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domingo, 21 de abril de 2019

evangelho do dia 28 de abril - 2º domingo da páscoa 2019





28 abril  - O catecismo é o livro por excelência. Bem vulgar seria quem o quisesse taxar de vulgaridade. Este livro revela com eficácia admirável toda a utilidade da religião e faz de um garoto de dez anos um pensador profundo, que possui todos os grandes princípios da
verdadeira filosofia e está à altura de discorrer a qualquer momento sobre a essência e os atributos de Deus, falando sem confusão da Unidade e da Trindade, da geração e da procedência das Pessoas Divinas, que conhece a gênese do mundo, a queda do homem,
a vinda do Restaurador, a necessidade da graça e os meios que a difundem, o sacramento da reconciliação e a comunhão da oração. Sem dúvida alguma, nenhum filósofo poderá encarar um menino cristão na exposição exata das grandes verdades que
constituem o patrimônio da nossa religião. (L 25). São Jose Marello


João 20,19-31

"Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo: - Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois soprou sobre eles e disse: - Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.
Acontece que Tomé, um dos discípulos, que era chamado de "o Gêmeo", não estava com eles quando Jesus chegou. Então os outros discípulos disseram a Tomé: - Nós vimos o Senhor! Ele respondeu: - Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer! Uma semana depois, os discípulos de Jesus estavam outra vez reunidos ali com as portas trancadas, e Tomé estava com eles. Jesus chegou, ficou no meio deles e disse: - Que a paz esteja com vocês! Em seguida disse a Tomé: - Veja as minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare de duvidar e creia! Então Tomé exclamou: - Meu Senhor e meu Deus!
- Você creu porque me viu? - disse Jesus. - Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!
Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele.
"
Meditação

Depois da morte de Jesus, a comunidade se sente com medo, insegura e indefesa diante das represálias que surgiam contra ela pela instituição judaica.

Ela se encontra em uma situação de temor paralela à do antigo Israel no Egito, quando os israelitas eram perseguidos pelas tropas do faraó (Ex 14, 10).

Como aquele povo, os discípulos estão também na noite (já anoitecendo) quando o Senhor vai tirá-los da opressão (Ex 12,42; Dt 16,1).

A mensagem de Maria Madalena, contudo, não os libertou do temor. Não basta ter noticia do sepulcro vazio; somente a presença de Jesus pode dar-lhes segurança em meio a um mundo hostil.

Tudo muda desde o momento em que Jesus, que é o centro da comunidade, aparece em seu meio, como ponto de referencia, fonte de vida e fator de unidade.
Sua saudação lhes devolve a paz que haviam perdido. Suas mãos e suas costas, provas de sua paixão e morte, são agora os sinais de seu amor e de sua vitoria: o que está vivo diante deles é o mesmo que morreu na cruz.

Se tinham medo da morte que os judeus poderiam impor-lhes, agora vêem que ninguém pode tirar deles a vida que o ressuscitado comunica.

O efeito do encontro com Jesus é a alegria, como ele mesmo havia anunciado (16,20: vossa tristeza se converterá em alegria). Já começou a festa da páscoa, a nova criação, o novo ser humano capaz de dar a vida para dar a vida.
Com sua presença, Jesus lhes comunica seu espírito que lhes dá força para o enfrentamento com o mundo e libertar a homens e mulheres do pecado, da injustiça, do desamor e da morte.

Para isso, os envia ao mundo, a um mundo que os odeia como odiou a Jesus (15,18). A missão da comunidade não será outra senão a de perdoar os pecados para dar vida, o que é igual, colocar fim a tudo que oprime, reprime ou suprime a vida, que é o efeito que produz o pecado na sociedade.

Porém, nem todos crêem. Um deles, Tomé, o mesmo que se mostrou pronto a acompanhar a Jesus em sua morte (Jo 11,16), que agora resiste a crer no testemunho dos discípulos e não lhe basta ver a comunidade transformada pelo Espírito.

Não admite que o que eles viram seja o mesmo que ele havia conhecido. Não acredita na permanência da vida. Exige uma prova individual e extraordinária.

As frases redundantes de Tomé, com sua repetição de palavras (suas mãos, colocar o dedo, colocar minha mão), sublinham estilisticamente sua cabeça dura. Não busca a Jesus fonte de vida, mas uma relíquia do passado.

Tomé vai precisar de algumas palavras de Jesus para crer: “Coloca aqui teu dedo, olha minhas mãos; coloca tua mão e não seja incrédulo, mas fiel”.

Tomé, que não chega a tocar em Jesus, pronuncia a mais sublime confissão evangélica de fé chamando Jesus de “Meu Senhor e meu Deus!”.

Com esta dupla expressão alude ao mestre a quem chamavam de Senhor, sempre disposto a lavar os pés de seus discípulos e ao projeto de Deus, realizado agora em Jesus, de fazer chegar ao ser humano ao cume da divindade realizado agora em Jesus (Meu Deus...)

Porém, por sua atitude incrédula recebe de Jesus uma reprovação, junto com ela uma última bem-aventurança para todos os que já não poderão nem vê-lo nem tocá-lo e terão, por isso, que descobri-lo na comunidade e notar nela sua presença sempre viva.

De agora em diante a realidade de Jesus vivo não é percebida com elucubrações nem buscando experiências individuais e isoladas, mas que se manifesta na vida e conduta de uma comunidade que é expressão de amor, de vida e de alegria.

Uma comunidade, cuja utopia de vida refletida no livro dos Atos (4,32-35): comunidade de pensamentos e sentimentos comuns, de colocação em comum dos bens e de partilha igualitária dos mesmos como expressão de fé em Jesus ressuscitado, uma comunidade de amor como defende a primeira carta de João (1Jo 5,1-5).
Se a ressurreição de Jesus não tivesse efeito algum na vida dos discípulos, isto é, se a ressurreição não tivesse sentido final, a re-criação do ser humano e, portanto, a recriação de uma nova ordem, a Ressurreição de Jesus não teria passado de um assunto particular entre o Pai e seu Filho.

Como a ressurreição de Jesus é a base e fundamento de uma comunidade e o horizonte para o qual tende toda a criação, por isso tanto o evangelho de hoje como a primeira leitura de Atos, tratam de iluminar esse horizonte e quais os efeitos imediatos, reais e concretos da ressurreição.

As falhas, os tropeços e as quedas no processo de construção de uma comunidade igualitária e justa não devem ser vistos como a demonstração de que não se pode alcançar essa construção.

Esses aspectos negativos podem ser percebidos como um desafio, sobretudo havendo plena consciência de que este é o projeto de Deus e que, por este projeto, Jesus derramou seu sangue e entregou sua vida.

Porém também por esse projeto, o Pai o ressuscitou, para que quem confessa ser seu seguidor, seja também comprometido com esse seu projeto, partilhado conosco, e respaldado e acompanhado em todo momento. Este é o principal sentido da ressurreição e o que os discípulos não entendiam de maneira imediata.

Justamente o evangelho de hoje nos dá a pista para entender que a descoberta dos efeitos e alcances da ressurreição de Jesus não podem ser compreendidos rapidamente, de um momento para outro.

Mesmo que os discípulos tenham comprovado que Jesus “não está” no túmulo, mesmo que Maria Madalena lhes tenha anunciado que Jesus estava vivo e que tenha falado com ele (cf. Jo 20, 1-18), os discípulos continuam fechados. As expressões “os discípulos estavam com as portas bem fechadas” (v.19) e “oito dias depois os discípulos estavam reunidos em sua casa” (v.26), são um sinal de que existe um processo de amadurecimento na fé.
O evangelista nos diz que os discípulos “não creram” no ressuscitado; com exceção de Tomé, todos o haviam visto e todos acreditavam nele; porém uma coisa é crer e outra coisa é abrir-se às implicações da fé.

Este é o processo e a busca da comunidade de discípulos, ajudada pela proximidade de Jesus que, com toda paciência e compreensão, acompanha, anima e ajuda a comunidade a amadurecer a fé de cada discípulo.

Talvez para nós, como crentes deste tempo, seja necessário amadurecer muito ainda a fé. Talvez nossos conceitos tradicionais, aprendidos sobre Jesus e seu evangelho não nos permitam ver com clareza o horizonte dessa fé cristã que confessamos tão folcloricamente e que, portanto, não impacta a ninguém.

Valeria a pena fazer o exercício de desaprender, esvaziar completamente nosso ser, nosso coração, fazer o que Tomé fez.

Podemos ver o caso de Tomé desde a partir de um ótica mais positiva. Não precisamos julgá-lo, de imediato, como “o incrédulo”, mas como quem quer crer e colocar em prática sua fé, mas que o seu vazio interior necessita ser preenchido pela presença de seu Senhor. Este é o caminho que somos chamados hoje a percorrer.
 
Reflexão Apostólica: 

A narrativa do Evangelho de hoje nos diz que Jesus Cristo, por três vezes anunciou a paz aos Seus discípulos que, ainda temerosos, se reuniam a portas fechadas.

Jesus surgiu no meio deles e lhes desejou a Paz. Mas a paz de Jesus nos vem através do Espírito Santo. Por isso, Jesus também lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”.

O sopro do Espírito Santo de Jesus em nós nos fará levar a paz ao mundo, assim como também nos motivará a oferecer o perdão e a misericórdia de Deus aos nossos irmãos.

A paz da nossa consciência é oriunda da justiça de Deus que para nós é o Seu perdão e a Sua misericórdia. Se perdoarmos seremos perdoados e teremos paz.

Jesus nos conscientiza de que o perdão deve ser ministrado por nós mesmos. Portanto, se nós não perdoarmos aos nossos irmãos os seus pecados, diante de Deus eles serão retidos pela nossa falta de perdão. Conseqüentemente, nós também, não teremos o perdão dos nossos pecados por parte dos nossos irmãos diante do Pai.

É o Espírito Santo também quem nos leva a crer no Cristo Ressuscitado, mesmo sem precisar colocar o dedo nas marcas dos pregos de Jesus como fez Tomé.

Colocar as mãos nas chagas de Jesus para nós, muitas vezes é viver o sofrimento e experimentar a dor. “Felizes os que creram sem terem visto!” Felizes, portanto, são os que sem experimentarem a dor confiam que Jesus está vivo.

Não percamos tempo: o Espírito Santo já foi soprado e está dentro de nós. Portanto, proclamemos com convicção: "MEU SENHOR E MEU DEUS!

Você tem consciência firme de que o Espírito Santo mora em você? O que tem lhe dado paz? Você já aprendeu a dar e receber perdão das pessoas? Você encontrou Jesus no amor ou na dor? Você costuma anunciar ao mundo que Jesus Cristo está vivo na sua vida?

O evangelho retrata nitidamente nossa realidade, mostrando a falta de fé de Tomé, que mesmo tendo acompanhado a trajetória de Jesus, só acreditou depois que viu as chagas.

E nós, quantas vezes duvidamos da palavra de Deus e de suas obras? A falta de fé nos deixa cegos e evita que propaguemos sua palavra.

FELIZES OS QUE CRERAM SEM TER VISTO...
Propósito: Estar presente na minha Comunidade - Família, Equipe, Grupo, Igreja, Amigos - e descobrir, junto com eles, a presença de Jesus Ressuscitado em nosso meio, com a sua mensagem de paz
SIRVA
As pessoas mais felizes deste mundo são aquelas que mais se dão para as outras. 
Os maiores líderes são aqueles que estão mais dispostos e mais capacitados a servir aqueles a quem lideram. Os mais bem sucedidos homens/mulheres de negócios são aqueles que oferecem aos seus clientes os mais valiosos padrões de serviço. 

Para se buscar verdadeiro sucesso, busque pela melhor maneira de servir; o valor que você cria e entrega a outros lhe trará recompensas e dividendos imensuráveis. Aquilo que você obtém, depende – e muito – daquilo que você oferece. 

Não importa qual seja a sua posição social ou econômica, não importa qual seja o seu nível de habilidade; sempre haverá suficientes oportunidades a você porque não há limites de modos e maneiras pelas quais você possa servir. Busque por maneira de servir porque desta maneira não existe possibilidade alguma de você não ser bem sucedido.

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