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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Evangelho do dia 16 de dezembro sexta feira 2022

 


16 dezembro – Marquemos, passo a passo, o nosso progresso espiritual, sem nunca desanimar com
as nossas quedas: ergamo-nos sempre com coragem, retomando novas forças para prosseguir a caminhada em direção ao Céu. (S 210).
  São Jose Marello

 


João 5,33-36

 "Vós mandastes perguntar a João, e ele deu testemunho da verdade. Ora, eu não recebo testemunho da parte de um ser humano, mas digo isso para a vossa salvação. João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente, e vós gostastes, por um tempo, de alegrar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar. As obras que eu faço dão testemunho de mim, pois mostram que o Pai me enviou."  

Meditação:

 O evangelho de João narra que João Batista, logo no início de seu ministério "em Betânia, do outro lado do Jordão", foi interrogado por enviados das autoridades de Jerusalém (Jo 1,19-28).

João Batista testemunhou a verdade, perante eles. Ele era o precursor de alguém que viria, maior do que ele. João é o princípio da salvação para aqueles que acolhem o compromisso decorrente de seu batismo.

Porém o testemunho de João é limitado em relação à grandiosidade da novidade de Jesus. Todos os evangelistas reconhecem a importância de João como fundamento do ministério de Jesus. Porém insistem em mostrar como Jesus supera quaisquer expectativas humanas.

João não é o Messias, ele veio para dar testemunho do Messias, ele é a lâmpada que vem para anunciar a verdadeira luz que vem a esse mundo.

João foi fiel à sua missão, ele deu testemunho da verdade, mostrando a presença do Filho de Deus no meio dos homens.

Porém, nem todos estavam atentos à mensagem de João e abriram seus corações para a mensagem de Jesus. Por isso é que Jesus realiza as suas obras: para que, por meio delas, aqueles que não o reconheceram pelo testemunho de João pudessem reconhecê-lo.

É por isso que as obras de Jesus são um grande sinal de que ele é o Messias, o Filho de Deus.

Hoje, nós cristãos temos muito que aprender de João Batista. Jesus compara-o com o fogo que queima e dá luz: «João era a lâmpada que iluminava com sua chama ardente» (Jo 5,35).

A sua missão, como a nossa, foi a de preparar o caminho do mestre: aplanar os corações para que só Cristo brilhe, anunciar que a Vida plena é possível, se seguirmos Jesus Cristo com fidelidade. João é a voz que clama no deserto: «Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3,3).

O Filho de Deus vem à terra para descansar em nossos corações. – Mas… no meu coração manda a minha liberdade e, Ele pede-me “permissão” para entrar aí: por isso há que “aplanar” o difícil caminho que leva ao coração humano.

 «Que o nosso pensamento se disponha para a vinda de Cristo com uma preparação não inferior à que faríamos se Ele ainda tivesse que vir ao mundo» (são Carlos Borromeu).

O Evangelho de hoje pede que aprendamos de são João. Não é fácil. A renúncia, o sacrifício, o compromisso, a verdade… não estão na moda atualmente. Quantos só se movem pelo dinheiro, pelos prazeres, pela comodidade, pela mentira…? Há que ter o coração limpo e desalojado das coisas. Se não, aí não podem encontrar espaço nem Jesus nem as outras pessoas.

Mas o Evangelho é caminho de Vida e de felicidade. Só a Verdade nos pode fazer livres, ainda que isto nos traga a perseguição ou a morte. João Batista já o tinha percebido, mas aceita porque esta é a sua missão. O seu batismo era libertador e as suas palavras – convidando à conversão – o caminho para lá chegar.

Jesus encontra o caminho aplanado, preparado, temperado pela penitência do Batista. Suas obras dão testemunho de que Ele é o enviado. Encontra já os corações arrependidos e humilhados graças ao testemunho de João. Para ele, o Mestre não encontra mais que palavras de elogio.

Tomara sejam as mesmas palavras para cada um de nós. Sobretudo, se tivermos sido capazes de apontar o Mestre, apresentando-o e, por sua vez, desaparecendo nós mesmos.

Reflexão Apostólica:

 Deixar-se interpelar pela Palavra de Deus nos ajuda a compreender a identidade do cristianismo que professamos e a maneira como o vivemos.

No evangelho de João, Jesus valoriza o testemunho de João Batista e a natureza de sua pregação.

 João foi muito claro ao dizer que não era o Messias, nem Elias, mas uma voz que clama no deserto e que convida à conversão, a se voltar para Deus, deixando para trás tudo aquilo que, pelo pecado, nos distancia do querer de Deus.

João Batista, o último profeta antes da chegada de Cristo, foi uma lâmpada , que iluminou os caminhos dos homens até à chegada da própria Luz.

Foi ele que catequizou os primeiros discípulos e depois os orientou para Jesus: ajudou-os a chegar à casa de oração do Senhor. Ele foi uma luz em meio à escuridão, odiada e apagada por quem se beneficia das trevas.

 Jesus mostra que, além da conversão, é necessário o empenho para a construção de uma sociedade mais justa, sem excluídos, sem enfermos nas ruas, sem endemoninhados nos caminhos. Jesus gasta sua vida incluindo os que são excluídos pela sociedade por alguma razão ou interesse.

Hoje em dia, vivemos em uma sociedade governada pelos senhores da escuridão que, por seus interesses, sobretudo econômicos, levaram povos à miséria e os deixaram submersos na exploração, na marginalização e na fome.

Como João Batista temos uma missão semelhante: dar testemunho de Cristo, como lâmpada que brilha e ilumine os caminhos que a Ele conduzem, e dar testemunho da verdade a todos os que nos rodeiam e perguntam pelo Messias.

Peçamos ao Senhor que nos abra os olhos da fé para a luz divina, para vermos as pessoas e os acontecimentos como Ele os vê, por exemplo, a dor, o sofrimento, as contrariedades. Que Ele abra os nossos olhos para O descobrirmos igualmente naqueles que nos rodeiam, no trabalho e demais ocupações diárias.

 Propósito:

Eu te peço, ó Deus todo-poderoso, que a tua graça sempre me preceda e acompanhe, para que, esperando ansiosamente a vinda do teu Filho, possa obter a tua ajuda nesta vida e na outra. Pai, reconheço Jesus como manifestação de tua imensa misericórdia pela humanidade. Dá-me tua luz para que o acolha como Messias salvador. Senhor Jesus, que a conversão e a penitência me preparem para reconhecer em ti o enviado do Pai e a realização das esperanças humanas.


"Senhor, na escuridão das tentações,

nas horas de obscuridade

nas quais todas as luzes parecem apagar-se,

mostra-me que estás ali".

(Bento XVI)

 

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