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domingo, 20 de maio de 2018

EVANGELHO DO DIA 27 DE MAIO - SANTÍSSIMA TRINDADE - AGORA CERTO



27 maio - São João, o Apóstolo predileto, foi o primeiro membro da família de Maria: ele era virgem, e isso é uma linda prova da predileção de Maria pela virgindade. (S 343). São Jose Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 28,16-20

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Os onze discípulos foram para a Galiléia e chegaram ao monte que Jesus tinha indicado. E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas. Então Jesus chegou perto deles e disse:
- Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.

Meditação

Nos evangelhos de Marcos e de Mateus, quando as mulheres, após a crucifixão de Jesus, vão visitar seu túmulo na madrugada do primeiro dia da semana, um anjo lhes diz: "Ide contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos e que vos precede na Galiléia. Lá o vereis" (Mc 16,7; Mt 28,7). No evangelho de Marcos, Jesus já havia dito aos discípulos: "Depois que eu ressurgir, eu vos precederei na Galiléia" (Mc 14,28). Em Mateus, após as palavras do anjo, o próprio Jesus, vindo ao encontro das mulheres, lhes repete: "Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá me verão" (Mt 28,10).

Em continuidade a este anúncio, Mateus registra o encontro dos discípulos com Jesus em uma montanha da Galiléia. Durante seu ministério na Galiléia, Jesus já havia enviado os apóstolos em missão. Agora, permanecendo vivo entre eles, reenvia-os para fazer discípulos entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular, todos são chamados ao seguimento de Jesus, na adesão à vontade do Pai, que é que todos tenham vida, em comunhão plena de amor. 
Este Evangelho, final do relato de Mateus, volta a sublinhar essa conexão.  Compreende as circunstancias do último encontro entre Jesus e seus discípulos (vv. 16-17) e as palavras finais do Senhor à sua comunidade.

A respeito das circunstancias, o texto situa a cena em uma montanha da Galiléia. Produz-se a teofania do ressuscitado que deve colocar-se em relação com a montanha da Tentação e coma montanha da Transfiguração. Antecipa-se, assim, o senhorio de Jesus, tema principal que se depreende das palavras que ele pronuncia.

Longe do centro do poder religioso, Jesus se encontra com os Onze. O número é o resultado da subtração de Judas da cifra original dos Doze discípulos e significa a totalidade dos seguidores de Jesus que não o abandonaram. Todos eles são beneficiários da experiência do Ressuscitado. Ante essa experiência, sua atitude é uma mescla de adoração e de dúvida. Como Pedro ante o embate das ondas a comunidade leva em seu seio estes dois sentimentos contraditórios. Ambos são os únicos textos de Mateus que combinam verbos que se referem a esses dois sentimentos.

As palavras de Jesus querem fortalecer a fé da comunidade a partir do cargo que exercem as três personagens: Jesus, o círculo dos discípulos e “todos os povos”. A respeito de si  mesmo, Jesus afirma que recebeu “plena autoridade no céu e na terra”(v. 18). Para o evangelista, a autoridade ocupa um posto importante na apresentação de Jesus.

Este, no início de sua atividade, havia rejeitado a última proposta do demônio em vista a receber “todos os reinos do mundo” (cf Mt 4,8-10), os discípulos havia visto presente e atuante em Jesus o significado do poder divino, porém deviam mantê-lo em segredo (cf Mt 16,28-17,9). Agora é o momento da proclamação deste senhorio, recebido por Jesus, de Deus Pai.

Os elementos que sublinham o universalismo são acumulados nesta breve passagem. Junto com o “céu e terra” e a menção dos “povos”, dá-se uma significativa repetição do termo “todo”, “plena autoridade”(v. 18), “todos os povos” (v. 19), “tudo o que os mandei” (v. 19), “cada dia” (v. 20). A obediência ao querer divino confere a Jesus um senhorio universal que é exercido sobre toda a realidade criada.

Este senhorio universal é o fundamento para a existência da realidade eclesial. O encontro com Jesus ressuscitado estabelece a Igreja no momento da irrupção gratuita e definitiva daquele que foi entronizado à direita do Pai. Desta forma inicia-se uma nova era com a presença definitiva do Emanuel, o Deus conosco.

Este “relato de vocação”da comunidade eclesial descreve a transmissão de “todo o poder” que Jesus faz. Graças a ele, podem convocar novos discípulos mediante o batismo e a catequese. Pelo batismo, Jesus havia iniciado o cumprimento definitivo da justiça do Reino (Mt 3,15), da mesma forma o batismo cristão insere a cada batizado na mesma dinâmica.

Junto com o batismo, a outra característica da existência cristã é o “ensino”. Não se trata de uma teoria que se deve proclamar, e sim a Boa Noticia do Reino frente a qual todo crente é um seguidor, o que existe dele um compromisso coerente. Trata-se de “guardar tudo o que lhes mandei”. Dessa forma, toda obra e palavra de Jesus se convertem em ponto de referencia que se deve ter presente na própria vida.

O mandato de Jesus compromete a toda a comunidade eclesial e a responsabiliza diante de todas as nações. Ainda que já iniciado no círculo dos discípulos, o senhorio de Jesus não pode se esgota no interno da vida das comunidades cristãs. Para isso conta com a assistência do seu Senhor: “Eu estarei convosco”. Essa assistência oferece a coragem necessária para superar todos os temores e tempestades e confere um âmbito ilimitado para a atuação da salvação.

Para isso, exige-se da Igreja a mesma obediência de Jesus. Somente na rejeição do poder de domínio, na obediência filial ao Pai, poderá realizar sua tarefa. Este “manifesto” final do Senhor ressuscitado liga intimamente a missão da Igreja ao caminho percorrido historicamente por Jesus de Nazaré, homem e Deus.
Reflexão Apostólica:
Neste Domingo, em que celebramos de um modo particular a Santíssima Trindade, vamos ter oportunidade de refletir no Deus que a Bíblia nos apresenta e que não tem os rostos que muitas vezes Lhe atribuímos. Ele é um Deus próximo do homem, o Deus conosco, que Se interessa pelos nossos problemas e intervém para nos conduzir à vida consigo.

É Deus «família», aberta a todos nós. É nessa «família» que somos incluídos pela «força» da Ressurreição de Cristo. Por isso, poderemos chamar a Deus: «Abba, Pai!».
A «família» de Deus, a Trindade, está sempre aberta para acolher os seus novos filhos. O Pai quer que o Seu amor chegue a todas as criaturas.

No seu ensinamento, Jesus diz-nos que Deus não é um Deus sozinho mas uma «família», modelo de unidade e de comunhão de pessoas.

Esta «família» de Deus, a Trindade, é a imagem perfeita da harmonia, da plena integração, da total realização, que acontece na abertura do encontro em diálogo de amor com as outras pessoas. Esta unidade de todos na paz da «casa» do Pai realizar-se-á plenamente quando todos os homens, por intermédio dos Seus discípulos, receberem a Boa Nova da salvação, pela Ressurreição de Cristo.

E ensina-nos de que, como família, temos a graça de poder chamar a Deus: «Abba, Pai!»
E ensina-nos a chamar-Lhe «Abba, Pai»!

Não somos já meras criaturas, não somos servos que ajudam o patrão na esperança de conseguir um prêmio ou no receio de receber um castigo.

Somos filhos que alcançaram d’Ele a mesma vida. O Espírito que nos foi comunicado leva-nos a gritar a Deus, cheios de confiança e alegria: «Abba, Pai!».

A religião dos castigos, do receio, dos méritos, a religião de quem reza a um Deus distante que não sente dentro de si, é inconciliável com a profissão de fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Estaremos nós repletos da presença deste Deus no mundo, especialmente ante quem sofre, quem erra, para quem é pobre? Confiamos que Ele não nos abandona? Acreditamos que o «poder» dado a Jesus e por Ele comunicado através do Espírito Santo acabará por levar todos os homens à salvação?

Então, mantenhamo-nos fiéis ao batismo que recebemos em nome da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, para difundirmos no mundo este amor de Deus por todos os homens. Vamos viver a Igreja que é: viver o agradecimento eterno do Pai ao Filho. Façamo-lo com amor

Propósito:  Reconhecer, com fé, a glória da eterna Trindade.
SOLUÇÕES FÁCEIS
Nossa natureza humana constantemente nos compele a buscar as soluções mais fáceis; não porque sejam eficientes, mas simplesmente porque são mais fáceis de ser aplicadas. Se nos é dada a opção de escolher entre uma abordagem fácil e uma difícil, entre uma sem dor e outra dolorosa, nossa tendência é não hesitar na escolha da solução mais fácil. 

A realidade, entretanto, é que, à medida que uma solução fácil nos leva a uma outra solução fácil, e ainda a uma outra a seguir, nossas ações passam a ter como base esse expediente. Conseqüentemente, passamos a constatar uma notória ausência de eficiência. E gradualmente vamos sendo levados a um mundo de muita atividade, gerando muito movimento, mas raríssimas ações significativas. Isso lhe soa familiar? As soluções fáceis demandam muita atividade, mas em contraposição produzem poucos resultados. 

Chega porém um ponto onde a frustração e a inadequação se tornam insuportáveis. E somos forçados a adotar o caminho mais difícil, só que agora eficiente. Entretanto, esse caminho se tornou bastante difícil, em virtude do acumulo de soluções fáceis. Na próxima vez que você for tentado a buscar a solução mais fácil e menos dolo-rosa, dê uma boa examinada para ver aonde esta solução poderá conduzir a sua vida. E não caia na tentação de evitar o difícil, trocando-o pelo (inicialmente) fácil. Tenha compromisso com o que é correto, não importando quão difícil seja.

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