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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Evangelho do dia 14 de junho - 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM



14 de junho 2015 – 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM
14 - Vinde, Espírito de verdade, iluminar as nossas mentes! Vinde, Espírito de alegria, consolar os nossos corações! Vinde, Espírito de piedade, despertar em nossas almas sentimentos vivíssimos de amor a Jesus! (S 347). São Jose Marello
Leitura do santo Evangelho segundo São Marcos 4,26-34

"Jesus disse:
- O Reino de Deus é como um homem que joga a semente na terra. Quer ele esteja acordado, quer esteja dormindo, ela brota e cresce, sem ele saber como isso acontece. É a própria terra que dá o seu fruto: primeiro aparece a planta, depois a espiga, e, mais tarde, os grãos que enchem a espiga. Quando as espigas ficam maduras, o homem começa a cortá-las com a foice, pois chegou o tempo da colheita.
Jesus continuou:
- Com o que podemos comparar o Reino de Deus? Que parábola podemos usar para isso? Ele é como uma semente de mostarda, que é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce muito até ficar a maior de todas as plantas. E os seus ramos são tão grandes, que os passarinhos fazem ninhos entre as suas folhas.
Assim, usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.
"


Meditação:

Jesus é atacado pelos judeus: se de fato for o Messias, que mostre os sinais precursores do reino! Jesus lhes responde que não há sinais extraordinários. Deus deixa crescer a semente lentamente, mas é necessário esperar; não há continuidade absoluta entre esse trabalhoso parto do reino de Deus e sua manifestação em plenitude.

Que aqueles que colaboram na instauração do reino não percam sua confiança em Deus. Ele começou, e após o silêncio, virá o cumprimento de sua obra. Que se espere com paciência; sem querer adiantar-se a ele. E aqueles que não quiserem crer no reino a não ser no momento de sua manifestação, estejam muito atentos: esse reino está já perto deles em Jesus, e será preciso reconhecê-lo agindo na pobreza dos meios e na lentidão do crescimento.

A parábola do grão de mostarda alimenta a confiança em Deus ao sublinhar o contraste entre os humildes começos do reino e a magnitude da tarefa. Com esta parábola Jesus quis, seguramente, responder à objeção daqueles que se opunham à pequenez dos meios empregados por ele para a glória do reino esperado.
É a partir da pequenez que Deus se manifesta plenamente. A partir do que não conta para os poderes deste mundo. A partir da insignificância, é que Deus acontece com mais força. Na obscuridade da vida é quando maior se pode ver a luz”, diria santa Teresa de Jesus.

Hoje o evangelho nos convida a sentar-nos como discípulas e discípulos aos pés do mestre Jesus. Ele com sua simplicidade e profunda sabedoria nos explicará em parábolas o sentido daquele Reino com o qual nos quer comprometer.
As parábolas, mais que histórias ou exemplos didáticos, são símbolos com os quais Jesus deseja questionar nossos esquemas mentais e convidar-nos a renovar nossas formas de pensar e ver a vida.

Jesus compara o Reino com um agricultor que semeia a semente na terra. Enquanto ele dorme e se levante, de dia e de noite a semente cresce sem que ele saiba como.
Este homem sabe que o crescimento da semente não lhe corresponde, nem as flores, nem o tempo que se leva a maturação do fruto. Mas nem por isto ele renuncia a sua tarefa. É a terra que guarda o segredo do processo, ela dá desde a sabedoria de sua entranha: a erva, a espiga, o crescimento.

O semeador escuta e se submete ao ritmo da terra e ela por sua vez lhe bendiz com fruto abundante. Imagem desconcertante num mundo modernizado que submeteu a terra ao ritmo da exploração e o mercado, e nega aos filhos da terra o alimento que dela emana gratuitamente.
O Reino, igualmente como a terra não é propriedade de ninguém, mas sim um dom gratuito de Deus para ser cuidado e partilhado entre seus filhos e filhas.

Reflexão Apostólica: 

Jesus nos oferta duas simples comparações: a primeira da semente que é lançada na terra e indiferentemente da nossa vontade, cresce, e a do grão de mostarda, que pequeno e simples aos nossos olhos, ao crescer torna-se a maior das plantas do seu tipo; A primeira comparação gera em nós a idéia da espera confiante e paciente após o trabalho e empenho realizado e a segunda a humildade que cresce da simplicidade e que nos enaltece aos olhos de Deus.

Todos os dias somos provados, tentados (não por Deus), assolados por coisas boas e outras não tão boas no nosso tornando o servir uma missão não tão fácil. Trabalho, família, paixões, estudo, (…) coisas que seriam motivos para agradecer a Deus passam a tomar tanto tempo de nossas vidas que às vezes acabam nos afastando…

Nunca perceberam isso? Pessoas muito empolgadas acabam sumindo de nossas comunidades quando arrumam namorados, casam ou vão fazer faculdade… Será que se esqueceram de Deus?

Não! Eu não vejo assim!

É verdade que muita gente constrói sua religiosidade na areia e nesse mundo cheio de luzes e encantos, acabamos nos comportando como mariposas, sendo atraídos por elas, mas discordo quando dizem ou afirmam que essas pessoas esqueceram Deus, pois creio eu isso pareça ser um caminho natural no nosso amadurecimento que precisa ser bem orientado, pois se mal dosado, provavelmente não terá mais volta, ai sim de fato, ela sumirá.

 Se você, que lê isso hoje é um que deseja partir ou partiu e pensa voltar, uma coisa não muda: o valor que Deus dá por você! E parafraseando o evangelho de hoje, independente da nossa vontade, o reino de Deus cresce dentro de nós tornando-se impossível não se sentir amado e atraído por ele.

Sim! Valemos muito para Deus, mas nossa fé e nossas forças às vezes nos traem. Somos muito imediatistas, queremos tudo para agora ou o mais breve que possível. Queremos alcançar o céu, mas se possível de elevador. É ainda difícil de entender que as conquistas virão degrau por degrau e não rapidamente. “(…) PRIMEIRO APARECE A PLANTA, DEPOIS A ESPIGA, E, MAIS TARDE, OS GRÃOS QUE ENCHEM A ESPIGA. QUANDO AS ESPIGAS FICAM MADURAS, O HOMEM COMEÇA A CORTÁ-LAS COM A FOICE, POIS CHEGOU O TEMPO DA COLHEITA”.

Notei que a ansiedade e a preocupação nos acompanharão enquanto vivermos, pois somos seres humanos. Que os benditos cabelos brancos virão independentemente de nossa vontade. Nossos cabelos são contados, inclusive esses brancos que insistem em povoar nossas cabeças. Temos medo de ficarmos sós, medo de não conseguir um bom emprego e um digno salário, medo de não conseguir se firmar depois que acabar a faculdade, (…) e esses tantos medos nos fazem a agarrar qualquer luz que passa aos nossos olhos… E lá vai mais um cristão-mariposa deixando o serviço da messe!

Mas também tenhamos o divino discernimento que nem todo aquele que some é porque deixou a vinha. Muita gente “dá um tempo” dos nossos olhos e não dos olhos de Deus. Conheço pessoas que ao deixar um grupo ou pastoral foram esquecidas ou tratadas como “desertoras”. Não cometamos o erro de esquecer que, talvez Deus, quisesse que a semente dessa mostarda crescesse em outro lugar desse suporte aos pássaros perdidos de outra comunidade, pastoral ou movimento.

Aprendi que o semeador passa toda noite em nossos pensamentos (geralmente as três da manha – riso), vendo nossos anseios e potencialidades, os fazendo crescer durante a noite. A mostarda é bem comum próximo a regiões onde possuem água, como o mar da Galiléia, onde o vento a balançará e por vezes a maltratará, mas sua flexibilidade, que prefiro chamar de maturidade, a fará resistir. A algumas pessoas Deus chamou para ser cedros do Líbano, ou seja, imponentes, rígidos, austeros, colunas robustas a outros maleáveis, tolerantes, acolhedores e adaptáveis como a mostarda.

Quem ta dando um tempo precisa saber que carrega consigo algo tão precioso dentro do seu coração. Algo que pulsa todo dia o desejo de voltar e permanecer fiel. Se você se afastou, creia, Ele mesmo assim, vai com você… E se você se sente pequeno no serviço que faz em sua comunidade, preste atenção, pássaros talvez já repousam em seus galhos…

Propósito:
Pai, dá-me sensibilidade para perceber teu Reino acontecendo no meio de nós, aí onde lutamos para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

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