Seguidores

sábado, 15 de setembro de 2018

Evangelho do dia 15 de setembro sábado


15 setembro  - Nossa Senhora das Dores.
“Sic Maria dilexit mundum ut Filium suum unigenitum daret”: Maria amou tanto o mundo que por ele sacrificou o que tinha de mais precioso! (S 343). SÃO JOSE MARELLO
Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35
Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Cleopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela:
- Este é o seu filho.
Em seguida disse a ele:
- Esta é a sua mãe.
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.


Meditação:

 Nos evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) as mulheres, sem nomear a mãe de Jesus, no momento da crucifixão de Jesus permanecem olhando de longe. No evangelho de João, não mais à distância, mas junto à cruz, são nomeadas a mãe de Jesus e Maria Madalena, bem como o discípulo que Jesus amava.

Comemoramos hoje Nossa Senhora das Dores, por esse fato que “pulamos” de João 3 para João 19. Poderíamos também meditar Lucas 2,33-35 que é justamente o oposto desse momento. Em Lucas nos lembraríamos da apresentação de Jesus no templo, onde fora revelado a Maria o destino final de seu filho, que vemos no Evangelho de João.

 João escreveu o seu evangelho por volta do ano 90-100 d.C. É também autor do livro do Apocalipse. Tanto o quarto evangelho com o livro do Apocalipse apresentam, por serem os escritos mais tardios, uma reflexão bem mais madura sobre Jesus.
Qual seria a dor maior? Saber anos antes (Lucas) ou presenciar o fato (João)?

O Evangelho de João está dividido em três partes:

a)Prólogo (Jo 1, 1-18)
b) Livro dos Sinais (Jo 1,19 - 12,50)
c) Livro da Exaltação (Jo 13-20)

Menciona a Mãe de Jesus em três ocasiões: uma indiretamente, na encarnação do Filho de Deus (Jo 1, 14), e as duas de uma maneira bem explicita: as Bodas de Caná (Jo 2, 1-12) e na Morte de Jesus (Jo 19, 25-27).

Um primeiro dado interessante que se percebe à primeira vista é que João não menciona o nome "Maria". Ele refere-se a Maria chamando-a de "Mulher" ou "Mãe de Jesus" (seis vezes).
 A explicação é simples: João gosta de apresentar certas pessoas como modelos de seguidores do projeto de Jesus. Maria, portanto, é um modelo, uma figura símbolo que aceitou a mensagem de Jesus.

A palavra "mulher" pode representar três idéias: pode lembrar Gn 3, referindo a Eva-Mulher que trouxe o pecado ao mundo.

Assim Maria, a nova Mulher trouxe a salvação, Jesus; Maria, Mulher, pode representar todo o povo de Israel (Filha de Sião); pode traduzir todo o reconhecimento da figura feminina na comunidade de João pelo papel evangelizador que as mulheres desempenhavam no testemunho do Evangelho.

Maria-mulher é aquela que leva os discípulos a crerem em Jesus. Incentiva os filhos a fazerem a vontade do seu Filho.

As mulheres representam o serviço generoso e destacado que elas exerciam na comunidade; o "discípulo amado" representa o modelo ideal de todo cristão que apesar das contrariedades e cruzes da vida, permanece fiel a Cristo.

Ao colocar Maria junto à cruz de Jesus, o autor do livro, quer: simbolizar a presença da mãe sofredora que sempre esteve ao lado de Jesus e de todo aquele que sofre; fazer uma relação entre as Bodas de Cana onde Maria esteve presente no inicio das atividades do seu Filho, como no pleno cumprimento de sua missão, através da morte da Cruz.

Tanto o discípulo amado com Maria, são representações da Igreja: João, como representante de todos os fiéis que seguem Jesus custe o que custar e Maria como geradora de novos filhos (mulher, membro constitutivo da Igreja e mãe da comunidade).

Resumindo, podemos sintetizar a figura de Maria no quarto evangelho como: discípula fiel, pessoa de fé, mãe da comunidade, mulher solidária.

No coração de Maria certamente, mais duradoura do que a dor, pulsa a alegria de ver seu filho glorioso no cumprimento da missão que recebeu do Pai, com toda a fidelidade e amor. 

Reflexão Apostólica:

  Uma característica importante do seguidor de Jesus é a perseverança, ou seja, o compromisso de vida que se prolonga no tempo, vencendo as crises.
Manter-se junto à cruz expressa a atitude de estar em sintonia com Jesus, exercitando a fé no momento de crise da morte e de sua passagem para o Pai.

Maria, as mulheres e o discípulo amado são os que perseveram neste momento crucial. Permanecem com Jesus e em Jesus. É certo que este momento significou um grande sofrimento para Maria. Mas, parece que perseverar assume mais importância do que sofrer.
Qual é o sentido do encontro de Maria com o discípulo amado, ao pé da cruz? Não é resolver um problema de família, ou seja, quem iria tomar conta da mãe de Jesus depois da morte dele.

Nesse momento tão importante da cruz, João quer nos dizer algo mais. Ele deixa impresso na memória de todos os cristãos que Maria não é somente a mãe, que concebeu, gestou, deu à luz, nutriu e educou Jesus.
Novamente, ela é chamada de “mulher”, como em Caná. Seu lugar está além dos laços de sangue e das relações familiares.
Por vontade de Jesus, Maria é adotada como mãe pela comunidade cristã de todos os tempos. O discípulo amado, que representa a comunidade, recebe-a como mãe. Maria é investida nessa nova missão. Acolhe os membros da comunidade cristã como seus filhos.
Quantas pessoas conhecemos que também vivem calvários pessoais? Pessoas que mediante a força dos ventos viram seus planos ir embora; ou vêem algo sair errado ao planejado com relação a família (filhos, esposo, esposa), ao trabalho (desemprego, falta de oportunidade, baixo salário), (…)? Jesus era ainda bebe quando ao templo, portanto Maria guardou em seu coração por cerca de 30 anos um sofrimento silencioso, pois sabia que perderia seu filho.

Que poderíamos pensar no lugar dela? Esconder a criança? Fugir para bem longe? Ela preferiu enfrentar… Maria, por amor ao projeto de Deus, jamais se prostrou diante da dor. Viu seu filho crescer na graça e por fim se entregar na Cruz.
Quantos de nós sofremos por antecedência? Às vezes nem vivenciamos o problema e já estamos sofrendo. Vem o vestibular, a prova de um concurso, uma entrevista de emprego e nosso pensamento já esta derrotado, pessimista.
 Temos um filho ou filha que nos dá muito trabalho na escola, não se interessa, fica até tarde na rua, (…) e nosso pensamento já diz “o que será dele (a)”; Temos um marido que bebe; um filho sem regras e de vida transviada, o desemprego; dívidas e nosso pensamento já vai nos destruindo: “Fazer o que?” ou “Resta me conformar!!”

Precisamos PARAR IMEDIATAMENTE de sofrer por antecipação. Há uma possibilidade real que o que imaginamos nunca acontecerá e nós já estamos sofrendo.
Saibamos que sofrer antecipado é sofrer duas vezes, pois caso os fatos culminem para o que imaginamos sofreremos antes de durante o fato.
Busquemos o exemplo de Maria, a Senhora das Dores, sabendo o que iria acontecer se preocupou em com aproveitar ao máximo o tempo.
Ninguém ouviu tão bem como ela, ninguém entendeu o projeto como ela, ninguém acreditou mais do que ela. É importante frisar que longe de mim acreditar que Maria apenas cruzou os braços e aguardou.

Maria deixou clara a idéia que temos que muito por fazer. Temos seu exemplo e intervenção nas bodas de Caná; ela esteve perto do seu filho nos momentos mais marcantes… A SENHORA DAS DORES não ficou em casa se lastimando ou sofrendo imaginando o que estava a acontecer com seu filho.

Se temos problemas a serem resolvido, partamos para cima deles! Se ainda não temos, por quê então estamos a imaginá-los? Se ainda são “filhotes”, porque fazê-los crescer?
É duro também aceitar que boa parte dos problemas que temos, infelizmente foi causado por nossas ações ou nossas omissões do dia-a-dia e talvez por reconhecer esse fato, sofremos mais do que deveríamos.
Quem por acaso nunca errou?

Que Maria nos abençoe. Que seu espelho de vida, compenetrada, focada e pró-ativa possam nos ajudar a superar nossas dores, nossas fraquezas, nossos erros.
      
Propósito:
Pai, a prática do amor e da justiça revele tua ação no íntimo do meu coração, transformando-me em instrumento de tua misericórdia, que eleva a humanidade decaída. Que Maria me acolha como filho bem amado do seu Filho afim de que, olhando para a glória que me está reservada no Céu, carregue a minha cruz todos os dias. E quando chegar a minha hora eu diga como Jesus: Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito. Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
TEM A VER COM VOCÊ
Se você está buscando se tornar uma pessoa mais confiante, olhe no espelho. A pessoa que pode lhe dar essa confiança é você.  
A única maneira de você conhecer realmente as suas habilidades é colocando-as para trabalhar em seu favor. Uma séria e sadia confiança vem com a sua própria experiência de fazer. Outras pessoas podem lhe ensinar, lhe encorajar e expressar a própria confiança deles em você. Porém, para que você tenha confiança em si mesmo, você tem que conquistá-la por si próprio. 

Toda situação desafiadora é uma oportunidade para você fortalecer a sua confiança. Dentro de cada dificuldade está um real potencial de crescimento. A experiência de fazer um esforço cria e multiplica confiança. A experiência de fazer um outro novo esforço e outro e outro a seguir, até que o trabalho seja feito, cria uma confiança ainda mais arrojada. 

Deus – pela Sua imensa graça – já deu a você a base que você necessita para agora acreditar que você pode. Lembre-se: a confiança vem quando você sabe que você pode fazer e quando você finalmente entende que superar aquele desafio consiste em fazer o que tem que ser feito. Dê um passo a frente, aja e a sua confiança crescerá ainda mais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário