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domingo, 1 de junho de 2014

Evangelho segunda feira 2 de junho - S. Marcelino e S. Pedro

02 - É preciso ser fortes e afáveis, como São Francisco de Sales. (S 174). São Jose Marello
João 17,1-11a
"Assim Jesus falou, e elevando os olhos ao céu, disse: "Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. (Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste.) Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer. E agora Pai, glorifica-me junto de ti mesmo, com a glória que eu tinha, junto de ti, antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que, do mundo, me deste. Eles eram teus e tu os deste a mim; e eles guardaram a tua palavra... e reconheceram que eu saí de junto de ti e creram que tu me enviaste. Eu rogo por eles. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. Eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para junto de ti".

Meditação: 

No marco do discurso de despedida se encontra esta oração de Jesus ao Pai pelo futuro dos discípulos. Jesus parece estar a meio caminho entre este mundo e a presença do Pai; transcendendo o tempo o espaço, mais além da morte, está falando aos discípulos de todos os tempos.

A glorificação do Filho é a glorificação do Pai para dar a vida eterna a seus discípulos, é melhor uma oração de comunhão entre o Pai e o Filho do que uma oração de petição.

Jesus é o lugar de manifestação do nome de Deus. “Os que me confiaste”, se refere, em primeira instancia, aos Doze, mas dado que eles são modelo para todos os cristãos, tem-se em conta os futuros discípulos.

Neles se revela a glória de Jesus, nos cristãos crentes que chegaram à fé depois da ressurreição. Eles continuam no mundo, mas não são do mundo, como tampouco o Reino é de seu mestre; serão como estranhos no mundo, e por isso mesmo sua presença será tumultuadora e ameaçadora para os poderes dos sistemas de opressão e dominação ao longo da história.

No Evangelho de hoje temos o início da expressiva e sublime oração de Jesus ao Pai, no capítulo 17 de João. É a oração da glória do Pai e de Jesus, gloria esta que consiste na comunicação da filiação divina com o dom da vida eterna àqueles que estão unidos a Jesus.

A glória do Pai é o cumprimento da missão de Jesus, anunciada no Prólogo do evangelho: "a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus..." (Jo 1,12).

É a realização da obra do Pai. Jesus, glorificado em seus discípulos, ausenta-se do mundo. Mas os discípulos permanecem no mundo. Cabe aos discípulos, como filhos de Deus, darem continuidade à obra do Pai, realizada por Jesus, comunicando amor e vida ao mundo.

Jesus se manifestou a todos para “nos tirar do mundo”, quer dizer, para nos afastar do pecado e do que nos impede de sermos cada vez mais humanos. A glória de Deus se manifesta na atividade pela qual Ele dá a vida e a refaz quando ela está destruía e perdida. A glória de Deus é que o ser humano viva plenamente.

Jesus foi claro em seus ensinamentos: nosso Deus é um Deus Amor, misericórdia, que não julga nem condena, mas que perdoa e salva.

Nosso compromisso é seguir seus ensinamentos, porque tudo que é do Senhor é também do discípulo e “neles se revela a glória”. Peçamos ao Senhor que nos afaste do pecado e da indiferença, da falta de solidariedade, do desamor e nos dê seu Espírito de vida.

Jesus sabia que sua hora tinha chegado. E assim sendo, não quer deixar seus discípulos em debandada, desunidos. E sabendo também a força e o poder do encardido que é de dispersar, criar confusão e pânico cheio de amor, por sua fidelidade dá glória ao Pai.

Apresenta ao Pai a oração mais sublime da unidade na comunhão do amor. Ele pede que o seu Pai revele e exalte na pecadora do homem na natureza divina do Filho que e o próprio Jesus.

Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.

Nesta oração Jesus coloca em destaque primeiro a glória conjunta do Pai e d’Ele. E ao mesmo tempo faz-nos saber que a obediência na realização da vontade de Deus seu Pai constitui a maior a glória do Pai, na terra.

Por isso, terminando a sua missão diz: Eu mostrei quem tu és para aqueles que tiraste do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti.

Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é preciso, tu ó pai os guardes na unidade. Para o lobo não os disperse e devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste.

Esta é a preocupação do meu e do teu Jesus, que permaneçamos unidos n’Ele assim como Ele permanece no Pai. Que o lobo não nos devore. 

Cada um tem o seu vício, hábito, dificuldade, problema que é como que o pecado de estimação que não passa de pedra no seu sapato ou no da sua família: esposo, esposa, filhos, irmãos etc e que, vira e mexe, nos põe de rasto, semeando desordem, distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e…  É este o lobo do qual Jesus quer livrar-nos, na oração de hoje ao Pai do Céu.

Reflexão Apostólica:
  
A hora de Jesus era justamente aquela em que iria ser consumado o plano de Deus para a humanidade e, por isso, o Pai glorificaria o Filho a fim de que Ele glorificasse o Pai.

Há uma sintonia entre Jesus e o Pai na missão a que se propõem: a de conceder a vida eterna a todos aqueles que o Pai confia ao Filho.

Por isso, Jesus, percebendo a hora em que seria glorificado, se despede dos Seus discípulos com uma belíssima oração de intercessão a Deus Pai para que todos tivessem a oportunidade de conhecê-Lo e assim apropriarem-se do Seu plano de salvação.

O Plano de Deus para cada um de nós é a vida eterna, perfeita comunhão com Ele, felicidade desde já e a bem-aventurança na outra vida.

Deus Pai confiou a nossa vida a Jesus Cristo, deste modo, a condição para que ela seja conservada é a de que creiamos em Jesus Cristo e no mistério da Sua Paixão, Morte, e Ressurreição.

Esta vida nova consiste em que nós creiamos em Jesus como nosso único Salvador que foi glorificado depois que passou pela Cruz.

Se não acreditarmos e não acolhermos o novo nascimento que Jesus veio nos conferir, nós perderemos a vida eterna. Assim, também nós alcançaremos a glória eterna, se nos fizermos um com Jesus e o Pai pelo poder do Espírito Santo.

Estão aptos a entrar na vida eterna todos os que crêem, acolhem e reconhecem verdadeiras as Palavras de Jesus, o Enviado do Pai.

Jesus rogou pelos que eram Seus, mas olvidou o mundo que não crê, questiona e se distancia de Deus e, por isso mesmo, vive na escuridão.

Estamos no mundo, mas não somos do mundo e o nosso destino é a casa do Pai, morada que Jesus conquistou para nós.

O que você entende por “vida eterna”? Você acredita que Jesus rogou por você também? Você acolhe no coração, como num terreno bom, os ensinamentos de Jesus? Você tem certeza de que irá para o céu?

Propósito:

Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Filho. Assim, poderei caminhar para ti com a segurança de quem se deixa iluminar pela verdadeira luz.

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