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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

EVANGELHO TERÇA FEIRA 25 SETEMBRO




Leituras do dia:
Pr 21,1-6.10-13
Sl 119(118),1.27.30.34.35.44
ESCUTA DA PALAVRA - VER
Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 8,19-21
 "A mãe e os irmãos de Jesus vieram até o lugar onde ele estava, mas, por causa da multidão, não conseguiam chegar perto dele. Então alguém disse a Jesus:
- A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
Mas Jesus disse a todos:
- Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam." 
MEDITAÇÃO - JULGAR
(O que diz o texto para mim?)
 Meditação: 
 “(…) Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a sua família, Jesus não estava renunciando à sua família segundo a carne. Como filho mais velho, ele continuou a cuidar do bem estar da sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a sua vida na cruz, ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significado no Reino de Deus.

O relacionamento mais próximo do Senhor Jesus é com o seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.

Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o seu ministério a todos aqueles que o receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.

O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.

O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.


Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias, um dos assíduas leitores da Escuta da Palavra e Meditação, perguntava sobre este aspecto. Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).

Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.

Lê-se em Gênesis que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’: “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 13, 8). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).

No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cléofas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cléofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria Madalena”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é o pai deles.

Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria de Cléofas e Alfeu.

Também decorre uma pergunta: Por que nunca os Evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?

Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
 Reflexão Apostólica:
 Esta é uma das passagens preferidas dos protestantes que gostam de diminuir Maria. Aqui, Jesus afirma que a mãe e os irmãos dEle são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Os protestantes afirmam, a partir daí, que Jesus não dava importância à Maria, e que Ele tinha irmãos, ou seja, que Maria teve outros filhos.

Já li livros que ensinam como interpretar essa passagem bíblica sob a ótica católica para "defender" Maria contra os ataques dos protestantes. Como prefiro a praticidade e a objetividade, não perco tanto tempo tentando argumentar muito com os protestantes. Basta saber que o termo "irmão", no idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo. Quanto a importância de Maria, a questão é pura relatividade: você pode encarar que Maria é rebaixada... mas eu entendo que Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e as põe em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo, a sua mãe.

Se nós escutarmos e pusermos em prática seus ensinamentos, faremos parte da família de Jesus? Exatamente! E fazer parte da família implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres!

Mas e a questão de Maria ter tido outros filhos? Meu amigo, se ela teve relações com José, o MARIDO dela, e se teve outros filhos, por acaso, isso diminui a mulher excepcional e especial que ela foi? Eu li e reli várias vezes os dogmas da igreja, e não encontrei nada que afirmasse que Maria morreu virgem. A certeza é que ela concebeu Jesus virgem, e permaneceu virgem após o parto inexplicavelmente (mistério de fé), e que após a sua morte, ela subiu aos céus sem pecado.

O próprio Catecismo da Igreja Católica considera o ato sexual NO MATRIMÔNIO uma bênção de Deus. Considera José como castíssimo esposo. No entanto, a nossa visão de castidade é um pouco distorcida: castidade não significa abstinência sexual, mas sim a vivência da sexualidade de forma sensata e coerente, respeitando o tempo de viver cada etapa da vida. Após o casamento, José e Maria poderiam ter relações sexuais, e isso não seria nenhum pecado. Pelo contrário, seria um ato abençoado por Deus. Conseqüentemente, não haveria motivo para se pensar que Maria seria menos santa e digna por causa disso. Afinal, ela foi a mãe do Filho de Deus.


Não estou afirmando aqui que Jesus teve ou não teve irmãos de sangue, ou seja, que Maria teve outros filhos com José. Nem que José e Maria tiveram ou não tiveram relações sexuais. Não quero escandalizar nem polemizar. Só quero deixar claro que tendo ou não, ela é e sempre vai ser a minha Rainha, Mãe do nosso Salvador e nossa Mãe, minha intercessora, e vai merecer toda a minha admiração, carinho e respeito. E ai de quem falar mal dela!

(…) Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”.

 ORAÇÃO
(O que o Evangelho de hoje me leva a dizer a Deus?)
 Oração: Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
REGRA VIDA e MISSÃO (AGIR)
(Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Como vou vivê-lo na missão?)
 Propósito: Buscar e acolher a vontade de Deus para cada instante do dia.   
RETIRO - CONTEMPLAÇÃO
(Para onde Deus quer me conduzir?)
 - Mergulhar no mistério de Deus.
- Passar da cabeça para o coração (Silêncio).
- Saborear Deus. Repousar em Deus.
- Ver a realidade com os olhos de Deus.

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