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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Evangelho terça feira 3 dezembro


Evangelho:

Leitura do santo Evangelho segundo São Lucas 10,21-24

"Naquele momento Jesus exultou no Espírito Santo e disse: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, senão o Pai; ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar".
Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: "Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!
Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir"." 

Meditação:
Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.
Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os Seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!”
Quando nos dispomos a divulgar o reino dos céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.
O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada
A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (At 2, 46) e todos nós devemos ter.
Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas.
Nosso Senhor glorifica seu Pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os primeiros discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.
Jesus, em sua humanidade, deve ter se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade.
Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes.
Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (Lc 10,3-7), pois serão portadores da paz.
Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.
Os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus.
É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora.
Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (Is 11,1-8)
Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos.
Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo.
Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o Reino. “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes!”
Quando nos dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior.
O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.
Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.
O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22).
Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.
Reflexão Apostólica:

Neste domingo que passou o celebrante, durante sua homilia falou coisas que insistimos em não ver. Sabe quando a gente se arrepende de não ter gravado aquelas palavras e voltar a meditá-las mais tarde? Então, foi assim que me senti. Tão profundas foram as palavras que de certa forma algumas se encaixam hoje.
O frei dissertava sobre as profecias de fim de mundo que nunca foram consolidadas e pelas insistentes tentativas de prevê-lo e anunciá-lo. Dizia ele que as pessoas que vivem a anunciar o fim do mundo na verdade não vêem ou encontram mais motivos para viver ou sonhar no mundo presente então passam a querer muito que o mundo acabe.
Por ventura alguém já conheceu um homem (ou mulher) do campo que vê o fim do mundo? Pessoas simples pensam em coisas simples, vivem simples, se relacionam com Deus de forma simples, (…)
“(…) Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso”.
Outra frase dita por ele que me chamou atenção foi “(…) quando conhecemos a Deus, Seu amor, caem às escamas dos nossos olhos”.
Conhecer o amor de Deus denota de uma mudança de comportamento pessoal e individual; a Deus não interessa quem sabe muito ou pouco, quem fez faculdade ou aquele que nem estudos tem.
Interessa a Deus aquele que se entrega e ainda tem esperança que nosso mundo mude, se converta, renasça.
Ter pensamentos pesados ou pessimistas sobre a vida nos encarcera, nos prendem, (…) fecham nossos olhos a grandeza e a beleza construída por Deus e nos dão a sensação de impotência sobre mudar o hoje pensando no amanhã.
Todos sabem que um dia tudo isso que conhecemos poderá vir a terminar, mas por que causar pânico, temor, medo nas pessoas? Por que não nos empenhar em levar a boa mensagem do evangelho de domingo?
Algo faz lembrar Jonas, o personagem bíblico, que insatisfeito pela não destruição da cidade de Nínive (Jonas 4), sentou emburrado embaixo de uma mamoneira.
Essa analogia serve para todos nós quando desistimos do mundo ou quando passamos a agourá-lo, quando nos fazermos de coitado para chamar atenção dos outros e hoje de forma especial quando me revisto de vaidades e prepotência, pensando ser sabedoria, e como Jonas, me emburro quando as coisas não acontecem como imagino, como acredito, como penso.
Todo cristão tem uma missão, seja ele evangélico ou católico, procurar a Deus com todo coração, com toda sua alma e com toda a força.
Deixar cair as escamas dos olhos e entender que não se ajunta folhas secas assoprando o monte.
O vento pode até conduzia algumas, mas a maioria irá para onde de repente não era para onde queríamos que fosse.
Portanto não é com que temos (ou pelo menos achamos que temos) que se chega ao céu, mas com que estamos dispostos a dar, nos empenhar, conduzir… Deus de fato se esconde dos orgulhosos e se revela aos humildes.
Estamos no Advento, peçamos perdão pelas vezes que nos esquecemos de ter um coração aberto ao amor; por ter nos achado acima de tudo; por ter mais afastado do que ajuntado; por nosso orgulho ter soprado mais forte que nossa humildade.
Reflitamos, cada um de nós: “Preciso impregnar o mundo com Cristo, a começar em mim”!
Propósito:

Obrigado, Pai, por nos conceder a oportunidade de Te conhecer mais profundamente. Obrigado, Jesus, por nos apresentar o Pai, e nos aceitar como irmãos teus, a medida que agimos como Tu nos ensinastes. Obrigado, Espírito Santo, por nos santificar, dando-nos coragem para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, e dando-nos paciência para esperar o momento de Deus para aquilo que não podemos mudar. E que na hora certa nos fazes ouvir as palavras do Mestre: Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Jesus, Caminho, Verdade e Vida, Aquele que nos revela o Pai, dá-me um coração puro para acolhê-lo e reconhecê-lo nos momentos diversos de minha vida com a ajuda de Tua Graça.

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