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domingo, 30 de agosto de 2015

Evangelho do dia 31 de agosto segunda feira

SÃO RAIMUNDO NONATO
31 DE AGOSTO - Se Gregório VII, filho de um pobre fabricante de barris, conseguiu revolucionar o mundo e fundar uma civilização nova sobre as ruínas do barbarismo, foi porque sentia o poder da "combinação" diária com o seu Deus, razão pela qual se tornava, de simples que era, homem de uma têmpera divina. (L 9 ). SÃO JOSE MARELLO
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 4,16-30
 "Jesus foi para a cidade de Nazaré, onde havia crescido. No sábado, conforme o seu costume, foi até a sinagoga. Ali ele se levantou para ler as Escrituras Sagradas, e lhe deram o livro do profeta Isaías. Ele abriu o livro e encontrou o lugar onde está escrito assim:
"O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo
em que o Senhor salvará o seu povo."
Jesus fechou o livro, entregou-o para o ajudante da sinagoga e sentou-se. Todas as pessoas ali presentes olhavam para Jesus sem desviar os olhos. Então ele começou a falar. Ele disse:
- Hoje se cumpriu o trecho das Escrituras Sagradas que vocês acabam de ouvir.
Todos começaram a elogiar Jesus, admirados com a sua maneira agradável e simpática de falar, e diziam:
- Ele não é o filho de José?
Então Jesus disse:
- Sem dúvida vocês vão repetir para mim o ditado: "Médico, cure-se a você mesmo." E também vão dizer: "Nós sabemos de tudo o que você fez em Cafarnaum; faça as mesmas coisas aqui, na sua própria cidade."
E continuou:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. Eu digo a vocês que, de fato, havia muitas viúvas em Israel no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e meio, e houve uma grande fome em toda aquela terra. Porém Deus não enviou Elias a nenhuma das viúvas que viviam em Israel, mas somente a uma viúva que morava em Sarepta, perto de Sidom. Havia também muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi curado. Só Naamã, o sírio, foi curado.
Quando ouviram isso, todos os que estavam na sinagoga ficaram com muita raiva. Então se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo. Mas ele passou pelo meio da multidão e foi embora.
 Meditação: 
 A Liturgia Diária de hoje nos traz o início da vida pública de Jesus. O Evangelista Lucas diz que após Jesus ter passado 40 dias no deserto, passou por algumas cidades até chegar a Nazaré, que foi o lugar onde ele cresceu e todos o conheciam como "o filho do carpinteiro".
 Jesus de Nazaré foi um judeu da Galiléia onde passou quase toda a sua vida e desenvolveu a maior parte da sua atividade pública. Ora, os estudos recentes mostraram as particularidades da Galiléia de então nos domínios social, cultural e religioso. No entanto, a interpretação dessas particularidades é objeto de discussão entre os especialistas.
 Do ponto de vista social, a Galiléia parece ter conhecido nesse tempo um processo de urbanização, que afundou o fosso entre as classes detentoras do religioso.
 O judaísmo da Galiléia tinha traços que o distinguiam do judaísmo de Jerusalém ou da Judéia em geral. O enraizamento de Jesus na Galiléia talvez não tenha influenciado somente a formulação de sua mensagem.

Os Evangelhos atribuem a Jesus uma atividade bastante variada que parece supor o desempenho de vários papéis ou funções sócio-religiosas. Jesus proclama a vinda iminente do Reino de Deus como um profeta, ensina como um doutor ou um sábio, cura doentes e exorciza possessos como um homem que está investido do poder de Deus. Parece difícil colar uma etiqueta a Jesus.
 Os historiadores privilegiam, segundo as suas próprias tendências, ora um ora outro dos papéis que os Evangelhos lhe atribuem, às vezes com a exclusão dos restantes.
 Tal exclusão não se impõe, podendo um homem de Deus desempenhar ao mesmo tempo mais do que uma função. Tudo indica que os contemporâneos de Jesus viram nele um profeta. Há duas séries de textos evangélicos particularmente significativas a esse respeito.
 A primeira, que se lê em Mc 6,15 e em Lc 9,8, conta a reação de Herodes perante a fama de Jesus. A segunda, presente nos três Evangelhos sinópticos, relata a chamada confissão de Pedro.
 As duas séries de textos informam sobre o que a opinião pública pensava de Jesus. Para uns, Jesus era João Batista ressuscitado; para outros, Elias; para outros, enfim, um dos profetas de outrora que ressuscitou. Jesus é ainda chamado profeta pela multidão ou por um ouvinte individual em vários outros textos próprios a um ou a outro evangelho.

Ao falar na Sinagoga, Jesus assumia as palavras de Is 61, 1-2 as quais anunciavam a todas as nações a Sua missão de ungido do Senhor.
 Este trecho nos relata o ministério de Jesus aqui na terra que se constitui também na nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo temos também esta vocação.
 Pela palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo nosso testemunho, todas estas coisas acontecem àqueles a quem nós nos dirigimos.

Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, mas mesmo assim Ele não desistia dos seus. É difícil para nós também anunciarmos Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação.
 A quem você se sente chamado(a) a evangelizar? Para você o que é evangelizar? O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida? Você continua insistindo? Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo? Como você acolhe aqueles que lhe anunciam a Palavra da Verdade? Diante dos seus erros e falhas, você aceita de bom coração as correções? Os conterrâneos de Jesus não o acolheram. E você?
 Reflexão Apostólica:
 Existem coisas em nosso dia-a-dia que realmente não temos nada por fazer ao não ser rezar, acompanhar, estar ao lado, aconselhar, sugerir, (…), pois cabe a uma única decisão pessoal a direção que meus pés tomarão: Direita ou esquerda? Continuo ou desisto? Entretanto existem sim fatos e principalmente ações nossas sobre alguns assuntos que só persistem por algo que chamo de DESCRÉDITO, mas alguns chamam de RESIGNAÇÃO.
 Quando adolescentes, ouvíamos os conselhos, orientações e pedidos de nossos pais quanto a como se comportar, proceder e agir. Lembro de minha avó recitando o que eu chamava de “sermão da montanha” antes de eu ou minha tia sairmos de casa para alguma festa ou show. E como eu, outros tantos, ouviam esse “sermão” durante anos. Pessoas que nos querem bem incondicionalmente, que nos criaram, que nos geraram, que nos educaram e que são de nossa extrema confiança, (…); mas quantas vezes fomos pelo que foi ouvido de uma amigo ou amiga ao invés deles? Quantos adolescentes “matam” aulas por causa daqueles que andam conosco; quantas decisões equivocadas que surgiram de “conselheiros duvidosos”?

Por que aquela irmã ou irmão de comunidade, ou aquele colega de serviço ou de faculdade é tão feliz? Por que é que eu não consigo uma promoção, passar num concurso, na OAB, no vestibular? Quantos se perguntam isso todos os dias? Muitas vezes as respostas são intrigantes. “Vou fazer o cursinho tal que é o melhor”; ou “Eu estou assim porque me faltam chances”; ou “minha vida é muito sofrida”, (…).
 Chega então a pessoa que esta ao seu lado e lhe diz: “estude em casa”, “seja mais tranqüilo (a)”, “desencane dessa idéia”, “sorria mais”, “sofra menos”, “tome posse pra si”, (…). Em tréplica (risos) não quero ouvir, me recuso a escutar ou compreender, reluto, me defendo, me escondo, ignoro e por fim meRESIGNO. Sem querer, passo a acreditar que aquele conselho, de alguém tão próximo, não possa me ajudar, me curar, me libertar…
Alguém que conheço, certa vez pagou quase 1500 Reais para aprender a reconhecer que muitos dos males que lhe afligiam eram gerados por ele mesmo. Engraçado! Se paga tão caro para alguém que não conheço, entrar na minha vida e dizer o que Deus já havia me dito de graça através daquele que esta ao meu lado (irmãos, pais, mães, colegas, esposa, esposo, filhos). Não estou desmerecendo o trabalho dos profissionais, mas no descrédito que damos a quem realmente se importa conosco. Damos crédito aos outros e pouco aos nossos
 “(…) Acreditar em Deus, isto é, acolher o dom da fé, que Ele mesmo nos oferece gratuitamente, é assunto de coração, que não pode ficar pela fachada,ou limitar-se a determinados momentos. Deus ama-nos por primeiro e a tempo inteiro”. (Pe. Bantu – Canção Nova)
 Creio eu que o pior é ainda a CONFORMAÇÃO. Não querendo ou não conseguindo mudar a direção “soltamos” os famosos: “não tem jeito”, “somos assim mesmo”, “até Jesus sofreu disso”, (…), mas dificilmente conseguimos notar que o próprio Jesus e seus apóstolos exortaram contra essa atitude. Portanto, não nos conformemos
 Se Jesus nascesse nos dias de hoje, e fosse um desses garotos que brinca na sua rua, que você praticamente viu nascer, e está acompanhando o crescimento dele... e daqui a uns 20 anos ele voltasse adulto, qual seria a sua reação? "Esse garoto? Filho de seu Zé, o marceneiro? Que brincava com os meninos na rua? Só se for pra rir!!! Impossível!!! Nunca que ele teria essa capacidade! Eu vi onde ele estudou, as travessuras que aprontou, conheço os pais dele..." E Ele iria dizer: "De fato, um profeta não é bem recebido em sua terra. Então os prodígios não acontecerão aqui, mas nos lugares onde as pessoas acreditem em mim."
 A lição prática do Evangelho de hoje é para que não subestimemos a capacidade das pessoas que são próximas a nós. Muitas vezes elas realizam prodígios para os outros, mas não conseguem fazer nada "em casa" por não terem abertura...

 Aprendamos dia-a-dia a valorizar quem esta perto.

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