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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Evangelho do dia 01 de fevereiro sábado 2020


01 fevereiro Apaixonemo-nos pelos grandes modelos e comecemos a agir! (L 10) São Jose Marello
Marcos 4,35-41
"Naquele dia, de tardinha, Jesus disse aos discípulos:
- Vamos para o outro lado do lago.
Então eles deixaram o povo ali, subiram no barco em que Jesus estava e foram com ele; e outros barcos o acompanharam. De repente, começou a soprar um vento muito forte, e as ondas arrebentavam com tanta força em cima do barco, que ele já estava ficando cheio de água. Jesus estava dormindo na parte detrás do barco, com a cabeça numa almofada. Então os discípulos o acordaram e disseram:
- Mestre! Nós vamos morrer! O senhor não se importa com isso?
Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago:
- Silêncio! Fique quieto!
O vento parou, e tudo ficou calmo. Aí ele perguntou:
- Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?
E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros:
- Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?!
"
Meditação:

A barca no meio da tempestade tem sido freqüentemente considerada como uma alegoria da Igreja. E esta imagem adquire todo o seu sentido na atual conjuntura da Igreja no mundo.

Do mesmo modo que os discípulos, a Igreja abandonou as multidões levando Jesus consigo. E hoje em dia se encontra isolada em suas instituições seculares e pela proa tem uma profunda tempestade.

Também os que foram chamados correm o risco de isolar-se apesar de sua própria disciplina, de sua fé, de sua consagração; e isto, por sua vez, é uma grande desordem. A solução? Recorrer aos poderes de Deus? Ao poder de sua palavra ameaçadora? Apelar simplesmente para o sobrenatural?
Talvez; mas então se corre o risco de ter que ouvir que nos digam: Ainda não tendes fé? Porque a fé não deve empurrar-nos a utilizar a segurança das instituições eclesiais ou clericais, mas a contemplar Jesus morto e ressuscitado; a comprometer-se com a própria morte... e voltar à margem para misturar-se com o povo.

Por causa do medo, a Igreja se isola; em virtude da fé, recusa-se trazer à tona seus próprios problemas. Mas o lugar da verdade é para a Igreja o mundo; não outro.

O evangelho de hoje nos apresenta Jesus no término de um dia de trabalho. O capítulo quatro do evangelho de Marcos inicia mostrando Jesus ensinando as multidões às margens do mar de Galileia.

Tantas eram as pessoas que iam escutá-lo que teve de entrar numa barca para falar dali, ensinar aos seus seguidores por meio de parábolas. (Mc 4,1-3).

Podemos imaginar que depois de um dia anunciando o Reino de Deus, Jesus esteja cansado ao ponto de querer se retirar com seus amigos mais íntimos.
É por isso que ele entra na barca e dorme! É um cansaço feliz, e como uma criança descansa no colo do Pai a quem buscou servir ao longo deste dia, (Sl 130).

Mas antes de dormir, Jesus disse claramente para onde queria ir: «Vamos para o outro lado do mar», ou seja, vão atravessar o mar de Galileia para ir à terra dos pagãos a continuar sua missão.

Ele quer continuar sua missão, é ciente que veio ao mundo para "pregar o Reino de Deus" (Mc 1,38-39), e essa paixão pelo projeto de Deus o queima por dentro e o movimenta a ir ao encontro das pessoas nas diferentes situações e lugares onde estão.
Esta barca que se dirige às terras pagãs, levando Jesus e seus discípulos, é uma imagem muito bonita da Igreja missionária hoje. Ela também, possuída pela mesma paixão e zelo missionário de Jesus, atravessa diferentes mares para ir ao encontro dos homens e mulheres para lhes comunicar a boa notícia do reino de Deus.

Quais são os mares que a comunidade cristã hoje está atravessando para dar continuidade à missão de Jesus?
Ousamos sinalizar algumas travessias como exemplo, sabendo que existem muitas outras.

O respeito e diálogo com as outras religiões para construção de uma ética e cultura da paz é sem dúvida uma grande viagem que está realizando a Igreja. O cuidado e defesa dos refugiados e migrantes num mundo global, mas excludente é outra grande travessia.
Não podemos esquecer a urgência da Igreja em encontrar uma linguagem adequada, novas categorias para dialogar com a cultura pós-moderna em continua mudança.

O evangelista conhecedor das dificuldades que sofre a comunidade dos anos 70 dC, apresenta uma viagem com tormenta: "Começou a soprar um vento muito forte, e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já estava se enchendo de água".
Quais são as ondas que tentam hoje fazer soçobrar nossa barca?

Talvez "ondas" de desânimo, de desesperança: somos cada vez menos na comunidade; o que temos mudado com nosso trabalho? "Ondas" de aburguesamento e cumplicidade: já fizemos bastante, pobres sempre existiram e existirão.  "Ondas" de fundamentalismo e superioridade: é importante cuidar a pureza de nossos ritos, liturgias...
Como os discípulos ao experimentar essas ondas batendo na nossa barca, na nossa comunidade, sentimos medo. Seria ótimo que seguíssemos seu exemplo e acudíssemos também nos Jesus.

No seu desespero, os discípulos foram despertar Jesus, sua fé se confunde com a recriminação: «Mestre, não te importas que nós morramos?».
Jesus descansa nos braços do Pai, não porque não sinta a tormenta da travessia, está na mesma barca, senão porque confia que Deus Pai está com eles cuidando-os na missão.

Aqui está a chave do que Marcos quer transmitir aos seus. Quando a comunidade segue os passos de seu Mestre, vai sofrer perseguições, vai ter dificuldades, vai vivenciar noites de tormentas, mas Deus é maior que tudo isso.
São duras as palavras que o evangelista coloca nos lábios de Jesus: «Por que vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?», buscando atiçar o fogo da fé de sua comunidade.

Nossa fé pode crescer cada vez mais, somos convidados/as a passar de uma fé desesperada a uma fé plenamente
confiada, ao ponto de poder dormir mesmo na tormenta da travessia missionária.

Reflexão Apostólica: 

Existem muitas coisas na nossa existência que nos deixam com medo, desde coisas simples, como o medo de insetos inofensivos, até coisas verdadeiramente terríveis, que podem em questão de segundos aniquilar a nossa vida, como é o caso de terremotos ou guerras nucleares.


Além disso, temos os nossos fantasmas que criamos e que nos metem medo, como por exemplo o medo de escuro ou de almas do outro mundo.

Existem pessoas que possuem também um medo muito grande do próprio Deus, e isso acontece porque não foram capazes de descobri-lo como amor e de buscarem um relacionamento amoroso com ele, fazendo do próprio Deus um fantasma a mais nas suas próprias vidas.
Muitas vezes costumamos usar frases como "estou passando por uma tempestade" para falar que estamos passando por uma situação difícil e quantas vezes também dizemos que nossa comunidade esta navegando em "águas tranqüilas" ou de "vento em popa".

Com isso queremos dizer que o momento não há dificuldades, que tudo vai bem, as pessoas se entendem e de fora não há maiores ameaças que possam destruir o espírito comunitário.

É assim que sentimos normalmente a comunidade? Ou tem outras figuras que explicam melhor o que se passa? Por exemplo: parece que o "barco esta afundando" ou uma "tempestade" atingiu nossa comunidade, ou ainda, tem muita "onda brava" querendo nos arrasar.

Que significa isso? Que mar de nossa sociedade está tão cheio de perigos, ameaças que a gente não consegue mais se defender. Ou que os ventos do espírito de egoísmo e consumismo invadem tudo. E nós, ficamos com medo ou resistimos com confiança e coragem? Como sentimos a presença de Jesus que acalma a tempestade?
Propósito: Passar para outra margem, sair de nós mesmos entrando na dinâmica de Jesus, confiados que nenhuma tormenta poderá submergir nossa barca porque Jesus viaja conosco.
PARA CADA DESAPONTAMENTO
O sentimento proveniente do desapontamento é sempre ruim, seja ele causado por pessoas, circunstâncias ou pelos seus próprios erros. Ainda assim, em cada desapontamento, existem também oportunidades. Este é um fato incontestável na vida. 
Através dos desapontamentos – num contexto mais amplo da vida – você irá descobrir que os desapontamentos podem ter um valor positivo. Apesar de uma porta ter se fechado, outras muito mais acabam de ser abertas. Para cada desapontamento, você pode ganhar conhecimento, motivação, perspectiva e um propósito mais claro e definido. Para cada desapontamento, você pode aprender muito sobre a vida, sobre você mesmo e sobre o mundo ao seu redor. 
Tente não se esquecer: quando a vida o joga pra baixo, lembre-se de que existem valores os quais - pela graça de Deus - podem colocá-lo para cima. Um desapontamento pode ser o seu grande aliado para um sólido crescimento e exposição do seu caráter.


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