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sexta-feira, 29 de março de 2013

A grande verdade de Deus revelada na Páscoa



O Santo, culpado.
O Eterno, encarnado.
O sacrifício, perfeito.
O sangue, derramado.
O bom pastor, entregando a vida por ovelhas dispersas.
A vida, em novo começo: domingo chegará. É sexta-feira.
Na sexta-feira, o amor encobrindo multidão de pecados.
Tudo completado.
Satanás derrotado.
Inferno afastado.
Amor consumado.
Morte sem poder.
Morte pelos maus.
Morte por mim.
Morte por nós.
Jesus Cristo.
A vida garantida.

“Agora Jesus sabia que tudo estava completado... Quando ele tomou o vinho, disse: — Tudo está completado! Então baixou a cabeça e morreu.” (Jo 19.28a, 30)

A grande verdade de Deus revelada na Páscoa

Hoje diferente das demais sextas-feiras não vou me ater ao Evangelho que serviu, até ontem como base para as nossas conversas (Lc 19,29-40). Esta mudança se deve a necessidade, sob o meu ponto de vista, de refletimos um pouco mais sobre tudo o que Deus concedeu a humanidade e que nos leva a comemoração da Páscoa, celebrada no próximo domingo.

Algumas pessoas na páscoa festejam a libertação da escravidão no Egito; e, outro grande número a ressurreição de Jesus, que morreu e ressuscitou para que todos nós pudéssemos ter vida eterna através D’Ele.

Mas, será que existe alguma ligação entre as duas? Na verdade a primeira é nada mais do que um pressagio da segunda. Essa afirmação decorre porque, na primeira comemora-se a libertação do povo de Israel do cativeiro egípcio durante o reinado do faraó Ramsés II, através de um enviado do Senhor: Moisés. Já na segunda, Deus também envia o Seu emissário; mas, não é um homem que retirará o povo de uma terra e transferi-lo para a outra, Deus manda o Seu próprio filho (o Seu único filho), para retirar o ser humano do estado letárgico, para transportá-lo para um estado muito mais elevado, muito mais sublime, que é o estado de filhos de Deus.

E, para fomentar essa libertação da humanidade, os fatos aconteceram exatamente da mesma forma do Egito; mas com um espectro bem mais abrangente; pois, Jesus Cristo veio ao mundo, há um pouco mais de dois mil anos atrás, totalmente disposto a ser o maior e mais belo exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria.

Assim, a Páscoa é a grande revelação do amor de Deus por todos e, principalmente, por cada um de nós de uma forma individual. E, por isso, devemos ver a morte e, principalmente, a ressurreição de Jesus como a vitória definitiva do amor sobre o egoísmo, do bem sobre o mal, da graça sobre o pecado; e, não uma simples vitória (se é que podemos chamar de “simples”). Essa é a razão que leva Cristo a nos fazer hoje um convite pessoal: “se alguém me quer servir, siga-me” (Jo 12,24-26).

Diante de toda essa maravilha, não há como negar que a segunda comemoração da páscoa é bem mais abrangente, incisiva e, o melhor, é bem mais renovadora; pois, nela comemoramos uma nova aliança com Deus, efetivada através da passagem de Jesus da morte para a vida. E, essa passagem nos traz um forte convite para também passarmos, através do batismo, para uma nova vida de filhos de Deus. É a grande libertação que foi conduzida pelo próprio Jesus, que nos concede não a terra prometida, mas uma vida nova. Pois, Ele foi, é e sempre será o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!

E, mesmo a proposta de Jesus não tendo sido entendida por muitos e as grandes partes das pessoas conseguiram o grande feito de ignorar todos os seus propósitos de um mundo melhor. Por essa razão, cada um de nós deve ao olhar este que foi o momento mais negro da humanidade, lembrar que houve dor, angústia e escuridão; por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que no terceiro dia algo maravilhoso aconteceu: Houve a Sua ressurreição! É por esse fato maravilhoso e inigualável é que não podemos deixar de festejar e lembrar a todos da importância deste ato de amor chamado ressurreição.

Devemos comemorar a ressurreição do sorriso; a ressurreição da alegria de viver; a ressurreição da amizade; a ressurreição dos sonhos, das lembranças; a ressurreição da vontade de ser feliz; a ressurreição do infinito amor de Deus e de uma verdade que está muito acima dos ovos de chocolate ou dos coelhinhos. Lembre: Jesus morreu e ressuscitou para demonstrar que temos a capacidade de matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes, que, infelizmente, estão sepultadas no íntimo de nossos corações. É por isso que devemos tomar as palavras do apóstolo Paulo: “Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive assentado à direita de Deus. Pense nas coisas do alto, não nas que estão aqui na terra; porque morrestes, e a vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória” (Cl 3,1-4).

Jesus morreu, não resta dúvida. Mas, Jesus também ressuscitou, e esse é o nosso maior motivo de orgulho. Porém, faz-se necessário ter a certeza de que Jesus não morreu para fazer Deus nos amar. Jesus não comprou o amor de Deus pelos pecadores. Foi exatamente o contrário: Foi o amor de Deus que fez Jesus morrer por cada um de nós. Jesus foi, é e sempre será o canal pelo qual o amor de Deus nos alcançou.
  
E, esse amor é a única estrada que poderá nos reconduzir à aliança definitiva que Deus nos propõe através do Ministério de Jesus: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6,7). Que esta seja a verdade antes, durante e, principalmente depois da minha, da sua, da nossa Páscoa.

Feliz Páscoa para todos!

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