Seguidores

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

EVANGELHO DO DIA 12 DE JANEIRO - DOMINGO BATISMO DE JESUS



12 janeiro - Todas as vezes que cairmos em algum pecado, pediremos perdão ao Senhor e diremos: Odiando o mal eu o destruí. O Senhor me ensina o modo de renovar-me em
qualquer momento. Agora começo. Sim Senhor, mesmo na última hora, o operário pode tornar-se merecedor da recompensa (na última hora). Agora começo: ainda tenho tempo.
(S 33). São Jose Marello

Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 3, 13-17

Naquele tempo, Jesus foi da Galiléia ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. João recusava-se: Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim! Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois convém que cumpramos a justiça completa. Então João cedeu. Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição.

Depois de ser batizado, Jesus viu o Espírito de Deus pousando sobre ele. 

O relato do batismo de Jesus no evangelho de Mateus consta de duas seções: a narrativa do encontro entre Jesus e o Batista (vv. 13-15) e a teofania (manifestação divina) subseqüente (vv. 16-17).

A teofania dá o sentido mais profundo do acontecimento. Ela tem o caráter de um relato de vocação. No entanto, mais que com o tipo de vocação profética, nos encontramos com uma vocação construída segundo os modelos apocalíptico e sapiencial. Como nos relatos do primeiro destes dois últimos modelos, tende-se a assinalar o caráter definitivo da vocação relatada. Por isso se fala do fim do silêncio divino por meio da abertura do céu, e graças a isso, a presença de uma Palavra definitiva, produtora de uma nova criação. Como em Gn 1, o Espírito se faz presente sob forma de ave (um testemunho rabínico da época fala também da pomba como nosso texto).

Mas também, conforme os relatos de vocação sapiencial, mostra-se a capacidade que esta última intervenção divina cria num sujeito para comunicar a outros aptidão e conhecimento para realizar o desígnio divino.

Trata-se, então, de uma nova criação, a última, que se realiza em Jesus de Nazaré, graças ao qual os seres humanos podem adquirir as características do “homem novo”. A forma desta novidade fica bem clara no ensinamento da voz que vem do céu. O “Tu és (este é) meu Filho” (Sl 2,7), surgido de um ambiente da corte, se corrige com o acréscimo de um texto tomado do primeiro poema do Servo Sofredor (Is 42,1) “a quem eu amo, meu predileto”.

Dessa maneira se introduz um novo conceito de messianismo, devedor dos discípulos e discípulas de Isaías, do tempo do exílio. Segundo ela, o Messias partilha da fragilidade da condição humana e se coloca não “sobre” mas “com” o ser humano, em perfeita coerência com o “Deus conosco” do princípio (Mt 1,23) e do final (Mt 26,20) do evangelho.

Esta alusão ao primeiro canto do Servo sofredor (os restantes estão consignados em Is 49,1-8; 50,4-7 e 52,13-53,12) nos coloca perante o projeto “luz das nações”, surgido em tempos do exílio babilônico. Este projeto transcende os limites de Israel e alcança dimensões universais e introduz uma nova metodologia para a atuação da justiça salvífica da qual se exclui o uso de meios violentos: “não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega...” (Is 42,2-3).

A parte precedente do relato evangélico serve para pôr em destaque a divergência que existe entre esta concepção messiânica e toda outra forma de messianismo. Sob as diversas atitudes de João e Jesus, a respeito do batismo deste último, reflete-se uma concepção diferente sobre o Reino de Deus, em geral, e da função do Messias em particular.

O movimento batista via na instauração do Reino a chegada do Juízo de Deus. O ser humano pecador devia, em vistas a esse acontecimento, entrar numa dinâmica de purificação, na qual desempenhava um papel importante a recepção do batismo. E a intervenção divina se dava graças à ação do Messias, isento das fragilidades da condição humana. Daí a surpreendente reação de João ante a presença de Jesus no v.14: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?”

A continuação do relato serve ao evangelista para retificar as opiniões batistas sobre o Reino e o Messias. A atenção sobre o Juízo divino se desloca para a realização da justiça ou “o que Deus quiser” (v.15). Com isso o momento temporal do Reino se desloca do futuro da intervenção divina para a realização dessa justiça no momento presente.

Bem além da preocupação eclesial de situar o sentido da figura de João e de seu batismo em relação com a atividade de Jesus entre os seguidores de João, o relato situa a vocação de Jesus (e a de seus seguidores) no marco da vontade divina. Toda vocação, então, só pode consistir na adoção da vontade divina, inclusive em seus aspectos desagradáveis de sofrimento e morte, inerentes à condição humana.

Dessa forma se registra como, apesar de sua pertença ao movimento batista, Jesus transcende o âmbito ideológico deste. Sua unção pelo Espírito e seu poder se concretiza na atuação em favor dos oprimidos pelo diabo que nele, manifesta a presença divina, como aponta o discurso de Pedro em At 10,34-48 (segunda leitura). Só dessa maneira, pode-se iniciar a entrada na terra prometida. Jesus que leva, com uma pequena variante, o nome de Josué, cruza o Jordão e “sobe” para tomar posse da terra.

O batismo de Jesus nos coloca, portanto, frente a uma nova metodologia para o cumprimento das promessas de Deus. Estas, doravante, não podem ser compreendidas como ligadas à vontade de poder de uma dinastia, mas a serviço dos demais na entrega incondicional à realização da vontade divina.

Esta entrega incondicional só pode se dar por meio da assunção de um espírito solidário que partilha a dura condição de todos os que sofrem as conseqüências produzidas pelo espírito diabólico que oprime os seres humanos. Dessa forma, se apresenta como a única forma de uma convivência fraterna para toda a humanidade.

Oração

Deus, nosso Pai, que no batismo de Jesus o proclamaste como teu “Filho muito amado, o predileto”; nós te suplicamos que nos cubra sob teu nome e nos concedas conformar-nos cada dia mais à sua imagem, tornando nossa a sua Causa e prosseguindo sua missão de ser “luz das nações” e de “implantar o Direito na terra”. É o que te pedimos pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. 
  
Este dia nos dá motivos para refletirmos sobre o dom de nosso batismo. Sabemos o que ele faz em nós? Por ele Deus nos reconhece como filhos seus e transforma nossa existência em uma história de amor com Ele. Deus estabelece uma aliança conosco e nos oferece sua vida e sua paz. O Batismo é o mais belo dos dons de Deus, pois nos convida a nos convertermos em discípulos do Senhor. Faz-nos entrar na intimidade com Deus, na vida da Trindade, de hoje e por toda a eternidade. É uma graça que nos purifica do pecado. Além disso, o Batismo marca toda nossa vida e dá significado ao nosso caminhar na terra. No dia de nosso batismo fomos revestidos de branco, e estamos chamados a conservar a cada dia esse esplendor da graça e a recuperá-lo, se o perdemos, por meio do Sacramento do perdão, da oração e da vida cristã. Além disso, não devemos nos esquecer de que, pelo Batismo, adquirimos a missão de ser fermento no mundo. Independentemente do que façamos, nossa vida é para o Senhor e temos de testemunhá-lo.

Propósito

Mostrar com minhas obras que sou um filho de Deus e membro da Igreja.

===========================================================
"O Batismo nos compromete a sermos testemunhos valentes do Evangelho durante toda a vida". (Bento XVI)
DESCONTRAIA
Descontraia. Descontração não tem que necessariamente esperar até que venha aquele fim de semana esperado ou aquelas férias sonhadas. Em quase a totalidade do tempo, a vida não é uma emergência, apesar de que muitos de nós vivemos a rotina da nossa vida diária como se assim fosse. 
Agitação e ansiedade não realizam nada a não ser aumentar a sua pressão arterial e deixá-lo mais suscetível a doenças. Claro que você tem muito o que fazer e a lista continua a crescer - principalmente nesta época do ano - Portanto, respire fundo, descontraia, leve os seus pensamentos para o bondoso Deus que o tem amado com um amor profundo. 
Descontração não significa necessariamente ausência de atividade. Tudo aquilo que pode ser feito num estado de ansiedade, pode também ser feito - e mais eficientemente - num estado de descontração. Desesperar-se não lhe leva a realizar nada de genuíno valor. Foco sim. Tome a decisão de descontrair. Seja o que for que estiver fazendo, descontraia; porque assim você estará respondendo a uma ordem de Deus e - conseqüentemente - você se sentirá muito melhor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário