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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Evangelho do dia 29 de janeiro quarta feira 2020


29 JANEIRO - Temos que sofrer muitas contradições na carne e no espírito. Mas esta é a nossa missão: carregar generosamente a cruz seguindo as pegadas do Mestre. Ele certamente nos dará a força necessária para que possamos chegar, sem desvios, à grande meta do Paraíso. (L 52). São José Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 4,1-20
Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galiléia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia. Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes:  ‘Escutai! O semeador saiu a semear.  Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram.  Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda,  mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou.  Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto. Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um’.  E Jesus dizia: ‘Quem tem ouvidos para ouvir, ouça’.  Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas.  Jesus lhes disse: ‘A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas,  para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados’. E lhes disse: ‘Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas?  O semeador semeia a Palavra.  Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada.  Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria,  mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem. Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra;  mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto.  Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um’.
Meditação:
Apresentam-se aqui ao leitor três problemas: o significado da parábola tal qual saiu dos lábios de Jesus; a importância que Marcos lhe atribui ao incluí-la neste lugar de seu evangelho e a explicação que lhe deu a Igreja primitiva.
A parábola se interessa antes de tudo pela sorte da semente caída em quatro terrenos diferentes. As cenas estão dispostas de maneira progressiva e otimista, para desembocar num rendimento extraordinário da semente.
A colheita, imagem dos últimos tempos, é tradicional em Israel; a novidade radica na insistência em torno à laboriosa sementeira que serve de preparação.
A explicação adquire assim um sentido alegórico: cada cena da parábola representa concretamente um tipo de conversão: não é já tanto a semente que conta, mas a forma como é acolhida. Jesus era otimista a respeito do sentido de sua missão; a Igreja primitiva parece um pouco mais tensa e preocupada. A nossa deve considerar quanta semente morre desperdiçada.
Quantas vezes em nossa vida de cristãos escutamos a parábola do semeador e sua explicação alegórica, posta pelos primeiros cristãos na boca de Jesus?
Até sabemos de memória: “saiu o semeador a semear...”. Mas não se trata somente de conhecê-la e apreciá-la como uma bela peça literária de nossos evangelhos. Trata-se de que sejamos, no fundo de nosso coração, e com todas nossas forças e possibilidades, terra boa e fecunda, onde a Palavra de Deus germine e cresça até dar frutos abundantes de vida, perdão, generosidade, acolhida, empenho transformador, a favor de nossos irmãos e irmãs. 
Não podemos permitir que a Palavra de Cristo semeada em nossos corações seja arrebatada pelos pássaros, os demônios do desinteresse, as ambições, o aproveitamento dos demais, a dureza de coração frente à dor dos mais pobres, o orgulho de nos crermos superiores, de querer mandar e de nos sobrepormos a todos.
Devemos limpar a erva daninha de nosso coração, de nosso espírito, de todos esses pedregulhos da inconstância que não permitem que a Palavra lance raízes profundas. Quantas promessas fazemos! Quantos propósitos que não cumprimos! E o que dizer dos espinhos que sufocam em nós a Palavra libertadora que vem até nós? Neste tempo de consumismo, de prazeres completamente superficiais e passageiros, como desperdiçamos aquilo que faria falta a tantos para poder sobreviver. 
Por outra parte, não nos propusemos a seguir a Jesus, ser seus discípulos e discípulas, indo atrás d’Ele, semeando a Palavra e proclamando-a aos quatro ventos, levando-a a tantos que ainda não a escutaram porque não há quem a proclame? Não nos propusemos a preparar o terreno onde cresça a Palavra, lutando pela liberdade, a justiça, o direito, a dignidade de nossos irmãos e irmãs? São milhões e milhões que não escutavam a Palavra porque o Diabo da cobiça, do mercado global, da riqueza acumulada em poucas mãos, os converteu em terra de passagem, caminhos que todo mundo pisa, em campos de pedra, fome, ignorância, enfermidade e morte.
A parábola do semeador deve ser entendida na dinâmica através da qual o evangelista Marcos vem apresentando o ministério de Jesus. Seu ministério esteve repleto de problemas e de dificuldades.
Primeiramente foi a prisão de João, depois a acusação de blasfêmia, a seguir o complô dos herodianos para matá-lo, posteriormente a estigmatização demoníaca que dele fizeram os escribas espias de Jerusalém; finalmente, a incompreensão de sua mãe e de seus irmãos. Jesus se encontrava ameaçado por todos os lados.
Todos, de uma ou de outra forma, queriam se intrometer com Jesus e com sua obra. O povo simples queria receber dele algum tipo de favor, os governantes queriam prendê-lo, sua família queria amarrá-lo. Frente a uma realidade tão hostil, Jesus devia tomar as precauções necessárias para poder continuar com a empresa do Reinado de Deus.
Jesus utiliza as parábolas para que nem todos pudessem entender sua mensagem e assim poder cuidar-se dos ataques de tantos que queriam vê-lo definitivamente acabado.
A parábola do semeador é uma impressionante confissão do coração dolorido de Jesus. Querer instaurar o Reinado de Deus no próprio coração e na sociedade era um caminho doloroso, cheio de fracassos. Deveria semear muito e fracassar muito, para poder colher alguma coisa.
Era difícil perseverar e manter-se de pé num trabalho onde a condição normal era ter que perder, uma e outra vez, a fim de conseguir alguma coisa. O lavrador descrito por Jesus na parábola tinha seu olhar voltado para o objetivo da boa colheita, com a qual media o seu trabalho. O olhar voltado para a qualidade desta colheita, lhe permitia sobreviver moralmente perante o ruidoso fracasso do resto.
Aqui se confrontavam duas mentalidades: a que apoiava e buscava o quantitativo, sinal de poder, e a que apoiava e valorizava o qualitativo, que ordinariamente carece de poder. Este será sempre o desafio do anúncio da Boa Nova, desafio pelo qual Jesus passou e é o desafio pelo qual deve passar a Igreja.
Será que estamos buscando com nosso trabalho apostólico meros resultados quantitativos, ou antes, estamos trabalhando para que o povo acompanhado por nós consiga dar passos qualitativos e empreender processos coerentes na vida do Reino?
Reflexão Apostólica
O evangelho de Marcos, nos diz que apesar dos obstáculos, o semeador realiza seu trabalho, confiando na colheita que vai ter. Jesus também> apesar de todas as reações, obstáculos e incompreensões, sua missão chegará ao fim e será bem sucedida.
As parábolas são histórias que ajudam a ler e compreender toda a missão de Jesus. Mas é preciso “estar dentro”, isto é, seguir a Jesus, para perceber que o Reino de Deus está se aproximando através de sua ação. Os que não seguem a Jesus ficam “por fora”, e nada podem compreender.
A explicação da parábola focaliza os vários terrenos, mostrando o efeito que a missão de Jesus(contada pela palavra do evangelho)tem sobre os ouvintes ou leitores. Cada pessoa vê e entende a partir do lugar que ocupa na sociedade e das dificuldades que encontra para se comprometer com Jesus e para continuar a ação dele.
Jesus apresenta etapas que podem ser benéficas ou maléficas para uma boa semeadura. Um bom conhecedor do assunto demonstrará que quando uma semente cai no caminho sem uma estrutura esta sujeito a qualquer animal, como o passarinho, galinha.
Quando a semente cai em solo rochoso, o passarinho não tem como comer, a semente chega a brotar, mas entre as rochas tem pouca terra, não dando sustentação para continua a crescer e com o tempo morre. Mas quando cai em terra profunda, fértil a semente dente a seguir o seu curso natural.
O que podemos aprende com esta maravilhosa mensagem no contexto familiar. É o amor. Ou plantamos amor ou plantamos espinhos. A semente é o amor e terra é o coração. Quando a sua semente é rude, mesmo que tenha uma terra boa, ela dará uma planta sem frutos, mato, uma planta sem utilidade para comer e alimentar-se. Mas quando a semente é o amor e esta terra que já está machucada pela dureza da vida, pela escassez da água e da terra farta, levará um tempo para se descobrir o lugar adequado para este plantio.
Demonstra que a família precisa ser tratada com cuidado e zelo. Sabendo escolher as palavras certas nas horas certa ou erradas. Tratarmos uns aos outros no amor de Cristo e com paciência quando o outro não entende a sua mensagem. Não pagar o mal com o mal, mas pagar o mal com o bem. A tolerância e a paciência em esperar o fruto maduro é uma atitude que devemos buscar ter no estilo de vida. Se Jesus tem misericórdia de nós, porque não emita-lo tendo misericórdia daqueles que são rudes, impacientes, ignorantes, drogados, viciados, pecadores e, principalmente, os pequeninos e os jovens (que vivem dizendo que sabem tudo).
O papel da família é buscar a universalidade e a unidade. Compreender que podemos ter o direito, como seres pecadores e humanos, “vacilar”, como dizem os jovens. E o meio para alcançar os frutos gostosos e maduros, que vão produzir trinta, sessenta e cem por um, é começar a mudar as nossas atitudes e repensar o nosso caráter de cidadãos do reino de Deus. Com certeza com uma mudança em Cristo poderemos ampliar esta semeadura para a nossa parentela, vizinhança, colegas de trabalho. Contagiar o mundo com o amor de Cristo que brilha em cada um de nós.
Propósito:
Senhor, que a medida do meu amor seja amar sem medida. Como Tu!
DESPERDÍCIO OU PROVIDÊNCIA?
Deus não tem problemas; Ele só tem planos.  
Estevão foi um líder cristão, e mártir, com um potencial enorme para Deus. Talentoso, instruído, corajoso e comprometido, todas essas qualidades parecem haver sido desperdiçadas, antes que seu enorme potencial se transformasse numa exuberante realidade. Diante de uma multidão de antagonistas Estevão foi apedrejado, e conseqüentemente morto. 
Que desperdício de potencial! Será possível que nossa morte, em lugar da vida, pode servir a um propósito muito maior aos olhos de Deus? No caso de Estevão, a sua morte serviu também como combustível para acirrar ainda mais o ódio e o esforço de um homem chamado Saulo de Tarso, em seu plano tenaz de erradicar da face da Terra a fé cristã. Curiosamente, porém, essa reação fez com que a Igreja Primitiva se espalhasse por todo o mundo, e o Cristianismo experimentasse um crescimento sem precedentes. 
Quero no dia de hoje encorajá-lo a continuar a crer que mesmo sem entender a razão para seu sofrimento, o fato é que Deus só irá concretizar seus planos mediante suas provações!



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