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domingo, 11 de outubro de 2020

Evaangelho do dia 14 de outubro quarta feira 2020

 14 outubro - Sabemos por fé que tudo é providencial nesta terra, e essa fé é a vitória que vence o mundo. (L 64). São Jose Marello


Evangelho
Lc 11,42-46

 Naquele tempo, o Senhor disse: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Isto é que deveríeis praticar, sem negligenciar aquilo. Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro assento nas sinagogas e de serdes cumprimentados nas praças. Ai de vós, porque sois como túmulos que não se vêem, sobre os quais as pessoas andam sem saber». Um doutor da Lei tomou a palavra e disse: «Mestre, falando assim, insultas também a nós!». Jesus respondeu: «Ai de vós igualmente, doutores da Lei, porque carregais as pessoas com fardos insuportáveis, e vós mesmos, nem com um só dedo, não tocais nesses fardos!».

Comentário

O trecho do evangelho de hoje é bastante duro. Podemos perceber Jesus carregando no tom de sua voz para alertar os fariseus e os mestres da Lei sobre seus equívocos na vida de serviço a Deus.

Vez por outra, precisamos ser chacoalhados para prestarmos mais atenção à nossa coerência, ou melhor, à nossa incoerência.

Faz-nos muito bem pensar o quanto cada um dos “ais” proferidos por Jesus serve para nós.

Precisamos buscar sempre o equilíbrio entre nosso crescimento espiritual e nossa prática fraterna. Orar com a palavra todos os dias, ser um praticante da lectio divina, mas ser injusto com os outros, mostra que algo não está funcionando bem. Jesus é muito claro ao dizer: “são exatamente estas coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as outras”.  A nossa fé precisa ser praticada. Não dá para ter fé em Jesus Cristo e não se comprometer. Dizer que temos fé, mas não a traduzirmos em práticas coerentes com os valores do evangelho, é agir exatamente como os fariseus e mestres da lei, aos quais Jesus dirigiu essas palavras.

Jesus foi saudado por ser um Mestre que ensinava com autoridade. Sua autoridade não era imposta, antes, porém, nascia da coerência de sua vida, de seu modo de ser. Jesus pregava aquilo que vivia e vivia de acordo com o que pregava.

Quando Jesus nos ensina chamar a Deus de Pai, Ele não quer somente tornar nossa relação com Deus mais próxima, mas que assumamos todas as consequências de sermos filhos de um mesmo Pai.

Esta é a coerência que precisamos buscar e que o trecho do evangelho de hoje nos ensina.

No final do texto, Jesus se dirige aos mestres da Lei, alertando-os para o fato de colocarem fardos muito pesados sobre os outros, mas não moverem um único dedo para ajudar a carregá-los.

Quanta diferença! Jesus se coloca no meio, assume para si as dores dos outros, coloca-se a caminho para encontrar os mais humildes e os sofredores. Busca todos os que estão cansados para lhes oferecer o descanso: “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar pesadas cargas, e eu lhes darei descanso” (Mt 11,28).

Hoje, somos chamados a refletir sobre nossa coerência de vida cristã. Pode ser duro. Difícil admitir nossos tropeços, nossas dificuldades e nossas sombras, mas é necessário para nosso crescimento. Façamos este exame com a confiança de que aquele que nos ouve não aumentará nosso fardo, pelo contrário, nele encontraremos a paz que tanto buscamos.

Senhor, receba em suas mãos todos os nossos fracassos. Receba em seu coração santo nosso humilde desejo de segui-lo e nos conduza à vida plena. Amém!

 

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