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domingo, 10 de junho de 2018

EVANGELHO DO DIA 17 DE JUNHO - 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM



17 Junho - Como um dia no Calvário, assim agora nas igrejas Jesus não quer defender-se de outra maneira senão com a força do amor, e tolera sempre as violências dos bandidos para ceder lugar à caridade das almas piedosas das quais espera conforto e reparação. (L 209). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 4,26-34

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- O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
Jesus continuou:
- Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.
Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.
Meditação

Chama a atenção nas narrativas dos evangelhos a abundância de parábolas atribuídas a Jesus. As parábolas pertencem ao gênero da sabedoria e, a partir de situações comuns de vida, permitem que seja extraído um ensinamento ou uma motivação à ação. Particularmente, servem também para ilustrar os mistérios de Deus.

A grande virtude das parábolas é a de superar os obstáculos mais óbvios e imediatos do entendimento. Uma parábola é um arco que se eleva pelo ar e cai exatamente no seu objetivo, afastando os obstáculos, focando sua meta.

As parábolas de Jesus têm um efeito similar. Diante das interpretações obscuras e carregadas de limites para com as quais seus interlocutores dos mestres da lei costumavam responder com uma claridade demolidora. Diante das intrincadas e sofisticadas interpretações dos mestres gregos, o ensinamento de Jesus se apresenta com uma evidencia sem controvérsia.

As palavras de Jesus falam da vida cotidiana: do agricultor que salva sua colheita; da pessoa que ao cozinhar administra com tino e prudência o sal.

A palavras do profeta Ezequiel nos falam do cedro, uma árvore excepcional por sua longevidade e pela qualidade de sua madeira. Paulo nos falará do corpo, como um domicílio provisório mas imprescindível para alcançar uma residência permanente em um corpo ressuscitado.

O profeta Ezequiel compara a ação de Deus com a de um agricultor que refloresta os montes áridos com cedros que se caracterizam por seu tamanho excepcional, pela duração de sua madeira e por sua singular beleza.

O novo Israel será um broto jovem plantado no alto dos montes de Judá; para trás ficará a soberba da monarquia e todos os períodos de sua desmedida avidez de poder. O profeta tem a esperança de que seu povo renasça logo do exílio e sua descendência perdure como o fazem os cedros que podem chegar a durar dois mil anos.

As parábolas de Jesus, porém, não falar a partir da perspectiva das árvores grandes, mas dos arbustos que podem crescer em nossos jardins sem derrubar a casa nem secar as hortaliças.

A primeira parábola fala da força interna da semente, que age praticamente sem que o agricultor perceba. Se a semente encontra as condições favoráveis, florescerá.

O trabalho do agricultor se limita a preparar o terreno para oferecer condições que tornem possível o cultivo; os cuidados indispensáveis para que a semente germine e se fortaleça; e a ação oportuna para a realização da colheita dos frutos. De modo semelhante age a ação do cristão, favorecendo a implantação da semente do Reino.

A meditação poderia orientar-se também muito justificadamente, mais que por essa linha bíblica, pela linha teológica: o tema do Reino, que é o protagonista das parábolas de Jesus do evangelho de hoje.

Na realidade, sabemos que o tema do Reino foi... a paixão, a mania, o estribilho, a obsessão de Jesus, por ter sido também a causa pela qual foi perseguido, capturado, condenado e executado.

Para compreender a mensagem de Jesus, nada melhor que procurar compreender o Reio e a relação de Jesus com ele. É importante lembrar, sem marcar demasiadamente os contrastes históricos no risco de repetir os erros do passado, que o reino era na realidade um ausente maior no cristianismo clássico, inclusive no cristianismo do Concilio Vaticano II.

É preciso salientar o tema do Reino de Deus, sua redescoberta, a partir desse citado “eclipse do Reino”, é sem dúvida o tema teológico que mais transformou a Igreja, e a eclesiologia e a teologia toda.

O Reinocentrismo significa a superação do eclesiocentrismo, que se instalou na igreja bem cedo, contra a mentalidade de Jesus.

Não é uma “nova teologia”, mas o pensamento mesmo de Jesus... Seria inútil ficar em explicações simplórias sobre a semente e as grandes árvores que acolhem todas as aves... sem entrar no que realmente significa para Jesus o tema do Reino e sem deixar entrever que essa paixão por conseguir a Utopia do Reino por parte de Jesus é a “ipsíssima verba Iesu” e também a “ipsíssima intentio Iesu”, ou seja, a mesmíssima intenção de Jesus e, portanto, sua mesmíssima causa e que, em conseqüência, deve ser esta a causa do cristianismo. Mostrar isto é de fato o principal objetivo da homilia...
Reflexão Apostólica: 

Jesus nos oferta duas simples comparações: a primeira da semente que é lançada na terra e indiferentemente da nossa vontade, cresce, e a do grão de mostarda, que pequeno e simples aos nossos olhos, ao crescer torna-se a maior das plantas do seu tipo; A primeira comparação gera em nós a idéia da espera confiante e paciente após o trabalho e empenho realizado e a segunda a humildade que cresce da simplicidade e que nos enaltece aos olhos de Deus.

Todos os dias somos provados, tentados (não por Deus), assolados por coisas boas e outras não tão boas no nosso tornando o servir uma missão não tão fácil. Trabalho, família, paixões, estudo, (…) coisas que seriam motivos para agradecer a Deus passam a tomar tanto tempo de nossas vidas que às vezes acabam nos afastando…

Nunca perceberam isso? Pessoas muito empolgadas acabam sumindo de nossas comunidades quando arrumam namorados, casam ou vão fazer faculdade… Será que se esqueceram de Deus?

Não! Eu não vejo assim!

É verdade que muita gente constrói sua religiosidade na areia e nesse mundo cheio de luzes e encantos, acabamos nos comportando como mariposas, sendo atraídos por elas, mas discordo quando dizem ou afirmam que essas pessoas esqueceram Deus, pois creio eu isso pareça ser um caminho natural no nosso amadurecimento que precisa ser bem orientado, pois se mal dosado, provavelmente não terá mais volta, ai sim de fato, ela sumirá.

 Se você, que lê isso hoje é um que deseja partir ou partiu e pensa voltar, uma coisa não muda: o valor que Deus dá por você! E parafraseando o evangelho de hoje, independente da nossa vontade, o reino de Deus cresce dentro de nós tornando-se impossível não se sentir amado e atraído por ele.

Sim! Valemos muito para Deus, mas nossa fé e nossas forças às vezes nos traem. Somos muito imediatistas, queremos tudo para agora ou o mais breve que possível. Queremos alcançar o céu, mas se possível de elevador. É ainda difícil de entender que as conquistas virão degrau por degrau e não rapidamente. “(…) PRIMEIRO APARECE A PLANTA, DEPOIS A ESPIGA, E, MAIS TARDE, OS GRÃOS QUE ENCHEM A ESPIGA. QUANDO AS ESPIGAS FICAM MADURAS, O HOMEM COMEÇA A CORTÁ-LAS COM A FOICE, POIS CHEGOU O TEMPO DA COLHEITA”.

Notei que a ansiedade e a preocupação nos acompanharão enquanto vivermos, pois somos seres humanos. Que os benditos cabelos brancos virão independentemente de nossa vontade. Nossos cabelos são contados, inclusive esses brancos que insistem em povoar nossas cabeças. Temos medo de ficarmos sós, medo de não conseguir um bom emprego e um digno salário, medo de não conseguir se firmar depois que acabar a faculdade, (…) e esses tantos medos nos fazem a agarrar qualquer luz que passa aos nossos olhos… E lá vai mais um cristão-mariposa deixando o serviço da messe!

Mas também tenhamos o divino discernimento que nem todo aquele que some é porque deixou a vinha. Muita gente “dá um tempo” dos nossos olhos e não dos olhos de Deus. Conheço pessoas que ao deixar um grupo ou pastoral foram esquecidas ou tratadas como “desertoras”. Não cometamos o erro de esquecer que, talvez Deus, quisesse que a semente dessa mostarda crescesse em outro lugar desse suporte aos pássaros perdidos de outra comunidade, pastoral ou movimento.

Aprendi que o semeador passa toda noite em nossos pensamentos (geralmente as três da manha – riso), vendo nossos anseios e potencialidades, os fazendo crescer durante a noite. A mostarda é bem comum próximo a regiões onde possuem água, como o mar da Galiléia, onde o vento a balançará e por vezes a maltratará, mas sua flexibilidade, que prefiro chamar de maturidade, a fará resistir. A algumas pessoas Deus chamou para ser cedros do Líbano, ou seja, imponentes, rígidos, austeros, colunas robustas a outros maleáveis, tolerantes, acolhedores e adaptáveis como a mostarda.

Quem ta dando um tempo precisa saber que carrega consigo algo tão precioso dentro do seu coração. Algo que pulsa todo dia o desejo de voltar e permanecer fiel. Se você se afastou, creia, Ele mesmo assim, vai com você… E se você se sente pequeno no serviço que faz em sua comunidade, preste atenção, pássaros talvez já repousam em seus galhos…

Propósito: Descobrir o Reino de Deus presente em cada situação, pessoa, dificuldade, alegria, realização, desafio.
BANINDO A DÚVIDA E PREOCUPAÇÃO
Mesmo quando você era ainda bem criança você passou a desenvolver um número surpreendente de novas habilidades num curto período de tempo. Você rapidamente passou de um infante totamente dependente, para uma jovem pessoa capaz e independente. Como você foi capaz de fazer tão rápido progresso? A principal razão foi porque naquela ocasião você não se preocupava com os erros que pudesse cometer. 

Certamente que você cometeu uma enorme quantidade de erros. Você caiu enquanto tentava aprender a andar e usou palavras erradas enquanto tentava aprender a falar. Mas você tinha uma fé e perseverança que eventualmente lhe colocou na posição correta do andar e do falar. 

Quando o seu foco está em apenas evitar erros, você também passa a evitar realizações. Estar constantemente preocupado em se prevenir para não errar, fará com que você também se previna para não acertar. Tome a decisão de aprender com a mais importante lição advinda dos seus primeiros anos de vida: seu rápido progresso adquirido quando criança. Portanto, deixe de lado a preocupação e a dúvida e veja quão rapidamente você se irá movimentar para um novo e positivo estilo de vida.

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