Seguidores

domingo, 7 de abril de 2019

Evangelho do dia 10 de abril quarta feira


10 abril - Plantemos, reguemos, mas sobretudo tenhamos os olhos constantemente fixos no grande Astro divino, do qual desce o calor benéfico da fecundação sobrenatural. (L 29). São José Marello
João 8,31-42

"Então Jesus disse para os que creram nele:- Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Eles responderam: - Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como é que você diz que ficaremos livres? Jesus disse a eles: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem peca é escravo do pecado. O escravo não fica sempre com a família, mas o filho sempre faz parte da família. Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres. Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; porém estão tentando me matar porque não aceitam os meus ensinamentos. Eu falo das coisas que o meu Pai me mostrou, mas vocês fazem o que aprenderam com o pai de vocês. - O nosso pai é Abraão! - responderam eles. Então Jesus disse: - Se vocês fossem, de fato, filhos de Abraão, fariam o que ele fez. Mas eu lhes tenho dito a verdade que ouvi de Deus, e assim mesmo vocês estão tentando me matar. Abraão nunca fez uma coisa assim! Vocês estão fazendo o que o pai de vocês fez. Eles responderam: - Nós não somos filhos ilegítimos; nós temos um Pai, que é Deus! Jesus disse a eles: - Se Deus fosse, de fato, o Pai de vocês, então vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por minha própria conta, mas foi Deus que me enviou."
Meditação:

Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da sua morte e ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13).

Rezou ao Pai pelos seus discípulos: “Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17; ). Diante de Pilatos disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (Rm 9, 33).

No Evangelho de hoje continua a reflexão sobre o capítulo 8 de João. Através de círculos concêntricos, João aprofunda o mistério de Deus que envolve a pessoa de Jesus.

Parece uma repetição, porque sempre volta a falar da mesma coisa. Na realidade, é o mesmo ponto, mas cada vez num nível mais profundo.

O evangelho aborda o tema da relação de Jesus com Abraão, o Pai do povo de Deus. João procura ajudar as comunidades a entender como Jesus se insere no conjunto da história do Povo de Deus.

Ajuda-as a perceber a diferença que existe entre Jesus e os judeus, e entre os judeus e os outros: todos nós somos filhos e filhas de Abraão.

A liberdade que nasce da fidelidade à palavra de Jesus. Jesus afirma aos judeus: "Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

Ser discípulos de Jesus é o mesmo que se abrir a Deus. As palavras de Jesus são na realidade palavras de Deus. Comunicam a verdade, porque dão a conhecer as coisas como são aos olhos de Deus e não aos olhos dos fariseus. Mais tarde, durante a última Ceia, Jesus ensinará a mesma coisa aos discípulos.

O que significa ser filho e filha de Abraão? A reação dos judeus é imediata: "Somos descendência de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como pode dizer 'Vós vos tornareis livres'?" Jesus retruca fazendo a distinção entre filho e escravo e afirma: "Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres".

Jesus é o filho e vive na casa do Pai. O escravo não vive na casa do Pai. Viver fora da casa, fora de Deus quer dizer viver no pecado.

Se eles aceitassem a palavra de Jesus poderiam se tornar filhos e alcançar a liberdade. Não seriam mais escravos. E Jesus continua: "Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós".

Logo em seguida aparece bem clara a distinção: "Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai". Jesus lhes nega o direito de afirmar que são filhos de Abraão, porque as obras deles afirmam o contrário.

Eles insistem em afirmar: "Nosso Pai é Abraão!" como se quisessem apresentar a Jesus um documento da identidade deles.

Jesus retruca: "Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! Mas, agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de deus. Isso, Abraão não o fez. Vós fazeis as obras do vosso pai". Nas entrelinhas deixa entender que o pai deles é satanás (Jo 8,44). Sugere que são filhos da prostituição.

"Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou". Em outras palavras, Jesus repete a mesma verdade: "Quem pertence a Deus escuta as palavras de Deus".

A origem desta afirmação vem de Jeremias que diz: "Colocarei minha lei em sua alma, a escreverei em seu coração. Então eu serei seu Deus e eles o meu povo. Não deverão mais se instruir uns aos outros, dizendo: Reconhecei o Senhor porque todos me conhecerão, desde o menor ao maior, afirma o Senhor; porque eu vou perdoar sua iniqüidade e esquecerei completamente seu pecado" (Jr 31,33-34). Mas eles não vão se abrir a esta nova experiência de Deus, e por isso não reconhecerão Jesus como enviado do Pai.

Concluindo: Escravidão e liberdade resultam da postura que as pessoas assumem, diante de Jesus e de seu projeto. A liberdade brota da obediência ao Mestre, explicitada em forma de comunhão e solidariedade, de maneira especial, com os mais fracos e pequeninos.
Este gesto de amor é possível quando o discípulo se liberta da tirania do egoísmo, e se projeta para além de si mesmo. A escravidão acontece quando, tiranizadas pelo egoísmo, as pessoas não são capazes de superar seus pequenos interesses, abrindo-se para Deus e para o próximo.

Existem religiosidades falsamente libertadoras, que levam as pessoas a se apegarem a elementos secundários, tornando-se incapazes de acolher o projeto de Deus.

Jesus entrou em atrito com gente deste tipo. O orgulho de pertencerem à descendência de Abraão levava certas pessoas a se oporem, abertamente, a Jesus, o enviado do Pai, e à sua proposta de conversão.
  
Pensando ser filhos de Deus, acabavam por se fazer filhos de outro pai. Não pode haver contradição no agir de quem provém de Deus. Se rejeitam o Filho, é porque não estão enraizados no Pai.

A missão de Jesus consistiu em libertar a humanidade, fazendo-a conhecer a verdade. Não podemos nos contentar com uma libertação apenas aparente e enganadora. Só Jesus pode tornar-nos, efetivamente, livres.
Reflexão Apostólica: 

"Não sou dono do mundo, mas sou filho do Dono”. Esta frase, tão significativa, aparece em muitos pára-choques de caminhão ou adesivadas em muitos carros. Será apenas modismo, uma frase bonita ou os donos desses veículos percebem o seu real sentido que significa:  segurança, dignidade e liberdade?

É disso que Jesus falava. A mensagem de Jesus produz a liberdade que vem somente de Deus, não de uma linhagem ou de uma condição social.

Para Jesus, considerar-se filho é uma questão de conduta, não de nascimento. Quem, por seus atos, torna-se homicida e traiçoeiro, não tem Deus como Pai.

A verdade e a liberdade são dois valores muito profundos no evangelho de João. A verdade é a garantia da liberdade. A verdade não é um conjunto de afirmações teóricas ou de representações mentais que concordam com a realidade material ou objetiva.

Entendo que a verdade, no evangelho, seja a maneira correta de proceder, transparência de vida, na qual não cabe engano nem moral dupla, coerência entre o que uma pessoa pensa, sente, diz e faz. É o que sempre procuramos testemunhar, como cristão: Coerência ente fé e vida. Jesus não só diz verdades, mas que Ele é a verdade, porque é transparência do próprio Deus.

Ser livre não é fazer o próprio capricho sem nenhum tipo de limites. Ser livre é tomar distância de tudo o que possa aprisionar, atrapalhar, escravizar. A liberdade também implica viver com autenticidade, sem enganos e sem conveniências.

O ambiente sócio-cultural em que nos movemos está viciado pelo engano, mentira, manipulação e corrupção. É um ambiente que envolve a todos, de tal maneira que todos se sintam de alguma forma numa armadilha, sem liberdade para denunciar as novas formas de escravidão.

Nosso empenho deverá se orientar para a busca da verdade, para encontrar a autêntica liberdade dos filhos de Deus?

O Evangelho de hoje dentre tantas coisas que nos traça está o caminho da santidade que passa pelo seguimento a Cristo. Fazer-se seus discípulos, isto é, o caminho da santidade é na realidade um caminho na verdade e na liberdade. Propor a santidade de vida nada mais é do que propor o caminho da verdade e da liberdade.

À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.

O aspecto mais importante é que aquele que deseja a santidade abre-se a Deus que é o bem supremo e a fonte da verdade.

A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender mais profundamente as verdades de Deus.

Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber, aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida quotidiana, que mais não é que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.

Propósito: Deixar iluminar e marcar os passos e decisões pela verdade que é Jesus. _,_.___
ERROU?
A melhor coisa para se fazer diante de um erro é admiti-lo e aprender com ele. A pior coisa a fazer é defende-lo e perpetua-lo. 
Ter convicção e ter uma posição firme é algo admirável, até que se torne claro que a posição assumida é uma posição errada. Aqueles que admitem que erraram são também os mesmos que tem capacidade de seguir em frente a despeito do erro. Porém, aqueles que obstinadamente insistem em estar certos em face das claras evidências do contrário, simplesmente se afundam e permanecem encalhados no seu próprio orgulho. 

Erros são grandes mestres. Erros são inevitáveis. Quando você tenta alcançar algo sadiamente ambicioso, com toda certeza, você irá cometer erros. Porém, esses mesmos erros podem lhe impulsionar a um futuro promissor se você tiver coragem e humildade para admiti-los e fazer com que eles trabalhem em seu favor. 

Todas as vezes que você estiver fazendo progressos você também estará propenso a erros. Admita-os, aprenda com eles, faça uma correção de curso e você poderá então se movimentar ainda mais rápido em direção a seu alvo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário