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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

EVANGELHO DO DIA 07 DE OUTUBRO - 27º DOMINGO DO TEMPO COMUM


27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

07 Outubro - A simplicidade é uma virtude que, mais do que qualquer outra, nos aproxima, da
perfeição do nosso Pai Celeste. (L 76).

Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 10,2-16
"Alguns fariseus, querendo conseguir uma prova contra ele, perguntaram: 
- De acordo com a nossa Lei, um homem pode mandar a sua esposa embora? 
Jesus respondeu com esta pergunta: 
- O que foi que Moisés mandou? 
Eles responderam: 
- Moisés permitiu ao homem dar à sua esposa um documento de divórcio e mandá-la embora. 
Então Jesus disse: 
- Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês. Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: "Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa." Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu. 
Quando já estavam em casa, os discípulos tornaram a fazer perguntas sobre esse assunto. E Jesus respondeu: 
- O homem que mandar a sua esposa embora e casar com outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa. E, se a mulher mandar o seu marido embora e casar com outro homem, ela também estará cometendo adultério. 
Depois disso, algumas pessoas levaram as suas crianças a Jesus para que ele as abençoasse, mas os discípulos repreenderam aquelas pessoas. Quando viu isso, Jesus não gostou e disse: 
- Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele. 
Então Jesus abraçou as crianças e as abençoou, pondo as mãos sobre elas."
Meditação
O livro do Gênesis nos narra o momento no qual Deus criou uma companheira para o homem, criado também havia pouco. Este relato das origens não é nem “história” nem “teoria” da aparição do homem e da mulher e das demais espécies. Enquadrado dentro dos 11 primeiros capítulos do Gênesis, estes cinco versículos devem ser entendidos à luz do que os redatores finais do Pentateuco queriam dizer com todos os relatos que nos contam desde o capítulo 1º até o 11º.

Para que não nos percamos, é bom que tenhamos presente que não se pode dar valor literal a nenhum dos relatos que aparecem nestes capítulos, nem valorizá-los como “históricos”. É preciso que os vejamos como relatos carregados de simbolismo, construídos com materiais mitológicos, muitos dos quais nem sequer eram de origem hebraica.

Mas, cuidado! Isto não quer dizer que estejamos pondo em dúvida o valor da verdade que encerram essas narrativas. Todas e cada uma nos transmitem uma verdade, ou melhor, todas estão ali postas em função de uma verdade que os autores sagrados queriam transmitir-nos. O fato de negar-lhes o valor literal “histórico” não quer dizer que já não sejam Palavra de Deus, não! São e serão Palavra de Deus, mas também são palavras humanas, ou seja, refletem a maneira como os autores humanos foram percebendo os aspectos da verdade para seu tempo, e são, portanto, o reflexo dos instrumentos literários que os ditos autores tinham a seu alcance para nos passar o que queriam dizer.
Não há que se buscar, pois, aqui a “origem” científica do homem e da mulher nem a origem do matrimônio ou da doutrina do matrimônio. Não era essa a intenção do autor sagrado quando pôs por escrito estes relatos e também suas inquietações não eram de ordem científica.
Portanto, esta passagem, como ficou dito, deve ser lida dentro das teses que o autor ou os autores sagrados desenvolvem sobre a origem do mal, da dor, da perseguição, e por que existem povos poderosos que chegam a virar império para dominar, pisotear os mais fracos, acabar com a vida e os bens dos mais pobres, escravizando-os, etc.

A encruzilhada histórica do povo de Deus obrigou-o a pensar nessa cadeia ininterrupta de dominação, miséria, dor, deslocamentos forçados, destruição do mais sagrado e mais significativo para o povo. O porquê de tudo aquilo, a causa de tanto mal, acreditavam alguns que era o próprio Deus, ele seria o responsável por tudo.

Todavia, um bom grupo de teólogos propõe outra resposta: o homem e a mulher é que são os responsáveis por tudo isso. E começam por “liberar” Deus de toda responsabilidade para o que, adaptam um mito da criação no qual fique claro que, desde o início, Deus tudo criou bom, com um plano harmonioso e que criou o homem e a mulher à sua imagem, macho e fêmea, abençoou-os e lhes entregou tudo para que eles mantivessem essa harmonia e essa bondade majestosa de toda a obra criada. Assim, surgiu nosso Gênesis 1-2, 4a.

Liberado Deus de toda responsabilidade pelo mal no mundo, o passo seguinte é situar desde o “princípio” mesmo o verdadeiro responsável pelo mal. De novo, lança mão de materiais mitológicos procedentes da Mesopotâmia que refletem a idéia da criação do homem e da mulher, que se adaptam `mentalidade israelita de então, mas não para demonstrar a origem do homem e da mulher, mas para demonstrar a bondade inicial e, sobretudo, o plano amoroso com que Deus criou o primeiro casal. Cria o homem do barro. Modela-o com suas próprias mãos e logo lhe insufla com seu próprio hálito. O dado, portanto, não é científico, não é uma informação de um repórter que esteve no lugar onde se passaram os fatos, o dado é simbólico para dizer: os males da humanidade são fruto do coração de um ser que, por si, é bom, porque foi criado por Alguém de cujas mãos só pode sair algo bom, e além disso porque em si mesmo parte do mesmo hálito , do mesmo espírito, da mesma essência de Deus.

Vem logo o resto da narrativa, a criação da companheira idônea para o homem. Tampouco é um dado científico, é a maneira também simbólica para dizer que os desastres históricos, caracterizados pelo desequilíbrio social, especialmente concretizado na desigualdade entre o homem e a mulher, são responsabilidade de ambos, posto que não souberam manter aquele equilíbrio original querido pelo criador quando entregou a ambos o cuidado da criação.

Tanto o homem como a mulher rompem aquele equilíbrio e dão rédea solta à tendência humana de dominar, de cobiçar o bem do outro e isto se transforma em “norma social”, é quando se começa a agir em contraposição do que implica ser modelado pela mão de Deus e ser portador do próprio hálito de Deus, e é como agir da maneira mais rasteira, como guiado somente pela matéria, pelo pó da terra; isto é, da maneira mais vil e vulgar. Em suma, os versículos, retirados de um conjunto tão amplo, tão rico e tão profundo, não nos podem fazer esquecer que fazem parte de uma preocupação muito mais ampla que explicar a origem do matrimônio e de sua indissolubilidade que, desde cedo poderia ser iluminada a partir daí, mas não ser reduzida somente a isso.

Para ligar Jesus com a lei de Moisés, os sinóticos nos transmitem esta controvérsia com alguns fariseus. As pessoas vão percebendo a relação bastante ampla e livre que demonstra Jesus pelas instituições de seu povo e muito especialmente com a Lei de Moisés. Para os israelitas, a lei de Moisés é todo o Pentateuco, uma lei, todavia, que, em alguns pontos – ou melhor: em quase todos os pontos – estava sujeita a diversas interpretações, segundo as tendências ideológicas dos diversos grupos políticos e religiosos. Alguns eram extremamente rigorosos em sua interpretação, enquanto que outros eram mais liberais, outros mais moderados. Um caso muito em voga na época de Jesus e, certamente também na época da primeira comunidade, era a questão do divórcio.

Para começar, e apesar das divergências, em uma coisa estavam todos de acordo: o único que podia pensar em divórcio ou apresentar carta de divórcio era o homem; pois à mulher estava proibido, e também isso era atribuído a Moisés (Deuteronômio 24, 1.3). O ponto em que havia divergência era sobre o quando e o porquê; isto é, na casuística como tal.

A pergunta dos fariseus a Jesus não é tanto para ajudá-los a formar sua própria opinião, mas para pô-lo em dificuldades. Desejam de todas as maneiras jogá-lo contra o povo, ou por ser avançado, ou por ser retrógrado. O que os fariseus não esperavam era a saída de Jesus. Qualquer rabino, qualquer mestre da época podia ter pontos de vista diferentes, mas todos estavam decididamente de acordo com Moisés. E justamente foi nisso que Jesus surpreendeu a todos, ao censurar a legislação mosaica que ele aponta como provisória, não absoluta como todos pensavam, dada a dureza de coração do povo. Jesus passa por cima do próprio Moisés (!) e apela para o desígnio divino original.
No princípio, Deus criou o homem e a mulher em igualdade de condições, em igualdade de direitos e obrigações de um para com o outro e com o resto da criação. Mas houve tergiversações e interpretações ajeitadas que até o próprio Moisés propiciou; pois bem, Jesus apresenta o original para resgatar a harmonia e o equilíbrio querido por Deus desde o princípio. Pode-se notar também aqui a linha conseqüente de Jesus pelo mais fraco, pelo que não conta na sociedade. Para a sociedade de sue tempo, a mulher era somente um objeto que unicamente se usava para a necessária ação da procriação e o cuidado das crianças e do lar. Jesus uma vez mais denuncia este desequilíbrio na relação varão - mulher, quando toma partido pelas mulheres.

Nossa sociedade contemporânea, apesar de ser sensível à igualdade de direitos da mulher, não consegue superar completamente aquelas atitudes de machismo tão antigas como o homem mesmo. Machismo que em muitos casos é favorecido pela própria mulher. Às vezes, tem-se a impressão de que as relações de propriedade privada, base fundamental do capitalismo chegou também à relação dos casais.

O matrimônio não é, evidentemente, a aquisição de um objeto por parte dele ou dela. O matrimônio, sendo uma instituição de direito natural, deve ter entre os que têm fé as características originais da própria criação, isto é, união de duas liberdades que a partir da diversidade buscam a possibilidade de construir um projeto comum baseado em relações de amor. Agir de outra forma é contradizer a vontade do Criador, e nisto, a legislação eclesial e sua plataforma moral deveriam ir introduzindo muitas melhoras e reformulações.

Os discípulos de Jesus na mesma linha não tanto com seu mestre, mas também com o sentir da época pedem transparência nesta questão. Na realidade, Jesus não responde de outro modo, sua posição é idêntica, continua sustentando a igual dignidade da mulher...
Abruptamente, Marcos passa da controvérsia dos fariseus com Jesus para outra questão, agora com seus discípulos. É que ele ficou indignado por ter visto seus discípulos afugentarem algumas crianças que queriam se aproximar dele. A ocasião era muito propícia para servir de exemplo para ilustrar a posição que acabara de sustentar contra os fariseus. Se a opção de Jesus é pelos fracos, pelos marginalizados, pelos sem-direitos, ninguém mais representativo do que as crianças a quem os discípulos tinham acabado de meter medo. Expressamente, Marcos, que não tem ressalvas em revelar aspectos humanos do Mestre, diz-nos que Jesus ficou muito chateado e chamou a atenção dos discípulos severamente. A opção pelos fracos e pequenos não pode ser uma simples, vã e bela teoria.

Talvez percamos cada dia mais a credibilidade precisamente porque somos muito bons para teorizar, mas nosso estilo de vida, o tipo de pessoas com as quais nos relacionamos distam muito de ser a concretização daquilo que pregamos.

Reflexão Apostólica:

O evangelho de Mateus, no Capítulo 19, deixa mais claro do que Marcos o sentido do debate (Mt 19,1-9). O pano de fundo era os critérios necessário para que um homem pudesse divorciar a sua mulher (nem se cogitava que a mulher pudesse divorciar o marido, pois a mulher era considerada “objeto” que pertencia ao homem!). No tempo de Jesus havia duas tendências, simbolizadas pelas escolas rabínicas dos grandes fariseus Hillel e Shammai. Uma escola, mais laxista (Hillel), ensinava que se podia divorciar a mulher por qualquer motivo, mesmo dos mais banais. A escola mais rigorosa – do Shammai - só permitia o divórcio por motivos muito sérios. Por isso, em Mateus a pergunta se define melhor :“é permitido divorciar a mulher por qualquer motivo que seja?” (Mt 19,4).

Em ambos os evangelhos, Jesus se recusa a entrar no debate casuística que cercava a questão, e se limitava a reafirmar o projeto do Pai para o casamento: “Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar”. Aqui Jesus reafirma com toda firmeza o ideal do casamento cristão – uma união permanente, baseada no amor, e fortalecida pela graça do sacramento. Seria inútil buscar neste trecho uma teologia mais desenvolvida do casamento, muito menos orientações pastorais para os problemas práticos de casamentos malsucedidos, pois isso não foi a intenção do autor. Marcos simplesmente reafirma o princípio de que “o que Deus uniu, o homem não deve separar”. Deixa em aberto a questão de quando é que Deus realmente uniu o casal!! Será que, só porque passaram por uma cerimônia validamente celebrada, um casal é necessariamente unido por Deus? Os problemas reais são muito mais complexos, angustiantes e difíceis de serem solucionados.

O trecho continua com a questão das crianças. A questão aqui não é a criança como símbolo da inocência, mas de dependência. As crianças e os que se assemelham com eles vivem esta situação de dependência, de “sem-poder”. Quem quer entrar no Reino de Deus terá que abrogar-se de todo o poder dominador, tornando-se como criança. 
Negando de aceitar a situação em que a mulher era simples objeto de posse do homem e assim passível de ser divorciada, e propondo o fraco e dependente como modelo, numa sociedade que valorizava o prepotente, Jesus mostra que os valores do Reino de Deus estão na contra-mão dos valores da sociedade do seu tempo – e de hoje.
 Propõe uma igualdade de dignidade entre homem e mulher, uma fidelidade e compromisso permanentes, e a busca duma vida de serviço e não de dominar! Realmente, uma proposta no contramão da sociedade pós-moderna que nega o permanente, perpetua o machismo e admira o poderoso e dominador!
O texto de hoje nos convida para que, entremos “com Jesus, na contramão” e para que criemos uma sociedade baseada em outros valores do que os hoje em vigor, as vezes até no seio das próprias igrejas.
Propósito:
Senhor Jesus, que os casais cristãos compreendam a profundidade de sua união, obra do próprio Deus.
O Rosário, é uma oração bíblica, cristocêntrica, pois, os mistérios contemplados são os mistérios centrais da história da salvação, da nossa fé e as orações que se rezam são orações tiradas da Sagrada Escritura. É a oração do cristão que avança na peregrinação da fé, no seguimento de Jesus, precedido de Maria.
RESPONDENDO POSITIVAMENTE
As pessoas que tentam fazer alguma coisa e fracassam são infinitamente melhores do que aquelas que não tentam fazer nada e são bem sucedidas. 
 Uma resposta positiva é sempre a mais poderosa; isso porque uma resposta positiva o coloca numa posição superior. Quando você se defronta com a ira, responda com amor e, assim, você fará com que a ira seja praticamente impossível de perdurar. 

Quando se defrontar com uma frustração, responda com paciência e a frustração irá se diluir gradualmente. Em meio à perplexidade de uma situação, responda com mansidão e a luz que você irá irradiar irá inundar a escuridão ao seu redor. 

Quando diante de um grande desafio, responda com gratidão porque naquele desafio você encontrará uma enorme oportunidade. Não importa o que a vida venha a lhe trazer; sempre existe uma resposta positiva que você pode oferecer. Escolha a resposta positiva e assim você estará – compulsoriamente – do lado da vitória.

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