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domingo, 2 de abril de 2017

EVANGELHO DO DIA 09 DE ABRIL - DOMINGO DE RAMOS

09  abril Lembra-te de buscar o segredo da tua eloqüência na caridade. (L 23) São Jose Marello

"Este era verdadeiramente Filho de Deus!” - Mt 26,14–27,66

[...]. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Com ele também crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro, à esquerda. Os que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!” Do mesmo modo zombavam de Jesus os sumos sacerdotes, junto com os escribas e os anciãos, dizendo: “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel: desça agora da cruz, e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que o ama! Pois ele disse: ‘Eu sou Filho de Deus’”. Do mesmo modo, também o insultavam os dois ladrões que foram crucificados com ele. Desde o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde. Pelas três da tarde, Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o disseram: “Ele está chamando por Elias!” E logo um deles correndo, pegou uma esponja, ensopou-a com vinagre, colocou-a numa vara e lhe deu de beber. Outros, porém, disseram: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!” Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. Nisso, o véu do Santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitas pessoas. O centurião e os que com ele montavam a guarda junto de Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram: “Este era verdadeiramente Filho de Deus!” [...].

MEDITAÇÃO
A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se Servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos.

Como antecipação à Semana Santa que começamos, lemos hoje o relato completo da Paixão e Morte de Jesus segundo o evangelista Mateus (26,14–27,66). Na Sexta-Feira Santa leremos o relato segundo são João. É sabido que os quatro evangelistas nos contam este mesmo fato embora não da mesma forma. Cada um busca dar-lhe sua própria orientação teológica e pastoral, uma vez que cada evangelho é uma forma de responder às inquietações diferentes de cada comunidade. Na Semana Santa se faz a memória dos últimos dias do ministério de Jesus.

O Domingo de Ramos nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. A Liturgia de hoje nos oferece dois evangelhos de Mateus; um para a bênção dos ramos e outro para a Liturgia da Palavra. A paixão de Jesus é paradoxalmente – na narração de Mateus – a paixão do Filho do homem, do Senhor da glória, do Juiz universal. Ele é o Deus-conosco que nos salva pelo caminho do Servo sofredor, sendo crucificado “como cordeiro conduzido ao matadouro”.

O Evangelho central da celebração convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus que, sendo fiel até o fim, ao projeto do Pai, detona o "dia do julgamento" e começa a era da ressurreição: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total. Aparentemente morto, algumas pessoas esperam para ver o que vai acontecer...  a morte que deveria trazer tranqüilidade aos poderosos, na verdade provoca um grande desconforto.

O imenso e impressionante texto da Paixão, mediante a qual o Rei manso e obediente purifica, santifica e apresenta a Si mesmo a sua Igreja, tornando-a santa e irrepreensível, sem mancha nem ruga, a Esposa bela. Nestes momentos decisivos, a Esposa fiel deve seguir o Esposo passo a passo: a unção para a sepultura em Betânia, a Ceia Primeira (e não última!), o abismo do Getsémani, onde Cristo, sendo embora o Filho de Deus, Deus Ele mesmo, treme perante a morte, mas aceita-a, submetendo a sua vontade humana à Vontade divina, à Vontade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, a prisão "segundo as Escrituras", em que todos o abandonam e fogem (Mt 26, 56) - Jesus fica sozinho: verdadeiro "Resto de Israel" -, os processos e a condenação (Jesus afirma-se como "o Cristo", "o Filho de Deus", "o Filho do Homem-que-Vem-na-sua-Glória", "o Rei"), a entrega à morte de cruz por Pilatos e por Judas, mas na verdade por Deus: paredídeto: passivo divino!), a coroa de espinhos, Pedro disposto a morrer com Jesus, mas negando-O, a Cruz Santa e Gloriosa, as três tentações por parte dos transeuntes, dos chefes dos sacerdotes juntamente com os escribas e os anciãos, dos ladrões: "salva-te a ti mesmo", "desce da cruz" (Mt 27, 39-44), a oração do Salmo 21 (todo): começa "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?", e termina "esta é a obra do Senhor"!, a agonia e a Morte precedida do "grande grito" (Mt 27, 46.49) que indica a Vitória de Deus, a sepultura... Proclamação da máxima Obra de Deus no mundo, a indizível Economia divina na vida terrena do Filho de Deus! A proclamação deve seguir-se com a conversão do coração, e, sobretudo, com o louvor no coração.

A Semana Santa que hoje nós, cristãos, iniciamos com a comemoração da entrada “triunfal” de Jesus em Jerusalém e sua aclamação como Messias e rei por parte do povo humilde e simples deveria ser a ocasião mais propícia para realizar durante toda a semana um ciclo de revisão dos fundamentos de nossa fé. É ocasião de pensar sobre a maneira pela qual temos entendido e vivido nosso cristianismo e da renovação de nosso compromisso que, como fiéis, somos convidados a vivenciar num mundo realmente ávido de um testemunho e de uma mensagem como a de Jesus.

Isto significa aderir ao Cristo ou seja mudar e cuidar para não assumirmos a mesma postura daqueles a quem criticamos, e chamamos de assassinos. É bom lembrar que os mesmos que exaltaram Jesus, também o condenaram. Mudar significa gritar a Boa Nova da presença de Deus entre nós. É recusar ou aceitá-lo. Quem não muda e não assume o compromisso batismal é como aquele que hoje estende o seu manto e grita “Hosana! Hosana!” e que alguns dias depois, lá está, no meio da multidão e gritando: “Crucifica-o! Crucifica-o!” O absurdo da humanidade, encarnada no povo eleito, é que toda a vida se espera a salvação e na hora em que ela aparece, mata-a: Vós acusastes o Santo e o Justo e exigistes que fosse agraciado para vós um assassino, enquanto fazíeis morrer o príncipe da vida.

Os valores que marcaram a existência de Cristo continuam a não ser demasiado apreciados no séc. XXI. De acordo com os critérios que presidem à construção do nosso mundo, os grandes “ganhadores” não são os que põem a sua vida ao serviço dos outros, com humildade e simplicidade, mas são os que enfrentam o mundo com agressividade, com auto-suficiência e fazem por ser os melhores, mesmo que isso signifique não olhar a meios para passar à frente dos outros.

Como nos assusta verificar que em nosso mundo neo-liberal não existam mais líderes capazes de entusiasmar as pessoas.  A mídia se arroga o poder de criar ilusões que entorpecem e somos "obrigados" a passar parte do nosso tempo de lazer, observando, como que anestesiados, a vida de pessoas que se submetem, pela fama meteórica, a se expor ao extremo nos programas chamados "reality shows", além de nos apresentar seus amigos e familiares que sem qualquer qualificação declarada passam a tarde ocupando os programas de variedades, discorrendo sobre nada, como doutores de coisa alguma. Como pode um cristão (obrigado a viver inserido neste mundo e a ser competitivo) conviver com estes valores?

"Vigiem e rezem, para não caírem em tentação". A perseverança na oração, pedindo a Jesus a graça de permanecermos fiéis, é aquilo que nos dará a força de segui-Lo, antes, com alegria em Jerusalém, em seguida, com decisão e amor até ao Calvário. Lá, então, saberemos entregar, até o fim, junto com Ele, toda a nossa vida nas mãos do Pai. Em seguida experimentaremos também a sua Ressurreição!

Os acontecimentos que, nesta semana, vamos celebrar, garantem-nos que o caminho do dom da vida não é um caminho de “perdedores” e fracassados: o caminho do dom da vida conduz ao sepulcro vazio da manhã de Páscoa, à ressurreição. É um caminho que garante a vitória e a vida plena.

Estamos dispostos, nessa Semana Santa, abrir o coração para acolher o mistério do infinito amor de Deus, que doa sua vida por amor a nós? Ele quer um espaço em nosso coração...

Oração: Ó Pai, Deus de misericórdia e de perdão, olha com piedade os teus filhos culpados de terem pregado numa cruz o teu amado Filho. Ajuda-nos a descobrir, na morte de Jesus, um testemunho consumado de sua liberdade, e de fidelidade a ti e ao teu Reino. Pelo seu sangue derramado na solidão do abandono, lava todas as nossas culpas e rompe a dureza dos nossos corações, para que, purificados pelas lágrimas do arrependimento, acolhamos o dom da tua infinita compaixão, que é o único que nos pode tornar de novo inocentes. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com Ele em sua glória. Amém!

MELHOR DIREÇÃO

A direção que você toma na vida determina o seu destino. Eis aqui a questão que você tem que perguntar a si mesmo: “O tempo, energia e recursos financeiros, nos quais estou engajado, estão me levando para a direção que realmente desejo? 

“É essa a direção que desejo para a minha vida?” Ou essa rota reflete a direção de uma outra pessoa? Esse é um alvo que meus pais, meu cônjuge, meu patrão e meus filhos desejam que eu alcance ou é um alvo que DEUS deseja que eu alcance? 

Faça a si mesmo essas perguntas e debata-as em seu coração. Um outra pergunta pertinente neste momento é: “O que é que estou fazendo que parece estar ou não funcionando?” Essas perguntas devem ser levadas a Deus numa conversa com Ele de coração aberto. Deus tem um ministério diretivo para as nossas vidas. Em meio a tantas vozes, tantos ruídos, ouvir a voz Dele é fará toda a diferença em sua vida. Você está disposto a ouvi-LO?

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