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domingo, 3 de dezembro de 2017

EVANGELHO DO DIA 10 DE DEZEMBRO - 2º DOMINGO DO ADVENTO

10 dezembro De vossa parte, fazei tudo o que puderdes para vos manterdes sempre com a vontade firme de servir unicamente a Deus, e Ele vos concederá vitória sobre todos os vossos inimigos. (S 355). Jose Marello
Marcos 1,1-8

"Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está escrito no profeta Isaías: "Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, e ele preparará teu caminho. Grita uma voz: 'No deserto abri caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele'". Assim veio João, batizando no deserto e pregando um batismo de conversão, para o perdão dos pecados. A Judéia inteira e todos os habitantes de Jerusalém saíam ao seu encontro, e eram batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. João se vestia de pêlos de camelo, usava um cinto de couro à cintura e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Ele proclamava: "Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. Eu vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo"."
Meditação:
A palavra "evangelho", que tem origem no grego e significa "boa notícia", era usada para exprimir o anúncio das novidades dos imperadores romanos, tais como uma visita a ser feita ou o nascimento de um herdeiro.

No evangelho de Marcos, escrito após o término do ministério de Paulo, a palavra passa a ter um novo sentido: o evangelho é o anúncio da vida de Jesus, desde o batismo de João até a sua morte e ressurreição.

Os evangelhos de Mateus e Lucas, posteriores ao de Marcos, iniciarão seus textos com as narrativas de infância de Jesus, a partir do anúncio de seu nascimento, pelo anjo.

O evangelho de Marcos centra-se na pregação de João Batista. Nele se cumpre a profecia de Malaquias, segundo a qual vira um mensageiro diante do Messias (que seria Elias), e do profeta Isaias que expressa a missão do precursor em preparar o caminho daquele que há de vir.

João proclamava um batismo de conversão, que era sinal do perdão dos pecados e que implicava o compromisso de mudança de vida.

Pregava um castigo iminente de Deus e ante essa ameaça devíamos reconhecermos pecadores, débeis, falhos, e que por isso o batismo era expressão de uma real mudança de vida e não somente um simples rito.

Essa pregação era muito aceita pelo povo de Jerusalém e da Judéia, especialmente pelos mais pobres (logo mais os evangelistas nos dirão que os fariseus e os doutores da lei, pessoas importantes, não acreditaram nele).

João tem como característica uma vestimenta e uma dieta especiais, que significava sua dimensão profética. Veste-se dessa forma porque as tradições da época identificavam os profetas com essas características.

A vinda iminente de quem vai batizar no Espírito é a esperança que o grupo de seguidores de João carrega em seu coração.

João Batista tem grande influência no início do ministério de Jesus. Ele era filho de sacerdote, porém rompe com a tradição sacerdotal e com o Templo de Jerusalém.

Indo para a periferia às margens do Jordão ele se afasta do Templo, e pregando a conversão de vida à prática da justiça, com o que o pecado é extinto, ele rompe com os rituais de sacrifícios e ofertas pelo pecado a serem feitas com os sacerdotes.

Com sua pregação João prepara os caminhos de Jesus, o que é visto como cumprimento da profecia de Isaías (Mc 1,2-3, Is 40,1-5.9-11).

Isaías profetizava o retorno dos exilados da Babilônia para Jerusalém. Agora é Jesus que vem resgatar os excluídos e oprimidos fazendo-se o caminho para o Pai.

O ritual externo do batismo de João, com o mergulho e o renascimento pelas águas, é símbolo do compromisso fundamental de conversão à prática da justiça.

A prática da justiça acarreta a libertação dos pecados, com a instauração de um mundo digno e justo, os novos céus e a nova terra (2Pd 3,8-14), nos quais habitará a justiça verdadeira, aquela que atenda a todos os direitos humanos.

O batismo de João é assumido por Jesus que lhe dá o caráter de participação na vida divina através do dom do Espírito Santo.
Celebramos neste final de semana o segundo domingo do Advento, que é o tempo favorável para se preparar para a celebração anual do Natal, o Mistério da Encarnação.
A palavra de Deus nesta época especial do ano litúrgico assume um papel e uma função muito importante para nossa vida cristã. 
É partir dela que começamos a entender o verdadeiro sentido da vinda de Deus entre nós e a própria celebração do Natal do Senhor neste tempo marcado por tanto sofrimento, mas também com muita esperança e confiança.
Como vemos, a liturgia de hoje nos convida à esperança, a crer que em meio às dificuldades, das perseguições, das realidades mais duras da vida, é possível um futuro melhor, porque o Senhor é fiel àqueles que assuem os valores da verdade, da justiça e da fraternidade.

Como cristãos somos convidados à esperança, encontrada em Jesus, sobretudo neste tempo de espera alegre da sua natividade, espera de um novo mundo.

Que nossa esperança saiba dar testemunho diante do mundo com a proposta de que é possível um futuro melhor, em meio às difíceis condições de nossa realidade.

Reflexão Apostólica:

Advento é tempo da vigilância, do estar atento, com a fé que nos permite reconhecer o Filho de Deus encarnado que permanece conosco.

Advento é tempo de esperança e de abertura à mudança: mudança de vestuário e de nome (Baruc), mudança de caminho (Isaías). Mudar, para que todos possam ver a salvação de Deus.

Advento deve ser o tempo forte para nossa transformação, para nosso encontro com Deus, com esse Deus feito ser humano para salvar-nos, para entrar profundamente no mais íntimo de nós.

Este tempo do Advento é uma oportunidade propícia para pormos frente a frente João Batista e Jesus. O primeiro nos prepara, o outro nos forma de um modo único e definitivo.

Deixemo-nos impregnar pela graça deste acontecimento que se aproxima de nós. Deixemos que estas celebrações da Eucaristia e da Liturgia destes dias nos ajudem a aprofundar o mistério que estamos para celebrar.

Unidos na esperança, caminhamos juntos ao encontro com Deus. Mas, ao mesmo tempo, ele caminha conosco, assinalando o caminho pelo qual “Deus guiará a Israel entre festas, à luz de sua Glória, com sua justiça e sua misericórdia”.

Assim como há dois mil anos o apelo à preparação ecoa chamando-nos a preparar o caminho do nosso coração, porque é aí que o Senhor deve nascer. Isso nós veremos através das transformações de nossas vidas e comportamentos.

Neste tempo de espera e de conversão precisamos também hoje de vozes proféticas e corajosas chamando o mundo à conversão.

Vozes fortes e corajosas, que podem dizer a verdade até o fim e não têm medo de nada nem de ninguém, para trazer para fora tudo o que é verdadeiro, justo e reto.

Esta breve passagem evangélica nos faz entender a missão de João Batista e o seu papel em vista do Salvador. O precursor tem o seu lugar bem preciso no plano da salvação.
Nós sabemos o que ele fez e qual foi sua atitude diante do mal, do pecado, dos desvios e da imoralidade. Ele clamou em alta voz, e denunciou, em termos inequívocos o mal existente em seu tempo.
Ele não somente gritou, mas ele trabalhou e viveu na pele a experiência de um compromisso e fidelidade à verdade e à moralidade.

A sua existência foi uma vida reta, límpida, penitente, pura e imaculada em si era um testemunho de uma denúncia do que estava errado e daquilo que era útil fazer para ajudar a preparar o caminho para o Messias e Redentor.

Todos nós precisamos ouvir a voz desta voz preparatória para a vinda do Messias, que hoje nos convida a arrependermo-nos, a mudar de vida, para renovar-nos fazendo penitência, para concentrar em Cristo o sentido último de nossa vida.

A consciência clara e a consciência da eternidade nos leva a agir para este objetivo final de toda a nossa vida. Os novos céus e a nova terra são também um compromisso para construir a cada dia a civilização do amor, o Reino de Deus.
Enquanto caminhamos para a parusia temos o sagrado dever de acolher com alegria o plano de Deus cumprindo, com o dom da graça, o que Jesus quer de nós.

Isso nós faremos através de escolhas de vida evangélica em sinal da renovação e de alegria eterna.

Nós somos os verdadeiros trabalhadores que trabalham em todas as situações para construir o nosso futuro no Senhor, com o Senhor e para Senhor que veio para nos redimir e nos salvar da nossa condição de miséria e pecado.

Ele vem no esplendor da glória, e vai chamar-nos de possuir o reino prometido, que agora ousamos esperar, numa esperança vigilante. A voz de João Batista continua a ecoar nos dias de hoje! Vamos escutá-lo!

Propósito:
Deus, nosso Pai, nós te pedimos: ajuda-nos a compreender que a melhor maneira de nos preparar para a celebração do nascimento de Jesus é preparar e aplainar os caminhos que podem fazer chegar à nossa sociedade a Justiça e a Paz que ele anunciou. Senhor Jesus, a exemplo de João Batista, fazei-nos teus mensageiros, que preparemos tua chegada no coração de quem precisa de ti.
O AMOR DO PAI
Amor é o fluxo imortal de energia, que alimenta, estende e preserva; seu alvo eterno é vida.  

O amor é algo difícil de ser definido, mas muito fácil de ser reconhecido. Quanto mais graciosamente você lhe presenteia, mais recebe de volta; quanto menos dele exige ou demanda, mais preciosos retornos ele lhe traz. Quanto menos condições você impõe ao amor, mais perfeitamente ele se ajusta a você, e mais significativo se torna.

O amor pode fazer uma diferença positiva e poderosa, onde quer que esteja presente. Ele é capaz de operar maravilhas, em qualquer área da vida. Dê amor a alguém, e você se irá deparar com uma incrível conexão, que irá trazer beneficios preciosos a duas pessoas – e provavelmente se estender a muitas outras, de forma abençoadora e indefinida...

Ame aquilo que você faz, e você será consideravelmente mais eficiente. Acrescente amor ao conhecimento, e você alcançará maior sabedoria. Ame a vida preciosa que Deus está lhe concedendo, e você encontrará real significado para cada momento e circunstância da sua vida. Nada, nada mesmo, substitui o amor.

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