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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Evangelho do dia 17 de outubro quarta feira


17 outubro - Sejamos gratos ao Deus bendito que, pela sua misericórdia, sempre nos oferece novos meios de salvação. (L 64). São Jose Marello 
Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 11,42-46
 "- Ai de vocês, fariseus! Pois dão para Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da arruda e de todas as verduras, mas não são justos com os outros e não amam a Deus. E são exatamente essas coisas que vocês devem fazer sem deixar de lado as outras.
- Ai de vocês, fariseus! Pois gostam demais dos lugares de honra nas sinagogas e gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças.
- Ai de vocês! Pois são como sepulturas que não se vêem, sepulturas que as pessoas pisam sem perceber.
Então um mestre da Lei disse a Jesus:
- Mestre, falando assim, o senhor está nos ofendendo também.
Jesus respondeu:
- Ai de vocês também, mestres da Lei! Porque põem fardos tão pesados nas costas dos outros, que eles quase não podem agüentar. Mas vocês mesmos não ajudam, nem ao menos com um dedo, essas pessoas a carregar esses fardos.
Meditação:
 Não é que Jesus rejeita as leis. Na verdade, ele e seus discípulos se mantêm dentro da estrutura legal do judaísmo e, por conseguinte, não descuidam dos seus ritos. O que Jesus denuncia é a hipocrisia de um cumprimento externo, rigorista, que não nasce da autêntica relação de justiça nem de amor a Deus e aos irmãos.

Os fariseus pretendem se mostrar como perfeitos cumpridores das prescrições legais e por isso procuram os primeiros lugares e aplausos dos outros. A religião deles não é sincera porque sua motivação interior é a busca de sis mesmos; é a auto-suficiência daquele que se julga perfeito e superior aos outros.

O fariseu se esqueceu de que não se trata simplesmente de um cumprimento de leis o que nos identifica com a santidade de Deus, mas sim que a verdadeira relação e aliança divina consistem em receber esse dom de Deus para traduzi-lo na autenticidade da justiça, da solidariedade e do reconhecimento de igualdade com os outros.

A imagem do deus legalista, rigorista, desumano, vigilante, recompensador, que os mestres da Lei tinham criado com sua conduta e ensinamentos, está distante do Deus do Reino, do Deus revelado, do Deus da Aliança, que é amor, perdão, misericórdia e ternura infinita para com os homens e as mulheres.
As críticas do Senhor contra os fariseus e doutores da Lei não se devem a que rechace as leis. Ele e seus discípulos não descuidam da observância racional da Lei. Rechaçam sim a hipocrisia de um cumprimento rigorista somente externo e levado até o absurdo, sem uma autêntica relação com o amor a Deus, traduzido em justiça, compaixão, solidariedade e amor ao próximo.
Os adversários de Jesus buscam mostrar-se como perfeitos cumpridores da Lei e modelos de observância. E assim buscam os primeiros postos e os aplausos dos demais. Mas na realidade se buscam a si mesmos; move-os a auto-suficiência dos que se crêem perfeitos e superiores aos demais, e por dentro está cheio de podridão.
Fariseus e mestres da Lei se esqueceram de que não é o cumprimento frio das leis que identifica a santidade diante de Deus, mas a verdadeira relação e a aliança íntima com ele, pela disposição com que se recebem seus preceitos para traduzi-los numa busca verdadeira da justiça, da solidariedade, do reconhecimento igualitário e o amor aos demais.
A imagem do Deus legalista, rigorista, inumano, vigilante e “recompensador” que os mestres da Lei criaram com sua conduta e ensinamentos, está longe do Deus do Reino, do Deus revelado, do Deus da Aliança, que é amor, perdão, misericórdia, ternura infinita para com todos os seres humanos.
Também para nós poderá ter chegado – pela família, educação, ou até pela catequese... – uma imagem de Deus feita de medo mais do que de amor. Se tiver sido assim, aprendamos a reconhecer e praticar a verdadeira aliança com Deus-Amor?
Reflexão Apostólica:
Na mesma linha de reflexão do evangelho de ontem, Jesus chama a atenção para o que é verdadeiramente importante em seu Reino: a prática da justiça e do amor de Deus.
Os fariseus empregavam toda a energia de sua religiosidade em minúcias e aparências, enquanto não davam nenhuma importância ao amor aos irmãos.
Era essa falta de fraternidade que Jesus também lhes verberava quando censurava sua preocupação em ocupar os melhores lugares nas sinagogas e receberem a saudação dos transeuntes. No fundo presumiam-se superiores aos outros e melhores do que ninguém.
Era esse mesmo sentimento de orgulho que os cegava ao não perceberem que exigiam dos outros o cumprimento de tudo quanto mandava a Lei com suas inúmeras prescrições, como a da purificação das mãos, como meditamos ontem, enquanto eles próprios se eximiam de fazê-lo.
Isto levou Jesus a acusá-los: “Observai e fazei tudo o que eles dizem (os escribas e fariseus), mas não façais como eles, pois dizem e não fazem (Mateus 23,3).
Jesus vai muito mais além e lhes mostra que o principal está na pureza do coração, obtida pela conversão sincera.
Propósito:
 Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
2º MEDITAÇÃO
Os fariseus eram completamente “do contra”, pois davam muita importância às coisas secundárias, enquanto às essenciais, eles não davam merecida atenção. O pagamento do dízimo, por exemplo, era uma exigência irrecusável, e cumprida ao pé da letra, à risca com todo rigor mesmo em relação às insignificantes hortaliças. Porém, os fariseus não levavam a sério o amor ao próximo, chegando mesmo a serem injustos e, quanto a pureza do seu relacionamento com Deus, deixavam muito a desejar.
Será que alguns de nós somos iguais aos fariseus? Pagamos o dízimo como uma obrigação e lideramos movimentos comunitários, fazemos campanha do agasalho, arrecadamos alimentos para os pobres, mas na verdade, estamos passando uma falsa imagem de caridosos e não passamos de políticos querendo atrair sobre nossa pessoa a atenção dos fiéis, porque quanto ao próximo e a Deus, não damos lá muita importância?
Do que adiantava os fariseus pagarem o dízimo rigorosamente se cometiam injustiças contra o próximo? Eles se vangloriavam por isso, mas no fundo não passavam de hipócritas. E Jesus sabia muito bem disso porque os conhecia por dentro e por fora. Os escribas e fariseus se cobriam, por assim dizer, com uma linda capa de piedade e de santidade, dando uma falsa aparência de homens justos, mas nada disso, evidentemente, agradava a Deus.
Eles eram uns verdadeiros enganadores. Suas práticas eram atitudes enganosas, que revelavam exteriormente apenas uma piedade aparente. Era como uma máscara que encobria a hipocrisia e a maldade que traziam por dentro.
Já os discípulos de Jesus eram pessoas que possuíam uma escala de valores totalmente ao contrário. Fé, amor ao próximo, justiça, caridade, eram os valores principais que norteavam o seu comportamento. Eram autênticos porque praticavam o amor e a justiça, como nós, seus seguidores, ou melhor, seus continuadores, devemos fazer. Praticar em primeiro lugar, a justiça e o amor. Assim, as outras práticas de piedade terão mais sentido de amor a Deus e ao próximo. Porque nós sabemos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.
Tomando essa palavra nós também podemos fazer uma avaliação das nossas atitudes e perceber se o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje. Se nossas atitudes tiverem como parâmetro a justiça e o amor de Deus, com certeza Jesus não estará falando para nós, porque tudo o que nós praticamos por amor a Deus terá a Sua aprovação.
Porém, mesmo que estejamos pagando dízimo sobre tudo quanto nós ganhamos, se estamos presentes em todas as celebrações, em todos os retiros, participando de ministérios ativamente, mas o nosso coração não acompanha as nossas ações, somos também dignos de censura.
Ai de vós, diz o Senhor quando nós estamos exigindo do outro aquilo que nós mesmos não fazemos nem um pouco; quando nós queremos atrair a atenção das outras pessoas para nossas boas ações; quando nós hipocritamente não fazemos o que pregamos, quando enganamos as pessoas, mesmo que sejamos, pais, professores e coordenadores cheios de autoridade.
Será que as ações dos fariseus e mestres da Lei têm alguma coisa a ver com as suas ações? Diante do que você vivencia o que Jesus poderá estar dizendo para você? Você age como prega? Você é uma pessoa transparente? Faça uma reflexão sobre essa Palavra na sua vida.
Pai, coloca-me em sintonia com Jesus para quem a justiça e o amor a ti valem mais que o legalismo dos que são incapazes de descobrir o teu verdadeiro desígnio.
CONSEQÜÊNCIAS
Nós podemos fugir das nossas responsabilidades, mas não podemos fugir das conseqüências das nossas responsabilidades. 
Manter-se constantemente focalizado numa determinada rota é – em grande parte – uma questão de olhar para a frente e considerar as conseqüências daquilo que você está fazendo. As suas ações são impotentes, em si mesmas, para mudar aquilo que já aconteceu. Alterar o passado é impossível. Mas as ações que você está realizando hoje, certamente, terão como resultado algumas conseqüências futuras. 

Toda ação traz consigo as suas conseqüências. Uma vez que uma ação é iniciada dá-se início a um processo, e as conseqüências daquela ação são inevitáveis. Portanto é vital considerar e pesar as conseqüências de antemão, e agir com os olhos voltados para o eventual resultado daquela ação. 

Você não pode regular as conseqüências das suas ações. Porém, você pode com segurança controlar as suas conseqüências ao controlar as suas ações. Tenha sempre em mente as conseqüências, e as suas ações o levarão precisamente para onde você deseja que elas o levem.

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