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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

EVANGELHO DO DIA 01 DE JANEIRO SÁBADO 2022

 


01 - SOLENIDADE DE MARIA, SANTA MÃE DE DEUS.
Com grande sabedoria, São Gregório de Nazianzo afirmou que, quem não reconhece Maria como verdadeira Mãe de Deus, não crê na Divindade, é ateu. Prostrados aos vossos pés santíssimos, ó Maria, vos proclamamos como verdadeira Mãe de Deus e, de hoje em diante, vos escolhemos como nossa Mãe celestial! (S 32).  São Jose Marello

 


Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 2,16-21

 "Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto.

E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.

Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer.

Meditação:

 Hoje a igreja celebra Santa Maria, mãe de Deus.

 Começar o ano civil com esta festa é significativo, pois nos põe na perspectiva do discipulado. Maria é modelo do discípulo: mulher que escuta a Palavra e põe em prática o que escutou.

 O evangelho de hoje faz parte de um conjunto de textos denominados "evangelhos da infância".

 Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria, José e o Menino Jesus e todos ficaram maravilhados com o que eles lhes contaram sobre as palavras do anjo.

 Maria ia mais além do que todas as pessoas percebiam e “guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.”

 Ela alcançava no seu coração os mistérios de Deus e sondava qual seria a vontade do Pai para o Filho que nela foi gerado e que agora era colocado no mundo.

 Outra mãe, no seu lugar, tornar-se-ia cheia de orgulho e admiração pela sua própria conquista, pelo privilégio, pela fama e ficaria apenas no superficial.

 Assim sendo, Maria nos dá exemplo de sobriedade, de discrição, de simplicidade. Nós, a exemplo de Maria precisamos ir fundo nos acontecimentos da nossa vida, a fim de que percebamos nas nossas “aparentes” conquistas, o que é essencial para Deus e não para nós mesmos (as).

 Belém foi a cidade escolhida para abrigar a Família de Nazaré e ser cenário do nascimento do Filho de Deus. Belém, hoje, é a nossa casa que recebe também a visita da Santa Família de Nazaré e onde o anjo se apresenta para, mais uma vez nos anunciar tudo o que diz respeito a esta família.

 A Sagrada Família é modelo de obediência, de simplicidade, de humildade e de justiça. Nela nós podemos nos nortear para cultivar relacionamentos de amor segundo a vontade do Pai.

 É na nossa casa que nos reunimos pai, mãe, filhos irmãos e irmãs. E é na família que acontece a salvação noticiada pelos pastores, conforme lhes informara o anjo, mensageiro de Deus.

 É para a nossa família toda que o Senhor promete derramar as bênçãos. Maria guardava os fatos e meditava sobre eles em seu coração.

 É este também o nosso papel diante da coisas extraordinárias que nos são anunciadas: guardar com carinho no nosso coração e perceber os sinais de Deus através do desenrolar da nossa vida, confirmando-os na Palavra e nos ensinamentos evangélicos.

 Abramos a porta da nossa casa para que a Sagrada Família nos ensine a fazer a vontade do Pai e, então, todos os nossos planos serão bem sucedidos.

 Você tem a Sagrada Família como modelo? Qual é a influência ela tem nas suas ações em família? Como você encara a atitude de Maria? Qual teria sido a sua atitude? A sua casa é um lugar onde habita a paz?

Reflexão Apostólica:

 Feliz ANO NOVO!

 Hoje dia da Paz, da Rainha da Paz, da Santa Maria Mãe de Deus e para completar, é também a primeira sexta-feira do mês, dia do Sagrado Coração de Jesus. O ano não podia começar melhor.

 Sei que alguns irmãos evangélicos também leem a reflexão Apostólica e Meditação e, de forma alguma, essas primeiras linhas são idólatras, mas de pleno reconhecimento àquela que nos ensinou através da fé silenciosa e meditada em seu coração.

 Hoje, em muitos locais no Brasil, Maria é lembrada por outro título que recebeu do povo – Nossa Senhora dos Navegantes, apesar que seu dia tradicionalmente ser 02 de fevereiro. O que será que faz com que aquela quantidade enorme de pessoas se ponha em cortejo no mar, levando tradicionalmente a imagem do bom Jesus de um lado a outro da praia? O que cativa a tanta gente, e de forma especial, aos mais simples a associar o cortejo do filho a presença da mãe?.

 Talvez seja a sua simplicidade vista pelos olhos dos mais bucólicos; ou seria então a vontade do marinheiro ou do pescador em encontrar um porto seguro e um breve regresso; ou a personificação de suas próprias mães a zelar por eles mantendo a brasa do fogareiro acesa e esperando a farta pesca. Talvez o marinheiro se sinta um dos magos, sendo o mar aberto o seu deserto, onde desde pequeno aprendeu também a se guiar pelas estrelas e por fim encontrar o motivo de tamanho destemor.

 Em todo perigo, invocai Maria; eu vos asseguro que sereis ouvidos”. (Dom Bosco)

 Talvez pelo título de protetora dos navegantes que ganhou ainda no século XV, marinheiros esses que rogavam por sua intercessão quando enfrentavam tempestades nos trajetos do mediterrâneo, tenham trazido suas comemorações que eram em inicialmente em agosto para fevereiro e aos poucos ao primeiro dia de janeiro, como se hoje pedíssemos, nesse inicio de jornada ou de ano, novamente sua intercessão e podermos assim superar as tempestades que apareceram, chegando sãos e salvos ao dia 31 de dezembro.

 Boa parte de nossas crenças advém dessa vontade de se relacionar e respeitar o divino. Somos seres espiritualizados. Por mais cético ou ateu que seja uma pessoa, o componente divino é muito importante.

 Trazendo, então, ao evangelho de hoje; O que fez aqueles homens bem sucedidos a se arriscarem no meio do deserto guiados por uma estrela?

 O que ainda leva a pessoas a realizar trabalhos invisíveis a nossos olhos, nas sacristias, nos bastidores, nas cozinhas, nos abrigos, asilos, orfanatos, (…)? Reparem quantos destes destemidos “marinheiros” são devotos de Maria!

 Creio sim que Dom Bosco estava certo ao afirmar: “Maria nos mantenha todos firmes e nos guie pelo caminho do céu”.

 Esse ano ainda teremos Carnaval, Quaresma, Semana Santa, Páscoa, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude; alegrias, tristezas, esperanças, mudanças, conversões, decepções…

 O mar tem disso, nem um dia é igual ao seguinte e talvez seja esse um dos grandes motivos que leve ao pessoal da minha comunidade, em especial do grupo de oração que participo, a começar o ano, no primeiro domingo, rezando ave-marias.

 Por favor, não confundamos devoção com sincretismo! Esse dia de paz e oração não deveria ser trocado por “pulinhos” em tantas ondas; por preocupações assoberbadas com lingeries rosa, vermelha, branca (sei lá). O católico tem seu jeito próprio de agradecer a Deus pelo ano que começa, esteja ele na praia ou na igreja.

 É, portanto imprescindível o respeito a diversidade cultural e religiosa, mas como diz o refrão daquele funk carioca “cada um no seu quadrado” quanto aos seus ritos e costumes.

E o que pedir para hoje?

 (…) O Senhor disse a Moisés: ‘Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: eis como abençoares os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei’.” (Nm 6,22-27)

 Que Deus abençoe 2022 assim como o fez em 2021.

 

  

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