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domingo, 10 de junho de 2018

Evangelho do dia 16 de junho sábado


16  junho - Sente-se um aperto no coração ao pensar na multiplicação dos roubos sacrílegos e na incapacidade de erguer uma barreira contra tanta impiedade. Pobre Jesus, perseguido, desprezado, despojado até no pacífico refúgio do Sacrário. (L 209). São José Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 5,33-37

"- Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: "Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer." Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. Que o "sim" de vocês seja sim, e o "não", não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno."


Meditação: 
Entre os judeus se emprega com freqüência a mesma palavra (‘ala) para indicar tanto juramento como maldição. O juramento é uma afirmação pela qual alguém se deseja para si mesmo um mal ou uma desgraça, no caso de não dizer a verdade ou de não cumprir algo prometido. Quem jura espera da divindade que recaia sobre ele o efeito da maldição. “Então Jônatas falou: Por Javé, Deus de Israel! Amanhã ou depois de amanhã sondarei meu pai. Se tudo for favorável a ti e eu não te avisar, então o Senhor me trate com todo seu rigor! E se meu pai te quiser fazer mal, avisar-te-ei da mesma forma; deixar-te-ei então, partir e poderás estar tranqüilo” (1Sm 20,12-13).

Nos tempos de Jesus se usava jurar não só invocando a Deus, mas também o céu (lugar onde Ele habita), a seu nome (que equivale à sua pessoa), ao templo (lugar de sua presença), aos anjos (seus servidores mais próximos). Pela Bíblia sabemos que quem jurava levantando a mão (Gn 14,22), apertando-a (Jó 17,3), ou colocando-a debaixo da coxa daquele a quem se prometia algo (Gn 24,2); “coxa” é um eufemismo pelos órgãos sexuais. O livro do Eclesiástico (23,9-11) procede contra os juramentos feitos com rapidez; os rabinos tratavam de remediar os abusos; os essênios o consideravam ilícitos e os fariseus estabeleceram uma sutil casuística para manter sua validade.

Jesus não era partidário dos juramentos, pois as relações humanas devem ser regidas pela sinceridade; o juramento supõe má fé ou falta de confiança no outro e isto é coisa do Mal, de Satanás, que é, por natureza, mentiroso (Jo 8,44). E a mentira não deve entrar no coração do ser humano nem reger as relações de uns com os outros. Na comunidade cristã e nas relações humanas, a regra deve ser a sinceridade, a limpeza de coração. O juramento, portanto, está sobrando.

No entanto, nossa sociedade está instalada na aparência da verdade ou na falsidade. A publicidade, que todos os dias nos assedia desde a televisão, a imprensa, o rádio, é enganosa; por razões de competitividade nos é aconselhado a não confiarmos em ninguém, não nos manifestarmos como somos ante os demais, não sermos ingênuos. E o ser humano – em lugar de irmão – se converteu em lobo para o ser humano. E ante o lobo todas as precauções que se tomem são poucas. Como estamos longe de sermos limpos de coração! Quando digam sim, que seja sim, e quando digam não, que seja não; o que passa daí é coisa do Mal. Isto é próprio das pessoas adultas, das pessoas de palavra, que se dizia antes dos discípulos de Jesus que praticavam a sexta bem-aventurança: “Felizes os limpos de coração, porque verão a Deus”.
Somos muito inclinados a colocar alguém acima de nós como garantia de nossos empréstimos, créditos e promessas. Certamente isso outorga algo mais de valor à palavra que damos e à confiança que exigimos para acreditarem em nós. Então, por que colocar Deus como garantia? Certamente não nos damos conta das implicações que tem o “jurar por Deus”, porque já se tornou uma formalidade a mais como os que usamos para saudar, despedir-nos ou relacionar-nos com os outros.
Jesus exige de nós sermos plenamente responsáveis pela palavra que damos; sermos nós mesmos garantia dela com um “sim” ou um “não”, sem buscar em Deus a justificação ou veracidade de nossas promessas. É uma exigência à qual devemos nos ater como verdadeiramente adultos em nossa vida, em nosso trabalho como discípulos, inclusive em nossa forma de falar.
Ser discípulos de Jesus implica diariamente realizarmos um sério e profundo exame de consciência, para levarmos em conta aquelas situações que continuam nos custando trabalho em nosso seguimento de Cristo.
Como pessoas de fé, não podemos nos acostumar a viver sem discernir como é que vivemos, ou a viver sem consciência de nossos atos e palavras. Deus nos chama a vivenciarmos nosso seguimento de seu Filho com coerência e fidelidade de qualidade.

Reflexão Apostólica:
A lei não ordenava que ninguém jurasse, mas ela mostrou que quando tivesse algum juramento, deveria ser feito em nome de Deus e em hipótese alguma haver falsidade (Deuteronômio 6,13; Levítico 19,12; Zacarias 8,17). Mas isto não indicava que fora de juramento, alguém poderia mentir, pois o Senhor Deus abomina a mentira (Provérbios 6,16,17; 12,22).

O problema é que a tradição farisaica encontrava nisto uma fenda para sair de seus erros, ou seja, quando o nome de Deus estivesse envolvido, não se jurava falsamente, porém não tendo o nome do Senhor, era uma porta aberta para a desonestidade.

No entanto, eles deveriam encontrar nos regulamentos de Deus, uma porta para a fidelidade a verdade contínua. O que Jesus condena aqui não são os juramentos em si, mas o engano praticado pelos oportunistas, pois na verdade, qualquer juramento que se faça, está diante de Deus, mesmo que diretamente não envolva o Seu nome.

Um simples “sim” ou “não” não nos coloca em menor responsabilidade com a verdade e com nossos compromissos, que qualquer juramento que se faça (Mateus 12,36-37). Um juramento não obriga necessariamente a quem o faz de reforçar a verdade, mas assegura ao seu receptor uma maior segurança.

O que o Senhor quer é que haja total e absoluta verdade em nossos corações e lábios. O que Jesus espera de cada um de nós em nossos relacionamentos, seja com Ele, com Deus e com o nosso próximo é que sejamos absolutamente sinceros e verdadeiros, ou seja, tenhamos compromisso com a verdade, mesmo nas coisas pequeninas e nos por menores da vida cotidiana.
Como seres humanos, estamos sujeitos a sucumbir às tentações de mentir, ser infiel, odiar, agir com egoísmo, ceder às concupiscências, esquecer e não cumprir com compromissos com os outros e principalmente com Deus. Tais condutas não coincidem com um andar santo e consagrado daquele que se declara seguidor de Cristo.
Deus não pode mentir e espera que cada um que se declara cristão, tenha compromisso com a verdade, sendo honestos a qualquer custo, havendo transparência em suas palavras ditas a Deus ou a alguém, seja ela um “sim” ou um “não” (Tito 1,2; Colossenses 3,9; Efésios 4,15,25). O cristão tem que estar ciente que ele não é obrigado a jurar, mas precisa e deve sempre dizer a verdade.

É o Senhor quem nos aconselha através da Palavra de Jesus que veio nos revelar o que é ou não do agrado do Pai: “não jureis de modo algum”.
Não somos senhores da nossa existência, por isso não podemos dar garantia de coisas de que não temos o alcance. Não pudemos ser senhores da verdade, porém podemos ser firmes naquilo que é a verdade de Deus, dizendo sim ou não de acordo com a Sua Palavra, com Seus ensinamentos. Não podemos acrescentar nenhum dia à nossa existência nem tampouco comandar a rotina da nossa vida. Até os cabelos da nossa cabeça não estão sob o nosso governo, por isso, humildes e conscientes nós necessitamos nos abandonar às sugestões do Senhor e dizer sim, quando for do Seu agrado, e não, quando Ele nos permitir. Que as nossas ações acompanhem as nossas palavras!
Você tem sido fiel ao sim que dá a Deus? A que ou a quem você tem dado não? Você tem dado a sua vida em garantia para algum propósito seu? O que você, seguramente, acha que lhe acontecerá?

Propósito:
Pai, seja o meu sim, sim, e o meu não, não, de forma que o maligno não contamine o meu coração com a mentira, levando-me a ser falso no relacionamento com meu próximo.

BANINDO A DÚVIDA E PREOCUPAÇÃO
Mesmo quando você era ainda bem criança você passou a desenvolver um número surpreendente de novas habilidades num curto período de tempo. Você rapidamente passou de um infante totalmente dependente, para uma jovem pessoa capaz e independente. Como você foi capaz de fazer tão rápido progresso? A principal razão foi porque naquela ocasião você não se preocupava com os erros que pudesse cometer. 

Certamente que você cometeu uma enorme quantidade de erros. Você caiu enquanto tentava aprender a andar e usou palavras erradas enquanto tentava aprender a falar. Mas você tinha uma fé e perseverança que eventualmente lhe colocou na posição correta do andar e do falar. 

Quando o seu foco está em apenas evitar erros, você também passa a evitar realizações. Estar constantemente preocupado em se prevenir para não errar, fará com que você também se previna para não acertar. Tome a decisão de aprender com a mais importante lição advinda dos seus primeiros anos de vida: seu rápido progresso adquirido quando criança. Portanto, deixe de lado a preocupação e a dúvida e veja quão rapidamente você se irá movimentar para um novo e positivo estilo de vida.

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