25 DE JUNHO Quando se trata de defender a religião, podemos muito bem falar com força e vivacidade, sem por isso faltar com o respeito a ninguém. (S 233). São Jose Marello.
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,41-51
"Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa... Terminada a festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem... caminharam um dia inteiro. Começaram então a procurá-lo... Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém... Depois de três dias, o encontraram no templo, ...entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. Todos aqueles que o ouviam ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram... sua mãe lhe disse: "Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos... à tua procura!" Ele respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?" Eles, porém, não compreenderam esta palavra. Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas estas coisas no coração."
Meditação:
A
Palavra de Deus oferecida para esta celebração leva-nos ao Deus que tem
coração, que ama. Ele faz coisas impensáveis para derramar sobre nós o seu amor
e a sua misericórdia.
A sua
relação conosco e a sua revelação é uma história de amor. Mas, é, sobretudo em
Jesus Cristo seu Filho – no Seu Mistério Pascal – que todo o seu amor, jorra
abundante e é derramado no coração da humanidade.
Lucas,
no início de seu evangelho, com as narrativas de infância, apresenta a presença
de Jesus em Jerusalém e, no fim, após a ressurreição, apresenta a recomendação
da permanência dos discípulos em Jerusalém (Lc 24,49-52).
Sua intenção teológica é apresentar o cristianismo como um novo Israel, que se irradia a partir da velha Jerusalém. Para os demais evangelistas é a Galiléia, e não Jerusalém, o centro da retomada da missão depois da ressurreição.
Lucas
nos conta neste trecho do Evangelho, que Jesus, Maria e José, como faziam todos
os anos, foram à festa da Páscoa em Jerusalém. Jesus já completara doze
anos e subiram para comemorá-la com os Judeus.
Depois
de três dias, terminada a festa todos que para lá se dirigiram, iniciaram a
viagem de volta à casa e, junto caminhavam José e Maria.
Depois
de um dia andado, achando que Jesus vinha caminhando mais atrás, voltaram para
procurá-lo e não o acharam e, aflitos, decidiram ir até Jerusalém, novamente, e
o foram encontrar numa Sinagoga, sentado em meio aos doutores da Lei, que o
ouviam e faziam-lhe perguntas e, ficavam assombrados com sua sabedoria e
respostas.
Quando
Maria o vê, emocionada, pergunta-lhe:- “Eis que eu e teu pai estávamos aflitos procurando-o
“. Jesus respondeu-lhes:- “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devo
preocupar-me com as coisas de meu pai? Eles nada entenderam do que Ele quis
dizer-lhes e voltaram para casa.
Assim, agimos nós ainda nestes dias, depois de dois mil anos. Tem muitas coisas
que ouvimos que Jesus nos diz, através dos Evangelhos, através das pessoas,
através de acontecimentos e, ficamos cegos e surdos, sem procurarmos entender
os avisos que recebemos, através do Espírito Santo, que Jesus nos deixou para
nos ajudar nos momentos difíceis, nos momentos de tentação, nos momentos de
perigo.
Dizemos
que cremos em Jesus, cremos na sua divindade, freqüentamos à Missa,
participamos daqueles momentos felizes, por termos a magna oportunidade de
encontrarmos com Ele e, recebê-lo na santa Eucaristia, onde comemos o seu corpo
e bebemos o seu sangue, conforme sua promessa na última ceia que participou com
os apóstolos e, que são momentos inesquecíveis e vivos no coração de todos
aqueles que crêem em Deus e nas suas verdades, “ Tomai e comei todos vós, isto
é o meu corpo, que será entregue por vós! Tomai e bebei isto é meu sangue! o
sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos em
remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim! “.
Fazer memória é reviver momentos passados e acontecidos em nossa vida, avivando
nosso coração na confirmação da realidade maior que é a presença real de
Jesus na Eucaristia.
Este
ato de Jesus que deixou os apóstolos espantados, para que nós em nossos dias,
não pudéssemos duvidar, pois conhecemos também, através dos apóstolos, o que
ocorreu após a ressurreição de Jesus.
Tudo
o que Ele falou, tudo o que Ele prometeu, os discípulos confirmaram no convívio
diário que tinham com Ele, até a sua subida aos céus, também presenciada por
eles.
Importante
que nos atenhamos às palavras de Mateus, Marcos, Lucas, João, Pedro e, Paulo,
todos evangelizadores que conviveram com Ele Mateus, Pedro, João
e, outros que o seguiram mesmo sem estar juntos, como Marcos, Lucas e
Paulo. E tudo confirmaram sobre a sua vida, a sua morte e sua ressurreição e
volta ao pai.
Quando lemos e meditamos as palavras do apóstolo João, ficamos emocionados
quando vemos no final do seu Evangelho:- “Este é o
discípulo que dá testemunho de todas estas coisas e as escreveu e sabemos que
seu testemunho é verdadeiro. Há, porém muitas outras coisas que Jesus fez e que
se fossem escritas uma por uma, nem o mundo inteiro poderia conter os livros
que seriam escritos."
É um testemunho muito forte que João nos deixa, que se nos voltarmos para o
modo como ele morreu por acreditar em tudo isso, só podemos ter a nossa fé
aumentada a cada vez que o lermos.
A Fé
está muito acima da nossa sabedoria, da nossa razão, da nossa inteligência:- “A
Fé é a certeza daquilo que não vemos".
Reflexão Apostólica:
Celebrar a festa do Imaculado Coração de Maria é saborear a insondável misericórdia de Deus que quis amar com coração humano, a partir do Coração de Maria de Nazaré.
Cristo nossa Páscoa é o centro do amor de Deus e da nossa
busca, procura, aceitação e compromisso. É a partir daqui que todos nascemos e
devemos viver.
A partir desse Acontecimento a dar a vida, a fazer-se
doação. Há, pois, um chamamento à nossa identificação com a Cruz de Cristo,
isto é, quando «tiverem passado os dias festivos», os sinais da festa, do
entusiasmo e nos parecer ter perdido tudo ou se transformarem os acontecimentos
em dor, tristeza e desilusão.
Maria de Nazaré, feliz porque acreditou, aparece como
referência do autêntico discípulo que acredita e vive todos os acontecimentos,
sobretudo os mais dolorosos e difíceis. Ela vive em confiança e doação total.
Ele sabe permanecer e sabe estar de pé na firmeza do poder do amor de Cristo
morto e ressuscitado.
Todos aprendemos a amar. É, sobretudo com os pais e na
família, a melhor e mais importante universidade, que aprendemos vários
sinônimos e sinais do amor.
A Palavra de Deus convida-nos à arte de amar: «Exulto de
alegria no Senhor, a minha alma rejubila no Senhor». O salmo traduz a pessoa
enamorada que canta a beleza da bondade e misericórdia de Deus, das maravilhas
que opera. Maria, no Evangelho, aparece como a mais bela docilidade amorosa
diante do projeto de Deus.
Ao mostrar o seu Coração Imaculado é, sobretudo a vida
que Ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados, reanima a
esperança, leva à vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos
e liberta os humilhados.
O Seu Coração Imaculado é um convite de forma especial a
todos os seus filhos para que Deus «brilhe» com mais transparência em todo o
seu ser e vida.
Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a
crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha
vida ao querer do Pai.
Concedei-nos, pela intercessão e méritos do dulcíssimo e
amantíssimo Coração que agora comemoramos, o chegar a sermos semelhantes ao
Coração de Jesus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário