco, dar-te-ei autoridade sobre muito; entra na alegria do teu patrão!”

 Chega o terceiro servo e diz: “Senhor, sei que és um homem exigente, que ceifas onde não semeaste e colhes onde não espalhaste; por medo, enterrei o talento debaixo da terra: aqui está o que é teu!” Nesta frase aparece a idéia errada de Deus que é criticada por Jesus. O servo considera Deus como um patrão severo. Diante de um Deus assim, o ser humano tem medo e se esconde por trás da observância exata e mesquinha da lei. Pensa que, agindo assim, a severidade do legislador não o punirá.

 Na realidade, uma pessoa assim não acredita em Deus, mas acredita só em si mesma e na sua observância da lei. Fecha-se em si mesmo, se afasta de Deus e não consegue se preocupar pelos outros. Torna-se incapaz de crescer como uma pessoa livre. Esta imagem falsa de Deus isola o ser humano, mata a comunidade, acaba com a alegria e empobrece a vida.

 A resposta do Senhor é irônica. Diz: "Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e que ceifo onde não semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence”. O terceiro empregado não foi coerente com a imagem severa que tinha de Deus. Se ele imaginava que Deus era severo, teria pelo menos colocado o dinheiro no banco. Ou seja, é condenado não por Deus, mas pela idéias errada que tinha de Deus e que o deixa mais imaturo e medroso. Não lhe tinha sido possível ser coerente com aquela imagem de Deus, porque o medo o desumaniza e lhe paralisa a vida.

 O patrão ordena que se pegue o talento e seja dado ao que já tem dez, “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”. Eis a chave que esclarece tudo. Na realidade, os talentos, o “dinheiro do patrão”, os bens do Reino, são o amor, o serviço, a partilha. É tudo o que faz crescer a comunidade e revela a presença de Deus.

 Quem se fecha em si com medo de perder o pouco que tem, este perderá também aquele pouco de possui. Mas a pessoa que não pensa a si, e se doa aos outros, cresce e recebe por sua vez, de modo inesperado, tudo o que deu e muito mais. “Quem perde a vida a recebe, e obtém a vida quem tem a coragem de perdê-la”. • A moeda diferente do Reino. Não existe diferença entre aqueles que receberam mais ou menos.

 Todos têm o seu dom de acordo com sua capacidade. O que importa é que este dom seja colocado ao serviço do Reino e faça crescer os bens do Reino que são amor, fraternidade, partilha.

 A chave principal da parábola não consiste em fazer render e produzir os talentos, mas em se relacionar com Deus de modo correto.

 Os dois primeiros não pedem nada, não buscam o próprio bem-estar, não guardam para si, não se fecham em si mesmos, não fazem cálculos. Com a maior naturalidade do mundo, quase sem perceberem e sem buscar méritos, começam a trabalhar, de modo que o dom dado por Deus renda para Deus e pelo Reino.

 O terceiro tem medo, e por isso não faz nada. De acordo com as normas da antiga lei, ele age corretamente. Mantém-se dentro das exigências. Não perde nada e não ganha nada. Por isso, perde até mesmo o que tinha. O reino é risco. Quem não quer correr riscos, perde o Reino!

Reflexão Apostólica:

 Esta parábola é um ensinamento valioso para a nossa vida espiritual e humana. Ela nos fala dos empregados que receberam do patrão respectivamente, cinco, dois e um talento.
Aqueles que receberam mais talentos apresentaram no final maior rendimento, porém o que só recebeu um talento enterrou-o por medo de não conseguir fazer render o seu dote.
Nós sabemos que temos dons, e que Deus nos premiou com talentos e virtudes, porém muitas vezes, nós desprezamos os carismas que temos e deixamos de lado as aptidões que possuímos, por preguiça, por desleixo, porque não damos muita importância, ou porque não nos valorizamos, desconhecemos o nosso potencial.
No mínimo, todo homem e toda mulher recebem das mãos de Deus o dom da vida! É o talento mais simples e ao mesmo tempo o talento mais importante.
Quantas vezes nós esperamos que aconteçam na nossa vida coisas extraordinárias quando o Senhor só quer de nós que possamos viver a nossa vida com alegria e confiança Nele. O medo nos leva a destruir a nossa capacidade de viver feliz.
O querer muito, o achar tudo pouco faz nos perder o tempo precioso da nossa vida e a enterrarmos as pequenas oportunidades que temos de viver bem.
Para sermos fiéis no muito precisamos primeiro sermos fiéis no pouco. A justiça de Deus consiste em fazer valer o Seu Plano de Amor para a nossa vida.
Justo é que todos nós usemos e usufruamos de tudo quanto Deus providenciou para a nossa felicidade. Se possuirmos algum dom e não o estivermos usando que possamos agora reverter esse quadro aproveitando o tempo que nos resta depositando no Banco da vida tudo o que recebemos das mãos do Criador.
Vamos evitar a religião que apenas rotula a pessoa. Que os outros possam dizer de mim: não “ele é um católico, apostólico, romano, tudo isso”; mas “ele vive seu batismo, ele empunha a bandeira de Cristo, ele passa fazendo o bem.”
Não percamos tempo: O QUE VOCÊ TEM FEITO COM OS TALENTOS QUE RECEBEU DE DEUS?

Na nossa comunidade, procuramos conhecer e valorizar os dons de cada pessoa? A nossa comunidade é um espaço onde as pessoas podem conhecer e colocar à disposição seus dons? Às vezes, os dons de alguns geram inveja e competitividade nos outros. Como reagimos? Como entender a frase: “Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado”?

 Relendo a parábola para hoje encontramos muitas semelhanças:
Há um reino – de Jesus
Os servos – nós
Os talentos – os dons para o serviço na igreja
É necessário desenvolve-los (trabalhar no que recebemos de Deus para melhorar, aperfeiçoar)
É preciso ser achado útil na vida com Deus e isso reflete não só na aceitação do Senhor, mas também em nossa auto-estima e realização pessoal
Cada um conforme a capacidade que já tem. Você tem dons e talentos que Deus, pois além dele capacitar você espiritualmente já colocou em você na sua formação, nascimento etc tudo aquilo que é necessário para o desenvolvimento destes.
Exerça os seus dons com misericórdia, compaixão, amor, paz, alegria e muito prazer, pois esta parte da vida com Deus é aquilo que nos faz participantes da sua graça derramada sobre as pessoas.

Propósito: Aplicar os dons recebidos.

30

O termo manso não significa inatividade e absoluta resignação. A pessoa pacífica é aquela que reivindica e protesta contra o mal, mas sem violência. A posse da terra é sempre cheia de conflitos. Na guerra, o mais forte prevalece e conquista terras. A luta sem violência é dura, mas jamais será vã. A mansidão é capaz de conquistar o coração, salvar amizades e muito mais. Não há terra mais bela que o coração do outro. Não há território mais belo a conquistar que a paz restabelecida com o irmão. Manso é aquele que herda o mais sublime dos territórios: a vida plena em Deus, que é nosso chão. Mt 5,5

 

Evangelho do dia 10 dezembro quarta feira 2025

10 dezembro – De vossa parte, fazei tudo o que puderdes para vos manterdes sempre com a vontade firme de servir unicamente a Deus, e Ele vos...