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quinta-feira, 8 de julho de 2021

Evangelho do dia 11 de julho 2021 - 14º Semana do tempo comum

 

14ª SEMANA DO TEMPO COMUM

 

São Bento, Abade

 

11 JULHO  Lê a vida dos santos. Experimenta e depois me saberás dizer algo. Temos necessidade de nos elevar um pouco à altura dos grandes modelos, de erguer o tom do nosso diapasão moral, de nos arrancar, de vez, das nossas promessas e renovação de promessas. (L 23). SÃO JOSE MARELLO

 



11 JULHO –  Lê a vida dos santos. Experimenta e depois me saberás dizer algo. Temos necessidade de nos elevar um pouco à altura dos grandes modelos, de erguer o tom do nosso diapasão moral, de nos arrancar, de vez, das nossas promessas e renovação de promessas. (L 23). SÃO JOSE MARELLO

 

Marcos 6,7-13

 

"Jesus ensinava nos povoados que havia perto dali. Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois, dando-lhes autoridade para expulsar espíritos maus. Deu ordem para não levarem nada na viagem, somente uma bengala para se apoiar. Não deviam levar comida, nem sacola, nem dinheiro. Deviam calçar sandálias e não levar nem uma túnica a mais. Disse ainda:
- Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem hospedados na casa em que forem recebidos até saírem daquela cidade. Mas, se em algum lugar as pessoas não quiserem recebê-los, nem ouvi-los, vão embora. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Então os discípulos foram e anunciaram que todos deviam se arrepender dos seus pecados. Eles expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, pondo azeite na cabeça deles.
"

 Meditação

 

A proclamação à conversão é ousada e contundente, como testemunhou o profeta Amós, denunciando uma religião a serviço do poder, tendo seu santuário como dependência do palácio real (Am 7,12-15). No mesmo estilo foi erigido o Templo de Jerusalém, como anexo do palácio de Salomão, no qual eram acumuladas imensas riquezas. Jesus, no seu tempo, o denunciará como sendo covil de ladrões.

Na carta aos Efésios (Ef 1,3-14), que na tradição cristã havia sido atribuída a Paulo, é destacada a redenção operada por Cristo, na perspectiva sacrifical característica das comunidades primitivas vinculadas a Jerusalém. Porém, na perspectiva da simplicidade da encarnação, já se tem a revelação do imenso amor de Deus, Pai e Mãe. Pela vida de Jesus de Nazaré, Filho de Deus e filho de Maria, em seus anos de convívio amoroso com seus discípulos e as multidões, Deus revelou a sua escolha a todos os homens e mulheres para participarem de sua Vida divina e eterna, na prática do amor, seguindo o caminho de Jesus.

A narrativa do envio dos Doze encontra-se nos três evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), com algumas variantes peculiares a cada evangelista. Marcos já registrara que Jesus constituíra os Doze para que ficassem com ele, para enviá-los a pregar (Mc 3,14). Depois de um tempo de convívio, conhecimento e experiência comum de vida, Jesus, agora, os envia integrando-os em sua própria missão. Marcos destaca que os discípulos foram enviados dois a dois. O chamado dos discípulos, no início do ministério de Jesus, também fora de dois em dois. Na missão prevalece a dimensão da parceria, do diálogo e da solidariedade, na corresponsabilidade, sem disputas de liderança.

Marcos não mostra um maior interesse quanto ao desenvolvimento e sucesso da missão a que os Doze foram enviados, dedicando a isto apenas alguns versículos (6,12s.30). Ele consagra seu texto às instruções de Jesus. O seu interesse maior é destacar a metodologia a ser assumida, que serve de paradigma para as comunidades em continuidade à missão de Jesus e de seus discípulos.

 

Como vimos, no Evangelho de hoje, temos um claro chamado de Jesus às Missões: Ele chamou os doze discípulos e os enviou dois a dois. Enviou para quê? Para curar, para anunciar a boa nova, para que se arrependessem de seus pecados. É esta a Missão de todo Cristão, espalhar ao mundo o Amor de Cristo por nós, é dizer a todos que seus pecados têm perdão, bastam se arrepender.

 

Jesus deu AUTORIDADE para que eles saíssem e "expulsassem os espíritos maus" e Ele nos dá autoridade para expulsá-los também, e entendamos como maus espíritos todos os sentimentos de tristeza, ódio, mágoa, pecado, ou seja, tudo aquilo que nos leva a morte espiritual. Para tanto, faz-se necessário que sejamos despojados, que não tenhamos apego à matéria, status, conforto, ao contrário, sejamos livres no Amor, para que a mensagem seja passada inteiramente.

 

A missão não nos leva ao desapego, mas antes exige isto de nós, pois se não for desta forma não vamos conseguir levar a Cristo verdadeiramente.

 

Precisamos ter consciência que esta vida que temos nada mais é que uma passagem para a vida eterna, e depois que morremos nada levamos a não ser nossas ações, sejam elas de amor ou não. Isso não significa que não devemos ter nada, nenhum sucesso, de forma alguma, mas quer dizer que essas coisas não podem ser maiores que a própria Missão ou Vocação, não podem pesar mais que a minha obrigação, enquanto Cristão, de anunciar ao Reino dos Céus.

 

Quando Jesus diz que não levem comida, ou dinheiro, Ele mostra claramente que acredita na providência de Deus e que sabe que existem pessoas que vão acolher aqueles missionários.

  

O despojamento proposto é essencial à missão. A pobreza deve ser assumida, não como ostentação de virtude, mas como abandono real nas mãos de Deus, confiantes na bondade e na hospitalidade daqueles que encontrarem pelo caminho.

 

O que for necessário para a caminhada deve ser levado pelos discípulos, por exemplo, as sandálias e o cajado (em Mateus eles estão proibidos, e Lucas os omite).

  

A casa é a base da missão. Aquelas em que os discípulos forem recebidos podem ser novos centros de missão, formando uma rede missionária.

 

Portanto, é preciso confiança para acreditar que Deus recompensará nosso Serviço e que precisamos, sim, ir além, sair e evangelizar na Igreja, em casa, mas principalmente pelo mundo para abrir o coração dos que ainda não conhecem a Jesus.

Peçamos essa graça de sermos missionários, desapegados, humildes e confiantes na Providência Divina. 

 

Reflexão Apostólica

Achei muito interessante e pertinente começar essa reflexão partindo desta mensagem: “(…) Jesus não envia os apóstolos para pregar uma nova doutrina, mas para anunciar uma nova realidade e testemunhar uma nova prática: a manifestação do amor que liberta e restaura a vida”.

A cultura judaica é repleta de símbolos e costumes que por si só poderiam nos trazer a imagem ruim. “(…) se os receberem entre se não protestem contra eles”. Se simplificássemos a mensagem no plano literal PODERIAMOS ter um entendimento agressivo, prova disso que uma vez fui indagado por um amigo que sempre teve a impressão de um Jesus arrogante e soberbo. Quem vive dentro da igreja pode até se espantar com essa declaração, mas para aqueles que vivem sem pastor lá fora, não. Onde Ele nos envia, pode haver pessoas com outras opiniões.

Um breve parêntese…

Na realidade o costume Judaico de bater as sandálias simbolizava para que não se trouxessem nenhuma impureza. Se trouxéssemos esse costume a um exemplo mais próximo, seria para uma pessoa que trabalha na recuperação de viciados (drogas, alcoolismo, jogo) um alerta para que não passasse em casa a também fumar; ou aquele que convive com pessoas diariamente adquirisse costumes que não possuía como piadas infames, palavrões, destrato, fofocas…

Jesus bem conhecia a sabedoria do costume judaico e também o quanto outros costumes são facilmente assimilados. Não é difícil de ver católicos lendo horóscopo, fazendo três pedidos na fitinha amarada no braço; não passando por debaixo de escadas, pulando sete ondas, escolhendo cor de roupa para virar de ano (risos). De onde adquirimos esses costumes? Nem bem sabemos! Vá para o Nordeste ou pro Sul e lá passe um ano e ganhe de brinde o sotaque típico da região. Hábitos são como esses sotaques.

Voltando… Jesus roga a Deus por nós que estamos no mundo, mas hoje, aos maduros na fé, os envia aos que também estão, no entanto o desconhecem

Esse envio é para os maduros na fé, pois depararemos com pessoas que por muitas vezes tem uma vida repleta de

maldades, vícios, ceticismo, crenças, superstições, (…) que antes de terem qualquer contato com a Boa Nova já passaram por terreiros, “benzeções”, simpatias… Que já “apelaram” para todos os “santos”, mas que mesmo assim não temos que nos afastar delas, pois creio que o próprio pastor as trouxe. Mas é certo, não podemos carregar para casa a areia que veio junto.

Quem trabalha com gente que precisa de ajuda para não sucumbir, deve se resguardar em oração. Quem trabalha em hospital nos dá o exemplo. Eles têm por hábito de segurança descartar as roupas em água e sabão, tomar banho e só assim poder brincar com os filhos evitando assim doenças oportunistas.

Quem dedica um pouco do seu tempo para levar Deus às pessoas não precisa fugir delas, mas deve procurar uma vida o mais irrepreensível que for possível para de fato poder ajudá-las e não sucumbir também. Nem todos que procuram por ajuda conhecem a Deus e para levar a manifestação do amor que liberta e restaura a vida é preciso ser a todo instante renovado.

Quais são as areias que precisam deixar nossas sandálias?


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