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domingo, 3 de dezembro de 2017

Evangelho do dia 7 de dezembro quinta feira

07 dezembro - As coisas vistas por cima e naquela luz na qual na qual as nossas idéias preconcebidas no-las mostram, são julgadas de uma maneira; mas vistas e examinadas melhor de perto, devem ser julgadas posteriormente de outra maneira. (L 239). São José Marello

Leitura do santo Evangelho segundo São Mateus 7,21.24-27
 "“Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. – Quem ouve esses meus ensinamentos e vive de acordo com eles é como um homem sábio que construiu a sua casa na rocha. caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Porém ela não caiu porque havia sido construída na rocha. – Quem ouve esses meus ensinamentos e não vive de acordo com eles é como um homem sem juízo que construiu a sua casa na areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força contra aquela casa. Ela caiu e ficou totalmente destruída.”"

Meditação: 
 “(…) Somente quem faz a vontade do Pai que está nos céus irá participar plenamente do seu Reino. Jesus veio até nós para nos revelar quem é o Pai, assim como a sua vontade, para que, a partir do seu conhecimento, pudéssemos praticá-la e participar conscientemente do Reino. Por isso, todos os que desejam a vida eterna devem fundamentar a sua existência na palavra de Jesus e procurar viver segundo os valores que ele pregou no Evangelho, colocando em prática a vontade do Pai, que Jesus, ao se fazer homem e vir ao mundo, revelou para todos nós”. (CNBB)
 A liturgia de hoje nos apresenta o final do Sermão da Montanha, no evangelho de Mateus (5-7). Este nos conta que a pregação de Jesus tem muito êxito entre as cidades pobres do norte do país.

Gente de muitas cidades o seguia, então ele decide subir ao monte e expõe num longo discurso, sua lei de vida, o ideal de vida da comunidade. Chama bem-aventurados os pobres e reinterpreta a lei do Antigo Testamento, centrada no cumprimento de regras e preceitos, antepondo a toda a lei o respeito ao ser humano, à sua dignidade. É neste contexto que aparece o evangelho do dia de hoje.

Este evangelho é uma exortação final de todo o discurso: quem escuta estas palavras, quer dizer, quem antepõe a dignidade do homem ante os projetos, normas e leis, edifica firmemente, sobre rocha.

Quem não as escuta, quer dizer, quem nega a dignidade do ser humano e põe sua confiança nas coisas, edifica debilmente, fica só e a primeira dificuldade mostrará que as leis, normas e coisas servem pouco.
 O texto apresenta a relação mais ou menos estreita entre as palavras e as obras na vida, e busca, por conseguinte, afirmar a necessidade da coerência na existência dos seguidores de Jesus.

O v. 21 coloca em primeiro plano o modo como devem ser valoradas duas atitudes opostas. A primeira pertencente exclusivamente à ordem das palavras.

Mesmo que as palavras mencionadas aqui pertençam a uma ordem importante, a da fé, pois proclamam Jesus como Senhor, não basta repeti-las para poder «entrar no Reino». Pelo contrário, a segunda atitude não consiste exclusivamente em dizer, mas se desenvolve no âmbito do «fazer».

Como na parábola dos dois filhos (Mt 21,28-32) e em muitas passagens de Mateus se contrapõem aqui a palavra e a obra, intenção expressa e realização.

Os vv. 24-27 retomam essa oposição falando de duas categorias de pessoas que têm algo em comum, já que ambas são descritas como “os que ouvem” as palavras de Jesus.

A diferença se estabelece a partir de quando se coloca ou não em prática essas palavras. Primeiramente se descreve a atitude dos que se preocupam em transformar em vida essas palavras (vv. 24-25), em seguida aqueles que não são coerentes com a palavra ouvida.

A partir desta opção fundamental se descrevem a natureza de cada uma destas atitudes e as conseqüências que derivam dessa natureza.

A prudência é própria da primeira categoria, a estupidez é a característica sobressalente da segunda. Graças a uma dupla comparação com a maneira de se construir um edifício, coloca-se o fundamento dessa prudência ou imprudência.

O fundamento escolhido para um e outro edifício é diferente. No primeiro caso, a rocha; no segundo, a areia. Os dois fundamentos distinguem-se entre si por sua firmeza ou fragilidade. E, a partir daí, pode-se vislumbrar a sorte futura das duas construções.

Uma e outra casa estarão sujeitas às mesmas adversidades originadas dos fenômenos climáticos: chuva, inundações e tempestades.

A ação destruidora dos mesmos agentes atmosféricos produz diferentes resultados. No primeiro caso a construção “não caiu”; no segundo, “caiu”.

Nos dois casos se tem o cuidado de mostrar que o resultado teve sua causa no fundamento escolhido: “porque estava edificada sobre a rocha”, “porque estava edificada sobre a areia”.

A prudência ou a sabedoria cristã não deriva do “cálculo ou da justa medida”, mas da adequação da vida aos ensinamentos e vida de Jesus, a seu projeto de justiça sobre o Reino.

Ser sábio é, então, buscar a realização do sermão da montanha na existência humana, comprometer toda a vida, situar todas as ações no âmbito do seguimento, ser “apaixonadamente imprudente” pela causa do Reino e sua justiça.

Essa entrega sem reservas, sem levar em conta as perdas e os danos que possam se dar é a única forma de realização proposta por Jesus a seus seguidores e o critério definitivo da realidade do seguimento.

A felicidade prometida por Jesus, à qual estão diretamente convidados os discípulos, deve tornar-se compreensível para todos os seres humanos graças à vida de cada um e de todos os integrantes de cada comunidade cristã. Com sua atuação se relaciona a sorte do Reino e de toda a história humana.

Reflexão Apostólica:
 Já adentramos dezembro e que reflexão faço da minha casa, ou seja, de mim, esse ano? Quantas vezes caí? Quantas vezes me envergonhei dos meus atos? Sobre o que edifiquei ou me embasei nas minhas decisões? Decidi ou me manifestei no calor de emoções? A quantos feri? Mais pra frente entenderemos o porquê dessas perguntas.

Somos chamados, ano a ano a acompanhar o tempo. Os dias passam e com eles o tempo também. Um fruto, um dia foi semente, foi flor e depois o fruto, uma seqüência natural que também acontece conosco, pois um dia fomos crianças, outrora jovens e agora maduros, mas nesse ano, quantos passos foram dados em busca da maturidade?

(…) Então é natal, e o que você fez? O ano termina, e nasce outra vez…”.

Pergunto isso todos os anos… Responda sem preocupações: Quantos livros eu li? O quanto me aperfeiçoei ou me dediquei em algo? Que conceitos ou pré-conceitos foram revistos? O que era um defeito e agora é um fato controlado ou pelo menos esta mais tênue? A quantos eu estendi a mão (perdão, conforto, paz)? O que plantei? Que projetos idealizei e consegui concluir?

O ano renasce a cada novo amanhecer. Se usarmos uma analogia daquela placa “ESTAMOS EM OBRAS PARA MELHOR ATENDÊ-LO”, descobrimos que passamos mais tempo em obras do que abertos ao público. Que afugentamos mais do que trazemos para perto de nós. Que temos medo de abraçar, pois não sabemos as intenções verdadeiras de quem nos abraça; que damos mais “esmolas” se tivermos algo em troca.

Pergunte-se: A quem mais ajudamos no dia a dia, o malabarista de semáforo que nos pede um trocado pelo show ou ao rapaz, que mora numa casa que lida na recuperação de vítimas do álcool e outras drogas, que entra no ônibus e nos dá duas canetas em “troca” de dois "real"? Ambos estão trabalhando. Poderíamos alegar que o motivo dos meninos da Manasses seja mais nobre, mas como não verificar a dificuldade de reconhecer que até a melhor de nossas intenções pode ser movida por interesses?

Quantas vezes minha decisões foram movidas por meus interesses ou sentimentos particulares? Quantos projetos naufragaram por minha falta de vontade ou por minhas críticas? Quantas vezes fui movido pelas dores dos outros a atacar ou julgar outras? Quantos, que nem mesmo conhecia, mas eu já imaginava como seriam (pré-julgamento)?

A música “Então é Natal” termina com um pedido de paz e uma lembrança a Hiroshima e Nagasaki, cidades destruídas pelo ímpeto humano de estar certo a qualquer custa. Quantos casamentos, noivados, namoros e amizades também foram e são desfeitos também pelo orgulho, por não querer ceder, não aceitar as correções? Por exemplo, o orgulho de homens que não querem ajudar na lida doméstica (lavar, cozinhar, passar) como se fosse “coisas de mulher” ou quando não as deixam estudar, sair de casa, (…)

As reformas do nosso ser não param de acontecer, pois temos um imenso prazer em receber as pessoas, estar perto delas, de nos socializar, cada vez melhor, mais dóceis, amáveis… Quem tem Deus no coração não consegue se isolar, se calar, fugir.

João, o evangelista, era provavelmente o mais novo dos apóstolos e somente na velhice conseguiu sintetizar o que Jesus realmente desejava. É dele fases como “Deus é Amor”, mas algo que ele escreveu, que nesse período tão favorável, me toca:

Daí se sintetiza o evangelho de hoje “(…) Filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e de verdade”, pois como Jesus disse “(…) Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu."
Precisamos crescer com as primaveras que passam.

PEÇA AJUDA!
Todos os dias você tem oportunidade de colocar um sorriso no rosto de alguém. 

Para muitas pessoas a frase mais difícil de pronunciar é esta: “Eu preciso da sua ajuda”. Por alguma razão – que não faz absolutamente sentido algum – resolvemos acreditar no fato de que ao pedirmos ajuda ou socorro a alguém estamos com isso demonstrando grande insegurança e fraqueza. Contudo a realidade é muito diferente: pedir ajuda é, muito ao contrário, sinal de força de caráter.

Pense apenas por alguns segundos. Quando alguém lhe pede a sua ajuda, você não se sente bem com isso? Claro: você alcança um sentido de valor, pois de repente se transforma numa pessoa importante, necessária, útil num momento talvez muito especial.

Quanta satisfação você pode provocar em pessoas que têm tanto a oferecer, mas poucas oportunidades para estender a mão e ajudar. Quero encorajá-lo no dia de hoje a investir um tempo a “levantar e estimular” pessoas, ao buscar sua assistência, mediante uma opinião ou um simples conselho. Ao fazer isso você estará investindo na auto-estima delas, pois lhes estará engrandecendo a imagem, talvez empobrecida por muito pouco caso e indiferença. Na verdade o mundo está repleto de invejosos, que não suportam ver ninguém sendo exaltado. Sim, hoje, sem falta, não deixe de pedir ajuda.

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